Lisboa, final dos anos 60...
Certo entardecer subi a Avenida do Duque de Loulé vindo da Avenida da Liberdade, acompanhado de um primo distante que nem lembro mais o nome, a caminho da casa de minhas primas Fernanda e Alice que tinham casa na Pascoal de Melo, ali pelo Jardim Constantino. Ele era filho de emigrantes, tinha cidadania angolana. No percurso de mais ou menos uma meia hora ele me explicou como alguns fazendeiros tratavam os negros como escravos, as angolanas como "cabritinhas" sexuais, e porque Salazar não queria dar-lhes independência. Ele pertencia à esfera dos "independentistas". Com meus 15 anos eu pertencia à esfera dos "estudantes observadores". Minhas primas, onde ele estava hospedado por um par de semanas, pertencia à da "Classe empresarial". Isto no dia a dia... Nos finais de semana eu tinha aulas de marinharia na base naval do Alfeite. Nesse momento pertencia eu à esfera dos militares. As informações que me chegavam eram de uma riqueza de detalhes fantástica. Sentia-me livre para analisar e fazer minhas escolhas. Vi fotos verdadeiras, de câmaras, tiradas por soldados mostrando brancos e negros de seios e órgãos cortados, seios um em cada mão, vaginas penetradas por pedaços de pau, colares de dedos indicadores cortados, testículos e prepúcios pendurados em cercas... Fiquei impressionado porque as fotos mostradas por pessoal da marinha tanto mostravam atrocidades de brancos quanto de negros.
Os "meios" eram pessoas como eu, que transitavam entre esferas e trocavam notícias "boca a boca". As redes sociais são hoje um tipo de esfera onde as notícias podem ser tão credíveis quanto as da mídia, tantas vezes com notícias falsas pagas. Carregadas pelos meios, as notícias correm céleres, formam-se opiniões, acalmam-se ou excitam-se os ânimos, alguns meios mudam sua preferência de esferas.
Há que ter cuidados com a intensidade de reação a certas notícias e ao grau de confiabilidade. Notícias vindas de caudilhos, artistas, agencias "especializadas" que têm lucros financeiros ou políticos, são duvidosos. Ser artista ou político não quer dizer que conheça do assunto. O povo menos instruído costuma confundir fama de artista ou político que aprenderam a representar com "verdade conceitual" intrínseca. Acabam seguindo o flautista de Hamelin, atraindo ratos para o poço da morte.
Há pouco tempo tive notícias de familiares de comandos militares que atuaram em Angola, Moçambique, Guiné, e que mantêm uma espécie de "afagar de egos" comentando sobre missões no "ultramar". Tenho todo o respeito pelos abatidos nessas guerras coloniais. Eu próprio perdi 22 amigos. Mas todos seguiram um "presidente" equivocado com os ventos da história, completamente defasado da politica internacional a ponto de pedir ajuda à Inglaterra pare ceder bases para uso de aviação que iria combater com a "União Indiana", como rato que enfrenta leão, mandando os ratinhos jovens para servirem de carne de canhão... A Índia sempre foi a menina dos olhos da coroa britânica e da Commonwealth. A Aliança luso-britânica valia bem menos. Ele morreu porque uma cadeira ""escorregou" e não pelo que fez. O Portugal "monárquico" subsiste ainda hoje nos tempos do republicano Costa, que é suficientemente esperto para subsistir pela "argumentação" e contra-argumentação, impactantes e vazias, muito do agrado dos social-democratas atuais longe de esfera de filósofos, por completamente morta. Os povos exigem eficiência sem filosofias ou conversas de "cerca Lourenço" ou "para boi dormir"... Por isso o Brexit, a independência da Catalunha, a virada do povo americano a favor de Trump, a virada da China contra a Coréia do Norte, as mudanças no mundo... As populações querem menos papo filósofo-vitimizante e mais farofa com direito a azeitona e cereja no recheio.
Lá, nos tempos do Império romano, também fomos escravos e nossas mulheres cabritinhas sexuais dos "Pater Famiglia" romanos que invadiram a Iberia.
Isso tudo me lembra Lula, Dilma, Temer, o STF tendencioso, e esta coisa transatlântica de "tapar o sol com uma peneira" ao som da banda podre de flautistas modernos que passeiam pelo Senado e pelas Câmaras angariando votos com doações aliciantes. Coisa que já vem das invasões romanas. Os Celtas e os Iberos não eram assim. Ainda há muitas estradas em Portugal que levam a Roma. Deviam levar a Lisboa de forma laica.
O mundo não está mudando... Mudou muito nos últimos 20 anos!... Os políticos se fazem de drogados inocentes para fugirem da imputação de crimes e manterem o status de Coletores de impostos. Para onde se vai, a história contará no futuro. Vivemos uma época de transição política internacional tristemente coincidente com alterações climáticas no planeta potencializadas por nossas emissões de gases nocivos, sub produto da industrialização desenfreada e da falta de cuidados com nossos lixos. Precisamos de novos guerreiros mesmo que sejam bárbaros.
Rui Rodrigues.
Páginas
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- Usos e Costumes
- A morte de Pancrácio.
- Vagabundeando pelo passado
- Repositório de algumas frases minhas no face book.
- Um momento de reflexão (Ou a re-história dos três porquinhos)
- O futuro próximo... (... é o do próximo)
- Reflexão sobre o momento econômico atual: (Ou da contra-informação na política econômica- desculpem os neologismos)
sábado, 21 de outubro de 2017
sexta-feira, 20 de outubro de 2017
O Fêicebuque e eu
É assim Fêicebuque visto do meu posto de observação, a bordo de meu computador onde navego.
O Facebook não é aquela via de comunicação de "gente antiga" (eu tenho 72 anos) que se encontram na rua ou numa ligação telefônica e ficam fazendo perguntas de "como vai você fulana e fulano, e onde vai comprar as bugigangas para o aniversário que... Parabéns e toma lá um bolinho de mentirinha, beijinhos nas crianças... etc... E coisa e tal...
Facebook é moderno. Você posta, as pessoas leem, a maioria das vezes nem curte, mas sabemos que vai tudo bem. Comenta-se apenas quando é realmente importante.
Não se perde tempo em 'coisinhas".
Pode ficar um ano sem se comunicar. Mas quando volta começa tudo do ponto em que tinha parado, como se o "lapso" de tempo fosse de apenas alguns segundos, e se postar foto nova, atual, ninguém dirá que "envelheceu" e que está um caco...
E o mais interessante de tudo, fica conhecendo os usuários pelo que NÃO dizem ou NEM comentam, e não pelo que mostram ou dizem. Se quer "calor" mais humano, visite, telefone, marque para dar uma saída... Combine uma patuscada numa tasca.
Ah, sim... A maioria dos amigos são "virtuais" e então não existem decepções, como por exemplo quando se pede uma graninha boba emprestada. Tanto os amigos reais quanto os virtuais dizem que de momento não podem, mas os virtuais não decepcionam... Depois, quando a gente morre, continua o papo no céu, no purgatório ou no inferno, que são três "centrais" absolutamente virtuais de se estar depois que... Lá tudo é grátis...
Rui Rodrigues
sábado, 14 de outubro de 2017
Se vocês soubessem o que eu sei...
- Olá, Chico Anysio de vampiro...
- Olá, á...Han...- Está com a voz esquisita, de falsete, e Gagueja.. Tudo bem ???
- Tudo... Esti-tive muito tem-tempo me informando e fiquei sabendo de coisas... Ah!... Se vocês soubessem o que eu sei !....
- Xiiii.. Coisa grave... De política???
- De política!!!! Muita coisa gravíssi-ma ma...
- Porque não conta pra todo mundo , se é tão grave ???
-Jura nã-não contar pra ninguém ???
- Juro!... Pelo amor de São Lula, e Santa Dilma, os modernos Cosme e Damioa do Brasil moderno...
- Sabe ??? Temer, Lula, Sarney, Aécio, Cunha, Maia, Jucá, Dilma, Graça Foster, todos... Todos, todos todos, dividem as verbas públicas entre eles e todos sabem de tudo... É tácito... Se alguém caguetar entregam para a justiça e não defendem.
- E o STF ??? Coitados... Eles vão acabar matando os juízes...
- Num ma-mata não... Num ma-mata não...
- Porquê??? Porque também estão no rolo ???
- Ah... Se vo-vocês soubessem o que eu sei...
- Cê tá com uma voz de Carmem Lúcia...
- Num espa...palha não.
Rui Rodrigues
sexta-feira, 13 de outubro de 2017
O trem dos atrelados
Do atrelamento e dos atrelados trenchtown, favela da maré...
- Os deputados e senadores estão atrelados ao "trem da alegria" de Temer que distribui verbas da união como quem distribui balinhas no dia de S. Cosme e Damião. Eles se alimentam de verbas gordas, gorduchas, gordonas e rechonchudas. Antes de Temer era Dilma, antes de Dilma era Lula, já foi FHC, Cabral I só descobriu, Cabral II explorou
- O STF segura a barra dos deputados e senadores os quais realmente dão votos ao chefe dos atrelados trenchtown, favela da maré. Mesmo denunciados, julgados e presos, o STF solta. Assim o povo vai sendo vencido e desanima.
- Dos políticos velhos, cada um tem sua empresa pública ou ministério de influência. Volta e meia passam por lá pra "influenciar" direitinho.
- Os artistas, alguns de fama, fazem propagandas e forçam barras por causa de incentivos como a lei Rouanet e promessas de propaganda. Desta forma não precisam ser "grandes artistas" porque arranjam sustento público... Mas pra ser "artista" precisa ter "quem indique".
- As Forças Armadas garantem a Democracia, e como sabemos, a democracia é aquela coisa que permite o ir e vir seja de honestos, desonestos, bandidos ou protegidos de políticos ou de bandidos. A democracia também permite que qualquer um possa roubar e isso não seja apenas privilégio de ladrões. Até presidentes da República têm direito a roubar e de ir e vir.
- O atrelamento se faz ora com pão com mortadela se a pessoa for muito humilde; ora com propinas e pixulecos se for política ou muito bem "indicada"; com sobrepreços se for empresa atrelada, ou com votos e distribuição de verbas públicas, se for grande político.
- Gente honesta não tem vez nos atrelados. Quem insistir em ser honesto pode ser preso e receber auxilio reclusão. Se a mãe e as irmãs se corromperem por um pacote de margarina e virarem piranhas ganham salários extra além de bolsa família. Na saída da prisão nem precisam do "minha casa minha vida" que podem comprar apartamento em Botafogo, que é apenas lugar de Passagem no Rio de Janeiro.
- Os maquinistas, os chefes do trem dos atrelados trenchtown favela da maré, se revesam pra não se "queimarem", e quando se queimam, o STF libera sempre que pode. Quem sofre impeachment por exemplo, e deveria ficar inelegível agora já não fica, mas as Forças Armadas não têm gente na Inteligência que possa entender que a Constituição já perdeu a virgindade...
Não espere por "seu" trem para se atrelar.... Ele nem pára, já passa lotado...
Atrelados, Trenchtown, favela da maré
A esperança não vem do mar
Nem das novelas de tevê
A arte é de viver da fé
Só não se sabe fé em quê
Rui Rodrigues
- Os deputados e senadores estão atrelados ao "trem da alegria" de Temer que distribui verbas da união como quem distribui balinhas no dia de S. Cosme e Damião. Eles se alimentam de verbas gordas, gorduchas, gordonas e rechonchudas. Antes de Temer era Dilma, antes de Dilma era Lula, já foi FHC, Cabral I só descobriu, Cabral II explorou
- O STF segura a barra dos deputados e senadores os quais realmente dão votos ao chefe dos atrelados trenchtown, favela da maré. Mesmo denunciados, julgados e presos, o STF solta. Assim o povo vai sendo vencido e desanima.
- Dos políticos velhos, cada um tem sua empresa pública ou ministério de influência. Volta e meia passam por lá pra "influenciar" direitinho.
- Os artistas, alguns de fama, fazem propagandas e forçam barras por causa de incentivos como a lei Rouanet e promessas de propaganda. Desta forma não precisam ser "grandes artistas" porque arranjam sustento público... Mas pra ser "artista" precisa ter "quem indique".
- As Forças Armadas garantem a Democracia, e como sabemos, a democracia é aquela coisa que permite o ir e vir seja de honestos, desonestos, bandidos ou protegidos de políticos ou de bandidos. A democracia também permite que qualquer um possa roubar e isso não seja apenas privilégio de ladrões. Até presidentes da República têm direito a roubar e de ir e vir.
- O atrelamento se faz ora com pão com mortadela se a pessoa for muito humilde; ora com propinas e pixulecos se for política ou muito bem "indicada"; com sobrepreços se for empresa atrelada, ou com votos e distribuição de verbas públicas, se for grande político.
- Gente honesta não tem vez nos atrelados. Quem insistir em ser honesto pode ser preso e receber auxilio reclusão. Se a mãe e as irmãs se corromperem por um pacote de margarina e virarem piranhas ganham salários extra além de bolsa família. Na saída da prisão nem precisam do "minha casa minha vida" que podem comprar apartamento em Botafogo, que é apenas lugar de Passagem no Rio de Janeiro.
- Os maquinistas, os chefes do trem dos atrelados trenchtown favela da maré, se revesam pra não se "queimarem", e quando se queimam, o STF libera sempre que pode. Quem sofre impeachment por exemplo, e deveria ficar inelegível agora já não fica, mas as Forças Armadas não têm gente na Inteligência que possa entender que a Constituição já perdeu a virgindade...
Não espere por "seu" trem para se atrelar.... Ele nem pára, já passa lotado...
Atrelados, Trenchtown, favela da maré
A esperança não vem do mar
Nem das novelas de tevê
A arte é de viver da fé
Só não se sabe fé em quê
Rui Rodrigues
quinta-feira, 12 de outubro de 2017
Debandada na UNESCO
Nasci em 1945 , juntamente com a UNESCO. Temos a mesma idade. Todos os países contribuíam para "A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura ", uns mais e outros menos.Dinheiro não era "O" problema... Nem a diferença de ideologias.
O problema sempre foi a luta entre a democracia mais verdadeira e real, e os "arremedos" de democracia encobertos em manobras "espertas" do tempo da guerra fria. Assim, não se pode afirmar que Myanmar, por exemplo, seja um país democrata. Nem Cuba... Muito menos a Coréia do Norte. Ou o Zimbabwe. Muito das verbas aplicadas na Unesco vão para a mão de governos que as desviam.
A ONU determinou as fronteiras de Israel e da Palestina, mas os Estados Árabes não reconheceram o Estado de Israel. Sem acordo a situação se arrastou entre guerras e paz .
Nos últimos dias a Unesco resolveu apoiar a palestina governada por dois grupos terroristas: Hamas e Al Fatah que a dominam. Isto não é democracia, e criancinhas que saibam de uma coisa destas ficam confusas.
Os EUA anunciaram que vão abandonar a UNESCO, Israel também, e a União Européia que considera também que o Hamas e a Al Fatah são grupos terroristas devem sair também... Se não o fizerem deveriam fazer em nome da verdadeira democracia.
Antes da ONU (e da Unesco) havia a "Sociedade das Nações" ou "Liga das Nações" nascida em 1919 no final da Primeira Grande Guerra para evitar nova guerra, e que "faleceu" em 1946 por total incapacidade de defender fosse o que fosse.
Nações de "religiões" e Idiossincrasias diferentes dificilmente se entendem. O passado histórico da humanidade está cheia de "ligas" e "Sociedades" de nações, parecidas com a "União Européia" .
Desistir não... Mas há que mudar os Estatutos sem subterfúgios. Já não há lugar para os "espertos" do tempo da guerra fria. O mundo ficou mais inteligente.
O "Criancaesperanca" e a Globo que se cuidem... Vão acabar por abrir a contabilidade internacional
Rui Rodrigues
A pizza e a Josefina ...
A Pizza
Quando digo que faço, nada vira pizza exceto se for uma pizza... E esta foi de sardinha, com queijo ralado, saudável, sem aqueles queijos gosmentos cheios de gordura escorrendo... Ainda não "já era", mas está se finiquitando, a tadinha... A massa, como as de Mamma italiana que não tive, mas que os ancestrais da península, durante o Império Romano tiveram... Meus ancestrais insuflaram muitos úteros de mammas italianas que nos queriam fazer escravos para nos adorarem e se divertirem enquanto seus maridos imperavam entre escritórios, tabernas, circos e prostíbulos desde meretrizes a gladiadores.
Andamos vendo isso por aqui durante muito tempo depois que o D. João chegou de volta a Portugal e viu que os franceses de Napoleão já tinham sido expulsos de Portugal, e já andavam fazendo croché nas ilhas britânicas de Santa Helena, curtindo o exílio do baixinho atarracado, de mão no ventre, pé na bunda e chapéu na ponta dos cabelos, com três bicos, que tinha três bicos o chapéu dele.
Ora vejam o que o vinho chileno faz, um carmenére, acompanhado de uma pizza peninsular porque leva azeite e azeitona, mas também sardinha de Cabo frio, queijo gorgonzola e parmesão, tomate e pimentão, orégano e muita vontade de caprichar...
Vai comer, coma bem! A Josefina não gostava de brioches. Gostava de pizzas. Por isso não perdeu a cabeça!
A Josefina, mulher de Napoleão.
É uma farsa o que se escreve e diz. Nesta prosa não há Josefina nenhuma. O que há é uma tal de Carmem Lúcia, mulher deslumbrada, senhora de emérita cabeleira de quem se falava entender de leis...
A Josefina, mulher de Napoleão.
É uma farsa o que se escreve e diz. Nesta prosa não há Josefina nenhuma. O que há é uma tal de Carmem Lúcia, mulher deslumbrada, senhora de emérita cabeleira de quem se falava entender de leis...
Mas se dois ou três bandidos se fizerem eleger, matarem uma senadora, fugirem do flagrante, mas fizerem parte de uma "base aliada" com maioria, ninguém os tira do Senado ou da Câmara, porque essa senhora e mais uns quatro ou bem mais quase todos, estão comprometidos com o cheirar o ânus de todo mundo e não sentir cheiro ruim...
Ela, por cabelos brancos senhora, merece um lugar de Gerente no Santander, onde se expressa arte pprnográfica sem avisar a quem carrega criança... Devia pedir demissão desse lugar de togados indicados por "baseados" aliados...
Ela, por cabelos brancos senhora, merece um lugar de Gerente no Santander, onde se expressa arte pprnográfica sem avisar a quem carrega criança... Devia pedir demissão desse lugar de togados indicados por "baseados" aliados...
Há que perguntar-lhe se, além de amiga de Lula e Dilma, Aécio e Temer, e outros bandoleiros, a senhora também morde pescoços...
Rui Rodrigues
Rui Rodrigues
Os anos 20, loucos, e o romantismo moderno
Sabemos que o futuro não se repete a não ser em pequenas grandes coisas como chover, alternância de dias e noites, marés, uma boa bimbada, e as marés não estão pra peixe nem pra bimbadas nem pra pescar. Voltasse Jesus e não seria pescador nem caminharia sobre as águas poluídas. Seria petista, comeria pão com mortadela e sonharia com milagres. Juraria ser o ser mais honesto do mundo e diria: A deus o que é de Deus e o de César que também pertence a Deus. E recolheria impostos pra pagar mortadela.
Os anos 20 foram considerados os anos loucos. Anos loucos porque em 1918 terminou uma guerra horrível, gente morrendo aos milhões esgazeadas, a Europa a Ásia e os EUA com sua juventude masculina seriamente diminuída. As mulheres passaram a fazer grande parte do trabalho dos homens e ganharam liberdades, responsabilidades e as ruas. Até então homens olhavam interessados para mulheres recatadas. Agora mulheres olhavam interessadas para homens interessados (1). Aquele romantismo do herói de guerra que vai para o front pensando na linda noiva inundou os lares, as ruas, os produtores de cinema, programas de rádio. A comunicação quase instantânea divulgava, ensinava. Homens queriam as mulheres livres assim como continuamos querendo. Mulher presa a marido que a possa matar por adultério não transa com mais ninguém. O bom nos tempos modernos é transar sem medos com quem se queira se também quiser.
Mas então o romantismo que ganhara as telas de cinema grudou na tela e não saiu mais de lá. Homens e mulheres disputam empregos, cada um se vira pra levar sua vida, as relações a dois se complicam. Homem já não abre porta do carro do lado da moça nem lhe ajeita a cadeira para que se sente numa mesa. Nem elas precisam. O estranho é que deveriam ter aumentado as casas de prostituição quer masculinas quer femininas, mas parece que não. O mundo virou uma Zona de sentimentos frios, alegrias alavancadas por drogas de qualquer tipo. Gente sóbria vai perdendo a vontade. Começa a dar muito trabalho com muitos dispêndios arrumar uma transa e é sempre um perigo o segundo encontro a partir do qual um já deixou transparecer suas fraquezas para o outro, e que lhe podem custar caro num eventual relacionamento mais duradouro.
Salvo melhor julgamento,em
Pasárgada numa solitária encantada aos onze do dez de dois mil e dezessete, sendo 23:43.
Rui Rodrigues
(1)- Os muçulmanos não passaram por isso. Continuaram vendo as mulheres como escravas religiosas de seus maridos que as compram aos pais devidamente educadas para serem "boas" esposas-escravas-empregadas, desde os 8 a 12 anos de idade. A mulher muçulmana tem vontades insatisfeitas. Elas farão a grande revolução árabe que vem na cauda do Estado Islâmico. Na foto Miss France de 1927, Mlle Raymonde Allain.
quarta-feira, 11 de outubro de 2017
Pornoepidemia
Pra que se veja como "porno" é uma epidemia de radical, que radicaliza a sociedade quer seja anonima ou ilimitada, temos
- Pornográfica - Quando se aplica a grafia textual ou artística.- Pornodigestiva- Quando se trata da gestão ou indigestão de produtos afrodisíacos que deixam as parafernálias masculina, feminina, trans, gay, hétero e abstêmia em polvorosa e pé-de-guerra, deixando o pessoal na base do "tem que ser agora".
- Pornotácita - Quando está implícita a sacanagem pelos dois sem necessitar assinar contrato e registrar em cartório.
- Pornocrática- Quando adotada de modo eventual, intermitente, usual ou obrigatória, com o uso da força do poder.
- Pornocitadino e Pornocampestre- Quando executada nas cidades ou no campo.
- Pornoescolar - Quando ensinada a criancinhas sub-menores de idade.
- Pornopolítica- Quando usada na política como, por exemplo, para angariar votos e também por exemplo, através de anúncios: "Coma a moça da foto e dê um voto para o nobre deputado".
- Pornobancária - Quando se usa a pornografia - sem prévio aviso - para propaganda de Bancos, disfarçando-a de arte para não deixar o Banco com má fama...
- Pornoartística- Quando há sacanagem na arte. normalmente confinada a recintos fechados para maiores de idade.
- Pornoxanxada- Uma fase do cinema nacional e das novelas.
Mas temos mais...
Quanto a uma certa menina que viaja na garupa da moto, expressa o mais delicioso e sacaninha sorriso de quem gosta de uma bela sacanagem. E pornoepidemia é tudo isso... De tal ordem e com tal intensidade que ainda se transformará numa religião, com o deus Prepucius e a Deusa Vaginitas...
Rui Rodrigues
domingo, 8 de outubro de 2017
A lontra e o sentido da vida
A lontra da foto pegou um peixe no mar.
Agora perguntem-lhe qual o sentido da vida... Dizem que não devemos falar com os animais para não corrermos riscos de levarmos lições de moral, mas eu não ligo. Por isso, não... Não... Não percam tempo. Já lhe perguntei.
Ela interrompeu suas barulhentas mordidas no peixe ainda se mexendo, e me disse:
- Pra se viver não se precisa saber qual o sentido da vida. Isso é besteira. Você vai ali no mar, pega um peixinho e come tranquilamente olhando a paisagem... Se passar uma lontrinha, você dá uma piscadela e se ela sorrir, divide o peixinho e transa ali mesmo, sempre de olho pra não vir ladrão, predador ou coletor de impostos... Pela noite dorme-se. Se der insônia, pesca-se mais... Depois a lontrinha emprenhada sai por aí pra parir os lontrinhos. Mas fartas destes abusos elas já estão procurando um útero digital pra poderem procriar e não terem que depender dos lontros pra nada. E elas mesmas já estão caçando seu próprio peixe. Emponderadas, um dia não dependerão de nenhum lontro.
Depois dessa não me questiono mais nada. Viver é fácil. Nossas respostas a nossos questionamentos é que eram difíceis e já não são.
- Pra se viver não se precisa saber qual o sentido da vida. Isso é besteira. Você vai ali no mar, pega um peixinho e come tranquilamente olhando a paisagem... Se passar uma lontrinha, você dá uma piscadela e se ela sorrir, divide o peixinho e transa ali mesmo, sempre de olho pra não vir ladrão, predador ou coletor de impostos... Pela noite dorme-se. Se der insônia, pesca-se mais... Depois a lontrinha emprenhada sai por aí pra parir os lontrinhos. Mas fartas destes abusos elas já estão procurando um útero digital pra poderem procriar e não terem que depender dos lontros pra nada. E elas mesmas já estão caçando seu próprio peixe. Emponderadas, um dia não dependerão de nenhum lontro.
Depois dessa não me questiono mais nada. Viver é fácil. Nossas respostas a nossos questionamentos é que eram difíceis e já não são.
Mas Lalá, a gata de minha netinha que está comigo, sentiu o cheiro de filé de peixe que eu estava cortando, e veio se roçar em mim... Parece ser mais inteligente que a lontra. A lontra tinha medo de se escravizar. Lalá não tem esses medos. Tem esses prazeres porque é livre, cercada de carinhos enquanto estiver comigo. Ela sabe disso.
Ainda preocupado, tive que voltar a falar com a lontra da foto. Faltava esclarecer um assunto muito importante e no qual ninguém repara nesses assuntos de alguma coisa comer outra.
- Lontrinha... (perguntei-lhe), e o peixinho?
- Lontrinha... (perguntei-lhe), e o peixinho?
- O que tem o peixinho? Comi!!!
- Não... Qual o sentido da vida para os peixes?
- Bom... De minha experiência por esses mares, as peixas jogam os óvulos num buraco lá no fundo e os machos jogam os espermas em cima. Depois vão todos embora. Nenhum peixe sabe quem foi o pai ou progenitor. Para os que sobreviverem o resto é passar a vida comendo e botando óvulos e esperma em cima deles. Peixes não têm nem pais nem mães. São sempre muitos para sempre haver peixes. Mais um menos um deles, nem sentem a diferença. Pode pescar e levar que ninguém nota...
Depois me lembrei dos primeiros tempos bíblicos em que os humanos tinham filhos e família e se aconchegavam uns aos outros. Era assim lá em casa quando eu era pequeno e "pequeno". Agora o núcleo aglutinador é o dinheiro, escolhem-se os amigos, e sobretudo já somos muitos, e mais que muitos, mais um menos um, não faz diferença. Os humanos são como peixes. Incontáveis, um dia faltará oxigênio para respirarem.
O sentido da vida dos vegetais deve ser bem diferente. Eles usam sementes e as jogam ao vento. Quem deveria saber quem eram os progenitores deveriam ser os insetos, as aves e o vento que promovem a inseminação, mas não deixam memória nem isso interessa.
Do Livro "Porque lontras não falam?"
Rui Rodrigues
O fim da guerra dos sexos
As mulheres vão fazer meninas com as mulheres, e os homens vão fazer meninos com os homens... Sem fronteiras, tudo junto e misturado pra aprenderem a conviver bem, sem compromissos, já que a obrigação dos compromissos irritava e distanciava tanto. Agora mais ninguém vai ter culpa de nada. Vai ser o fim do Ricardão já que não vai haver mais quem trair com o fim dos casamentos.
E prontos, não se fala mais nisso.
E com o governo cheio de ladrões, o IBGE vai fazer novo senso... Quando somarem tudo, o Brasil encolheu em área, o número de homens zerou, o de mulheres também, e todo mundo é negro. Sem vacas, sem cornos. Nossa economia vai faturar menos que o Haiti, porque quem declara tem medo de usarem as estatísticas pra aumentar impostos...
Zequinha das Candongas que já avisou: "- Vamu emponderá aiz muié, que eu já cansei de trabaiá".
Nova novela da Grobo: Num casal gay feminino uma trai a outra e resolvem se separar porque a mais masculinizada só queria ficar em frente à televisão tomando cerveja e chegava tarde em casa falando grosso. Resultado: Uma se juntou com uma trans-gay de perna cabeluda e bigode, bem feminina, e outra com um trans-gay- masculino "drag king" que representava na Broadway, ainda de menor, mas com autorização dos pais.
Quem me contou tudo isto não posso contar, mas trabalha pró-Santander
Rui Rodrigues
sábado, 7 de outubro de 2017
Crônica besteirólica da Avestruz.
Sinto-me impotente para resolver este problema existencial dos avestruzes de uma granja que tem aqui perto, mas disse-lhes duas coisas: Que os passarinhos por mais raquíticos que sejam têm o mesmo problema, e que deveriam reduzir o tamanho descomunal dos ovos pra não arrebentar a cloaca por onde eles saem. Eu não como avestruz porque não sei se alguma delas namora algum empregado da granja. Nunca se sabe, porque tem pescador tarado que come arraia.
Foram os portugueses que trouxeram os avestruzes para o Brasil, mas não importa se trouxeram os animais vivos ou só os ovos que aqui chocaram. Por isso quando nasceram os primeiros avestruzes eles não sabiam onde estavam, se era em África ou na América do Sul, o que não lhes fazia a mínima diferença. São muito curiosos e como precisam de pedras na moela pra digerir as sementes que comem, podem engolir até nossa câmara fotográfica que elas acham interessante mas não têm ideia para que serve.
Na saída da granja bateu aquela coisa meio estranha de que por pouco, muito pouco, minha diferença para um avestruz poderiam ser simplesmente as penas, porque até a carnaval já fui. Há coisas que não importa como foi, nem como é, nem como será. Deve ser por isso que usam todos o mesmo corte de cabelo, mais pra Kim-Jong que pra Trump.
Rui Rodrigues
sexta-feira, 6 de outubro de 2017
Las Vegas- Porquê eu ?
Desculpem mas não me conformo com as diferentes reações face à carnificina de Las Vegas. Isto vem a propósito da pergunta que sobreviventes estão fazendo: - Porquê eu?
1- Quem atirou deve ter feito pontaria para onde havia maior aglomeração de pessoas. Quem estava em pontos mais "ralos" deve ter tido maiores chances de escapar . Quem não estava no Show ou nem passou perto, não foi atingido... Quem preferir segurança não deve frequentar países "de risco", e muito menos concentrações de massas humanas.
2- As balas não foram disparadas de forma a escolher o alvo...Foram rajadas. Um cálculo matemático (leis das probabilidades) em função das rajadas e intervalos pode chegar a valores iguais ou próximos do número de mortos, feridos com maior ou menor gravidade. Ninguém foi escolhido para uma coisa ou outra,
3- Quem percebeu primeiro o que estava acontecendo, se protegeu. As rajadas caíram sobre os outros.
4- Em nenhum momento foram escolhidos os maus pra morrer por castigo. Nem os bons pra irem para o céu juntar-se a Deus.
5- As leis das probabilidades e as capacidades físicas de cada um, bem como a distribuição e concentração de gente determinaram a "sorte" de escapar, ou o azar de ser atingido, com maior ou menor gravidade.
6 - A força do vento não deve ter influenciado a direção das balas.
7- Não há certeza de que Deus , seja ele qual for, saiba deste ataque, ou o tenha influenciado, ou sequer que tenha escolhido as vítimas.
8- Como sempre os que se salvaram deram "Graças a Deus", os feridos se perguntam "Porquê eu", os mortos devem estar decepcionados com Deus e se pudessem ser ouvidos estariam dizendo: Eloi, Eloi, lamá sabactani.?
Evite ficar num lugar com aglomerado de pessoas em países de risco. Fique longe das drogas, da Rocinha, Vidigal e qualquer favela.
Rui Rodrigues
1- Quem atirou deve ter feito pontaria para onde havia maior aglomeração de pessoas. Quem estava em pontos mais "ralos" deve ter tido maiores chances de escapar . Quem não estava no Show ou nem passou perto, não foi atingido... Quem preferir segurança não deve frequentar países "de risco", e muito menos concentrações de massas humanas.
2- As balas não foram disparadas de forma a escolher o alvo...Foram rajadas. Um cálculo matemático (leis das probabilidades) em função das rajadas e intervalos pode chegar a valores iguais ou próximos do número de mortos, feridos com maior ou menor gravidade. Ninguém foi escolhido para uma coisa ou outra,
3- Quem percebeu primeiro o que estava acontecendo, se protegeu. As rajadas caíram sobre os outros.
4- Em nenhum momento foram escolhidos os maus pra morrer por castigo. Nem os bons pra irem para o céu juntar-se a Deus.
5- As leis das probabilidades e as capacidades físicas de cada um, bem como a distribuição e concentração de gente determinaram a "sorte" de escapar, ou o azar de ser atingido, com maior ou menor gravidade.
6 - A força do vento não deve ter influenciado a direção das balas.
7- Não há certeza de que Deus , seja ele qual for, saiba deste ataque, ou o tenha influenciado, ou sequer que tenha escolhido as vítimas.
8- Como sempre os que se salvaram deram "Graças a Deus", os feridos se perguntam "Porquê eu", os mortos devem estar decepcionados com Deus e se pudessem ser ouvidos estariam dizendo: Eloi, Eloi, lamá sabactani.?
Evite ficar num lugar com aglomerado de pessoas em países de risco. Fique longe das drogas, da Rocinha, Vidigal e qualquer favela.
Rui Rodrigues
As medalhas de ouro que enferrujam
Velhice tem dessas manias...
A Globo promove. Ela vai alegar que não sabia, assim como Lula, Dilma, Paes, Pezão...Hiiiiii... Um porrilhão de ladrões que nunca sabem de nada.
À noite na cama da netinha
-Conta uma historinha de terror, vovô, dessas de assustar muito, muito...
- Era uma vez uma mulher que vivia numa casa feita de doces e engordava meninos pra depois comer...
- Ah... Essa não... Já conheço... Isso não assusta nada...
- Era uma vez uma bruxa que vivia num castelo encantado e...
- Caramba vovô... Você está fazendo de propósito...
- Era uma vez um cara que tascou fogo em álcool e matou 5 crianças, depois que 59 pessoas morreram baleadas em Las Vegas e 780 foram feridos em Barcelona...
- Manhêêê... Vovô está me assustando de verdade !!!!
A realidade realmente assusta, mas temos que preparar nossos fihos e netos para não serem colhidos de surpresa... A educação tem que ter prioridades. Pra quem tem grana, recomendo deixar filhos em casa e pagar aulas avulsas de professores que os preparem para as Universidades.
A UNE continua com alunos estafantes profissionais, pagos para não estudarem. Arranjam até diploma. Perguntem a Dilma.
Rui Rodrigues
Bota o Tite no Planalto
A seleção brasileira de futebol, a gloriosa canarinho, que ensina futebol ao mundo, é um excelente exemplo caseiro do sucesso...
Nos tempos da lambança de Dima, as demais seleções da América do Sul riam-se da nossa seleção e com aquele olhar de lobos que esfregam as mãos com aquele olhar gozador e glutão, esperavam embevecidos que pela primeira vez na história depois de 1958 não fossemos a Moscou... Gozavam... Nos gozavam... Gozavam...
Então trocamos de presidente, de mentalidade e de técnico...
Na política não deu certo...não há inflação , mas não é por causa da toupeira peluda com óculos do Meirelles, ou do mão leve do Temer: É porque se compra e se come menos... No resto deu tudo errado, cada vez legalizam mais a corrupção.
Mas no futebol ... Ah no futebol... Até Neymar está jogando, estamos 10 pontos na frente do segundo, e já estamos em Moscou... Bastou mudar a direção, como deveríamos prender os presidentes anteriores e destituir este...
Simples, simples, simples... De verde e amarelo...
Bota o Tite no Planalto que ele resolve. Qualquer um bom é melhor que esse time de suporte político a corruptos, viciados na rapinagem sorrateiramente à socapa do nosso suor e sangue...
Rui Rodrigues
A confissão do ateu
A vocês sim, me confesso.
E que lhes sirva de boa coisa...
Já fui criancinha de pensar que um dia meu pai e minha mãe voltariam a morar juntos no céu... Depois pensei que talvez fosse minha madrasta que o apoiou bem mais, mas nesse caso eu não poderia estar junto deles e eu teria que estar no inferno, no purgatório ou no céu incomunicável com eles...
Depois achei que esse céu era muito complicado, e fiz uma visita à caixa de costura que tenho em casa pra remendar não sei o quê, e olhei o buraco de uma agulha...
Peguei a agulha e levei no zoológico da cidade e comparei com o buraquetinho com o camelo... impossível passar o camelo.
O que Jesus quis dizer é que nenhum rico vai pro céu. Nem um só... Quanto aos pobres, deveriam estar todos lá... Mas não podem ir todos... Porque se se perdoa 70 vezes sete a pobres também se deve perdoar a ricos, cuja maioria já foi pobre e vai morrer pobre porque não vai levar nada ao morrer ...
Deve haver um lugar que não seja nem céu, nem inferno, nem purgatório onde haja muita sacanagem, uns bons drinques, sons de primeira linha, uma cidade porreta com vida noturna tudo grátis, com uma boa indústria cinematográfica, notícia ao minuto da Galáxia e arredores... Nesse lugar ninguém fala mas eu vou pra lá... Ah Vou !!! Já falei com o "home"
- Vamos lá... ânimo, disse eu, inventa esse lugar, meu Godi
- Pow cara... Não tinha pensado nisso quando inventaram a religião... Vais ter o teu lugar... Se te agaranto...
Rui Rodrigues
Já fui criancinha de pensar que um dia meu pai e minha mãe voltariam a morar juntos no céu... Depois pensei que talvez fosse minha madrasta que o apoiou bem mais, mas nesse caso eu não poderia estar junto deles e eu teria que estar no inferno, no purgatório ou no céu incomunicável com eles...
Depois achei que esse céu era muito complicado, e fiz uma visita à caixa de costura que tenho em casa pra remendar não sei o quê, e olhei o buraco de uma agulha...
Peguei a agulha e levei no zoológico da cidade e comparei com o buraquetinho com o camelo... impossível passar o camelo.
O que Jesus quis dizer é que nenhum rico vai pro céu. Nem um só... Quanto aos pobres, deveriam estar todos lá... Mas não podem ir todos... Porque se se perdoa 70 vezes sete a pobres também se deve perdoar a ricos, cuja maioria já foi pobre e vai morrer pobre porque não vai levar nada ao morrer ...
Deve haver um lugar que não seja nem céu, nem inferno, nem purgatório onde haja muita sacanagem, uns bons drinques, sons de primeira linha, uma cidade porreta com vida noturna tudo grátis, com uma boa indústria cinematográfica, notícia ao minuto da Galáxia e arredores... Nesse lugar ninguém fala mas eu vou pra lá... Ah Vou !!! Já falei com o "home"
- Vamos lá... ânimo, disse eu, inventa esse lugar, meu Godi
- Pow cara... Não tinha pensado nisso quando inventaram a religião... Vais ter o teu lugar... Se te agaranto...
Rui Rodrigues
quarta-feira, 4 de outubro de 2017
Conto curto das memórias do cárcere de um incorrigível.
Em pleno recreio do recinto prisional, que é quando se presta menos atenção no que se diz:
- Vem cá ó chefia... psst... Chega aí, policial...
- Qué que foi, vagabundo...???
- Sabe quem eu sou, né ???
- Sei... Já assaltou agência bancária, contrabandeou um porrilhão de AK-47...
- Pois então, merrmão... Tenho uma proposta pra tu...
- Fala aí... Se for caô tu apanha umas porradas.
- Negóceguinte....Tu me dá bom comportamento pro indulto de Natal e se eu sair, tu leva uma bolada do caraio...
- E o que você me garante ???
- Um bom adiantamento, agora merrmo...
____________
E ganhou indulto de Natal, nunca mais voltou para a prisão e estava tentando abrir um túnel para assaltar o Banco do Brasil em UM BILHÃO DE REAIS... Dizem as más ínguas que nem só guardinhas se compram pra ganhar indulto de Natal e nunca mais ser encontrado... Compra muita gente um bilhão de reais...
Mas bem feito, que o cara ficou todo endividado com o equipamento, a construção, e nem saporra da "luz no fim do túnel" o cara viu. Tá em cana e já começou a cantar a guarda acantonada pra ganhar um indulto presidencial.
Rui Rodrigues
Rui Rodrigues
Um olhar sobre as ondas da humanidade
De vez em quando surgem idéias no seio da humanidade que chamam a atenção sobremaneira, e que a percorrem por todos os cantos do globo com maior ou menor repercussão dependendo do "momento" e dos costumes e tradições de cada região.
Mesmo um pequeno tema pode gerar uma grande causa, uma onda. Há muitas que podemos facilmente identificar, como por exemplo a do uso do ferro, o cristianismo, o rock'n roll, a mini-saia, o sapato, a pasta de dentes, o batom, a gravata, a república, o comunismo...
Na antiga URSS os princípios comunistas eram ensinados nas escolas desde o primário, havia filhos que denunciavam os pais e eram considerados heróis. Na China de Mao Tse Tung, além do ensino, grupos passavam com o livro vermelho de Mao lendo-o de casa em casa. Não adiantou de nada. Morreu muita gente pelo comunismo e ainda morrem por seus efeitos desde 1917, mas a onda restringe-se praticamente à Coreia do Norte e Cuba. E nem as ideias comunistas vingam. O que vinga por lá são as técnicas de propaganda e os meios de controle das populações em nome da continuidade do poder.
Contra o poder do Estado e dos órgãos de Estado, o ensino em casa orientando os filhos sobre o "sistema" seus prós e contras.
Agora vivemos a onda do "gênero"... E enquanto se vive e se discute nesta onda, bandidos no governo podem roubar à vontade, podem morrer 8 mulheres por dia por violência... Há cartilhas nas escolas para resolver o "problema" do gênero, mas não as há para resolver o problema político ou de parar com a violência contra a mulher, com a mesma ênfase.
Vai passar. O comunismo durou um século. Ondas aparecem, causam o maior estrago ou benefício, e desaparecem. Cessada a causa cessa o efeito.
Rui Rodrigues
terça-feira, 3 de outubro de 2017
Os peixes podem ser gaivotas sem asas
Eu gosto de dias assim, em que se pode enxergar o mundo como se fosse uma aula de desenho de jardim de infância, mas tenho tanto esse dom de regredir que consigo ver o mundo antes de Ciro inventar o dinheiro sem se preocupar com a inflação. Quando a inflação "comeu" o valor da moeda, que era de ouro, passaram a vendê-la por muito mais que no fundo era menos...
O Meirelles sabe do que estou falando... O Temer não sabe, Dilma não tinha condições mentais nem de entender, Lula nunca quis saber, FHC um dia ainda vai saber sobre aquele juro astronômico inicial que enriqueceu ainda mais o ministro da fazenda e não Soros, mas também.
Eu gosto de dias assim, depois que passam as caravanas que trazem turistas para ver o que vai pelo reino com a certeza que vão voltar para suas terras embora deixem o lixo de embalagens de plástico, restos de comida e principalmente aqueles papos de gente fuinha. Estas terras são minhas, o silêncio grita canções e músicas, a brisa do mar os últimos trailers dede os primórdios dos tempos.
Eu gosto de dias assim, em que se pode antever algumas réstias de futuro por mais improvável que possa parecer. De outra forma, isto seria impossível pelo som de atabaques e matracas de turistas acampados... Muitas matracas... aqui pode ver-se que gaivotas em terra são presságio de tempestade no mar. Grandes tempestades... Mas quem tivesse nascido e ficado sempre no fundo do mar pensaria que os peixes são gaivotas. E nadam sem asas, voam com barbatanas.
Rui Rodrigues
segunda-feira, 2 de outubro de 2017
Verso de futuro incapaz
Por total incapacidade confessada de prever o futuro, fica aqui o verso (1) inacabado e completamente envergonhado...
(1) - Das tratadas tretas e das tratativas a tratar
Passa gente passa ano passa treta,
Só não passa no reino o jeito da mutreta,
Do qual diziam à boca torta
Ser, do orgulho nacional, o que importa
(Mas como discernir com alma tão vantajadeira?)
E assim vieram, armados de engenho e arte,
Dando jeito nos impossiveis por toda parte
Trocando-os, preço por preço com vantagem,
Por coisas incríveis com muita sacanagem.
(Fazendo dias comerciais, escolas de eternos aprendizes?)
Então gritos vieram um dia das casernas,
Contra bandidos, assaltantes e badernas
Das armas e dos outros barões assinalados
Prendendo arrebentando toda corja de danados.
(E sobrando sempre uns mais espertos, dos que ensinam a novas gerações a pobre arte de empacotar notas e embalar em malas)
E quem se atrever a concluir, prevendo o futuro,
Que acabe este verso imaturo,
Mas que assuma de uma vez por todas,
Que neste mundo não se compram coisas boas.
(Porque tudo o que se compra é porque quem vende não quer ou não pode suportar mais)
Rui Rodrigues
(1) - Das tratadas tretas e das tratativas a tratar
Passa gente passa ano passa treta,
Só não passa no reino o jeito da mutreta,
Do qual diziam à boca torta
Ser, do orgulho nacional, o que importa
(Mas como discernir com alma tão vantajadeira?)
E assim vieram, armados de engenho e arte,
Dando jeito nos impossiveis por toda parte
Trocando-os, preço por preço com vantagem,
Por coisas incríveis com muita sacanagem.
(Fazendo dias comerciais, escolas de eternos aprendizes?)
Então gritos vieram um dia das casernas,
Contra bandidos, assaltantes e badernas
Das armas e dos outros barões assinalados
Prendendo arrebentando toda corja de danados.
(E sobrando sempre uns mais espertos, dos que ensinam a novas gerações a pobre arte de empacotar notas e embalar em malas)
E quem se atrever a concluir, prevendo o futuro,
Que acabe este verso imaturo,
Mas que assuma de uma vez por todas,
Que neste mundo não se compram coisas boas.
(Porque tudo o que se compra é porque quem vende não quer ou não pode suportar mais)
Rui Rodrigues
domingo, 1 de outubro de 2017
Minha avó... E eu. Apenas um punhado de momentos
Só eu e ela sabíamos: Ela não voltaria a ver os filhos homens que haviam emigrado para o Brasil. Eles, eram meu tio que me dava doces e "dividia" as namoradas comigo, e meu pai,que do Brasil mandavam dinheiro para minha tia administrar a vida dos três: A dela mesma, a da mãe e a minha. Eu tinha 13 anos quando ela morreu. Durante os primeiros anos de emigração minha tia continuou trabalhando como enfermeira com o Dr. La Féria. Decorei o nome e ela até me levou no consultório dele na Casa do Alentejo que ficava ali perto do Chiado. Depois minha avó adoeceu e minha tia teve que cuidar dela. Mudamos até de casa. Saímos do apartamento moderno, cheirando a novo, na R. Ator Vale, onde meu pai chegou a morar, e fomos para um quarto e sala com banheiro comum, numa casa que Dona Lucília e a irmã alugavam, duas idosas desconfiadas, mas muito boas, que tinham três gatos, um papagaio e um baú de lembranças que quem mais consultava era eu. Muitas fotos e cartões postais. Quando novas tinham viajado muito. O maior gato era branco, peludo, chamava-se Heitor e adorava dormir em cima de um muro na divisa com o prédio da rua debaixo. O piso ficava uns doze metros abaixo, 4 andares. Eu lia a Bíblia repetidas vezes pra ela e saía pra passear quando ela podia caminhar. Íamos até a Penha de França, Jardim Constantino, e pelo Natal sempre havia saloios vendendo perus pelas ruas e uma porção de pacóvios ao redor com vontade de comê-los.
Hoje me lembrei dela. Tinha olhos azuis claríssimos, quase transparentes. Faleceu com 68 anos e eu já vou nos 72. O filho dela, meu tio Miguel, já chegou aos 90.
Minha avozinha paterna, tão débil fisicamente, coitadinha, me dizia: "Dá Deus as nozes a quem não tem dentes". Ela tinha-os, mas a frase tinha um alcance muito maior...
Imagine alguém fazer uma viagem de férias a Paris e a Machu Picchu, sem saber nada de história da França ou do povo Inca. Na volta vem com meia dúzia de imagens na cabeça, umas lembranças na mala pra impressionar os amigos, e umas historietas de guia turístico com grande sorte. Antigamente isso rendia muitos "papos" e mostras de álbuns e filmes de viagem.
A maior riqueza é o conhecimento. A seguir, são os amigos, e a seguir a saúde... Até que se chega em minha avó e nos lembramos das nozes e viagens compradas com dinheiro sonante que sem dentes, só amassadas e em bolos. Ainda sobrou um bolo de anteontem trazido por uns amigos romeiros que passaram rápido como quem nem passa e nem pernoitaram.
Enquanto fazia o café fiquei pensando no quanto de mim os romeiros realmente viram. Foi somente hoje pela manhã que me lembrei do "Cinema Imperial" que existiu na mesma rua onde eu morava na companhia de minha avó, minha tia, um papagaio, duas gatas, um gato e muitas lembranças. Não... As lembranças eram poucas. Agora é que são muitas e boas, e a maioria delas são de um andar em Arroios com 13 dependências. Foi lá que minha avó, com respiração difícil, sempre cansada, respirou pela última vez. Eu nem percebi. Minha tia me mandou sair para o jardim em frente. Naquele tempo obedecia-se. Quando me chamaram já a tinham lavado, vestido, dado uma cor de viva com produtos de beleza da minha tia. Enquanto me lembrar e para sempre, minha avó!
Prédio da Rua de Arroios 174 onde minha avó faleceu. Nessa época vivíamos num andar inteiro com 13 cômodos.
Rui Rodrigues
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