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segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Porque gosto do Nautilus?

Porque gosto do Nautilus?

Vive no mar, de cheiro de iodo, de marulhares que me lembram o útero de minha mãe onde vivi por nove meses gozando a vida de forma confortável e segura. Lembra-me a origem da vida como a minha, por ter sido na água que os primeiros seres vivos surgiram e neste caso, o nautilus é mais uma raiz da existência que conta uma história. Gosto de histórias vivas. Mas mais do que isso é um ser inteligente, propriedade que aprecio em tudo o que vejo, e mesmo o que aparentemente parece não ter inteligência, a tem. Pensando bem, pode notar-se que inteligência não é um fator preponderante para a vida, nem na vida, e que se pode viver muito bem sem se ser inteligente. Mas o Nautilus é inteligente, tanto ou mais do que o polvo, também um cefalópode, que é como classificamos essa ordem da natureza a que os dois pertencem, mas enquanto o polvo é todo “desarrumado”, o nautilus é detentor de uma “inteligência genética” matemática, geométrica, artística... E é belo.

De onde vem a beleza do Nautilus? Porque o achamos lindo?

Pela forma perfeitamente geométrica de seu corpo mesclado com uma parte amorfa com tentáculos, olhos enormes, um ar de “observador” inteligente e um sistema de propulsão a jato. Um animal que bóia, locomove-se a jato, mas que infelizmente só existe hoje no Oceano Índico. Feliz o povo hindu. E, além disso, atravessou períodos ou eras históricas, tendo habitado o planeta no tempo dos dinossauros e anteriores. Outra virtude sua é que é um sobrevivente tão famoso quanto o tubarão. Atravessou eras como o paleozóico, o jurássico médio e inferior, cretáceo...  Na Europa e no resto do mundo, sobraram apenas os fósseis.

O corpo do Nautilus é uma espiral logarítmica, não um simples cubo, ou uma forma geométrica simples. É uma espiral logarítmica, elaborada, de razão áurea [1], ou proporção áurea[2], número de ouro, número Phi, seção áurea, razão de Phidias, divina proporção, a mesma proporção que foi usada na construção do Parthenon na Grécia, por Miguel Ângelo em suas estátuas, por artistas em pinturas e em dimensões de telas. O nautilus é um animal matemática e inteligentemente artístico, de cores belas, vida pacata, contemplativa.

Como o numero áureo é extraído da seqüência de Fibonacci (lembra do filme ou do livro [3]de Dan Brown, “O código Da Vinci?”), representa uma constante de crescimento.   
E nosso corpo apresenta essas proporções com maior ou menor aproximação. A nossa beleza pessoal é comandada geneticamente, decerto por algum gene artista, amante da beleza.

© Rui Rodrigues







[2] Valor de phi= 1,618...
[3] Assista o filme “O código Da Vinci”, grátis, dublado, em http://www.filmesyoutube.net/2012/10/assistir-o-codigo-da-vinci-dublado.html

2 comentários:

  1. Amo também o Nautilus, não tanto pelo seu conteúdo de carne perecível, mas sim pelo seu invólucro, casa, que cresce em PG... e perfeita... e que é feita de madrepérola mais resistente para o conter, transportar e proteger... O verdadeiro artista possui em si essa dimensão e essa proporção em todas as suas manifestações, sejam na escrita, na pintura, na música, na dança... E os rostos mais bonitos são os que possuem a proporção áurea... Mas nem todas as pessoas são capazes de perceberem isso... Seriam só os "iniciados" nesse tipo de sabedoria, que é atávica, nasce com essas pessoas e se perpetuam nos genes delas... beijos em PG do tabuleiro de xadrez...
    Marlene

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  2. Grato pelo comentário, Marlene. Beijos!

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Grato por seus comentários.