Pode ir ouvindo a musica, prezado leitor.
Ouvi por aí que é injusto que uns comam lagosta, caviar,
escargots, e outros não.
Também acho!... Não ando comendo nada disso atualmente. Até
acho bom que assim as lagostas, os esturjões, os caracóis se livram da
extinção. O que não pode, nesse caso de intransigência e descriminação
seletiva, é vivermos num capitalismo selvagem ou num comunismo irritante, e só
ricos - num regime - ou chefes - no outro, comerem dessas iguarias que sempre
me lembram também o "foie-gras"., as coquilles
Saint Jacques, jamón...
Aprendi desde pequeno que uns podem umas coisas e outros
não, e que para todos poderem tudo que os outros podem, têm que trabalhar
muito, estudar muito.
Da mesma forma nem todo mundo pode ser doutor, porque com ou
sem dinheiro, o que manda mesmo é a capacidade de cada um e a determinação pára
se aplicar nos estudos. Uma forma de todos sermos doutores, é
"facilitar" a obtenção de diplomas, quer seja porque se compram com
dinheiro num sistema capitalista, ou se distribuem de graça entre os
correligionários militantes, facilitando os exames.
E na música, pois fiquemos com o funk que é acessível a
todos, porque manter orquestras caras não é possível porque não sobraria
dinheiro para desviar das verbas e distribuir pelos cumpanheros...
Aprender a conviver com as diferenças, é uma linha reta em
dois sentidos: Precisamos aprender a conviver com quem honestamente conseguiu
ter o suficiente para comer as iguarias acima, ter um diploma válido em
universidade credível, e ouvir musica clássica. E quem não pode tem que se
habituar a lidar e conviver com os que podem.
Assim falou Zaratustra.
® Rui Rodrigues
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