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sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

A minha breve história da Malásia.

A minha breve história da Malásia.



Nunca fui um cara excelente em tudo... Fui e sou bom em muitas coisas, mas em nada por excelência. Não sou ruim em nada. De onde vem isso? Vem de uma “liberdade” que eu mesmo tomei quando era ainda muito jovem. Tão jovem que a única coisa que eu sabia deste mundo era que tinha família, que havia lobos que comiam pessoas, que era bom jogar futebol com uma bola feita de meia de mulher preenchida de forma arredondada com enchimento de pano e costurada, que os peixes do rio, os barbos, eram muito gostosos, e que porcos gritam muito quando são espetados à faca para morrer. Tinha 4 anos e vivia numa aldeia onde no inverno eu gostava de sair descalço na neve para sentir os pés gelados. Meu pai não gostava que eu fizesse isso, nem que jogasse bola descalço. Por conta de minha desobediência, apanhei uma pneumonia na neve, e uma unha do dedão do pé voou num chute que dei meio despreocupado da vida. Comecei a prestar mais atenção, e nunca mais fiquei, nem doente nem sem unha. Foi então que me lembrei que Adão e Eva também tinham desobedecido ao senhor abdicando da própria vida eterna. Eu também desobedeceria. Uma vida eterna deve ser um saco, um porre, um sacrifício.  Uma vida bem dosada, não precisa ser eterna. Estou com 68 anos e se for amanhã, será um bom dia. Sou um contestador das coisas deste mundo, e tudo o que não é conhecido, é um desafio para ser conhecido.



Foi assim que escolhi o que admirar o que ignorar e o que esquecer. Admiro a Malásia desde que um amigo meu de infância, cego, o Pedro, me pedia para lhe ler livros de histórias. Eu lia porque me aproveitava para colher conhecimento de seus livros e porque ele era meu melhor amigo. Então me caíram nas mãos vários livros de Emílio Salgari, um italiano que escreveu histórias fascinantes sobre Sandokan, “O tigre da Malásia”, um príncipe malaio que tenta reconquistar o trono tirado por assassinos de sua família. Transforma-se num pirata. Sandokan se junta a um português amigo também nobre, o Ianes, para ajuda-lo em seus empreendimentos e é apaixonado por uma moça (Marianne) com quem casa, mas que morre por uma bala inglesa.

O Bornéu e seus caçadores de cabeças foram um mistério para mim, algo que eu temia mesmo sem estar lá, até que compreendi que era a manutenção de sua cultura que eles queriam preservar. Cortar cabeças e preservá-las de forma a que encolhessem penduradas em suas casas, era apenas uma questão de cultura de somenos importância. Isso poderia ser e foi mudado com o progresso deste mundo. Tudo evolui.


A Malásia evoluiu muito. É uma jovem tigresa asiática, com sérias e inquestionáveis pretensões a ser tigre. Povo inteligente, empreendedor, olhos postos num futuro promissor.


A Malásia, que se situa entre o Índico e o pacífico, no Estreito de Malaca, está situada numa rota de interesses internacionais. Por isso desde o século VII tem atraído comerciantes e conquistadores. Primeiro foram os siameses de Funan, depois indonésios de Srivijaya e Majapahit, seguindo-se muçulmanos de Malabar, da Pérsia e da Arábia, depois ainda portugueses no século XVI, no século XVII os holandeses. No século XVIII foi a vez dos britânicos.  Em 31 de Agosto de 1957, a Federação Malaia ganha a sua independência do Reino Unido, e passa a fazer parte da Commonwealth. Em 09 de Agosto de 1965, Singapura declarou-se independente.


A história da humanidade é pródiga em conquistas, fazer escravos, guerras... É uma história muito triste. Por isso não estranhei a forma com Afonso de Albuquerque, um comandante (e governador) português se impôs na Malásia, conquistando Malaca em 1511. Construiu aí uma fortaleza chamada “A Famosa”, mas que não foi suficiente para impedir que em 1541 os holandeses a conquistassem, mas deu tempo suficiente para que São Francisco Xavier ali pregasse por algum tempo. Começou então uma rivalidade entre Malaca, Achém, Johor, Celebes e Riau.
Hoje a Malásia é constituída por várias etnias principalmente de malaios (60% da população), chineses (25%) e hindus (10%). Há também eurasiáticos, cambojanos, vietnamitas e tribos indígenas. Dos eurasiáticos, a maioria é cristã mestiços de portugueses e malaios. Falam uma língua crioula de base portuguesa denominada “Papia Kristang”.
Portugueses costumam miscigenar-se com facilidade em todos os lugares do planeta. Não descriminam religião, preferências sexuais, nem cor de pele. Não descriminam nada nem ninguém. As demais potências da antiguidade viam nisso uma “falta de nobreza”, porque elas descriminavam. Hoje os conceitos mudaram e provam que portugueses têm características de decência humanística e ambiental. Somos assim.
Entre 1980 e 1990 a Malásia se dedicou á industrialização no setor de informática e sua economia hoje depende principalmente das economias dos EUA, da China e do Japão. É uma economia forte, multi-setorial, exportando também matérias primas. Os países denominados “tigres asiáticos” são os principais investidores na economia malaia.  Segundo o Banco Mundial a Malásia e de uma lista de 183 países, é o 18º país onde é mais fácil fazer negócios, o melhor na obtenção de crédito (1º lugar), o 4º na proteção a investidores, e o 29º nas relações trans-fronteiriças.
Além disso, as fotos mostram o quanto a Malásia é um país desenvolvido. Numa viagem que fiz à Turquia, em 1994, aproveitamos, eu e minha esposa, para entrarmos numa excursão que saía de Ankara até quase a fronteira do Iraque, passando por Kaisery e Capadócia. Foram uma excelente companhia, e seus traços malaios eram realmente belos.
Eu amo a Malásia desde que lia os livros de Emilio Salgari. Quem sabe um dia ainda passo por lá.. 

© Rui Rodrigues







quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

A Relação Empresa x Empregado e os conceitos de moral e ética

A Relação Empresa x Empregado e os conceitos de moral e ética


(Expressando o que nunca expressei, apesar de toda a minha experiência internacional em grandes projetos). Que agora sirva para as novas gerações.

Salários de empregados – em qualquer nível – é função de mercado. O mercado varia de acordo com a economia. Economia em alta, os salários são mais altos e com economia em baixa, os salários baixam. É também uma questão de oferta e procura.

Empresas são entidades. Entidades têm uma personalidade calcada por “normas e procedimentos” elaborados por funcionários, aprovados pelas “diretorias”, estas também constituídas de empregados. Empresas são entidades com personalidade delineada pela inventiva, experiência, erros e fracassos de seus empregados. A diretoria normalmente pede opinião dos empregados e reconhece que não entende de modo amplo todos os aspectos que envolvem as atividades da empresa, exatamente pela quantidade de perguntas que fazem para uma nova ideia, uma nova norma, um novo procedimento, e porque ninguém neste mundo domina todos esses aspectos. Empregados usam a empresa, a empresa usa os empregados. Mas não há uma proporcionalidade entre os lucros das empresas e o trabalho dos empregados. Empresas ficam normalmente com todos os lucros, os empregados apenas com os salários. Pelas normas de mercado e pelas leis aprovadas em todos os países do mundo, isto é o “mercado” e assim julgado justo. Na realidade não é: Cada empregado contribui com uma porcentagem do lucro da empresa. Imaginando que 50% do lucro fosse destinado ás empresas, os outros 50% deveriam ser distribuídos pelos empregados, mas isto não  tem funcionado nem é incentivado. E provoca prejuízos para as empresas por falta de cooperação e dedicação totais por parte dos empregados que se sentem sem incentivo a produzir mais e melhor. Porque a falta de incentivo? Porque sabem que a empresa tem lucros e que contribuíram para isso. Mas terão que admitir, se quiserem participar dos lucros, que quando a empresa tiver prejuízos, terão que participar deles de igual forma.

O engenheiro de contratos, por exemplo, conhece ética, moral, técnica, administração, economia, direito e é geralmente um excelente negociador... Ele sabe de tudo o que é primordial para a empresa e gerencia o relacionamento entre a empresa e terceiros, tendo como bíblia, as leis do país e os contratos assinados com esses terceiros, por cuja elaboração ele é geralmente o responsável. O recurso a reclamações é um costume generalizado que visa aumentar o lucro contratual por parte desses terceiros. Um economista que seja empregado de uma empresa e que estabeleça um programa que a curto, médio ou longo prazo a desenvolvam significativamente, merece mais do que o simples salário, assim como um engenheiro ou qualquer funcionário... Estes fazem muito mais do que o trabalho para o qual foram designados. Dara lucros sem participar é deprimente.

O que a maioria das empresas não entende neste mundo moderno e menos submisso, é que assalariados  comissão caem no lugar comum de fazer apenas o essencial. Não raro vêm erros e não avisam porque acham que não vale a pena. Quando muito podem ganhar um pequeno aumento de salário. Uma meia dúzia consegue atingir postos mais elevados na empresa e até alcançar postos de diretoria ou de gerência, mas sem participação nos lucros, podem transformar-se numa dor de cabeça: subtrair lucros. Numa empresa em que trabalhei, e depois que saí, soube que um certo sujeito tinha alcançado a presidência da companhia. Essa companhia era apenas a maior do mundo em seu ramo. Estranhei essa pessoa ter atingido tal posição, mas cerca de dois anos depois veio a notícia que foi preso – parece que ainda está preso – por ter lesado seus patrões, um grupo de advogados, em milhões de dólares.


Em termos de gerencia de empresas, fazer inimigos pode animar o ego de qualquer gerente, mas para a companhia, isso não é bom. Que o diga a CIA ao contratar Ossama Bin Laden para seu corpo de operações. Bin Laden, insatisfeito, foi realmente uma tremenda dor de cabeça, e os EUA gastaram bilhões de dólares, talvez trilhões e ainda gastam a pesar de já estar morto. A Al Qaeeda continua em operação. Aqui no Brasil, as empresas de gerenciamento de construção praticamente acabaram. Parece que, ou não estavam capacitadas, ou se aproveitaram da ignorância de seus contratantes e clientes.
Em termos de gerenciamento de construção qualquer negociação é melhor do que um litigio, ainda mais no Brasil onde se sabe que a lisura da lei nem sempre está do lado certo... Mas para negociar, é preciso ter um conhecimento que raramente alguém tem neste mundo. Contam-se pelos dedos os expert em Reclamações (claims), do tipo que consegue encontrar não apenas cabelos em ovos, mas uma cabeleira...

E quando vemos obras do PAC no que se refere por exemplo à construção de Estádios e da transposição do rio São Francisco, sendo aumentadas por reclamação das empreiteiras, e porque os projetos estavam deficientes, dá para notar que há mais do que erro em projetos... Muito mais!


Um bom  negociador não avalia apenas o que está sendo negociado, mas suas implicações no futuro. 

© Rui Rodrigues
Engenheiro Civil


Curso de Claims pela Morrison Knudsen Int. Co. 

domingo, 5 de janeiro de 2014

O Poço dos Dragões



O poço dos Dragões.


Aos seis anos, meu pai foi-se embora. Deixou-me algumas recomendações em particular. Emigrou para o Brasil. Meu tio Miguel cumpriu bem a missão de acabar de me mostrar o que é ser homem. Quando eu me machucava, ou ralava os joelhos, ele me dizia o mesmo que meu pai: - Porque choras? Não é tão grave assim. Há desgraças muito maiores. E afinal, és o quê? Um homem ou um bicho? Logo percebi também que nossa dor não pode ser nunca proporcional ao mal que recebemos. Ela se limita à potência de nossa voz. Até certo ponto do estrago podemos compensar a dor com o grito e o choro, mas para lá desse limite, o estrago sempre ganha, e nosso choro e nossos gritos são incapazes de dar-lhe a dimensão da catástrofe... É nestas horas que mulheres choram baixinho, e os homens se conformam.


Então descobri o poço. É escuro, apertado, não tem escadas nem de corda, e é muito profundo. Entra-se nele de forma processual e sai-se dele da mesma forma, vencendo o processo. Beco sem saída nem é referência para um poço destes, porque lá no fundo existem dragões. São de vários tipos os dragões: Uns cospem fogo, outros são répteis de muitas patas, outros parecem morcegos alados, todos peçonhentos, mas não nos mordem o corpo. Só mordem, roem, amassam os nossos pensamentos quando estes sentem o impacto dos estragos que provocaram os temores e depois o medo. Por vezes nem passamos pela fase dos temores. O medo pode aparecer de repente.

Choro é medo. Medo provoca choro. Não podemos ter medo.

Assim cresci sem medos, porque os medos tolhem, e aprendi que se dermos atenção aos temores, mais do que eles merecem, logo se transformarão em medos. Avaliar os temores significa raciocinar sobre como eliminar as causas que os provocam. E ao raciocinarmos, encontramos soluções. E com s soluções, podemos ser felizes. Mais felizes, sem temores, sem medos. A felicidade está sempre em nossa bagagem de soluções para os temores e medos desta vida.

E é então, já com as soluções, que finalmente, em alguma fase de nossa vida percebemos que nunca houve poço, que os dragões são fantasmas inócuos, que se desfazem num mar de soluções. Por vezes pedi ajuda, que me dessem soluções. Raramente funcionou quando eu era criança, porque adultos pensavam diferente, e os amigos nem sempre tinham melhores soluções do que eu.  Então aprendi a “imaginar” que problemas poderiam advir de minhas atitudes, e mais tarde, na Universidade e mais tarde ainda em minha carreira profissional, a procurar as soluções mais efetivas e simples, sempre de olho nos problemas que poderiam causar. Tudo nesta vida é como descer num rio de soluções que de repente se vê abrir uma porção de braços de rio, como num delta, e só um deles nos leva á melhor solução. Quando o rio desagua no mar, sem braços de rio, há apenas uma solução que pode até não ser solução, mas que temos que enfrentar para ganhar o mar. Chegando ao mar pensaremos o que fazer. 

Minha vida foi e é muito equilibrada, sem doenças, sem “graves” problemas, sem desastres, sem acidentes, e não dispendo nem 1 erg (uma medida de energia) para pensar em cuidados. Toda a minha vida foi preparada para isso e se transformou numa pequena parte de meu cérebro, numa rotina fácil, que nem incomoda. Escuto por vezes conselhos para fazer isto ou aquilo, de uma forma diferente daquela que estou fazendo, mas quem me aconselha não pode imaginar o futuro que previ para várias hipóteses de soluções. E explicar, por vezes nem é conveniente, nem importante. Pode até ser nefasto, porque nunca sabemos como seremos interpretados, nem se somos capazes de explicar em todos os detalhes, espalhados pelo presente e pelo futuro, de nossas soluções e consequências.


Como disse os poços de dragão não são reais. São apenas consequência de nossos temores, de nossos medos. Mas uma vez visualizados, são terríveis. Dragões surgem com suas bocas enormes cuspindo fogo, fica difícil pensar em soluções se estamos de tal forma acossados, mas nossa postura é muito importante nessas horas. Podemos acovardar-nos e ficarmos encostados no fundo, sentados contra a parede, as mãos protegendo a cabeça, o rosto abaixado, ou ficarmos de pé, tentando desviar-nos das labaredas. Acabaremos por perceber que temos tudo o que precisamos para encontrar as soluções e que os dragões na verdade nem nos queimam.  

É a postura na vida que nos abre os caminhos para um futuro feliz. A “quantidade” de felicidade passa a ser um detalhe, e com um pouco de imaginação podemos concluir que a ausência de infelicidade não é algo neutro: É pura felicidade. Quanto nos custa? Ora, cada um tem um preço para a sua felicidade.

Felicidade é sempre grátis, não importa quanto paguemos por ela.


© Rui Rodrigues



sábado, 4 de janeiro de 2014

Das religiões



Das religiões


Quando comecei a construir minhas casas no Condomínio vi alguns carros depredados nas ruas mais afastadas, junto à reserva. Disseram-me para ter cuidado porque havia bandidos atuando na área e assaltando turistas. Depois disso, e ao longo dos dez anos até agora, foram várias as oportunidades em que bandidos apareceram para assaltar turistas e invadir casas cujos donos aparecem apenas em fins de semana esporádicos ou nas grandes festas como as de natal, Ano Novo, Carnaval, Páscoa. 
Notícias correntes na área dão conta de que todos já morreram. Só um deles foi preso.
Sempre reclamamos muito sobre a falta de atenção da polícia para a segurança do loteamento, mas não podemos esperar muito das autoridades, porque a instalação de energia elétrica sempre foi uma dificuldade, as ruas não são pavimentadas, não temos redes de água potável, de águas pluviais nem de esgotos. Para a prefeitura de Cabo Frio nem existimos, a não ser para nos cobrarem impostos e aprovação de projetos a maioria das vezes com caras “mais valias”. Onde está o erro?
O erro dos bandidos é imaginar que nunca serão apanhados, o da Prefeitura que ninguém do loteamento lhe moverá ação e se mover, a lei estará do lado da Prefeitura para empurrar o processo por tantos anos quantos sejam necessários.
Pensei em pedir ajuda a Deus, mas me ocorreu a dúvida de sempre: Será que Deus escuta esse tipo de pedidos, isto é, afastar bandidos do lugar e obrigar a Prefeitura a cuidar deste loteamento como deveria? Afinal, não pude vender nenhuma das casas que construí porque os possíveis compradores desanimaram pela falta total de infraestruturas. Pedidos constantes á prefeitura, tudo devidamente registrado não produziram efeito até hoje, nenhuma correspondência ou despacho ou satisfação dos Prefeitos.
Foi pensando nisto que fui até a praia com meu puçá para caçar alguns siris distraídos.
Foi-me impossível deixar de traçar um paralelo entre os siris e os prefeitos que já passaram pela prefeitura ao longo destes dez anos, porque logo que me vêm, os siris se enterram na areia tentando passar despercebidos.
Quando já tinha caminhado uns quinhentos metros sem ver sequer um siri, comecei a notar um vento mais frio e o céu mais escuro. Estava cheio de nuvens negras que avançavam rapidamente. Eu não escaparia da chuva. Iniciei meu caminho de volta os primeiros pingos grossos começando a cair. Molhado por molhado, resolvi parar e olhar a tempestade. Não deixava de ser linda a fúria da natureza, e um banho de chuva tem sempre o seu valor.
Como costumo fazer, abri meus braços, levantei a cabeça para o céu e fechei os olhos sentido toda a natureza envolvendo meu corpo. E ouvi então, como já estava ficando acostumado:
- Já ouviste dizerem, e já o disseste muitas vezes, que errar é humano. Claro que é. É uma verdade absoluta, sendo verdades absolutas aquelas que jamais mudarão, não importa quanto tempo possa decorrer, mesmo sendo infinito. Outra verdade absoluta é que este Universo sempre existirá. Outra ainda, que o Sol um dia se transformará de tal modo que não poderá proporcionar mais a vida neste planeta que habitas. Por isso a importância que devem dar ao desenvolvimento da ciência espacial. 
- Sendo tantas as preocupações da vida inteligente, assim a humanidade vem dando mais importância a umas coisas do que a outras. Assim, neste exato momento, a humanidade dá muita importância às religiões, aos jogos de futebol, aos relacionamentos de homens e mulheres, à moda e à aparência pessoais, e em caso de necessidades específicas ao que lhes falta. Como não sentem diretamente a necessidade – ainda – de um maior desenvolvimento das ciências espaciais, não pensam nelas: usam o dinheiro suado do povo para guerras, propagandas dos governos para dizerem que tudo está bem e progredindo.Isso lhes dá poder, dinheiro, boa vida, mas tudo é temporário. 
- Se olharem para trás, verão que até o momento, sempre houve uma fortíssima componente de preocupação de base religiosa, sacerdotes impondo a sua moral e de modo geral colocando a ciência como antagônica da religião, o que é um erro, porque sem ciência não há desenvolvimento e sacerdotes não são os mais indicados para discutir sobre a ciência por falta de estudos e conhecimento. 
- E olhando para trás, o que se pode constatar quanto ás religiões? Que simplesmente se fortaleceram em seus bastiões de credulidade, mantendo-se irredutíveis em seus conceitos que nunca são revistos para corrigir os erros humanos que as conceberam no passado distante, como se fossem verdades absolutas. A humanidade vai percebendo os erros, constatando a irredutibilidade na conservação desses erros pelos religiosos e vai se afastando delas. Não percebem os religiosos, de tão confortáveis que se sentem apoiados pelo estado, que deveriam sempre mudar para se atualizarem e ficarem sempre á frente da humanidade e não sendo corrigidos por ela, porque já é impossível esconder os erros...
- Há um muro numa cidade irlandesa dividindo cristãos de outros cristãos, e nenhum dos dois lados do muro está certo. Nem o muro. O mundo está cheio de muros. Está tudo errado por lá, assim como no mundo em geral. Cada religião quer que seu entendimento de “Deus” seja o melhor, o mais perfeito, e que Deus tem a sua preferência. Ora isto não é verdade. Deus, Eu, dos Universos, não posso ter preferência por um dos universos em detrimento dos outros. Não posso – porque não quero e assim tem que ser - abandonar um só grão de minha obra, assim como uma boa mãe ou um bom pai não dá preferência a um dos seus filhos ou filhas. 
- Zaratustra percebeu a existência de um Deus único – não foi apenas ele – mas o imaginou com muitos defeitos humanos. Os maias e Incas adoravam o sol e arrancavam corações humanos para aplacar a sua ira, como se o Sol, estrela ardente, permeada de explosões nucleares, pudesse exigir alguma coisa. Os egípcios embalsamavam seus corpos para que pudessem viver uma vida no além, como se o além fosse uma continuação da vida e fosse necessário preservar os corpos – só na aparência. Nunca se perguntaram, ao largar os pratos com comida para se alimentar no além, se não seria necessário também embalsamar os alimentos e manter os órgãos internos dos mortos para digeri-los. O povo inerte, absorto em seus pensamentos sem conhecimento, foi aceitando as predicas dos sacerdotes por medo e por esperança, enquanto estes se enchiam de ouro e bens doados pelos faraós e pelo povo. Estes exemplos são válidos nos dias de hoje. Mas quando o povo começa a perceber que vive num logro, a religião acaba. Subsistem aquelas para as quais o povo ainda não teve o conhecimento necessário para entender o logro. Acaso eu, Omo Deus, não teria o poder de vir ao mundo, e falando do céu, pairando nele, falar a todo o planeta o que quero, e como quero e quando quero? Todos sabem que sim, mas não raciocinam, e se deixam levar pelas falas dos sacerdotes porque os atemorizam com o inferno e lhes dão a esperança do céu se fizerem o que eles mandam. Então, quando aparecem as doenças venéreas, dizem para não usar preservativos, sabendo que como parte da vida existe o sexo que dá prazer, assim como o vinho. Não é para exagerar, mas para usar com decência tudo o que no mundo está disponível e não faz mal á saúde, porque o que atenta contra a saúde, atenta contra a vida que deve ser preservada, porque eu a dei ao Universo. 

Ouvi um latido vindo em minha direção. Era o cachorro meu amigo, o Oreba, que conseguira esgueirar-se pelo portão que eu deixara mal fechado. Veio com as patas no meu peito, correu à minha volta, latiu, riu, e parou de repente, sentando-se á minha frente e olhando para mim, a língua pendente em respiração agitada e alegre.
Oreba tinha uma boa vida, livre de preocupações, comida e água á vontade. Era feliz comigo e eu feliz com ele.
Se toda a humanidade fosse feliz comigo, eu seria feliz com ela, mas ela só pode ser feliz comigo se eu for feliz com ela. 
Cheguei encharcado em casa.

Era o décimo  dia, e a décima vez que me acontecia.  


₢ Rui Rodrigues 

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Ouvindo a voz do Brasil – Cabo Frio

Ouvindo a voz do Brasil – Cabo Frio

Quando tinha automóvel (tive muitos, zero, cheguei a ter dois de uma vez só) para comprar jornal, pegava o carro e ia até o jornaleiro. Em 2008 acabei com isso. Quando preciso mesmo, chamo taxi. Viagens interestaduais, em ônibus, com motorista particular enquanto durmo. Nenhum guarda me pega de mau jeito para me extorquir uma graninha, não tenho que levar automóvel a vistorias, não pago multas, e só me preocupo com o preço da gasolina porque se reflete em todos os artigos que uso em minha vida. Tenho uma bicicleta para usar no loteamento, porque as estradas estão cheias de malucos que pensam que sabem dirigir. Posso dizer que nunca bati, mas capotei uma vez no Rio Grande do Sul.

E há uma vantagem muito grande de andar em ônibus: Ouve-se a voz do Brasil!

Ontem, dia 2 de janeiro de 2014, por volta das 08:30 da manhã já fazia um calor de rachar em Cabo Frio. Nesses dias a cidade do Cabo fica Quente. Saí de casa a pé até o ponto de ônibus que fica a cerca de 1.000 metros daqui de casa. Já nos primeiros duzentos comecei a sentir os efeitos do calor: Um pouco de suor, e uma vontade leve de aproveitar uma carona. Foi o que aconteceu. Um vizinho me deu carona até o ponto de ônibus. Encontrei por acaso um amigo que estava no ponto e que ia comprar cigarros no Porto do Carro. Parece que lá tem uma loja de cigarros “importados” sem imposto, que ficam pela metade do preço. Por isso ele ia tão longe e embora tenha automóvel, preferiu ir de bicicleta até a portaria, deixa-la por lá com cadeado. Cheguei ao Jardim Esperança para fazer uma consulta com um odontologista, o Ricardo. Atendeu-me, mas avisou que estava tudo fechado, todos os laboratórios e que era melhor eu voltar lá na terça-feira, que sábado estaria com o meu implante pronto. Reclamou que queria trabalhar, por isso estava aberto, mas que o transito em cabo Frio e a falta de água levava os laboratórios a fechar. Todo o comércio que não vivia de “porta de rua”, estava fechado: Entrava prefeito, saia prefeito, nada mudava. Então saí e fui para Cabo Frio. Sabia que os bancos estavam funcionando e aproveitei para dar uma passada no Itaú, ali bem no canal de Itajurú. Aproveitaria e tomaria uma cervejinha e comeria um acarajé. No ônibus, logo que me sentei, um idoso como eu se acercou perguntando se podia sentar. Disse-lhe que claro que sim, porque o lugar ao meu lado estava vazio, bem junto à janela. Ele deu uma parada, e me perguntou: No Sol? (claro que o sol batia na janela e eu tinha-me sentado desde o inicio na cadeira do corredor). E eu disse que era a única que estava vazia. Então ele sentou. Claro que não conversamos mais nada. Detesto quando alguém me tenta demonstrar que tenho cara de anjo que dou para os outros de mão beijada e sem motivo o que a sorte me concedeu, ou que tenho cara de otário facilmente impressionável. Se eu gostasse de discutir teria ali um bom motivo.

Cheguei a Cabo Frio e aproveitei para apanhar a segunda via da conta da AMPLA. Meu relógio fica no terreno de um vizinho porque a Ampla na oportunidade não tinha postes na minha rua. Há dez anos que me pedem que faça um projeto para que eles coloquem o relógio no muro do condomínio. Há dez anos que recuso fazer desenho para uma coisa tão simples. Então a Ampla parou de deixar a conta na minha caixa de correio. Deixa na portaria. Um vizinho meu do condomínio que mandou instalar relógio quando já havia postes na rua, tem sua conta deixada pela Ampla na caixa do correio. Um dia destes fui fazer uma procuração e o cartório não aceitou a conta da Ampla como comprovante de residência porque se tratava de uma segunda via. O garoto da portaria, procurou, procurou, e não encontrou as minhas contas originais no meio de uma papelada de efeito montanha em 3D. Em compensação, me disse para lhe devolver uma listagem de residentes e endereços, que eu não peguei... Até pelo facebook me pediu que devolvesse o documento, alegando que entendia as razões pelas quais eu teria subtraído o documento. Nunca entendi duas coisas: O que ele “entendeu”, e porque não se perguntou: Mas o Rui é pessoa do tipo que rouba documentos? Evidentemente que ele mesmo encontrou o documento em sua própria mochila... Sujeito organizado de portaria é assim mesmo...

Mas havia avisos em papel A4 na porta da Agência: Estavam fechados para nossa própria segurança (que raios é isso de nossa própria segurança?) e só abririam na segunda feira. Na porta do banco, um grupo de pessoas comentava que banco era aquele... O ar condicionado sempre deficiente, poucos caixas, filas imensas, que tem um lucro fabuloso e que nem tem grampeadores – e nem grampos- para grampear comprovantes aos canhotos. Alguém falou mal do PT, mas já estou tão habituado a isso que nem me lembro bem do que disseram, mas incluíram Lula e Dilma no discurso. Resolvi voltar para casa, mas antes daria uma passada no supermercado para comprar duas garrafas de vinho e umas frutas. Resolvi que faria isso no Jardim Esperança, porque o supermercado ficava mais próximo do ponto de ônibus do que os supermercados de Cabo Frio, perto do canal, e são mais baratos. Ainda no ponto do ônibus voltei a ouvir falar mal do PT e agora do governador do Estado do Rio de Janeiro: O ônibus demorou mais de meia hora. No ponto nem existe tabela com horário dos ônibus, uma frota que está velha, com a chapa das carrocerias desalinhadas, denotando exaustiva manutenção e a velha frase que entra prefeito e sai prefeito e nada muda. Além de ônibus, faltava água na cidade e o crime em ascensão.
Por causa do sol, desviei-me um pouco para a sombra de uma palmeira (os bancos das paradas de ônibus da cidade não foram projetados para o movimento do Sol. Só funcionam dando sombra quando o sol está a pino). Uma moça falava pelo celular, em baixíssimo calão. Falava com a amante do marido. Pude perceber – não sou surdo e ela não economizava o som – que a amante lhe estava devolvendo o marido. A traída ao telefone, dizia que não se importava que ele voltasse, mas que ele era um frouxo que nem tinha transado com a sua melhor amiga porque esta recusara, e que a amante dele (com a qual falava) era uma piranha, prostituta. Ele era da marinha. Fiquei pensando com os meus botões se a melhor amiga não teria mesmo transado com o marido, se a amante estava devolvendo o marido da outra por dupla traição, e se ela se importava ou não que o marido voltasse, mas minhas duvidas se esvaneceram quando a moça do telefone disse à amante do marido que nada seria como dantes, porque ela já tinha traído o marido e voltaria a trair. Certo que era uma conversa de piranhas a respeito de um piranho, fui comprar uma garrafa de água gelada. A primeira garrafa que o vendedor me deu estava quente. Pedi que trocasse. Ele enfiou a mão no fundo do isopor e me deu uma bem gelada. Não foi por preguiça do vendedor... As garrafas no fundo são apenas para quem reclama. O resto dos fregueses bebe água morna.

Acabei por ficar sobrecarregado. No hortifrúti perguntei se podia arranjar um taxi. Informou que se eu fosse numa loja que me indicou, a dona me arranjaria. Não achei nada estranho, porque por aqui, onde nada funciona, tudo funciona! O marido dela é o próprio taxista, fatura mais de seis mil por mês só no “taxi”, e é pastor de igreja que já foi arrebatado e faz curas com as mãos. Eu não fiquei nem um pouco impressionado com tanta eficiência e prodigalidade de perfil empreendedor, mas fomos conversando sobre religiões. Disse-me entre outras coisas que já tinha passado por crimes, mas que depois de ter entrado para a igreja era um novo homem, seguindo as escrituras e tudo o que nelas estava escrito porque era a verdade. Que não gostava da igreja católica porque eles adoram a Maria, mãe de jezuis,  e como a conversa se iria alongar por aí, eu lhe respondi que pior era, mesmo com as escrituras, terem passado a adorar mais a Jesus do que a Deus, o verdadeiro, pai de Jesus... E mudamos de assunto.

Futuramente só vou usar os serviços deste “fabuloso” pastor, até porque o preço dele ainda é mais barato do que o dos taxis piratas de Cabo Frio...

Quando cheguei a casa, senti-me em casa, embora meio cansado. Não tinha feito quase nada, saíra quase à toa, e tudo nesta vida era quase um quase, nada certo.

Mas é a voz do Brasil!.. E estou louco para voltar o outono, o inverno e a primavera.


© Rui Rodrigues

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Uruguai e Colorado liberam maconha



Uruguai e Colorado liberam maconha

 



Claro que crescemos em meio a uma falsa moral... Sempre foi assim, desde que os seres humanos levantaram as duas patas da frente do chão, e passaram a usa-las como apontadores de defeitos e como armas... Herdamos sempre uma parte da moral de nossos pais, familiares, amigos e do meio em que vivemos, e nós mesmos, sempre que podemos, saímos dela para "modificar" o mundo.. E o mundo vem sendo modificado dessa forma... De tal modo que podemos dizer sem medo de errar, que moral é coisa do passado. Não existe uma cartilha "moral" ou uma "lei da moralidade"...
Que o capital é amoral, já o sabemos desde Ciro, aquele rei do Oriente Médio que inventou a primeira moeda, o dinar, o "dinario", coisa que os comunistas copiaram, amoralizando os "favores". Favores e dinheiro são exatamente a mesma coisa...
E por favores e dinheiro, Mujica liberou a maconha, a Canabis Sativa no Uruguai... Isso - concordo plenamente- acabará com o tráfico de drogas e os impostos reverterão para o benefício público... A questão da moralidade no uso de drogas, fica para segundo plano... Mas no Colorado, onde na ultima semana do ano já passado foi liberada, incluindo plantação própria, espera-se muito mais: Lucros com o turismo...
Se tenho alguma coisa contra ? Talvez até possa ter, mas tenho que reconhecer que a turma gosta de uma canabis, e que droga em mão de traficantes é muito pior para a sociedade do que na mão de governantes... Embora, e mais uma vez, não haja assim tanta diferença entre governantes e a turma do tráfico... Nós, somos consumidores viciados. Uns em democracia frouxa demais, aceitando proibições e pagando caro, outros, além disso, das drogas chamadas "leves"...
E da forma como a moral muda, fumar cigarros de tabaco, está sendo muito mais pesado do que fumar maconha... Um dia, a grande e pior droga, ainda será considerada como sendo o tabaco... Heroína, cocaína, e outros, serão leves, liberadas, usadas em qualquer lugar...

E se eu viver pelos menos mais umas duas décadas, veremos Prefeitos distribuírem gratuitamente baseados entre a população que queira assistir aos seus “shows” “grátis” de propaganda política pessoal pagos a peso de ouro com o dinheiro público. Guimbas de cigarro jogadas no chão pagarão multa, proibido fumar tabaco...

₢ Rui Rodrigues



http://www.washingtonpost.com/politics/marijuana-sales-commence-in-colorado-for-recreational-use/2014/01/01/977040d0-7320-11e3-8b3f-b1666705ca3b_story.html?hpid=z1

quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

2014, fazendo amigos e o que será um bom ano !





2014, fazendo amigos e o que será um bom ano !


Se meu intuito nesta vida fosse fazer apenas "amigos", dir-lhes-ia coisas lindas de ver, sentir e ouvir, como músicas, flores, naturezas vivas, tudo com muita esperança, como se costumava dizer ás moças a conquistar, em leitos de extrema unção ou em filas de condenados cristãos que se dirigiam para o Coliseu destinados a serem comidos pelas feras... Estas pessoas são consideradas simpáticas e vivem cheias de amigos.

Tento sempre ser aquele que vem antes, aquele que mesmo nem sendo amigo, mas jamais "amigo", alerta para o que vejo, e neste processo, a simpatia não é predicado nem função. pelo contrário, soa mais como o sargento que leva a carta de baixa à família do soldado caído em campo de batalha, que cuida mas não adula, que traz na frieza da realidade o amor desinteressado. Este tipo de pessoa pode ser qualquer coisa, mas nem sempre simpática quando se trata de falar sobre suas realidades. Nem todos são amigos de pessoas assim, porque por vezes lhes destroem a ilusão, e toda a ilusão é cega de nascença. Neste mercado, os que se salvam ficam com o alerta, mas costumam afastar-se dos que lhes deram o aviso.

O mundo, este mundo, é assim... Vamos a shows "pagos" pela Prefeitura, mas nem evitamos que alguns se desvalidem - os desvalidos - nem os visitamos em sua desvalença.

Ou o Brasil muda em 2014, aproveitando-se das eleições, ou o Brasil será mudado com duração indefinida por décadas e décadas até que desperte. Se não formos doentes da surdez tácita auricular - ouvindo apenas o que nos faz sentir "bem" - saberemos que resposta dar aos que usam a democracia para se perpetuarem no poder e obter vantagens próprias, e os há em todos os partidos, essas instituições que nos empurram os candidatos que querem e lhes ordenam o que fazer: Votar sim ou não, dividir os cargos, os salários, as benesses...

Mas de todos os partidos, um deles é pior do que todos os outros somados: O tal do PT... Uma instituição que quer o poder a qualquer custo, dominada por líderes de esquerda que já foram guerrilheiros e cujos métodos avançam sobre o mar do marasmo democrático dos que têm fé e escutam as vozes que lhes falam de coisas lindas de ver, sentir e ouvir, como músicas, flores, naturezas vivas, tudo com muita esperança, como se costumava dizer ás moças a conquistar, em leitos de extrema unção ou em filas de condenados cristãos que se dirigiam para o Coliseu destinados a serem comidos pelas feras... Uma delas é acabar com a pobreza, o fome zero, levar água ao Nordeste, melhorar as estradas, portos e aeroportos, levar água a todas as casas, energia para todos, conseguir levar educação a todos os lares, coisa que apenas quatro países nórdicos conseguiram...

O PT é como a caixa econômica federal... Cheio de dinheiro público, que incita ao jogo - que é proibido neste país - fazendo-nos crer que podemos ganhar ainda que não haja a mínima chance...

₢ Rui Rodrigues

http://conscienciademocrata.no.comunidades.net/