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sábado, 26 de outubro de 2013

Sopros de felicidade !

Infelicidades são armadilhas do desespero. Não se deixe enganar. É tudo ilusão exceto a realidade.

É a eterna busca da felicidade que sempre está a dois passos de nós, mas que nunca conseguimos enxergar. Somos cegos para a felicidade por uma razão muito simples: Precisamos de adrenalina para nos mover no mundo, mudar a nossa vida. Pelo contrário, a felicidade que as endorfinas nos dão nos fazem parar no tempo, ficar no lugar que nos dá a felicidade do momento tentando torná-lo eterno. É assim que as drogas, de forma ilusória, nos tornam reféns da infelicidade. Queremos a felicidade, amamos a felicidade, e nos quedamos ali, parados, felizes, até que a falta das endorfinas nos levam para o lado da infelicidade. Então procuramos [1]as drogas e esquecemos da adrenalina que nos poderia tirar desse atoleiro. Creio até que os centros de recuperação poderiam usar adrenalina para curar em vez de outros tipos de drogas mais caros. A Adrenalina nos remete a nossa inteligência do “coração” para o racional. Dá-nos medo e nos obriga a refletir, a sair das drogas, porque então racionalizamos que nossa vida está em perigo e o perigo são as drogas.

Para ser feliz, sem drogas, faça o que deseja, na forma que desejar, no momento que precisar. Se não conseguir, não desanime e não se frustre por isso. Mude de foco e tente outra coisa. Ah... Não tem outra coisa, invente, descubra, procure. Saia por aí com um par de camisinhas e transe, beije, ria, divirta-se. Vá até o bar da esquina ou se tem muita vergonha até outro em bairro diferente daquele onde mora (que se foda [2]essa porra de dizer que bebida é anti-social, ou amoral, ou anti-religiosa, ou que caralho for) e tome um par de drinques para ficar alegre. Não beba até perder a razão, porque depois vem a infelicidade. Isso não é bom. Nunca pintou, caminhou, escreveu o que lhe vai na alma? Então comece logo. Pelo menos tente. Ah!... Tem uma catrefada de coisas que gostaria de dizer a seus amigos, a seu ex-marido, a sua ex-mulher, a seu chefe no escritório? Saiba que tudo isso tem um custo, mas se for necessário, diga-o! Sentir-se-á aliviado ou aliviada, e a vida segue outro rumo – certamente – depois disso. Há horas em que racionalizar muito não só não facilita como até complica a sua vida.
Costumamos complicar tudo em nossa vida por mil e uma razões. Cada razão com sua história e seu passado. Mas se analisar essas “razões” verá que não há razão alguma. O que há é um hábito de “não mudar” porque se mudar acontecem fantasias, hipóteses, medos que se podem concretizar. São fantasmas próprios de cada um de nós. Como vencê-los? Ora bolas!... Fantasmas são apenas fantasmas, algo tão virtual como a decomposição da luz através de um prisma de cristal: Tudo é cor, mas não se pode pegar, não mata, não fere. Então enfrente os fantasmas ou simplesmente os jogue no lixo.  São fantasias pessoais que assustam como abóboras escavadas e iluminadas internamente com bruxuleantes pavios de vela acesos em dia de Halloween. Não lhes dê a mínima importância e logo descobrirá que se esvaem e ficam esquecidos.

Fantasmas são pura imaginação, factíveis de serem sugados por aspiradores especiais criados pelo pessoal animado de Hollywood como no filme “ghostbusters”.

Está esperando o quê, para começar a caminhar, ler, escrever, pintar (mesmo que não saiba nada disto, mas verá que depois de começar tudo fica mais fácil a cada dia)? Não sou Jesus, muito longe disso, mas: - Levanta-te e anda! Ligue o “foda-se” e vá á procura da felicidade em sua vida.

© Rui Rodrigues






[1]  Falo no plural magnânimo. Não uso drogas, nem nunca usei, a não ser um bom vinho e uma cigarrilha ou cigarro de vez em quando. Muitos heróis já fumaram e não me venham com essa que sou politicamente incorreto. A poluição das cidades mata muito mais do que o cigarro e nem por isso as autoridades vão contra o diesel e a gasolina, as drogas que saem das chaminés e dos esgotos. A propaganda é contra o cigarro e muito menos contra as drogas.
[2] Não costumo falar palavrões, exceto em ocasiões apropriadas como esta. 

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