Eu gosto de dias assim, em que se pode enxergar o mundo como se fosse uma aula de desenho de jardim de infância, mas tenho tanto esse dom de regredir que consigo ver o mundo antes de Ciro inventar o dinheiro sem se preocupar com a inflação. Quando a inflação "comeu" o valor da moeda, que era de ouro, passaram a vendê-la por muito mais que no fundo era menos...
O Meirelles sabe do que estou falando... O Temer não sabe, Dilma não tinha condições mentais nem de entender, Lula nunca quis saber, FHC um dia ainda vai saber sobre aquele juro astronômico inicial que enriqueceu ainda mais o ministro da fazenda e não Soros, mas também.
Eu gosto de dias assim, depois que passam as caravanas que trazem turistas para ver o que vai pelo reino com a certeza que vão voltar para suas terras embora deixem o lixo de embalagens de plástico, restos de comida e principalmente aqueles papos de gente fuinha. Estas terras são minhas, o silêncio grita canções e músicas, a brisa do mar os últimos trailers dede os primórdios dos tempos.
Eu gosto de dias assim, em que se pode antever algumas réstias de futuro por mais improvável que possa parecer. De outra forma, isto seria impossível pelo som de atabaques e matracas de turistas acampados... Muitas matracas... aqui pode ver-se que gaivotas em terra são presságio de tempestade no mar. Grandes tempestades... Mas quem tivesse nascido e ficado sempre no fundo do mar pensaria que os peixes são gaivotas. E nadam sem asas, voam com barbatanas.
Rui Rodrigues
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