Arquivo do blog

terça-feira, 22 de janeiro de 2019

Um canal pro céu.

Resultado de imagem para via láctea

Nos livros sagrados desde os de Zoroastro e antes dele, mesmo por tradição oral, os deuses falavam com os humanos e em quase todas as religiões usavam intermediários como pais-de-santo, pitonisas, videntes, profetas, cartomantes. A necessidade de uma religião regulando o bem e o mal vem de uma pergunta coletiva e ao mesmo tempo particular, do íntimo de cada um :

-Nascemos, vivemos, e depois partimos. Partimos para pagar o mal que fizemos, ou para receber as bençãos e prêmios pelo bem que fizemos? Porque sim, é absolutamente necessário que se saiba se vale a pena fazer o bem para em troca se ganhar o céu. Assim como o que é interesseiro, mas disfarça com religião.

Parece fazer todo o sentido, porque se não fosse para isso, ficaríamos por aqui gozando eternamente deste "resort" natural, e todos viveríamos sem trabalhar, colhendo frutos, caçando animais, pescando, sempre fazendo o mal ou o bem... Tal qual há 50.000 anos atrás quando tínhamos testa e cérebro pequenos, cabelos por todo corpo, e os filhos nasciam sem se associar a causa de uma transa apressada com ejaculação, ao efeito de parir um "bacorinho". Diziam os religiosos de antanho:
- Deus os abençoou dando-lhes um filho.


Depois que a inteligência evoluiu, todo mundo passou a saber que depois de uma transa a mulher poderia engravidar. E então o mundo mudou, o céu acabou e ganhou-se também a opção do inferno: Fazer tudo, incluindo amor, paz, roubos e guerras para defender a mulher, o filho, as famílias, os amigos, a tribo, a nação.

Mas foram mais longe... Muito mais longe...

Eles fizeram "alianças" com deuses, transando com eles e gerando pequenos deuses menores. Deusas não transavam com humanos para não darem mau exemplo às mulheres humanas, não fossem trair seus maridos com outros homens "pensando" que fossem deuses. Só deuses (homens) transavam com humanas. E como dessa relação nasciam humanos, deuses não tinham "DNA" em seu esperma.

E então "construíram" caminhos para o céu. Os sobreviventes da vida é quem tinham que agradecer por estarem vivos, escapados de guerras, doenças... Os mortos em guerras e doenças, esses nunca maldisseram nem bendisseram nada nem ninguém. Morreram e ficaram calados, sem voz...


Ainda hoje é assim, e se alguém ficar à espera que mude, pode virar esqueleto defumado como múmia. Parecia uma sina, os fracos pereciam, os fortes sobreviviam... E as mulheres e os homens passaram a transar com gente forte para garantir a sobrevivência.

Então, um dia, apareceu Darwin. 

Mas hoje pode ouvir-se a voz dos mortos em gravações, por vezes tão defasadas no modo de falar que evoluiu chegando a dar a impressão de que falavam outra língua, ou... Defasadas ideias ou modismos que já não vingam...

O caminho para os céus deixa um rastro de mortos. Todos morrem, mas um dia chegaremos a colonizar o sistema-solar, que fica lá em cima, no "céu", rodeado de estrelinhas.

... Certo dia Zoroastro chegou-se á população onde hoje vivem iranianos e já viveram seus ancestrais persas com um deus único e um anti-deus, respectivamente: Aúra-Masda e Arimã; Akenaton, um faraó egípcio disse que só havia um deus único: Aton; Moisés disse também que só havia um deus único, mas era outro, cujo nome não se podia pronunciar; Um romano, Flávius Valerius Constantinus, imperador, resolveu em seu leito de morte adotar a religião cristã, que crescia em seu império, a do homem que era filho de Maria, uma judia, e daquele Deus judeu de Moisés, do qual não se devia falar o nome... Criou o primeiro Papa que recolheria os impostos das pontes que levavam a Roma: O "Sumo Pontífice". 

Se para os judeus, um deus não podia ter pais por sempre ter existido, para os dissidentes cristãos deuses voltavam a poder ter filhos com humanos, e até ter espíritos santos associados, adorar imagens. Depois as dissidências abriram novos canais, trilhas, caminhos para o céu... 

Muitos proliferaram e prosperaram e não há igrejas pobres. Quem vai para o céu, até porque morreu de fome, fica por lá, não nos conta nada.

Rui Rodrigues

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Grato por seus comentários.