JÚLIO SARAIVA
Marlene Caminhoto Nassa
Júlio foi poeta até pra morrer
Seu coração era tão intenso
Tão imenso tão denso
Que de repente parou de bater...
O submundo feio da cidade
Explodia em beleza nos seus versos
Poesia ácida azeda ou cheia de loucura
Outras encharcadas de ternura
Penduradas em abismos emocionais
Paradoxo de quem temia a altura
E em sua busca indireta da morte
No seu verso rude e cru
Retrato da vida que levava
Aonde se expunha a nu
Nas brincadeiras com a sorte
Pouco se lixando com a saúde
Duelava sempre com a morte
E ela lhe veio tão cedo
E justo ele que de voar tinha medo...
Hoje no céu deve estar
A procura de um enredo
Brigando para encontrar um bar...
Amigos de meus amigos meus amigos são.... Lamento a passagem.
ResponderExcluirFicará eternamente neste Bar.
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