Como será uma civilização
extraterrestre
(Na foto, corpo de extraterrestre atribuído aos
arquivos de Roswell)
Já vimos bastantes filmes de
extraterrestres que teriam chegado por aqui, ou que teríamos encontrado lá
longe, no meio das estrelas longínquas. Particularmente sou dos que acreditam
que a vida, tal como a conhecemos, existe também em outros planetas onde seja
possível e garantido que possa surgir, reproduzir-se, alimentar-se, viver e
morrer. Como os planetas têm dimensões limitadas, é necessário que a vida morra
e não prolifere muito, sob pena de não ter com que se alimentar. Algo que nos
chama a atenção é o fato de os filmes os mostrarem, sem muito detalhe, sem
jamais nos deixarem ver o que imaginam que possa ser a sua vida em seus
planetas. Mas veremos que não é tão difícil imaginar...
Para construírem uma civilização,
precisam descobrir a agricultura (afinal eles comem, não?) fixar-se em cidades.
Podemos duvidar disto, mas até as formigas e os cupins sabem disto quando
constroem seus lares onde armazenam alimentos e procriam. Pássaros têm um lar a
que chamamos ninho, elefantes vivem em manadas porque ainda não descobriram a
agricultura e isso lhes pode custar a existência. Além do mais suas patas não
são nada aptas a manejar qualquer coisa, por mais simpáticos e inteligentes que
possam ser. Mas se temos duvidas sobre isto, o que é certo, absolutamente
certo, é que a primeira coisa que aprenderão nas escolas, em matemática, é que
um mais um é igual a dois. Isto é fundamental, básico e uma verdade universal
no sentido de que pertence a todo o universo. Lugar onde um mais um não seja considerado
igual a dois, não tem civilização porque não poderão construir sequer uma casa,
medir, calcular. E para ir á escola, precisarão de estradas e veículos para que
possam ser transportados. A língua deles poderá ser semelhante a alguma das
nossas conhecidas, ou já mortas, como o latim, e a forma de escrever também,
mas falarão e escreverão para se comunicarem e colocarem avisos onde
necessitem. Em suma, farão tudo o que costumamos fazer,
com um aspecto diferente, língua diferente, mas terão olhos para ver, caso
contrário não saberão onde estão, o que os cerca, e não verão estrelas para que
possam um dia se perguntar o que são e como chegar nelas.
Na geometria, os triângulos
deles serão calculados da mesma forma que os nossos, e não haverá triângulos
diferentes, exceto os que se desenham sobre superfícies curvas, mas estes já
conhecemos: quando desenhados pela superfície externa de um globo, de vidro,
por exemplo, a soma de seus ângulos internos é maior que 180 graus. Desenhados
pela parte interna, têm menos de 180 graus. Aprenderão a extrair a raiz
quadrada e como se locomovem, porque sem locomoção não se pode pensar numa
civilização, têm membros e um corpo, não importa quantos dedos tenham nas suas
extremidades, mas terão que ter a capacidade preênsil, para poder manejar
instrumentos com que construirão suas casas, suas estradas, seus prédios, seus
navios se tiverem um mar, seus aviões se tiverem uma atmosfera, não importa que
química contenha essa atmosfera, esses mares.
E procriarão entre si,
porque sem procriação não há crescimento populacional, e certamente, eu aposto
nisso, uns mandarão e outros serão mandados, porque sempre haverá entre eles os
que vão para a esquerda quando lhes dizemos que vão para a direita ou não
trabalhem quando deveriam fazê-lo. E haverá machos e fêmeas entre eles. Umas serão mais agradáveis ao tato, á vista,
ou aos ouvidos, ou até a todos os sentidos e serão mais disputadas. Quem sabe,
serão as fêmeas que disputarão os machos, mas que a disputa existirá, disso não
tenho dúvidas. E haverá prisões para afastar os mais violentos.
Disseram alguns teóricos da
extraterrenidade, que no caso de existirem outras civilizações extraterrestres,
seriam muito mais ou muito menos desenvolvidas do que nós, jamais com o mesmo
nível de evolução. Disto eu discordo. Eles têm as suas razões, eu tenho a
minha: O universo tem a mesma idade, cerca de 14,5 bilhões de anos, e é
razoavelmente uniforme e simétrico constituído de galáxias como a nossa
via-láctea, contadas aos bilhões, e a probabilidade de uma similaridade de evolução
não pode ser descartada assim tão facilmente.
Não temos como saber se
terão religiosidade, mas ao olhar o mundo em que vivem é altamente possível que
o sejam, na crença de que haja um criador para tamanha obra, mas certamente não
crerão em Buda, em Jesus Cristo, em Maomé, porque estes três não passaram por
lá, e se passaram, Buda não seria necessariamente gordo, Jesus cristo não seria
necessariamente crucificado e Maomé não teria fugido de Meca, porque Meca fica
aqui no nosso planetinho. No entanto, a haver um criador, Esse não desampararia
nossos amigos extraterrestres, assim como não desprotege a quem não acredita em
Buda, Jesus Cristo ou Maomé. A não ser que o Criador não fosse um sujeito bom,
mas para imaginar um deus ruim, melhor seria não o imaginarem porque já terão
muitos problemas para resolver. No entanto, é possível que algum dos sacerdotes
mais desmiolados de lá tenham mandado alguns “infiéis” para serem queimados em
fogueiras, ou perseguidos religiosamente, ou ainda detonados por bombas que
carregam presas ao corpo, dizendo que no paraíso há sete virgens que os
esperam... E se as virgens não gostarem de sexo ou forem lésbicas? E se pelo
contrário, forem as mulheres que detenham o poder? Neste caso encontrariam elas
sete virgens mancebos esperando-as no paraíso? Isso não o sabemos. Teríamos que
encontrá-los para termos uma conversinha sobre o assunto, mas já vou adiantando
que para o surgimento de uma civilização é necessário um longo caminho de
aprendizagem, passando o conhecimento de geração em geração. Para termos uma
idéia do que isso representa, apesar de o universo ter 14,5 bilhões de anos,
somente há cerca de 4,5 milhões de anos apareceram os primeiros hominídeos, e
só há doze mil anos apareceu a primeira civilização no Egito, na Turquia ou na
suméria (algo que os cientistas ainda
não ousaram afirmar).
O que isto quer dizer?
Quer dizer que ou somos
muito burros ou muito inteligentes em relação à média da inteligência do
universo. Tudo depende do grau de
inteligência que conseguirmos detectar nos extraterrestres, mas por mais
desenvolvidos que eles sejam, e mesmo com naves que possam viajar em velocidade
de dobra, não teriam tempo de chegar aqui, nem nós de chegarmos “lá” onde quer
que o “lá” se situe, porque o tempo da viagem, além dos inconvenientes do tempo
em executá-la, são de fazer desanimar o mais santo dos seres vivos e
inteligentes. Planetas com possibilidade de vida tal como a conhecemos, estão,
os que ficam mais perto, a mais de 4 milhões de anos luz, ou seja... Se nossa
civilização já tivesse um grau de desenvolvimento há 4 milhões de anos atrás
(quando apareceram os primeiros hominídeos), e viajando á velocidade da luz, o
que é impossível, talvez já tivéssemos chegado lá, mas outro tempo igual
decorreria para que pudéssemos voltar.
Certamente que a nave teria que ser imensa, porque ninguém vive esse tempo todo
e seriam necessárias gerações e gerações para completarem a viagem (sem essa de
criogenia, que arrebenta com todas as nossas células que estouram como aquelas
bolinhas de plástico para acomodar peças frágeis).
E sem essa de viajar no
tempo. Já sabemos que teríamos de controlar “buracos de verme” ou “túneis de
minhoca” e construir uma máquina do tempo, mas na volta, sofreríamos uma
descarga elétrica fatal, mesmo que protegidos com trajes á prova de choque
elétrico, ou dentro de uma gaiola de Faraday.
Com medo de extraterrestres?
Relaxe... Talvez eles estejam com mais medo ainda de nós e nem nos próximos
“trocentos” milhões de anos chegarão aqui. Nem nós lá...
Por enquanto estamos sós no
nosso espaço, tentando resolver os nossos problemas para não nos extinguirmos
em guerras estúpidas que grassam pelo mundo, chefiados que somos por uns
sujeitos e sujeitas que só pensam naquilo: na grana com que desfilam pelas ruas
deste planeta, e não nos pedem opinião para nada. Serão nossos governantes os
extraterrestres que tanto tememos?
Rui Rodrigues