Arquivo do blog

segunda-feira, 18 de junho de 2012

E agora, Fidel, qual o próximo passo ?




A revolução cubana, o socialismo, o comunismo e os tempos que chegam.


Tenho amigos (além dos do facebook) que são capitalistas, outros socialistas, outros comunistas. Sempre os tive até nos tempos da ditadura que não foi mole. Todos merecem e mereceram o meu mais profundo respeito, porque, ainda que discorde, sou sobretudo democrático e não de qualquer democracia, porque houveram e ainda há, vários tipos de “democracia" . Algumas estarão equivocadas, e uma apenas será a mais verdadeira de todas.

Se já estivesse em vigor de modo amplo a Democracia Participativa, esta seria a mais verdadeira!... Mas somente existe ainda na Suíça, na Islândia e nos países nórdicos. O resto é apropriação indébita do termo, embora em todo o mundo cresça esta corrente devido à ineficiência dos governos atuais e da corrupção  

Um dia destes, a propósito de um comentário meu afirmando que o mundo dos cidadãos – em todo o globo - já não se guia por filosofias, e sim por padrões de moral e de ética, com toda a justiça, um amigo meu disse-me “o comunismo ainda não morreu”.

Hoje existem apenas a Coréia do Norte e Cuba como países considerados comunistas, já que a China e o Vietnam têm uma vertente capitalista que cresce na medida em que a vertente comunista se esvai.

Parece por demais evidente que falar em “Viva la Revolución”, “Viva el Comandante”, “pela libertação dos povos sul americanos”, só pode significar que são ecos do passado que vai ficando distante, gritados por quem vê a história passar indiferente à sua saudade dos “velhos tempos”.

Com um texto destes, dirão: “Ele é capitalista”...

Não! Não sou capitalista porque o capitalismo que antes era o remédio para o comunismo é hoje o remédio que nos mata pelo exagero da dose.

Sou Democrata Participativo, como se pode ver em meu site que indico abaixo, antes da listagem dos países que já foram comunistas ou que tinham vertente . Não creio que votar de 4 em 4 anos somente, seja uma democracia. É uma democracia aproximada, como bandeira a meio pau. Os que elegemos seguem as diretrizes dos partidos políticos a que pertencem, que por sua vez atendem a influências pelos corredores das sedes de governos e não podemos tirá-los de lá senão de 4 em 4 anos... Por isso não tenho partido político e detesto ditaduras. Odeio ditaduras.

Quer saber o que é Democracia Participativa?


Rui Rodrigues

MARXISTAS LENINISTAS

Alemanha Oriental -República Democrática Alemã (7 de out de 1949 – 3 de out de 1990)
República soviética da China (7 nov 1931 – 10 out 1934)
República Popular do Congo (3 janeiro 1970 – 15 março 1992)
República Democrática Popular da Etiópia -  (10 set de 1987 – 27 maio 1991)
Governo Revolucionário Popular de Granada ( 13 março 1979 – 25 out 1983)
Comitê Político de Libertação Nacional (Grécia) (24 dez 1947 – 28 ago 1949 )
Iêmen do Sul - República Democrática Popular do Iêmen (30 de nov de 1967 – 22 de maio de 1990)
República Popular do Kampuchea (7 de janeiro de 1979 – 23 de outubro de 1991)
República Popular de Moçambique (25 de junho de 1975 – 1º de dezembro de 1990)
União Soviética União Soviética - União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (30 de dezembro de 1922 – 26 de dezembro de 1991)
Vietnã do Norte - República Democrática do Vietnã 73 (2 de setembro de 1945 – 2 de julho de 19

NÃO MARXISTAS LENINISTAS

Estados com referências constitucionais

(recomendo consulta às respectivas constituições)


Bangladesh - República Popular de Bangladesh (desde 16 de dezembro de 1971)
Egito – República Árabe do Egito (desde 11 de setembro de 1971) em processo de transição
Índia - República da Índia (desde 2 de novembro de 1976)
Líbia – Grande República Socialista Árabe Popular da Líbia (desde 1ºde setembro de 1969 a 2012)
Síria – República Árabe Síria desde 1973)
Sri Lanka – República Democrática Socialista do Sri Lanka (desde 7 de setembro de 1978)
Tanzânia – República Unida da Tanzânia (desde 26 de abril de 1964)

Estados com referências informais

Bolívia – Estado Plurinacional da Bolívia
Nicarágua – República da Nicarágua
Venezuela – República Bolivariana da Venezuela

Estados que outrora já fizeram parte do grupo de paises comunistas

República Democrática Popular da Argélia  (15 de setembro de 1963 - 23 de fevereiro de 1989)
República Socialista do Chile (4 de junho - 13 de setembro de 1932)
República do Iraque (14 de julho de 1958 - 16 de julho de 1979)
República Democrática de Madagascar (21 de dezembro de 1975 - 19 de agosto de 1992)
República do Mali (6 December 1968 - 12 January 1992)

Corpo e alma, religião e amor - pelo computador




Corpo e alma, religião e amor - Pelo computador
(A leitura aplica-se a ambos os sexos como sujeito)

Somos uma humanidade que ultimamente, depois de longos caminhos, se dedica a “viver os momentos”, “viver o dia”, aproveitar tudo o que a vida nos dá porque pode não haver amanhã... E cometemos o deslize imperdoável de querermos tudo o que pudermos arrebanhar da vida. E assim nos vamos machucando uns aos outros, a cada tranco, procedendo da mesma forma, como se os outros fossem diferentes: Escondendo nossas próprias escoriações “.

Não escondemos nada de ninguém. Não nos escondem nada. Por amor podemos até fingir que não percebemos, que nem temos escoriações. Mas quem sabe o que é o amor – que muitos fingem não existir?

A residência da alma está em nosso corpo, em lugar privilegiado e se acende nas sinapses de cada neurônio: Está em nosso cérebro, quase que perfeitamente acondicionada. Erroneamente disseram que residia no coração, um mecanismo mais que simples de bombeamento de líquidos vitais. Outros ainda imaginam a alma como uma áurea externa ao corpo que até pode ser fotografada e tem peso... Já mediram o peso da alma ao acompanharem o falecimento de doentes em hospitais: cerca de 22 gramas. Por ironia, a mesmíssima massa suficiente para formar um universo como o nosso a partir de um Big-bang.

Corpo e espírito são inseparáveis, não podendo imaginar-se que um não sofra as influências do outro, e, quando se trata de atração entre dois seres, que as mentes não interajam com os corpos e vice-versa. Porém, o cérebro é também um mecanismo perfeito que raciocina, pensa, evolui. Sigmund Freud foi muito mais além da alma, do espírito e percebeu que a identidade de cada ser humano, que vem de formação própria, herança genética, influência do meio, se dividia fundamentalmente em três partes que constituem a “ID” ou identidade de cada ser humano: O ego, o halter ego e o subconsciente. Neste contexto, todos eles constituindo não só a ID de cada um, mas também a sua “alma”, aquela que seria, será, ou poderá vir a ser julgada nos céus. Coisa muito temida por egípcios no tribunal de Osíris, e por boa parcela da humanidade ainda nos dias de hoje.

Um dia, e isto é muito importante, fizeram uma experiência num hospital com dois cérebros recém retirados de dois doentes por morte natural; colocaram cada um em um recipiente com soro para os manter pulsando por mais tempo. Afastados um do outro, pulsavam em ritmos diferentes. Quando os aproximaram um do outro, quase encostados, entraram em sintonia de pulsação em iguais comprimentos de onda. Além de se comunicarem, ficou patente que as interações dependem da distancia: quanto mais longe, mais fracas as interações. Dependerá o amor, também, da distância?

Mas onde o amor se encaixa em tudo isto?

Há os que são “bons” porque simplesmente são ou parecem bons, e os que são bons porque têm que ganhar os céus, vencer o julgamento ao final dos dias de vida. Como não sabem exatamente o que é ser “bom”, tentam de tudo, mas não conseguem. Há quem não saiba o que é o amor, o ser “bom”, a caridade, a abnegação, e até quem não saiba onde deixou as chaves da casa, o que comeu ontem. Somos muito diversos, sobretudo naturais, e temos o amor como um bem próprio, íntimo, de interpretação própria. Madre Teresa de Calcutá, senhora muito boa, não queria mudar o mundo para acabar com a pobreza. Queria ajudar os pobres. Sentia-se feliz em ajudar os pobres. De ajudar o mundo a acabar com a pobreza já tinha desistido. Caminhava em estradas paralelas no amor pelo mundo. E isso era amor! Sem dúvida. Amor pelos outros. Há assim muitos tipos de amor, e se formos procurar por este mundo, de forma a aproveitá-lo muito bem, teríamos que ter milhares de amores (leia-se masculino x feminino conforme o que desejar): o amor com quem fazemos sexo, o amor daquela que nos apóia no lar, o da outra que nos ama com a alma, a que nos dá tudo, a que nos dá só uma coisa mas é muito especial, a que escuta nossas confidências e não pede nada, e para alguns, a que se aluga para mostrar para os outros.

Se nos detivermos na natureza, à luz pura e simples de suas leis, sem interferências de teólogos ou filósofos, constatamos que a natureza nos dá o conceito de sexo para podermos procriar e que para isso é necessária uma “atração” sensorial produzida pelos sentidos que temos, como o tato pela pele, o olfato, a imagem, os sussurros... Todas essas informações levadas ao cérebro produzem a sensação de amor, e deve manter a parceira junta a nós até que engravide e siga as leis da natureza. Em princípio como atração física, chamam a isso de amor quando as substâncias químicas produzidas na troca de informação entre os sentidos e o cérebro já produziram dependência química no objeto amado, que pode até ser uma boneca cara, quase perfeita, importada do Japão. O cérebro é um complicado mecanismo de recompensa.

Incautos, achando que “elas” não percebem, vamos seguido nossas próprias razões para amar, vamos vivendo, e em geral, que quase já é uma regra, vamos sofrendo com a nossa liberdade de sermos livres e acharmos que amor não existe.

Mas admitamos que perdi meu tempo na vida estudando o que é viver vivendo, que não li Freud, que não entendo de religião, nem de espíritos, nem de IDs, nem de amor ou “da vida”. Isso realmente não deve importar.


Podemos ser felizes engavetando os problemas. Também podemos ser felizes resolvendo-os de uma vez para que não os deixemos para trás. Podemos ser felizes evitando-os, como montanhas enormes que nada fazem, mas que nada as pode desfazer. E podemos ser felizes resolvendo os problemas dos outros.

Admitamos também que somos um conjunto de seres humanos que querem passar bem a vida, ainda que enganando os outros, ou abusando porque aceitam o inaceitável – sempre tudo por amor, mas que a carga emocional seja muito grande... Nesse caso temos dois caminhos: Tomamos um remédio para alegrar (dizem que o prozac é muito bom) ou fechamos as portas do halter ego que dá no mesmo, e vamos viver a vida, dizendo que somos livres, fechando em baús de aço, enterrados a 100 metros de profundidade, dentro de masmorras inatingíveis todos os problemas que a moral nos causaria.


Escrevi isto para resolver os meus problemas relacionados com recompensas cerebrais impossíveis e improváveis, devido a cérebros ainda vivos, a longa distância um do outro e com IDs próprias. Amor existe sim, mas a humanidade está descrente em muitas coisas e ávida de liberdade!

Isto é para você, querida amiga Maria Albertina Landerish, onde quer que esteja. Fique bem !

Rui Rodrigues.


domingo, 17 de junho de 2012

Ouve-me Meu Deus Ακούστε με, Θεέ μου - Audire me, Deus meus - לשמוע אותי, אלוהים




Ouve-me Meu Deus
Ακούστε με, Θεέ μου - Audire me, Deus meus - לשמוע אותי, אלוהים

לשמוע אותי, אלוהים
Ακούστε με, Θεέ μου
Audire me, Deus meus
Ouve-me Meu Deus


Ontem vi o Sol. E hoje o sol com as ondas do mar em dó ao se abaterem, em ré ao se desfazerem nas pedras, e sei que são estes os sons de tua orquestra. Olho à minha volta e vejo vida de mesmos princípios vitais, e toda nasceu, morre a cada instante e não chegamos a perceber, como se não tivesse importância. Quanta vida matei hoje, em meus passos sobre esta casa que gira no espaço... Dizem que és um espírito. Eu acredito, porque se fosses uma força uma energia, terias criado a ti mesmo, mas não, tu criaste as forças e as energias. Mas, e eu?

לשמוע אותי, אלוהים
Ακούστε με, Θεέ μου
Audire me, Deus meus
Ouve-me Meu Deus

Diz-me Deus meu, que também tenho um espírito semelhante ao teu, que tudo o que amamos nesta tua vida, que vivo por ti, e em mim vives, levarei de lembrança quando partir e que nada me ficará esquecido, como se não tivesse a mínima importância. Diz-me que tenho um espírito que não faça da minha vida uma casualidade, um lapso, num mundo que ajudei a construir mesmo sabendo que o já tinhas construído. Diz-me que não sou em vão, nem uma banalidade. Diz-me que não se equivocaram os que te perguntaram no passado, e que no-lo contaram.

לשמוע אותי, אלוהים
Ακούστε με, Θεέ μου
Audire me, Deus meus
Ouve-me Meu Deus


Diz-me que todo o meu nascimento, o crescimento, o aprendizado, não serviu apenas para a minha própria vida e para a dos meus semelhantes, mas para a própria vida que criaste e que se desenvolve e evolui. Diz-me que serviu para algo mais do que apenas ser, sentir, existir. Diz-me que não me darias o gosto da consciência de existir para logo depois tudo se acabar na escuridão infinita de um tempo infinito como a história se apagasse. E se acaso toda a vida consciente tem também uma finalidade maior do que a existência, como o meu animalzinho de criação, meu companheiro. Sabes que é apenas uma gata, mas tem um comportamento de que entende, e aprende, e se comunica quando quer. Diz-me que esses animais que não fazem mal a ninguém, muito menos como fazemos nós, uns contra os outros, não são menos humanos do que eu, podendo até sê-lo mais.

לשמוע אותי, אלוהים
Ακούστε με, Θεέ μου
Audire me, Deus meus
Ouve-me Meu Deus

Diz-me que meus entes queridos estarão comigo, que os espíritos dos egípcios embalsamados também estarão, e os celtas enterrados em buracos com pedras por cima, aqueles a quem foram arrancados os corações para acalmar o Sol, e os que foram queimados em fogueiras em nome de falsa fé, e os que foram perseguidos, esquecidos, maltratados, jogados em circo aos leões, obrigados a matar-se em arenas onde se digladiavam. Diz-me que esta humanidade a que pertenço é boa, e Sodoma e Gomorra só foram duas e não mais. Sobretudo, diz-me que toda a injustiça deve ser tomada como um bem e não um mal, para que eu possa ir-me em paz, certo que valeu a pena ter vivido.

E se não houver amanhã, que assim seja, como justo me é ter estas dúvidas.

Rui Rodrigues,
Teu servo. 

CRISE E POLÍTICA - OS POLÍTICOS NOS AFUNDAM





CRISE E POLÍTICA - OS POLÍTICOS NOS AFUNDAM



Parece que o mundo está afundando!

Quem de nós já não ouviu falar, aqui no Brasil, das Comissões Parlamentares de Inquérito, as famosas e desacreditadas CPIs, para averiguar os crimes hediondos de corrupção e de políticos que votam de forma mancomunada os próprios salários?

Quem de nós já não ouviu falar da Grécia, cujos políticos, por total incompetência e descaso da coisa pública, deixaram afundar a economia, sucedendo-se as tentativas de formar governo, com gente passando fome, desespero, movimentos nas ruas combatidos violentamente pelas forças da polícia?

Quem de nós já não ouviu falar das crises em Portugal, Espanha, Itália, Irlanda, Islândia (estes resolveram através da Democracia Participativa, votando publicamente nova constituição), constantes movimentos de rua responsabilizando os políticos que malversaram as verbas públicas?

Quem já não ouviu falar da Primavera Árabe, cidadãos nas ruas enfrentando a própria morte em nome da liberdade, da Democracia?

Alguém sabe de algum movimento de rua que tenha conotação de filosofia política ou de culto a algum político? Não. Destes não conhecemos nenhuns. Os cidadãos querem ética e moral na política, mas tal como a conhecemos isto é impossível. Os políticos atuais herdaram da história o direito de mandarem nas sociedades e lhes ditarem as leis, exatamente como vinham fazendo reis, imperadores, ditadores... E nos chamam ironicamente de democratas porque votamos de 4 em 4 anos sem sequer podermos retirar-lhes o nosso voto para “deseleger” os que não se comportam como se esperava por sua campanha. Voto dado em confiança, também por falta dela tem que poder ser retirado a qualquer tempo e não ao fim de períodos de 4 ou 5 anos.

A DEMOCRACIA PARTICIPATIVA É DIFERENTE.

Na Democracia Participativa o governo se constitui dos órgãos que normalmente fazem parte de qualquer governo democrático do mundo. Cada povo poderá escolher qual o modelo que mais lhe convém, com os três poderes: Legislativo, Executivo e o judiciário. O sistema da democracia por voto direto pode ter quantos ministérios forem desejados pelos cidadãos.

Até aqui, valem os modelos democráticos tal como os conhecemos... o que muda?

 1.     Todos os membros são escolhidos por voto direto dos cidadãos interessados. Poderão eleger através de voto em Bancos 24 horas de Votação grátis e por Internet grátis ou celular, evitando-se assim “arranjos políticos” entre partidos ou proteção de qualquer natureza.
 2.     Os votos podem ser retirados (deseleger – desaprovar), o que amplia a cidadania democrática a muito mais do que votar apenas de quatro em quatro anos.

 3.    As leis são propostas ao Senado por qualquer órgão ou cidadão, para que sejam previamente aprovadas ou negadas por voto popular. Se a população achar que algum político ou ocupante de cargo no governo não atende os seus interesses, retira-lhe o voto dado e ele sai imediatamente sem necessidade de impeachment, quando a quantidade de votos que permanecem for inferior ao mínimo necessário para ocupar o cargo.

4.       Qualquer lei ou ato de governo deve ser submetidos a voto, o que inclui mas não se limita a: declaração de guerra; percentuais de aplicação de verbas publicas em educação, centros de pesquisa, infra estruturas, preservação do ambiente, saúde, segurança pública, transportes;  taxas de impostos,  e tudo o que normalmente se vota nos senados, câmaras, governos estaduais, prefeituras, em todo mundo.

 5.    O processo de implantação da Democracia participativa começa com a aprovação popular, via NET, item por item, de uma Constituição que somente poderá ser alterada também por voto popular, impedindo a manipulação de interesses escusos de políticos. 
         Cada nação crescerá e se desenvolverá segundo sua capacidade e vontade popular de progredir, segundo o que acha mais importante.

ISTO É DEMOCRACIA!

sábado, 16 de junho de 2012

Política e crise - QUEREMOS MUDAR!



Política e crise - QUEREMOS MUDAR!




Existem vários movimentos na NET, de todos os tipos. Todos eles importantes, mesmo quando se trata de divulgar o que quer que seja fora do âmbito da política ou da religião. Trata-se de uma lídima manifestação da alma humana e da particularidade de cada um. A similidade de formas de pensamento reúnem os indivíduos nos grupos com os quais mais se identificam.

Vem isto a propósito de algo que me chama a atenção: Exceto por grupos que se dedicam á divulgação de música - também de todos os tipos- e de amizades com conversas sobre o trivial chique ou popular, não há quem, se perguntado, não se expresse contra a corrupção que vemos a cada minuto em notas de jornais, revistas, pelas televisões em noticiários, no boca a boca quando vamos à feira, entramos nos ônibus, esperamos nos pontos e estações de trem ou de metrô.

Aqui no Brasil, dizem uns que o culpado foi o Lula, outros que foi o FH Cardoso, outros que isso vem da época da colonização, e quando olhamos as notícias do mundo, teríamos que chegar à conclusão que ele todo, por inteiro, teria sido colonizado por Portugal. Um absurdo!. O problema não é esse. Em outros lugares, os "culpados" têm outros nomes, outro perfil, e não por coincidência, são todos também POLÍTICOS.

A imensa maioria, em todo o mundo, refere-se simplesmente á culpa desses "políticos".

A Indignação corre mundo sempre pelo mesmo motivo: Os políticos não fazem o trabalho para o qual foram gentilmente convidados pelo voto popular. Fazem outros trabalhos, representando empresas, bicheiros, construtoras, Bancos, governos, qualquer coisa, menos a populaça, a turba malta, a sociedade como um todo de nação. Representam-se a si mesmos, também, quando por exemplo votam entre si os salários que desejam. Política é única profissão que não precisa pedir aumento de salário ao patrão. Político manda no patrão, e isso é uma inversão de valores como se usassem páginas da Sagrada Constituição para limparem os seus ânus, a bandeira nacional para secarem os corpos gordos e purulentos de banho em notas de dólar....

Precisamos fazer algo, e pelo que parece a indignação não tem adjetivo ou sujeito ou complemento e aposto do sujeito.

A indignação tem dois verbos apenas e somente : Queremos Mudar !!!!!!!!!!!!!

Rui Rodrigues.

Divagando devagar - A anja





Divagando devagar


Dia de chuva a pensar em dias de sol, cai-me um anjo do céu, melhor que é uma anja, porque tem sexo, é do gênero feminino.

Não privaria Deus qualquer obra sua de não ter sexos diferenciados, porque até a eletricidade é positiva e negativa, num mundo em perfeito equilíbrio. E não tem penas. Absolutamente, a anja – termo este que nem existe nos dicionários – não tinha uma única pena. Não tive pena, e pelo contrário, fiquei muito feliz que as não tivesse.

Não me importa de onde vieram as anjas, de onde vêem, para onde vão. O que pretendem fazer. Passam sempre em frente à minha janela, mas nem todas são como esta que acabo de ver, olhando-me à distancia. Se as anjas não pretendem fazer, contamos-lhes o que desejamos que façam, e se fizerem, será bem feito, porque são anjas. Também lhes fazemos o que querem. È uma troca livre sem qualquer filosofia ou religião, porque é reação química, por vezes até explosiva, seguramente exotérmica, porque se sua muito, e se explode em arfares de peito nas agitações dos líquidos com a vareta da química.

Há, Deus! Como aprecio o estudo da química, a elaboração de reações, quando o fazemos com uma anja. Mas fico triste, porque as anjas não são comuns. São raras. Aparecem, ficam e partem, quando não as fazemos partir por que a reação chegou ao fim. Já me aconteceu de ter recebido uma anja em meu laboratório e nem com a aplicação da física chegarmos a qualquer reação. Mas não quero falar de fins. Apenas de começos e meios e deixar aos céus o decidir da vida.

Ainda anda a pairar nos ares a anja. Olha-me. Olho-a. Adora-me. Adoro-a. Acariciamo-nos pelos olhares. É uma dança, um tango talvez. Não. Tango não é porque é triste. Anjas não fazem nem dizem coisas tristes. Deve ser outra dança. Uma dança sem nome, sem ritmo, só balançando o corpo suavemente, como quem chama por mim num sussurro de meu nome e depois, num outro sussurro, um verbo de desejo como quem me diz, vem!

E são vários os significados desse vem, que tanto podem significar que devo ir, ou que já estou a chegar, já cheguei, já indo-me. É essa a natureza da natureza de ser-se naturalmente natural. Como rejeitar ou recriminar o que é natural? Porque se estabelecem tabus que são tão antinaturais, negando a natureza divina da aproximação, do compartilhar, do ser-se e nada mais?

Não há restrições naturais para o que é natural. A anja sabe disso. Eu sei também.

O dia continua chuvoso. A chuva é um ingrediente das reações químicas da vida, e enquanto nos olhamos, ainda á distância, vou apenas imaginando se um dia a acompanharei ou me acompanhará numa dança, num dormir lânguido, no apreciar de uma música, enquanto elaboramos uma reação química. Gosto das explosivas, as que começam suavemente e sempre têm um final explosivo, o corpo suado, corpos arfantes, pedindo uma taça de vinho para repor as energias perdidas na reação. Não raro repetimos reações.

É linda e bela, perfeita! Vou pintá-la numa tela com dimensões áureas. Uma anja maga! Uma anja sem penas, sem passado, corpo e sexo latentes, pulsantes de desejo.

Rui Rodrigues

sexta-feira, 15 de junho de 2012

CONTINUE SENTANDO À JANELA



Eu ainda era criança quando, pela primeira vez, entrei em um avião. A ansiedade de voar era enorme. Eu queria me sentar ao lado da janela de qualquer jeito, acompanhar o vôo desde o primeiro momento e sentir o avião correndo na pista cada vez mais rápido até a decolagem. Ao olhar pela janela via, sem palavras, o avião rompendo as nuvens, chegando ao céu azul.Tudo era novidade e fantasia.. Cresci, me formei, e comecei a trabalhar. No meu trabalho, desde o início, voar era uma necessidade constante. As reuniões em outras cidades e a correria me obrigavam, às vezes, a estar em dois lugares num mesmo dia. No início pedia sempre poltronas ao lado da janela, e, ainda com olhos de menino, fitava as nuvens, curti a a viagem, e nem me incomodava de esperar um pouco mais para sair do avião, pegar a bagagem, coisa e tal. O tempo foi passando, a correria aumentando, e já não fazia questão de me sentar à janela, nem mesmo de ver as nuvens, o sol, as cidades abaixo, o mar ou qualquer paisagem que fosse. Perdi o encanto. Pensava somente em chegar e sair, me acomodar rápido e sair rápido. As poltronas do corredor agora eram exigência . Mais fáceis para sair sem ter que esperar ninguém, sempre e sempre preocupado com a hora, com o compromisso, com tudo, menos com a viagem, com a paisagem, comigo mesmo. Por um desses maravilhosos 'acasos' do destino, estava eu louco para voltar de São Paulo numa tarde chuvosa, precisando chegar em Curitiba o mais rápido possível. O vôo estava lotado e o único lugar disponível era uma janela, na última poltrona. Sem pensar concorde i de imediato, peguei meu bilhete e fui para o embarque. Embarquei no avião, me acomodei na poltrona indicada: a janela.Janela que há muito eu não via, ou melhor, pela qual já não me preocupava em olhar. E, num rompante, assim que o avião decolou, lembrei-me da primeira vez que voara. Senti novamente e estranhamente aquela ansiedade, aquele frio na barriga.Olhava o avião rompendo as nuvens escuras até que, tendo passado pela chuva, apareceu o céu. Era de um azul tão lindo como jamais tinha visto. E também o sol, que brilhava como se tivesse acabado de nascer. Naquele instante, em que voltei a ser criança, percebi que estava deixando de viver um pouco a cada viagem em que desprezava aquela vista. Pensei comigo mesmo: será que em relação às outras coisas da minha vida eu também não havia deixado de me sentar à janela, como, por exemplo, olhar pela janela das minhas amizades, do meu casamento, do meu trabalho e convívio pessoal? Creio que aos poucos, e mesmo sem perceber, deixamos de olhar pela janela da nossa vida. A vida também é uma viagem e se não nos sentarmos à janela, perdemos o que há de melhor: as paisagens, que são nossos amores, alegrias, tristezas, enfim, tudo o que nos mantém vivos. Se viajarmos somente na poltrona do corredor, com pressa de chegar, sabe-se lá aonde, perderemos a oportunidade de apreciar as belezas que a viagem nos oferece. Se você também está num ritmo acelerado, pedindo sempre poltronas do corredor, para embarcar e desembarcar rápido e 'ganhar tempo', pare um pouco e reflita sobre aonde você quer chegar. A aeronave da nossa existência voa célere e a duração da viagem não é anunciada pelo comandante. Não sabemos quanto tempo ainda nos resta. Por essa razão, vale a pena sentar próximo da janela para não perder nenhum detalhe. Afinal, 'a vida, a felicidade e a paz são caminhos e não destinos'. "Somos o que fazemos, mas somos principalmente o que fazemos para mudar o que somos"

Fornelos de Santa Marta de Penaguião- história revisitada




                                           
 História de Fornelos e do seu entorno.


Introdução

Este não é um trabalho acadêmico. Resulta da curiosidade de um fornelense nascido em 1945, e que, dentre muitas coisas com as quais se preocupa neste mundo, se inclui o lançar alguma luz que possa mais tarde levantar a história verdadeira de Fornelos. Hoje a referência que se tem é de que foi fundada por 11 famílias nos idos de 1740 cuja casa mostra no forro do teto de algumas, a estrela de David gravada numa viga. É muito pouca informação e não há motivos para não se procurar saber tanto quanto se possa. Quem sabe não teriam sido 12 casas, e uma banida da memória por questões religiosas? Ou teriam os nomes das onze famílias sido esquecidos pelo mesmo motivo?

Procurando, via Internet, por documentos referenciados, não encontrei quase nada. Há sim farta documentação anterior à sua fundação e posterior, mas nada mais. Não se sabe dos nomes das 11 famílias.

Por nomes de família podemos avaliar que a vila já foi povoada por romanos como atestam os fornos descobertos e por outros povos desde então, como godos visigodos, e antes dos romanos, os celtas, como também atestam os castros celtas por toda a península ibérica. Como outros povos que formaram o povo lusitano, previamente à invasão romana, são reconhecidos principalmente os suevos, os alamanos, os vândalos, gregos, fenícios e cartagineses. Posteriormente, árabes e judeus.

Como referencias dei preferência a links disponíveis na Internet para mais fácil consulta. Esses links apresentam as suas próprias.


1 – Localização de Fornelos de Santa Marta de Penaguião

A Vila de Fornelos situa-se nos contrafortes da Serra do Marão que tem 1.215 metros de altitude e está situada numa cota aproximada dos 600 metros. Desenvolve-se ao longo da linha de cumieira de uma elevação com o rio aguilhão ao fundo, a um desnível aproximado de 100 metros. Em termos medievais poderíamos dizer que era um lugar de difícil acesso para algum exército de ocupação. Fornelos dista aproximadamente 12 km de Vila Real de Trás os Montes, a sede do Distrito.

Há fornos romanos em Fornelos e em Louredo, os desta vila na fronteira com Fornelos onde se fabricavam tijolos e telhas. Antes da romanização os tetos das casas eram cobertos com ramos e colmo. È de supor que já no tempo da romanização houvesse casas de oleiros na região.  O povoado de Barreiro nas imediações de Louredo e Fornelos, e a dimensão dos fornos, leva a supor que não sendo os barreiros de argila incomuns, os fornos se destinassem ao consumo de vilas próximas romanizadas.



2 – A ocupação da região de Fornelos e Trás os Montes.


a) Período Pré-romano - 1.200.000 AC a 194 DC

A história de fornelos começa com o povoamento humano em todo o globo terrestre que, ao que tudo indica, se originou na fossa de Olduvai na atual Tanzânia, há cerca de 1.700.000 anos, através de um processo de disseminação de uma espécie de hominídeos [1](australopithecus boisei) por pressão social e da natureza circundante. Com grupos que não podiam ultrapassar os 60 indivíduos devido à alimentação disponível, novas famílias emigravam do grupo para procurar novas áreas de alimentação. O isolamento entre os grupos, e por adaptação ao meio em que passaram a viver, diferenciaram-nos gerando características diferentes entre si. Não raro entre avanços no terreno e retrocessos, voltavam a cruzar-se, esporadicamente. Podemos imaginar que nessas ocasiões chegassem a lutar pela posse de territórios, provável origem das guerras das quais, por mais que tenhamos evoluído ainda não aprendemos a nos libertar.
Discute-se ainda o papel das espécies Cro-magnon, Neanderthal e Homo Sapiens na constituição da base humana na península ibérica, havendo indicações que apontam para a absorção dos Neanderthais pelo Homo Sapiens que ainda chegava de África[2].
A data mais provável da ocupação da península ibérica situa-se no entorno de 1.200.000 anos[3] - inicio do Paleolítico - quando os primeiros hominídeos aqui chegaram. Foi muito lenta a ocupação do globo.
No contexto das guerras púnicas, Cartago usou a península ibérica para atacar Roma, numa estratégia de guerra impensável. Roma respondeu invadindo a Península. Os primeiros confrontos deram-se em 194 AC contra os lusitanos[4].

b) Período Romano – 194 – 409 DC

Em 409 DC, com o Império romano enfraquecido, Vândalos e Suevos estabelecem-se na Galécia da qual a região em causa fazia parte. Já em 407 DC com o império Romano em processo de divisão em Império romano do Oriente e Império romano do Ocidente, um usurpador das ilhas britânicas nomeia-se sucessor com o título de Constantino III. Seu filho Constante invade a península. Através de um pacto, Honório, filho de Teodósio (Imperador de Roma) e que geria a parte oriental do Império Romano, cede a Constante a Galécia[5] e a Lusitânia[6]. Somos levados a acreditar que uma aliança que mais tarde se fez entre Portugal e a Inglaterra[7], mantida até os dias de hoje, possa ter tido origem nestas raízes de aparente “identificação” de povos e “libertação” do jugo Romano. É que por lá também havia relativamente recentes raízes celtas.

c) Invasão Árabe e as diásporas judaicas – 711 - 1492

A diáspora judaica iniciou-se em 70 DC depois que o Império romano – Imperador Adriano - expulsou o povo judeu. Difícil de saber em que ano se iniciou a chegada ao território hoje ocupado por Portugal, mas sabe-se que em Lagos da Beira existem inscrições funerárias judaicas datadas do século VI, ou seja, antes da invasão árabe. O povo judeu acomodou-se preferencialmente no Norte de Portugal onde deu origem aos marranos.

A invasão árabe iniciou-se em 771 DC, quando Táric e suas tropas islâmicas atravessaram o estreito de Gibraltar[8]. A invasão ficou consolidada quando Táric venceu o rei visigodo Rodrigo (origem dos Rodrigues) na batalha de Guadalete. Uma parte da Península resistiu, no reino das Astúrias, cuja fronteira correspondia ao que hoje é a parte mais a nordeste de Trás os Montes[9], com sede em Toledo. Pelágio inicia a longa reconquista da península vencendo as tropas muçulmanas na batalha de Covadonga em 722. Em Portugal a guerra de reconquista terminou em 1253 DC com a conquista de Silves. Na Espanha somente em 1492 com a reconquista de Granada.

Uma outra diáspora judaica deu-se em 1492 [10]quando o povo judeu foi expulso da Espanha depois de perseguições injustificáveis, incluindo mortes ás dezenas de milhares –como mais tarde aconteceria na Alemanha de Hitler de 1939 a 1945, o holocausto. Acossados, perseguidos, espoliados, foram acolhidos por D. João II que também os perseguiu e escravizou[11] por solidariedade aos reis católicos de Espanha e à Igreja Católica.  Crianças de 2 a 10 anos eram retiradas dos pais para serem criadas por famílias cristãs. Na verdade uma “limpeza étnica”. Isto se repetiria mais tarde no governo de D.José I através do Marquês de Pombal. Também na verdade, atendiam dois fatores: as diretrizes da igreja, e a oportunidade da encampação de bens.
Fornelos não estava á margem dos acontecimentos. Árabes e judeus transitaram e se estabeleceram na região por séculos, deixando registros inconfundíveis nos sobrenomes de família, mesmo quando foram obrigados a trocar seus próprios nomes para os substituírem por outros autóctones da região. Escolheram para isso nomes de árvores que dessem fruto, tais como pereira, nogueira, oliveira, dentre outros. Eram os cristãos novos. Para manter um pouco as raízes como resistência, os homens costumam ajoelhar com apenas um joelho nos templos cristãos. Bebem água com apenas uma mão sem fazer concha com as duas. Raramente usam a água benta. Matam os animais para alimentação exaurindo o sangue e causam a menor dor possível ao animal. São pequenos indícios inconfundíveis de milênios de tradição.

Como herança genética[12], o povo judeu deixou em Portugal e Espanha uma descendência tal que 20% dos habitantes têm sangue judeu e de sangue árabe e berbere, 11%. Isto é marcante, porque apesar da invasão árabe é maior a carga genética judia.

d) independência de Portugal e os forais – Vila Real.



Vila Real recebeu Foro de cidade no Reinado de D. Dinis em 1289 - século XIII, em "Terras de Panóias”, denominação que já vinha antes do tempo da romanização - século I e até início do século III. As vastas "Terras de Panóias" tinham um núcleo central em Constantim (há duas Constantim: Uma em Miranda do Douro e outra que agora é um bairro industrial de Vila Real - isto nos dá a amplitude da vastidão das "Terras de Panóias"). 

Sobre o núcleo de Constantim (no espaço em que agora se situa Vila Real), sabe-se que era pouco visitado por D. Afonso Henriques - o fundador de nossa nacionalidade - por ser uma zona de constantes invasões mouras, o que lhe atrasou a concessão de Foral até 1289.

(Continua)