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quinta-feira, 23 de abril de 2015
Gregos, turcos, alemães, austríacos, e a discórdia...
Há muitos aspectos determinantes das tendências humanas, mesmo em função da natureza, que não são apenas geografia, economia e política...Nesse grupo se trataria de "aberrações" que em princípio não parecem se justificar, mas que tal como atratores na teoria do Caos estão agregando "massas" num turbilhão que não sabemos para onde iremos. Creio que sei: para mais um conflito mundial, quem sabe, sem fim bom para ninguém...
É o caso da Grécia que pediu indenização da SEGUNDA guerra à Alemanha para fugir de uma dívida econômica provocada por seus próprios governantes. Embora pareça não haver relação entre os fatos, a Turquia recolheu hoje seu embaixador em Viena, a pretexto do reconhecimento do genocídio dos Armênios na PRIMEIRA guerra mundial.
Grécia e Turquia estiveram seriamente envolvidas nestas duas guerras. A Turquia existia como Império Otomano na primeira guerra mundial quando houve o massacre de Armênios. (de 1 a 1,5 milhões de Armênios). O Império Otomano, imenso (incluía Líbia, Egito Servia, Herzegovina e outros) , foi desfeito após invasão dos aliados e surgiu a Turquia como reminiscência em 1922. Na segunda guerra manteve-se neutra mas alinhou ao lado dos aliados quase no final.
A Grécia entrou ao lado dos aliados na primeira guerra mundial e participou na invasão da Turquia. Na segunda, neutra, foi invadida pela Alemanha e libertada pelos aliados.
Agora, logo após o problema da Grécia em confronto com os alemães, surge o caso da Turquia que ao retirar seu embaixador da Áustria, parece aliar-se à Grécia contra a Alemanha, já que a Áustria e a Alemanha, de mesma língua, já através do Anschluss foi unida por Hitler á mesma causa da segunda guerra..
E não podemos esquecer a eterna disputa de influência na ilha de Chipre entre gregos e turcos.
Há algo de “interessante” no ar... Ao qual certamente nem Russia, nem EUA nem China estarão alheios ....
http://www.lemonde.fr/europe/article/2015/04/23/reconnaissance-du-genocide-des-armeniens-la-turquie-rappelle-son-ambassadeur-en-autriche_4620893_3214.html
quarta-feira, 22 de abril de 2015
Petrobrás - Uma breve história de balanços
1 - Até 2014 a Pricewaterhouse Coopers (PwC) vinha assinando
e atestando os balanços da Petrobrás sem problemas, embora Pasadena já tivesse
sido mal comprada, A Petrobrás tivesse perdido a usina da Bolivia, tivesse
feito maus negócios com outra na Argentina, e as propinas rolassem soltas. Como
se lê nas camisetas ao desembarcar na Jamaica - "Jamaica no Problem",
aqui também, "Petrobrás - até então - também no problem"
2- De repente, alguém caguetou
os maus negócios da Petrobrás, as propinas e as roubalheiras, dizendo até que
não tinham certeza de ser desde antes, mas que a partir de 2002 se
INSTITUCIONALIZOU. A Pricewaterhouse Coopers (PwC) se apressou a negar apor a
sua assinatura nos balanços da Petrobrás... A batata era muito quente. Como que
uma empresa dessas não sabia o cheiro do chorume?
3- Numa operação limpeza, corre-se para esclarecer mercados
políticos e econômicos, trocam-se os cabeças - a Dilma nem queria, a inocente
economadária- culpam-se os pescoços, livram-se as pernas e dando-se de braços,
mandam o Levy aos EUA nas vésperas de sair o balanço...Toda criança adora um
balanço...
4 - E sai o resultado hoje... Prejuízo de cerca de 22
bilhões... Em 2014 !!!!
5- Assim pensaram... A Pricewaterhouse Coopers (PwC) fica limpa
porque só analisa os resultados deste ano e os acumulados prejuízos dos anos
anteriores?
6- O Mercado e os investidores ficarão satisfeitos porque as
ações voltarão a subir, a Petrobrás conseguirá distribuir lucros (de onde virá
o dinheiro dos "lucros" ? Do BB, da Caixa ou do BNDES? Será que vem
dos fundos de pensão? Do Imposto de Renda? Ou dos desvios dos Ministérios para
pagar a conta da Petrobrás?
7 - Que mercado aceitará esta merreca de 22 bilhões, se já
se fala por baixo em 200 bilhões e deve ser realmente da ordem do trilhão ????
A Pricewaterhouse Coopers (PwC) dirá: Só assinamos o balanço deste ano... O PT
dirá que o prejuízo foi menor que o imaginado e que a oposição exagerou...
São capazes de desmontar o Moro por exagerado, repor a
Foster na presidência e dar a todos os corruptos uma medalha de São Jerônimo
Amanhã teremos a resposta do mercado. Muita gente passará
acordada fazendo contas.
® Rui Rodrigues
A 22 de Abril de 1.500
As madeiras, os cordames e os panos assinalados e chiantes que por mares
nunca dantes navegados chegaram a 22 de Abril.
Se não fossem os portugueses, outros seriam... Talvez os que
originaram a cubanos, venezuelanos, bolivianos, guianenses, liberianos,
quenianos, congoleses, surinameses (maroons?)... Mas se o Brasil não comemora o
22 de Abril de 1500 - aniversário hoje - Quem sou eu para comemorar?
Então comemorarei o feito fantástico de acharem que a Terra
era redonda, que o mar não se transformava em água fervente, que era a
Lua que rodava ao redor da Terra e esta ao redor do Sol, que a Terra não era
suportada por tartarugas e à valentia e engenhosidade de se montarem em naus de
madeira, cordas e velas chiantes e se fazerem destemidamente ao mar oceano..
O PT no governo também não dá muita importância á história e
como Pátria Educadora deixa muito a desejar em suas comemorações..
Parabéns então, irmãos brasileiros e portugueses! E Viva o
BRASIL!
® Rui Rodrigues
Volta ao mundo em 8 minutos.
Já fizeram a
volta ao mundo em 80 dias num balão, e quando chegaram ao final havia um
problema de fuso horário que salvou a honra não sei de quem. Já não lembro nem
vou reler a história só por causa disso. Mas sei que quem escreveu foi um cara
que gostava muito de viajar e até foi á Lua numa cápsula disparada por um
canhão. Chamava-se Julio Verne e escreveu no tempo em que ainda não havia nem
Hollywood nem “Hollyhood”, nem televisão. E se vivesse hoje como daria a volta
ao mundo?
No trem
bala da Dilma, impossível. O PT e ela mentem muito e gastam mais ainda. O
projeto nem saiu do papel e até já gastaram quase toda a verba só em falar
dele. De avião demoraria uns dois dias, o que significa que ou a Terra é muito
grande ou nossos aviões são uns pangarés dos ares aos quais só falta parar nos
ares para pastarem alguns barris de petróleo por uns minutos. Mas não do
pré-sal, que esse é produto da importação de outros países e “etiquetado” como
pré-salino. A viagem tem que ser “impactante” para prender a atenção dos
Iphadianos e dos Uátzapistas que passam o dia e a noite grudados nesses
aparelhos, escrevendo só consoantes, e rindo pra dentro para não pagarem mico.
Fazem isso até dirigindo automóveis, mas só enquanto não se esborracham contra
outro automóvel, caminhão, trem ou a porta da garagem... Depois fica tudo mudo,
não se vê nada, nem se sente frio, e no dia seguinte é o enterro com flores
recicladas que já foram usadas no enterro de meia hora atrás no mesmo
cemitério. Só trocam as fitas com o nome do morto.
Nossa
viagem à volta da Terra para ser completada em oito minutos começa agora via
NET, numa máquina do tempo chamada memória. Os amigos leitores nem notaram, mas
já partimos e chegamos a Londres. É lá o nosso ponto de partida.
A ponte
continua no mesmo lugar, a Torre também, e a monarquia tem agora mais um bebê
com pretensões ao trono. A população não foi avisada de nossa chegada e por
isso está todo mundo muito fleumático, sem chapéus de coco como antigamente,
mas os ônibus vermelhos continuam com dois andares. O que acabou foram as
cabines telefônicas. O centro da cidade foi todo comprado por ricos
estrangeiros, porque na Inglaterra já não há muitos. E quando me preparava para
partir, já havia chegado a Paris. A memória é muito rápida.
Mas não
desci em Paris. Anda muito suja por causa da falta de verbas. Todo mundo anda
economizando e guarda o dinheiro não se sabe onde que ele desaparece para tudo.
Aquela Paris bucólica e citadina dos tempos de Jacques Tati não existe mais. Todo
mundo apressado, louco para chegar em casa e pegar seus Iphodes e Uátzapes, que
ir ao Ópera de Paris está muito caro e o gosto caiu. Até o circo do Soleil foi
vendido para uns chineses que estão comprando o mundo a preço de banana.
Ainda
deu para ver a Torre Eiffel e os barcos quase vazios de turistas do Sena, mas
já estava em Xangai. A memória é muito rápida e passou lotada por Berlim, onde
sei que a Merkel está, fumando um cigarro às escondidas no banheiro da casa
onde mora. Todos os que chegam com presentes em casa dela pergunta se é
presente de grego. Sofre dessa paranóia por causa de uma dívida de guerra do
tempo dos nazistas, e da qual ela não tem culpa nenhuma, mas os gregos dizem
que sim. Se ela topasse pagar alguma dívida, a Alemanha ficaria pobre e o mundo
inteiro apresentaria fatura. Os gregos não entendem. Falam outra língua!
Em Xangai,
a primeira coisa que fiz foi perguntar a um vendedor de carne de cachorro, o
que havia mudado na vida dele desde que a China tinha deixado de ser comunista.
Ele esticou os olhos a ponto de as orelhas quase se soltarem, abriu a boca num
fechado “O” e disse-me: - Não sabia!... Para mim, continuamos comunistas, e não
mudou nada. Já vendo cachorro quente desde os tempos do Mao Tse Tung. Nunca
ganhei nem mais nem menos. Desde então sempre comi arroz feito em casa com o
que sobra dos cachorros-quentes. O sabor é que está diferente por causa da
poluição. Agora praticamos Kung-Sifu, e na lareira por falta de madeira estamos
queimando livros vermelhos da época do Mao. Um parente dele é que imprimia os
livrinhos. Queimamos também aqueles bonés redondos cor de bosta para atiçar o
fogo. E nem ele tinha acabado de falar quando cheguei a S. Francisco da
Califórnia. Nenhum país ainda era comunista ou socialista, porque querem ter
dinheiro para poderem distribuir, e sem um sistema produtivo, capitalista, é
impossível.A população por lá não diz Xangai... Diz Xingai ! Xingai! Assim como os japoneses já disseram Banzai. Banzai... Estão paus da vida. Meia duzia de ricos e o resto que são bilhões todos pobres ganhando 50 dólares por mês.
Estava me
perguntando porque a volta ao mundo é sempre no Hemisfério norte sem passar
pela metade debaixo do planeta Terra, que nem é de baixo (mania que têm de representar
o planeta sempre com o pólo norte para cima) quando olhei o relógio... Nossa...
Tinham passado mais de sete minutos. Assim voltei logo a Londres e de lá voltei
ao Brasil.
Mesmo em cima da hora, vi passar uma bala perdida, li as notícias
dos jornais, e percebi que o governo está governando com a cabeça na Lua, o
estômago numa cozinha de luxo, o alfaiate preparou roupas com bolsos que são
alforjes para guardar a grana, que os sutiãs e calcinhas de governantes são
autênticos cofres, e até as meias, e que não têm mãos a medir para capitalizar
todo o centavo que podem. Perguntei-me: Mas que país é este?
E o guarda
do aeroporto me disse que também não sabia, e que não adiantava perguntar,
porque todos os 200.000.000 de habitantes se perguntavam o mesmo. Olhei o
relógio: Oito minutos cravados. Peguei meu velho PC, liguei na Net e li:
Governador de Minas sob vaias condecora Stédile com a medalha de Tiradentes.
Acho que foi só para irritar. Peguei a foto da presidente, dos presidentes do
senado e da câmara, a de um pato rouco sem um dedo e uma estrelinha, adicionei uma porção de pimentas amassadas para se transformarem num pimentel, pus tudo
no vaso sanitário e aliviei os meus intestinos. Depois dei descarga! Atos
simbólicos são assim! Cada um caga no que quer.
® Rui
Rodrigues
terça-feira, 21 de abril de 2015
Quando fui o gerente do Paraíso
Quando um
dia me chamaram para ser chefe do Paraíso, deram-me as chaves e as instruções. Musica
clássica todos os dias durante o dia todo. Nunca houve problema até por volta
de 1920, quando começaram a chegar os primeiros daquela década...
Um belo
dia, entre uma música e outra, ouviu-se alguém elevar a voz e perguntar:
= E vai ser
só musica clássica? Não vai ter Lindy Hop?
E outra voz
se elevou, e como a cada década morre mais gente que na década anterior, já eram
muitos os que queriam escutar lindy hop em vez de musica clássica. Resolvi então
dividir o dia em duas partes: Lindy hop pela tarde, e clássica pela manhã...
Mas depois
chegaram os da década de 30, 40, e quando chegaram os de 50, foi um rebuliço,
porque tínhamos que ouvir muitos tipos de música... E aquele rock era de matar!...
Até que
chegou o chefão e mandou desligar a vitrola celestial. o Paraíso tinha virado
um inferno. Mas não foi por causa dos gêneros de musica... Foi pela dissidência
entre os condôminos, cada um querendo a sua, segundo o chefe, mas para mim foi porque o chefão já não
aguentava tanto barulho e não podia continuar dormindo como parece estar desde o big-bang...
Por aqui a
musica que vem de palácio é sempre a mesma coisa, que mais parece o roer de
ratos, ratazanas, roedores de todos os tipos, incluindo uma anta gigantesca que
é quem abre os pacotes de papel impresso, e notificado, devidamente pelo tesouro
nacional.
® Rui
Rodrigues
Tadinha... Ela tem 84 aninhos, virou neném...
Dona Ruth Moreira se indigna com Dilma e pergunta onde está
a Maçonaria, o Rotary, o Lyons, a CNBB, a OAB... Vou tentar explicar da forma
mais simples...
O Brasil é uma grande nação, rica, que paga impostos muito
altos, juros exorbitantes e que vive sempre na merda...Quem explora?
Desde 1822 são sempre os mesmos: Os que podem... O que
impressiona são duas coisas:
- O discurso político
- A realidade.
- A realidade.
A realidade sempre foi a mesma e o povo sempre soube que era
explorado e convivia muito bem com isso. Poucos reclamavam desde 1822.
O discurso político é que mudou...Desde Lula tem sido de promessas de paraíso para ganhar votos, mas que, em vez de pelo menos ficar como antes, ficou pior...
O discurso político é que mudou...Desde Lula tem sido de promessas de paraíso para ganhar votos, mas que, em vez de pelo menos ficar como antes, ficou pior...
Assim, dona Ruthinha, minha doce senhora, o que nos irrita a
todos é o abismo entre a realidade e o discurso político. Por isso que essas
instituições deixam "rolar o rolo e se arrola com o rolar do rolo
compressor"...
Claro que quem sabe reclama primeiro, e o povo só se dá
conta depois...Mas já começamos a ir para as ruas...
® Rui Rodrigues
O planeta está ficando muito apertado.
A África inteira vai criar um problemão para a Europa dos
não sei quantos... É como se o morro tivesse baixado para a cidade... Por lá o
morro desembarca onde é mais promissor: Itália... Desembarcar na Espanha ou em
Portugal, onde seria relativamente mais perto de atravessar o oceano, não há
economia que suporte...
Estamos numa fase de movimentação humana em que se houver
guerras, é fazer explodir um copo que já estava transbordando...
Já lá se vão os tempos em que os companheiros de Lucy saíram da fossa de Olduvai perto do Kenya
e atravessaram para o Oriente Médio, a pé, pelo pequeno braço de mar que se
abriu, e não encontraram ninguém... Eram os primeiros hominídeos...
Quando Cabral chegou aqui, como descendente de Lucy, encontram
outros descendentes de Lucy que tinham atravessado o estreito de Behring para o
Alasca e descido até a Patagônia sem também não encontrarem ninguém..
A Europa está atulhada de gente com problemas e problemas de
gente...Mas farão mais proveitoso trabalho na Europa do que a Europa fez em
África quando a invadiu...
Não se trata de "cá se fazem, cá se pagam", mas
também não há alvíssaras para ninguém. A África se muda mais para cima. Sai debaixo
!
Te cuida Frankfurt
Por aqui, nada como ver o dia amanhecer. É como observar o
nosso próprio parto, ao sairmos da escuridão e vermos a luz deslumbrante do
sol, a vida se agitando em sons, cores, brisas, cheiros e afagos...
Mas em vez de chorar, vou tomar um
café quente... O Planeta está ficando muito apertado.
® Rui Rodrigues
segunda-feira, 20 de abril de 2015
Assim Falou Zaratustra de lagostas, jamón e escargots
Pode ir ouvindo a musica, prezado leitor.
Ouvi por aí que é injusto que uns comam lagosta, caviar,
escargots, e outros não.
Também acho!... Não ando comendo nada disso atualmente. Até
acho bom que assim as lagostas, os esturjões, os caracóis se livram da
extinção. O que não pode, nesse caso de intransigência e descriminação
seletiva, é vivermos num capitalismo selvagem ou num comunismo irritante, e só
ricos - num regime - ou chefes - no outro, comerem dessas iguarias que sempre
me lembram também o "foie-gras"., as coquilles
Saint Jacques, jamón...
Aprendi desde pequeno que uns podem umas coisas e outros
não, e que para todos poderem tudo que os outros podem, têm que trabalhar
muito, estudar muito.
Da mesma forma nem todo mundo pode ser doutor, porque com ou
sem dinheiro, o que manda mesmo é a capacidade de cada um e a determinação pára
se aplicar nos estudos. Uma forma de todos sermos doutores, é
"facilitar" a obtenção de diplomas, quer seja porque se compram com
dinheiro num sistema capitalista, ou se distribuem de graça entre os
correligionários militantes, facilitando os exames.
E na música, pois fiquemos com o funk que é acessível a
todos, porque manter orquestras caras não é possível porque não sobraria
dinheiro para desviar das verbas e distribuir pelos cumpanheros...
Aprender a conviver com as diferenças, é uma linha reta em
dois sentidos: Precisamos aprender a conviver com quem honestamente conseguiu
ter o suficiente para comer as iguarias acima, ter um diploma válido em
universidade credível, e ouvir musica clássica. E quem não pode tem que se
habituar a lidar e conviver com os que podem.
Assim falou Zaratustra.
® Rui Rodrigues
NOVA REVISÃO ORTOGRÁFICA URGENTEMENTE NECESSÁRIA
Ás Academias de Letras do Brasil, Portugal, Angola, aos
países lusófonos... Aos Ministérios da Educação, aos escritores, linguistas, puristas,
etc...
Por favor, revisem nossa gramática, nossa escrita...Nos
tempos modernos termos de bater em duas teclas para escrever uma letra apenas
com acento, é uma constatação que nossa língua evolui muito devagar... Por
outro lado, ter mais letras umas com acentos e outras sem, é outra dor na alma,
nos dedos e nos relógios... E como tempo é
dinheiro, nos bolsos também...
E olhem que já evoluímos bastante...Mas não - ainda - o
suficiente!
® Rui Rodrigues
domingo, 19 de abril de 2015
As novas filosofias políticas do século XXI
Não as há!
Podemos
percorrer a NET inteira, esperar em portas de livrarias ou visitá-las todas as
semanas, meses a fio esperando por uma nova filosofia política, que não há nada
nem haverá tão cedo para mostrar. Existe sim a Democracia Participativa como
“novidade”, mas essa foi a primeira a ser descoberta na Grécia, há mais de
3.000 anos, e foi derrubada pela Democracia Representativa pelos sofistas. Hoje
existem muitas interpretações do que seja uma Democracia Participativa, mas
apenas uma é verdadeira, completa, total [1].
Todas as demais interpõem entre os poderes e os cidadãos algum tipo de filtro,
tampão ou intérprete que acaba por controlar os cidadãos. É muito difícil que a
humanidade se habitue e cultue a pureza das instituições, porque no fundo todos
nós queremos uma compensação pelo trabalho prestado ou tirar partido do poder,
em maior ou menor grau, e acabamos por conspurcar as instituições ao longo do
tempo. O que se passa na Venezuela, em Cuba, no Brasil, na Bolívia, e em alguns
países africanos incluindo Angola, na China, na Rússia, é uma divagação
sonhadora e distorcida do que é democracia. A ONU já é uma instituição falida
que não pode nem tem condições de impor a sua moral e a sua ética, que se supunha
ter, e levá-la a esses países. O mundo mudou muito nos últimos trinta anos ou
pouco mais. O que aconteceu?
O que
aconteceu devemos a Gutenberg, às árvores e posteriormente a Tesla e Marconi.
Já mais recentemente, o devemos à Microsoft, à Aple e a Zuckerberg e a todos os
economistas que conseguiram amainar a economia mundial a ponto de uma enorme
porcentagem dela já ter seus celulares, computadores e outros artefatos de
comunicação. Nenhum filósofo participou destas iniciativas. Todos técnicos. A
Gutenberg porque inventou a “imprensa” e espalhou o conhecimento pelas classes
menos privilegiadas barateando o custo dos livros que imprimia. Como a Bíblia
era o livro mais procurado, foi esse mesmo que imprimiu primeiro. Provocou a
divisão da Igreja Católica numa miríade de outras igrejas às custas de muita
polpa de papel fabricado às custas da derrubada de árvores. Logo apareceu a
imprensa escrita, apareceram os jornais, os grandes linotipos, e qualquer
operário poderia ler os jornais e revistas, se soubesse ler. Quem não sabia
ler, teve que esperar alguns séculos até que Tesla e Marconi dessem sua
contribuição para a imprensa falada através do Rádio.
Agora o mundo inteiro
ouvia notícias pelas rádios em Ondas curtas, ondas longas, de todos os lugares
do planeta. Surgiram os telefones para que em cada lar se trocassem informações
com outros lares. E daí que foi um passo para a Televisão. Os jornalistas
começaram a ter a importância que hoje lhes damos e a que fazem jus. E não
tivemos que esperar muito tempo até que qualquer um de nós, sem sermos donos de
nenhuma linotipo, sem termos sequer um telégrafo, uma rede de televisão ou
donos de jornal, pudéssemos passar a transmitir nossas próprias noticias com o
uso de computadores usando programas da Microsoft, a rede Net de Zuckerberg.
Sem nada
mais se poder esconder de ninguém, o que esperar das mentiras que governos nos
costumavam pregar? Impossível. Um povo tem que ser muito idiota para sustentar
e apoiar um governo que lhe mente, estando a par das notícias a cada segundo e
sabendo o que acontece. Dizer: Não sabia de nada, não convence ninguém se tudo
indica o contrário. E foi assim que as filosofias que esquentavam as conversas
diárias e os noticiários, começaram a perder a importância. O muro de Berlim
caiu sem um tiro, e enquanto a revolução comunista russa tinha causado milhões
de mortos enquanto durou, não se deu um só tiro por lá depois que Gorbachev
escreveu seu livro “Perestroika”. Seguiu-lhe a China, e de um pouco mais de cem
países que haviam escolhido o comunismo, não resta nenhum. Os regimes que ainda
duram, como em Angola, Rússia, China, Cuba, Coréia do Norte, já não são
comunistas. São uma perpetuação do poder porque seus líderes temem largá-lo por
dois motivos: Dá-lhes conforto de todos os tipos, e se saírem às ruas temem ser
caçados por algum “sniper” rancoroso. Não se vê mais nenhum Jean Paul Sartre
distribuindo panfletos em portas de fábricas, os lideres sindicais já não vão
para as portas de fábricas gritar por greves. Lula como sindicalista hoje não
valeria um centavo e seria apenas um operário sem dedo vivendo do sistema de
assistência social. Na Europa todos os governos “socialistas” vão entre mal, muito
mal e pior em termos de economia.
O que
aconteceu afinal com as filosofias políticas?
Com a
informação disponível de forma instantânea, já não há ser humano no mundo que
não saiba que uma pátria precisa de dinheiro para ser distribuído. Esse
dinheiro só pode ser obtido com todo mundo trabalhando e pagando impostos. Para
isso é preciso economia forte, honesta, planejamento de recursos, cumprimento
de leis, bons serviços sociais, liberdade de expressão geral e total. Isso não
se consegue com ditaduras nem com oligarquias no poder, e o povo deve ser
“ouvido” e atendido da mesma forma que se fazem pesquisas para eleições.
Em
republiquetas sul-americanas de faz de conta, ouve-se o povo nas ruas mas não se
atende o que o povo quer, porque nada funciona, os governos se locupletam numa
associação de partidos políticos onde cada um se aproveita do dinheiro dos
impostos como pode segundo graus de hierarquia “partidária”. Esta hierarquia
partidária se vê até, de forma gritante, nos tempos de propaganda em eleições.
Ao partido do governo maior tempo, até o partido de menor expressão que só tem
tempo para dizer ‘”Eu sou...meu numero é...” e isso é tudo o que se precisa
para votar nele. Como piada não tem a menor graça. Os políticos passam o tempo
todo discutindo distribuição de verbas, novas leis que alteram as anteriores,
distribuição de cargos, e são aos quinhentos, aos milhares, 39 ministérios,
verbas de representação, têm casas em vários estados, secretários, são uma
“co-nação” dentro de outra nação, a co-nação mandando na nação. Com um detalhe:
Ninguém sabe de nada do que se passa por lá nem por aqui nem por lugar nenhum
onde mandam. Sempre com falas mansas e
educadas, polidas, para mostrarem que são mais inteligentes do que o povo que
exploram.
O que sobra
para a filosofia senão ser ensinada como história nas cadeiras das
universidades, e mesmo assim, só para quem seguir a profissão de filósofo. Mas
já não formam opinião. Para quê? Ninguém “lá em cima” escuta... Dos políticos, a esta hora
devem estar todos ou contando dinheiro em suas casas, ou guardando-o em cofres.
Como é muito dinheiro, arranjam uns laranjas para guardar parte dele. Mas...E
se os laranjas resolverem se apoderar do dinheiro? Bem... Para isso têm que ter
uns seguranças especiais. De onde vêm
esses seguranças, daqueles que há sempre um que chama a atenção e sobre o qual
sempre atiram, quando atiram, enquanto os que levam os diamantes e ouros, e
dólares, vão disfarçados de gente comum? A Polícia Federal deve saber quem “faz
bico”. Aperta que gemem.
® Rui
Rodrigues
A maldição do tempo...
O paradoxo das viagens no
tempo se traduz numa frase: Se as viagens ao passado fossem possíveis,
poderíamos matar nossos pais antes de termos nascido. É usada na física e na
cosmologia para demonstrar o que parece ser uma impossibilidade, um
contra-senso. Alguns cientistas dizem que será possível viajar no tempo. Outros
dizem que não e outros ainda dizem que o tempo não existe: É apenas uma
convenção, um artifício para medir velocidades. Einstein provou que tempo e
espaço são inseparáveis, e que quando um diminui o outro se “ajeita” e aumenta.
Mas nunca se soube o que realmente é.
Segundo uma nova teoria em
andamento e apreciação numa revista de ciência, a idéia de “universos paralelos” é altamente
improvável. O que existem são “fatias” de tempo (até lembram os universos
paralelos) que se dividem de forma infinitesimal em passado - desde o big-bang-
e agora. O futuro vai sendo construído de forma infinitesimal numa sucessão
infinitesimal e constante de “agoras”, o agora anterior passando a passado
instantaneamente.
Somos uma espécie viva que
sonha. Outros animais também sonham, como cães e gatos, por exemplo, mas somos
capazes de apostar que têm sonhos diferentes dos nossos. Refiro-me
especialmente àqueles sonhos que costumamos ter quando estamos acordados.
Sonhamos com a descoberta de um novo remédio, de uma fórmula mágica que nos
faça emagrecer sem fazer exercícios físicos e sem parar de comer, e
principalmente sonhamos em viajar no tempo. Fazer visitas ao passado para
sabermos detalhes de alguns fatos, ou sabermos o que acontecerá no futuro. A
maldição do tempo é muito mais do que esta impossibilidade – até agora – de nos
movimentarmos no tempo, logo nós que já descobrimos automóveis, navios, aviões
e foguetes para nos levarem mais rápido em nossas viagens no tempo. Viajando a
pé demoraríamos uma eternidade e a alguns lugares nem chegaríamos durante toda
a nossa vida. A maldição do tempo é que aparentemente nem o podemos controlar,
fazer com que “corra” mais depressa ou mais devagar. O tempo nos mostra como
somos impotentes e frágeis e o quanto dependemos dele para viver. Parece que
estamos inexoravelmente confinados num cofre chamado tempo, embora possamos ir
onde quisermos por mais difícil que pareça a viagem. E ninguém sabe o que é o
tempo. Quer dizer... Não se sabia o que era, como era, nem onde estava
“escondido” neste imenso universo. Então tentei descobrir.
Ao subir uma montanha, o
tempo me acompanha. Quando desço ao vale de um rio, o tempo me acompanha. E
quando vou para Norte, para Sul, Este, Oeste, ou vôo num avião em Ângulo de 45
graus, ou desço ou subo em qualquer ângulo em qualquer direção. Ou seja, a
partir de um ponto qualquer do espaço o tempo “irradia” em todas as direções,
mesmo que eu esteja parado. Irradia de qualquer ponto do universo em qualquer
direção. Só há uma coisa que irradia dessa mesma forma em todo o Universo: A
energia escura que o faz inflar a uma “certa” velocidade, velocidade esta conhecida
como “constante de Huble” [1]. O
tempo deve estar, então, associado de qualquer forma à energia escura. Parece
uma maldição da qual não podemos escapar, por um lado, mas vendo a vida de
forma positiva, não fosse o tempo não existiríamos!
E porque razões gostaríamos
de voltar no tempo ou visitar o futuro?
Voltarmos ao passado, ainda
que mais “distante” no tempo, seria excelente para historiadores, cosmólogos,
biólogos e saudosistas das épocas do passado. Muitos de nós visitaríamos as
casas de nossos pais, avós, e poderíamos até mudar o futuro, ou seja, o
presente... Irmos ao futuro é o sonho de doentes incuráveis, caçadores de
tesouros daqueles que gostariam de acertar em loterias. E sempre há quem creia
que pode falar com os mortos. Será tudo isto possível?
Parece que não.
Podemos viajar até um lugar
do espaço-tempo, nas zonas mais escuras do cosmos, onde a influência da
gravidade é menor, e esperar uns tempos por lá. O tempo lá corre mais depressa,
de modo que quando voltarmos, o resto do Universo estará ainda num tempo
anterior, mas perderemos o mesmo tempo voltando e quando chegarmos estaremos no
mesmo tempo deles. Poderíamos obter o mesmo efeito sem necessidade de viajarmos
tão longe, expandindo o espaço-tempo por aqui, mas o efeito na volta seria o
mesmo. Voltaríamos no tempo deles e ainda teríamos perdido o nosso tempo.
Também podemos ir até perto
de um buraco negro e esperar lá, onde o tempo corre mais devagar... O resto do
mundo estaria no futuro. E teríamos perdido o passado. Parece impossível
estarmos no presente tendo ido ao futuro ou ao passado sem perdermos a “transição”
do passado para o presente ou do futuro para o presente. Falar com os mortos
que já ficaram estáticos num determinado momento é fisicamente impossível, mas
cada um arranja sempre um jeito de fazer mágica. Até já conseguiram escamotear
aviões e voltarem a reaparecer, com uma meia dúzia de gestos e muita musica de
tchan-tchan-tchanchanchan.
A “maldição do tempo” só nos
permite lembranças do passado, quer pela memória, quer por fotos, escritos e
filmes, e, com a ajuda de um telescópio, ver o passado “dos outros” – corpos
inanimados ou vivos em planetas - através dos raios de luz que tiveram de
percorrer uma distância muito grande e só agora estão chegando por aqui. Ver o
futuro, nem pensar, porque não há raios de luz chegando de lá.
Mas evidentemente, isto é
tudo e apenas uma opinião. Tomara que esteja eu errado aqui na Terra, e tudo
certo lá nos céus, que nem sabemos o que os “céus” querem, porque nada nos
dizem. Temos que decifrar os céus e cada um os decifra como imagina. E são
tantos os céus espalhados por este mundo, que fica difícil saber em qual
acreditar. Nenhum parece ser único.No entanto se pudessemos comprimir suficientemente o espaço, ou estendê-lo no entorno de uma nave...Quem sabe?Ah..A Teoria a que me referi sobre o tempo é minha e aguardo apreciação da revista.
® Rui Rodrigues
[1] Constante de Huble = Ho =
74,3 ± 3% km/s Mpc-1 . Cada Megaparsec (Mpc) equivale a 3.086
x 1019 km.
sexta-feira, 17 de abril de 2015
Crônicas do Peró - Batalhas de tempestades e ventos
As nuvens vieram do sul... São cinza-azuladas,
cinza-azuladas-escuras, quase negras, outras claras... Vêm em alta velocidade,
taparam o por do sol, a noite vai chegar mais cedo e molhada, encharcada... As
ultimas gaivotas já se recolheram a terra firme, sinal que haverá tempestade no
mar, na praia... As duas lâmpadas dos postes de iluminação aqui da rua já se
acenderam.
Mas ficaram como que estagnadas quase na vertical de onde
estou, agora de uma cor só, cinza-chumbo-azulado,
provavelmente extasiadas com a beleza do mar, da praia e das ilhas em frente.
Mas talvez não seja por isso. O vento mais quente que sopra do mar como brisa,
deve estar travando uma batalha pelos céus do Peró...
Talvez sobrem alguns pingos por aqui para rejuvenescer a
esturricada vegetação do lugar. Semana passada alguém pode ter ateado fogo à
reserva das dunas do Peró que queimou quase por completo. Eu tinha saído para
Cabo frio. Quando cheguei a estrada estava interrompida por uma viatura da
polícia. Ainda deu para ver as ultimas brasas da vegetação junto á rua da
divisa deste loteamento com a mata.
Meu filho e minha neta viram o cadáver de uma ave apanhada
pelo fogo, domingo passado. Não duvido que o fogo tenha sido criminoso. Sem
vegetação nem vida, não haverá o que preservar da APA do Pau Brasil..
E em cinco minutos, o céu azul desapareceu. Agora tudo é
cinza, espero raios, trovões, chuva a cântaros...E se houvesse movimentos de rua nos céus, as balas não seriam de borracha mas de granizo, e os canhões não seriam de água, mas de aguaceiros torrenciais de afogar mergulhador experiente. Em nosso país, que é uma democracia, manda quem pode e quem não pode se sacode como em qualquer ditadura.
® Rui Rodrigues
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