A descoberta do Mundo Novo.
O Novo Mundo já foi
descoberto há séculos com caravelas que partiram do Velho Mundo. Famílias
perseguidas buscaram novas terras recém descobertas para construírem nações
livres da perseguição. A perseguição era religiosa. Enquanto fiéis rezavam
pelas igrejas, descrentes eram perseguidos, esquartejados, torturados,
queimados em fogueiras, os bens expropriados e distribuídos por outros que nem,
necessariamente, tinham tanta fé. Não há como esconder a história. Sempre houve
perseguidos e perseguidores, abusados e abusadores.
Refiro-me ao Mundo Novo,
aquele que está começando agora a ser descoberto. Fica em qualquer lugar onde
se queira viver em paz, trabalhando sempre para um bem comum, o bem social,
onde qualquer cidadão possa ver o resultado de seu trabalho dentro de suas
fronteiras e na boa relação com o exterior. Mas para isso não pode haver
políticos corruptos, e o Estado não poderá ter o poder que hoje tem. Sabemos
que em nome dos cidadãos se cometem todos os tipos de atrocidades. Os cidadãos
fazem o que os governos querem, os governos não fazem o que os cidadãos querem.
Governos de hoje usam bandeiras de marcas políticas para se elegerem e
discursar publicamente, mas consomem diariamente bandeiras únicas de interesses
escusos.
É necessário descobrir e construir
um mundo novo em que não haja governadores nem governados. Um mundo novo em que
todos tenham em sua palavra, em seu voto, a mesma força, sem prerrogativas, sem
impunidades. Um mundo com leis iguais para todos, poderes que executem as leis
emanadas e aprovadas pelos cidadãos.
As caravelas já partiram dos
portos do Novo Mundo e estão chegando ao Mundo Novo e a bordo levam a luz da
Democracia Participativa, aquela em que de forma autônoma, cada cidadão pode
votar, eleger, deseleger.
© Rui Rodrigues
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