A
Relação Empresa x Empregado e os conceitos de moral e ética
(Expressando
o que nunca expressei, apesar de toda a minha experiência internacional em
grandes projetos). Que agora sirva para as novas gerações.
Salários
de empregados – em qualquer nível – é função de mercado. O mercado varia de
acordo com a economia. Economia em alta, os salários são mais altos e com
economia em baixa, os salários baixam. É também uma questão de oferta e
procura.
Empresas
são entidades. Entidades têm uma personalidade calcada por “normas e
procedimentos” elaborados por funcionários, aprovados pelas “diretorias”, estas
também constituídas de empregados. Empresas são entidades com personalidade
delineada pela inventiva, experiência, erros e fracassos de seus empregados. A
diretoria normalmente pede opinião dos empregados e reconhece que não entende
de modo amplo todos os aspectos que envolvem as atividades da empresa, exatamente
pela quantidade de perguntas que fazem para uma nova ideia, uma nova norma, um
novo procedimento, e porque ninguém neste mundo domina todos esses aspectos.
Empregados usam a empresa, a empresa usa os empregados. Mas não há uma
proporcionalidade entre os lucros das empresas e o trabalho dos empregados.
Empresas ficam normalmente com todos os lucros, os empregados apenas com os
salários. Pelas normas de mercado e pelas leis aprovadas em todos os países do
mundo, isto é o “mercado” e assim julgado justo. Na realidade não é: Cada
empregado contribui com uma porcentagem do lucro da empresa. Imaginando que 50%
do lucro fosse destinado ás empresas, os outros 50% deveriam ser distribuídos
pelos empregados, mas isto não tem
funcionado nem é incentivado. E provoca prejuízos para as empresas por falta de
cooperação e dedicação totais por parte dos empregados que se sentem sem
incentivo a produzir mais e melhor. Porque a falta de incentivo? Porque sabem
que a empresa tem lucros e que contribuíram para isso. Mas terão que admitir,
se quiserem participar dos lucros, que quando a empresa tiver prejuízos, terão
que participar deles de igual forma.
O
engenheiro de contratos, por exemplo, conhece ética, moral, técnica,
administração, economia, direito e é geralmente um excelente negociador... Ele
sabe de tudo o que é primordial para a empresa e gerencia o relacionamento entre
a empresa e terceiros, tendo como bíblia, as leis do país e os contratos
assinados com esses terceiros, por cuja elaboração ele é geralmente o responsável.
O recurso a reclamações é um costume generalizado que visa aumentar o lucro
contratual por parte desses terceiros. Um economista que seja empregado de uma
empresa e que estabeleça um programa que a curto, médio ou longo prazo a
desenvolvam significativamente, merece mais do que o simples salário, assim
como um engenheiro ou qualquer funcionário... Estes fazem muito mais do que o
trabalho para o qual foram designados. Dara lucros sem participar é deprimente.
O que a
maioria das empresas não entende neste mundo moderno e menos submisso, é que assalariados comissão caem no lugar comum de fazer apenas
o essencial. Não raro vêm erros e não avisam porque acham que não vale a pena.
Quando muito podem ganhar um pequeno aumento de salário. Uma meia dúzia
consegue atingir postos mais elevados na empresa e até alcançar postos de diretoria
ou de gerência, mas sem participação nos lucros, podem transformar-se numa dor
de cabeça: subtrair lucros. Numa empresa em que trabalhei, e depois que saí,
soube que um certo sujeito tinha alcançado a presidência da companhia. Essa
companhia era apenas a maior do mundo em seu ramo. Estranhei essa pessoa ter
atingido tal posição, mas cerca de dois anos depois veio a notícia que foi
preso – parece que ainda está preso – por ter lesado seus patrões, um grupo de
advogados, em milhões de dólares.
Em termos de gerencia de empresas, fazer inimigos pode animar o ego de qualquer gerente, mas para a companhia, isso não é bom. Que o diga a CIA ao contratar Ossama Bin Laden para seu corpo de operações. Bin Laden, insatisfeito, foi realmente uma tremenda dor de cabeça, e os EUA gastaram bilhões de dólares, talvez trilhões e ainda gastam a pesar de já estar morto. A Al Qaeeda continua em operação. Aqui no Brasil, as empresas de gerenciamento de construção praticamente acabaram. Parece que, ou não estavam capacitadas, ou se aproveitaram da ignorância de seus contratantes e clientes.
Em termos de gerencia de empresas, fazer inimigos pode animar o ego de qualquer gerente, mas para a companhia, isso não é bom. Que o diga a CIA ao contratar Ossama Bin Laden para seu corpo de operações. Bin Laden, insatisfeito, foi realmente uma tremenda dor de cabeça, e os EUA gastaram bilhões de dólares, talvez trilhões e ainda gastam a pesar de já estar morto. A Al Qaeeda continua em operação. Aqui no Brasil, as empresas de gerenciamento de construção praticamente acabaram. Parece que, ou não estavam capacitadas, ou se aproveitaram da ignorância de seus contratantes e clientes.
Em termos
de gerenciamento de construção qualquer negociação é melhor do que um litigio,
ainda mais no Brasil onde se sabe que a lisura da lei nem sempre está do lado
certo... Mas para negociar, é preciso ter um conhecimento que raramente alguém
tem neste mundo. Contam-se pelos dedos os expert em Reclamações (claims), do
tipo que consegue encontrar não apenas cabelos em ovos, mas uma cabeleira...
E quando vemos obras do PAC no que se refere por exemplo à construção de Estádios e da transposição do rio São Francisco, sendo aumentadas por reclamação das empreiteiras, e porque os projetos estavam deficientes, dá para notar que há mais do que erro em projetos... Muito mais!
Um bom negociador não avalia apenas o que está sendo negociado, mas suas implicações no futuro.
© Rui
Rodrigues
Engenheiro
Civil
Curso de
Claims pela Morrison Knudsen Int. Co.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Grato por seus comentários.