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domingo, 15 de fevereiro de 2015
Carnaval 2015
Quem deu uma olhada no carnaval de 2015 deve ter se lembrado imediatamente de Wilza Carla, a simpática artista já falecida que fez parte do elenco de Saramandaia nos tempos da revista Manchete. Deve ter tido a impressão que nosso povo ficou mais forte, mais varonil de encantos mil.
Houve quem pensasse que se tratava de um principio de apagão e a tela tivesse ficado mais larga do que alta, que os seus olhos tivessem engordado ou que este carnaval tivesse sido feito apenas paras as avozinhas das alas das baianas, mas não... A verdade é que estamos na era Maquidônalds de gente saudável, malhada em academias aposentando assim as velhas cabrochas e madrinhas de bateria dos tempos da garota de Ipanema.
Devem ter sentido a falta daquela moça sem calcinha ao lado do presidente que tinha um topete, de Eike Batista, e de todos aqueles figurões cheios da nota que sempre pagavam por uma suíte presidencial – ou real - do Sambódromo onde a bebida corria solta, ao que parece com o dinheiro do povo brasileiro daquele que corre solto e por fora sem declaração para imposto. Mas quem não sentiu esta falta, deve ter pensado que todo o povo que reclama nas ruas resolveu dar um tempo e se reunir no carnaval em concentrações que lembram festaços de roque como o de Woodstock vulgarmente conhecido como Udistók, mas isso foi em 1969 quando a guerrilha que sucedeu a Lampião andava querendo subverter gente do campo em lutadores comunistas e nem se pensava que alguns deles viessem a aterrorizar a economia capitalista desta nação.
O Carnaval em si parece continuar o mesmo como nos velhos tempos em que se jogava muito no bicho e havia menos droga pesada parecendo até que só há um carnavalesco e um compositor na cidade.
Será muito difícil a atribuição de notas deste ano. Quem sabe, cinco escolas com mesma média de notas igual a 9,00009...
Este ano a suíte mais luxuosa ficou para uma rede que parece ser a mais rica empresa da Nação como se não pagasse impostos.
RR
sábado, 14 de fevereiro de 2015
O Socialismo e o princípio de Heisenberg!
Há realmente coisas
impossíveis neste mundo. Mundo é o nosso Universo visível, em que vivemos, e
tudo o que conhecemos. Uns de nós têm mais conhecimento que outros e mesmo
assim compartilhamos alguns ideais. Interpretemos esses ideais como “vontades”
para facilitar a interpretação deste texto, tomando como exemplo a vontade de
dois filósofos: Heisenberg e Karl Marx. Heisenberg queria medir a posição e a
velocidade de uma partícula qualquer num determinado instante. Karl Marx queria
que o capital fosse dividido entre todos de forma praticamente igual, de forma
a que todos tivessem um padrão de vida razoável. Nenhum dos dois conseguiu seus
intentos. Parece que seus desejos, suas vontades, são impossíveis, ou dito de outra
forma mais razoável, têm seus limites.
Comecemos por Heisenberg, de
forma resumida.
Imagine uma partícula no
espaço que deve ser observada para que se possa medir sua posição no espaço e
sua velocidade num determinado momento. Não importa que meios usemos para
“olhar” a partícula, precisaremos de um quanta de luz. No momento em que
enviamos o quanta sabemos a posição exata da partícula, mas lhe imprimimos mais
energia modificando sua velocidade. Este fato comprovado se aplica também à
velocidade de forma que se conseguirmos saber a velocidade não poderemos saber
com precisão onde ela está exatamente: A maior precisão corresponde à distância
entre as cristas do quanta de luz. Mais precisão mais energia para reduzir esta
distância entre cristas, mas mais energia corresponde a alterar o estado da
partícula. Pode parecer confuso, mas é mais ou menos como tentar ultrapassar a
velocidade da luz, outra impossibilidade: Quanto mais aumentamos a velocidade
de um corpo mais sua massa aumenta freando a velocidade, impedindo assim que
seja ultrapassada. Estes dois fatos tanto são verdade que mandamos foguetes ao
espaço e nossas casas estão cheias de equipamentos eletrônicos que sem estas
descobertas teriam sido impossíveis.
Resumindo, quanto mais,
menos. Heisenberg tem seu nome inscrito como um dos gênios da física por esta
descoberta. Chama-se à sua teoria “ Princípio da Incerteza”.
O socialismo também de forma
resumida.
Há uma meia dúzia de países
que vivem relativamente bem em seus regimes socialistas. Três deles, a Noruega,
a Suíça e a Alemanha, têm grandes diferenças em área territorial, em população
e no PIB, ou Produto Interno Bruto, que significa toda a riqueza que o país
produz. Este valor de PIB varia de ano para ano de acordo com o mercado
internacional. Se há crises, o PIB diminui. Se o mercado está favorável, o PIB
cresce, a menos que, dentro das fronteiras, por diversos ou qualquer motivo
caia a produção, diminuam as exportações aumentem as importações. O mercado
internacional faz trocas e cada produto tem o seu valor. Se um sistema político
se baseia no capitalismo, cada bem tem um valor de mercado traduzido em moeda.
Se a moeda é abolida, pode haver escambo (troca) de bens, mas os “favores” logo
se introduzem como moeda. No fundo há sempre uma “moeda” de troca, uma
referência em qualquer sistema político.
O sucesso do socialismo nos
três países indicados, Noruega Suíça e Alemanha, se deve a uma folga razoável
no resultado positivo da balança comercial, que se junta aos impostos para
permitir investimento no sistema produtivo, ter reservas para emergências, e
pagar os custos do Estado e dos benefícios sociais. Todos que podem trabalham,
os que não podem são sustentados pelo sistema. Funcionam bem. Nos demais países
com governos socialistas alguma coisa falha: Ou têm gente demais, ou exportam
menos do que importam, ou recolhem poucos impostos ou há muita corrupção. É
mais ou menos como a partícula à qual queremos medir sua velocidade e sua
posição. Ou uma coisa ou outra é tudo o que podemos ter. No caso do socialismo
aplicado ao Brasil, e supondo que se mantém a mesma população, seria necessário
exportar muito e muito mais (aumentar a produção, investir pesadamente em
industria e agro-pecuária criando empregos e gerando maior recolha de impostos)
manter os impostos ou até diminuí-los porque já são extraordinariamente altos,
e aplicar nas melhorias do estado mantendo às suas custas os que não puderem
trabalhar. Tudo isto sob controle e fiscalização coerente e honesta de
princípios. A disparidade entre o salário mínimo e os cargos ocupados por
políticos não pode ser tão díspar, ou disparatado como é atualmente.
Não há “mágicas” na Física,
na matemática ou no modo de gerir uma nação. O que pode haver são lideres que
pretendem, querem, exigem que se chegue a um determinado patamar de bem-estar
social e da nação sem saberem como chegar lá nem o que é necessário fazer em
meio a uma corrupção desenfreada porque, para o estado conseguir apoio tem que
pagar propina, comprar votos. Isto não leva a nada a não ser a derrocada da
nação o estropiamento das instituições, a deterioração da moral e da ética, o
aumento do consumo de drogas, muita gente inativa e falta de recursos para
desenvolver a educação, a indústria, o comércio, os transportes, a segurança e
saúde públicas. Com todo o respeito por qualquer trabalhador, o lugar do
trabalhor sem educação superior não pode ser nos mais altos postos de governo. Estes se destinam a quem têm instrução superior porque são eles que sabem de matemática, de economia, das matérias que
são necessárias para saber como está a nação e do que precisa. Votar por
simpatia ou beleza, ou pelo sorriso, é jogar o futuro fora. Há quem pense: Pode
sim. Trabalhador mesmo sem o primário pode ser presidente ou ocupar ministério
porque ele se cerca de gente que entende. Pois a “gente” que entende o engana,
mesmo não sendo ele mesmo corrupto e nunca conseguirá saber “porque” deu tudo
errado.
Se governar fosse fácil,
todos os países estariam bem de vida, todas as famílias viveriam sem problemas,
cada cidadão se governaria sem a ajuda do estado, mas pelo contrário é difícil.
Quanto maior o conhecimento mais sucesso pode ter uma nação. Cuba é um mau
exemplo. Desde a revolução que sobrevive às custas da ajuda de países que se
sensibilizaram por sua precariedade em conseguir governar-se, mas pode garantir-se
que a causa está na preguiça, na esperteza (que não é o mesmo que inteligência)
e na teimosia de seus líderes desde então. A inveja fecha o círculo da
catástrofe no poder e para “mostrar” ao mundo que Cuba orgulhosamente vivia
bem, baixaram as exigências para obtenção de diplomas, falsificaram os dados
estatísticos, prenderam oposicionistas e mandaram outros tantos para a morte no
paredão. Ainda hoje a título de solidariedade, mandam cubanos vigiados para o
exterior recebendo o Estado cerca de 80% dos salários. Em Cuba não podem pagar
nem a centésima parte do que recebem no exterior. O falso “sucesso” cubano foi
apenas propaganda do governo, num país de fronteiras fechadas. A mentira foi
sempre uma moeda de troca pela ilusão da felicidade cubana. Basta ver os
edifícios como estão conservados, o parque automotivo e as industrias que
possui. Ilha por ilha, o Japão é um gigantesco gigante capitalista, Cuba um anão
“socialista”. De quase 100 países que já foram comunistas, restou apenas a
Coréia do Norte governada por um anão gordo. Cuba fez as pazes com os EUA
recentemente. Veremos como se desenvolve agora, mas há “coisas” neste mundo que
são realmente impossíveis. A filosofia de Carl Marx morreu na prática, pode ser
consultada nos alfarrábios de história.Só por curiosidade, karl Marx era casado com uma senhora muito rica, milionária e sempre viveu às custas dela. Ele não trabalhava. Trabalhador era Heisenberg.
® Rui Rodrigues.
sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015
Sonata do pôr-do-sol, antes do luar.
Caminhou
até a praia pelo caminho de terra sem olhá-la nem senti-la. Seus olhos
perscrutavam as poucas nuvens pintadas de forma impressionante em cor de rosa e
alaranjado pelos últimos raios de sol daquele dia quente de verão, e seus
ouvidos, moucos para a paisagem, escutavam o bater das ondas nas frágeis areias
da praia que se moviam a cada batida sem que ninguém as notasse. E seu mundo se
reduzira a apenas isso. Nada mais existia. Ele, o céu e o mar, e uma paisagem
esverdeada que ficara para trás. Quando viu algumas gaivotas palmilhando as
areias bordadas por espumas evanescentes, as uniu entre si, como partes da mesma
vida que era também a sua. Tudo se dissipa à sua volta por um dia, por um mês, um
tempo ou uma vida, assim como o amor quando dá lugar á razão. Uma sombra triste
lhe passou pelas frontes batidas pelo vento ao perceber mais uma vez que tudo
se modifica na vida e até o amor que se jura acaba por se transformar em razão
mesmo quando há razões para ainda se amar.
Sentou-se á
beira das espumas como se fosse uma gaivota e voou tal como elas pelos céus das
lembranças. Quando a primeira ensaiou uns passos apressados alçando as asas e
se elevou nos ares, seu pensamento não a acompanhou. Estava muitos anos atrás
deslocado do tempo do vôo da gaivota. Era um adolescente, jurava juras de amor
a sua amada, puro de sentimentos, jurando a si mesmo que jamais deixaria que
algo os poluísse. Quando as razões que provocam a razão e
assaltam as emoções apareceram em sua vida, tentou acompanhar o vôo da gaivota,
mas não a viu mais. Parecia ter-se evaporado, sumido nos ares. Levantou-se num
repente e moveu os olhos ora para a direita ora para esquerda tentando ver onde ela se encontrava. Estava longe e descia num mergulho para o mar buscando alimento,
pequenos peixes que se deixam apanhar distraídos tal como por diversas vezes
acontecera em sua juventude. A vida era feita de caçadas e de fugas. Não reclamava nem se arrependia nem julgava ou
sequer culpava fosse quem fosse, o que quer que possa ter sido ou quem nos quês e porquês de sua vida, assim de modo nu e cru em sua pintura da realidade sem os raios de sol que agora se iam pela hora de vésperas, Da praia onde estava até o inicio do caminho cheio de terra que o
levaria a casa não iam mais do que duzentos metros. Percorreu-os como criança
que ensaia os primeiros passos, um a um de sua vida. Se não pudesse
pensar não viveria, e se não vivesse, não haveria no que pensar, de forma tal
entendia a tênue membrana do que significava sentir-se viver entre seu corpo e a natureza.
Percebeu os
raios de sol no horizonte em seu tremendo esforço em vão para brilharem e se
prenderem á paisagem que agora abandonavam. Algumas nuvens não o permitiam, e o
planeta em que vivia, girando sempre sem parar, noite e dia, não permitia que
continuassem brilhando sem intervalos. A noite era necessária à vida, á sua continuidade, para
uns proporcionando descanso porque viveram durante o dia, para outros a vida
porque repousaram no dia para evitar a luz. Porque se necessita da escuridão se é na luz que se vive? Julgava-se pertencer a um e a outro
reino destes sem distinção, sem preferências. Tanto vivia de noite quanto de dia.
Quando estava chegando a casa viu um carro em frente ao portão de entrada.
Perguntou-se quem seria àquela hora. O destino ou a sua casualidade ou
causalidade lhe abriam mais uma de suas portas secretas. Quem seria, se nem seu vulto nem o do carro faziam parte de suas lembranças?
Junto ao
portão, de pé, o vulto era impressionantemente agradável. Uma mulher madura de
vestido de seda suave, levemente esvoaçante ao sabor da brisa onde as gaivotas
já não voavam nem os pensamentos do passado apareciam e se desvaneciam, os
lábios discretamente sensuais tingidos de vermelho. Suas pernas eram elegantes
e bem torneadas, os cabelos como véus de incitantes vontades, o colo farto e
arfante, uma beleza de cerca de seus quarenta e cinco anos, perdida nos últimos
suspiros do dia.
Procurava
casas para alugar, gostara daquela e esperava que alguém atendesse a seu
chamado. Perguntou-lhe se era o dono. Entraram.
No dia
seguinte voltou à praia no mesmo horário. As poucas nuvens não eram as mesmas
do dia anterior nem a pintura era tão impressionista. Não soube dizer-se se a
gaivota que quase desaparecia no horizonte seria a mesma do dia anterior. As
ondas certamente não eram, mas tinham o mesmo padrão de uma a seguir à outra
até sete seguidas espumando espumas evanescentes. Perguntou-se quantas vezes na
vida alguma coisa se repetira e encontrou poucas delas, entre fatos, coisas e
pessoas. Tudo era diferente a cada dia. Repetiu-se pensando que deveria aproveitar
cada dia não porque fossem poucos em sua vida, porque já passava dos 60, quase
70, mas porque cada dia é único. Não existem dois dias iguais, em nenhuma
hipótese, na vida de cada um, embora possam ter muitas coisas em comum. São
sempre, sempre diferentes. Não se perguntou se Deus existe ou não porque nenhum
dos outros seres vivos do seu planeta se perguntava sobre isso e vivia da mesma
forma entre o nascer, o reproduzir-se, o viver e morrer. Mas agradeceu a
qualquer coisa que intuía, porque se tinha que agradecer tudo isso, a quê ou a
quem deveria agradecer? E agradeceu à Natureza. Sim. Essa existia ali a seu
lado, entre caminhadas vivas cercadas de vivas árvores aves repteis mamíferos, com gaivotas espumas e
ondas, mar, raios de sol, e uma mulher que amara num só dia e que jamais
voltaria a ver porque não há um dia igual ao outro nem mulher que seja a mesma dois dias seguidos. Há que aproveitar o que a
natureza nos proporciona sem muito questionamento dia a dia. Quando chegou em casa, tomou
um banho, desceu para a sala e ouviu uma das muitas sonatas ao luar enquanto
abria mais uma garrafa de vinho como aperitivo para a noite. E se lembrou das
mãos da desconhecida que conhecera, convicto de que colecionar lembranças é
apenas uma conseqüência da vida enquanto há memória. Amor ou necessidades comuns?
® Rui
Rodrigues
quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015
O pirata Notborn Squid e a Ilha dos Papagaios.
O pirata Notborn Squid e a Ilha dos Papagaios.
Qualquer parecença com similitudes não sabemos o que possa ser, mas o que for não é nem se sabe... (Aprendi com Lula)
Qualquer parecença com similitudes não sabemos o que possa ser, mas o que for não é nem se sabe... (Aprendi com Lula)
A mãe de
Notborn Squid parece que detestava o pai que tinha o sobrenome Silva. Colocou no filho um
nome composto que lhe negava a paternidade: Notborn da Silva (não nascido dos
Silva). O nome completo era: Louis Notborn da Silva. Por ser grudento, aquele
tipo de pessoa conhecida como “baba ovo”, cheio de lábia para conseguir o que
quisesse, logo ficou conhecido como “Squid”, que traduzido do inglês quer dizer
Lula. Todas as lulas são grudentas. Desde que Notborn Silva Squid tinha um
sentimento muito particular: Conquistaria uma ilha e seria o chefe supremo.
Quando estivesse velho, nomearia um substituto a sua altura que lhe garantisse
o sustento e o poder. Teria que ser alguém muito idiota, sem instrução, fiel,
bruto, mas encontraria. Na sua juventude trabalhou numa ferraria de
cavalgaduras porque fugia da escola, e perdeu um dedo quando deu uma martelada
errada que não acertou o cravo. E como são as coisas da vida, foi até um amigo
seu do sindicato dos ferreiros e conseguiu que lhe dessem uma aposentadoria por
“invalidez”. Foi sua primeira fonte de receitas ilegal, na verdade, porque
muita gente sem pernas, braços, sem um olho, com taquicardia, silicose no
pulmão, não conseguiam a aposentadoria. Foi esse amigo que o escolheu para representar
um sindicato, e o colocou em contato com os empresários que estavam com
problemas porque os empregados sempre ameaçavam entrar em greve para pedirem
maiores salários.
Os empresários fizeram um trato com ele: Se os ajudasse a
“maneirar” os empregados, um dia o elegeriam Chefe Supremo da Ilha. A meta era
convencer os empregados a cooperar reduzindo-lhes os salários, como em Cuba,
uma ilha do Caribe, em nome do socialismo. Isso garantiria aos empresários um
lucro fabuloso. Nunca mais Notborn Silva Squid se preocupou em estudar alguma
coisa: Já tinha sua aposentadoria, ficaria rico, estudar para quê? E um dia foi
procurado por uns piratas fugitivos que prometeram ajudá-lo a enganar o povo em
nome dos ideais “comunistas”, evidentemente que com lucros divididos entre os
empresários, os políticos do partido e eles, as “cabeças” da “revolução surda “
a revolução invisível, daquelas que quando o passarinho se dá conta, já está na
gaiola. O passarinho seriam os políticos da oposição que compraria, e o povo inocente
cheio da maldita trindade: Ignorância, fé e Esperança.
Ignorante e
sem instrução, necessitando de ajuda para poder “subir” na vida, seus amigos
piratas o ajudaram, mas eram tanto ou mais ambiciosos que Notborn Silva. Um
deles, conhecido como Joseph Diryours também nunca tinha trabalhado na vida a
não ser na pirataria, assim como Dilbad Tapir, sua companheira em uma
embarcação pirata que raptava indivíduos importantes, assaltava
estabelecimentos comerciais e matavam a sangue frio sem sequer encomendar
missa. Todos eles, por necessidade da
profissão, tinham uma característica em comum: Sabiam mentir fazendo caras e bocas,
chorando, rindo em performances teatrais dignas de artistas saltimbancos do
tipo de uma empresa de Arautos, muito conhecida no reino: A Gbola... A Gbola
fazia opinião e convencia o povo que já sabemos era possuído da Maldita
Trindade: Ignorância, Fé e Esperança. Conseguiu eleger-se como Chefe Supremo da
Ilha dos Papagaios sempre com o apoio mancomunado dos amigos piratas e dos empresários
que financiavam tudo, esperando ficar ricos logo, mandar o dinheiro para o
exterior, sem se preocuparem com o amanhã. Se houvesse um reverterio se mudariam para o exterior. Para conseguirem
esta riqueza, todos combinaram em colocar gente “fiel” e ignorante à frente de
cada setor da administração da Ilha e arranjar pessoal da propaganda e da
remessa de divisas para o exterior para entrarem em contato com tesoureiros do
grupo político dos piratas. E o dinheiro dos impostos foi saindo... Foi saindo
em surdina sem ninguém saber.
Diz o presidente do partido que o tesoureiro não
recebeu nada, que não sabia de nada, mas isso todos eles disseram sempre que
foram apanhados com a mão no açucareiro, a boca na botija, o pé na argola. Nessas
horas, a empresa de comunicação afiliada, a Gbola, se omite ou tenta aliviar a
barra. Já donos do governo, os piratas
podiam agora se mostrar como gente boa, de moral, engravatada, de forma tão
teatral que pareciam doutores de universidade. A maioria não sabia ainda que a
Terra é redonda e que se passa do Atlântico ao Pacífico através de um estreito,
onde Chile e Argentina se juntam. Mas para quê saber disso e fosse do que fosse,
perguntavam-se, se mesmo assim estavam governando a maior ilha da América do
Sul, a Ilha dos Papagaios? Até que...
... Um dia,
um sujeito que tinha sido comprado por um projeto do Partido para comprar votos
dos políticos figurões e ter sempre seus projetos aprovados, botou a boca no
trombone, abriu o berreiro, escancarou
as mandíbulas, gritou alucinantemente como os animais e pessoas que Picasso
pintou em seu quadro “Guernica”... O partido pagava fiel e mensalmente a esses
políticos para votarem no que queria. Foram presos, incluindo o tal Joseph
Diryours e um seu companheiro ambos piratas desde a adolescência. Joseph
Diryours na verdade sempre foi o mentor político e econômico do grupo. Sua
política era a de roubar todo o dinheiro que pudessem das instituições
públicas, usá-lo para comprar os políticos e súditos para ganharem sempre no
congresso e os votos nas eleições, e através da ruína das instituições provocar
uma revolta que os levasse a impor uma ditadura como a de Cuba, uma ilha ilhada
mesmo sob todos os aspectos, da comunidade internacional onde um tal de Castrado
era o imperador... Mas...
...Um dia,
a maior empresa do país que se dedicava a extrair óleo de pedra de sal lá nas
profundidades do oceano, quase faliu. Claro que havia desvios bilionários –
suspeita-se até que seja trilionário – e o povo quase se revoltou. O povo fica
sempre no quase, por que sofre da síndrome da Maldita Trindade, como já vimos,
mas o fato repercutiu muito depois que se suspeitou que o Partido tinha roubado
– além de comprado, os votos nas eleições. O dinheiro todo, uma derrama, saía
dessa empresa. Logo que se soube, as ações caíram, o mercado internacional se
revoltou e abriu ações na justiça para se ressarcir dos prejuízos. Nem a
empresa que contratou para “aprovar” os seus balanços, quis aprovar o ultimo do
ano, onde teriam que ser lançados os prejuízos... O controle dos votos na
eleição veio à tona quando se soube que o ministro (do mesmo partido do
governo) que controla as contagens de votos não deixou ninguém entrar em sua
sala de controle, que havia listas jogadas no lixo, que muitas máquinas
contadoras de votos já estavam “votadas” antes de colocadas à disposição dos
eleitores. A empresa das máquinas era de um país governado por um grande amigo
dos piratas, também um pirata de nome Mature. Agiram juntos. Porém como todo
mundo estava comprado no senado, não haveria como votar uma intervenção para
verificar os fatos. Ficou no esquecimento.
Durante o
governo de Notborn Silva e de Dilbad Tapir, os filhos de Notborn enriqueceram,
e o que enriqueceu mais era um guri que limpava bosta de elefante num zoológico
porque tal como o pai não quis ir à escola, o que era na verdade desnecessário
como se constata. Também enriqueceram o filho de um ministro chamado Mercad
Before, e outros mais. Um dos maiores problemas de Dilbad Tapir é que suas
falas e atos não correspondem a um diploma que diz ter, gastou fortunas
milionárias como se fosse uma em cartões corporativos, prometeu tudo e não fez
nada, a não ser desenterrar os mortos da época em que era embarcada pirata,
dando polpudas indenizações e aposentadorias aos familiares, mas não
desenterrou os cadáveres dos que ela e suas organizações piratas mataram.
A população
começou a revoltar-se e não se sabe como vai terminar. A economia vai tão mal
que é o único país do mundo aonde os juros bancários chegam a 200%. A inflação
(não oficial) já vai na casa dos dois dígitos , O Produto Interno Bruto é uma
brutalidade da forma como cai e é negativo, o preço da gasolina é o mais alto
das Américas, e não há o mais mínimo sinal de melhoras. Não se sabe como vai
terminar a saga do partido que nasceu há 35 anos e já se prepara para morrer
após uma saraivada de balas dadas nos próprios pés, como se tratasse de
suicídio político. Diz-se muita coisa,
fala-se muita coisa, mas parece que existe uma expectativa que depois do
Carnaval se tomarão atitudes para não estragar a alegria do povo. É verdade...
Chorando pelas esquinas com apagões de energia e falta de água em meio a cheias
torrenciais, a alegria deve ser de chorar lágrimas de pré-sal...
Uma
papagaiada histórica de piratagem que isenta os habitantes por sofrerem da
síndrome da maldita trindade, mas que de repente costumam despertar... Sai
debaixo que vem chuva de populações irritadas!
® Rui
Rodrigues
terça-feira, 10 de fevereiro de 2015
Dilma é incapaz e inelegível.
Dilma é incapaz e inelegível.
Que mais se pode pensar do que não faz sentido nas atitudes da presidente?
A Incompetência de Dilma Rousseff está comprovada, todo mundo sabe, 70% do povo desta nação não a aceita mais como presidente, e os outros 30% dormem na inocência da Ignorância, da Fé e da Esperança - A Maldita Trindade!
Mas o que se pode fazer se ela e o PT compram votos de senadores para votarem nos seus projetos - com gorda soma de 748.000 reais ao final do ano como prêmio extra - e o mensalão ainda não acabou?
O povo brasileiro fica refém de mandos, desmandos e irritações de
uma presidente que aparentemente não tem as mínimas condições de governar por
total incapacidade funcional... Seus discursos - se assim se podem chamar -
demonstram deficiência de concatenação neuronal, provavelmente doença grave
incapacitante, que beira o infantilismo! Deveria ser observada por equipe
médica, com a máxima urgência. Não podemos ter ninguém assim governando esta
nação! Todos os candidatos a presidente deveriam passar primeiro por uma junta médica.
SOMOS UMA NAÇÃO! Não somos um bando de bandos de bandidos...
Então que se tome atitude! Basta!
® Rui Rodrigues
segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015
Uma mão a acenar de longe, do outro lado do imenso oceano!
Chegaram aos poucos...
Primeiro os pescadores, depois as fábricas e os
distribuidores de pescado. Pequenas casas à volta das instalações industriais.
Chegam depois os turistas e gente que compra as casas desses que já as
construíram bem á beira da praia, porque lhes ficava mais à mão entre a casa e
o trabalho. As indústrias acabam por ir-se embora, e muitos pescadores também.
Vão para outras plagas, outras terras nem sempre à beira do mar, que de descansar os ouvidos do
marulhar das ondas também se faz mister. Mas são tantos os turistas que vêm
pelo peixe, que novas casas se constroem e necessariamente também hotéis. E
Bancos... Não se podem esquecer os Bancos, aquelas caixas fortes que só se
roubam pelo lado de dentro, porque pelo lado de fora há policiamento. Cinemas
já se construíram e desconstruíram: Os equipamentos eletrônicos e a NET dão
conta do público e o tornam mais íntimo e egoísta, solitário e até mais barato.
Já pouco se ama na praia sobre a areia ainda quente entre o crepúsculo e as
horas de véspera, porque há quartos para alugar em hotéis, onde o único vento a
arrepiar os pelos da pele são os do ar condicionado.
E quando reparamos, aquela pequena vila não vilã, se transforma numa imensa cidade cheia de ausências de pescadores, gentes simples e agradáveis, da fauna da pesca, e da vida que existia entre as areias e o bater das ondas, pelo chão, enterrada, ou pelas águas, não se sabe ao certo para onde foi.
A pacata vila é agora uma cidade onde não se corre ao vizinho a pedir uma xícara de açúcar porque o nosso acabou e se devolverá amanhã. Não há vizinhos. Dois talvez, quatro... Seis talvez já não os haja. na Praia de Armação de Pêra no Algarve. Beijos, Miguel e Nilde!
E quando reparamos, aquela pequena vila não vilã, se transforma numa imensa cidade cheia de ausências de pescadores, gentes simples e agradáveis, da fauna da pesca, e da vida que existia entre as areias e o bater das ondas, pelo chão, enterrada, ou pelas águas, não se sabe ao certo para onde foi.
A pacata vila é agora uma cidade onde não se corre ao vizinho a pedir uma xícara de açúcar porque o nosso acabou e se devolverá amanhã. Não há vizinhos. Dois talvez, quatro... Seis talvez já não os haja. na Praia de Armação de Pêra no Algarve. Beijos, Miguel e Nilde!
Uma mão a acenar de longe, do outro lado do imenso oceano!
® Rui Rodrigues
® Rui Rodrigues
sábado, 7 de fevereiro de 2015
De volta aos velhos costumes.
Certo dia do mês de fevereiro
de 2015, a Islândia me surpreendeu pela segunda vez. A primeira foi durante a
crise de 2008. Para enfrentá-la, usou as redes sociais e perguntou à população
o que queriam da vida. Queriam uma nova constituição segundo a qual, e usando
as redes sociais, pudesse o povo votar no que de mais importante houvesse a
votar, numa forma que eliminava a “representatividade” e instaurasse a
participação nos destinos da nação. Isso é democracia participativa e embora
tenha eu mesmo proposto esta forma de governo em meu livro “A Ré-Pública”, em
1997, ISBN 85-900308-1-4, CDD-909, admirei-me de ter começado em lugar tão
longínquo do Brasil. A segunda foi agora, quando os islandeses resolveram
voltar à religião de Thor, o deus Viking do trovão que usava um enorme martelo,
não como um deus que faça milagres, mas como um livro aberto de conceitos a
serem seguidos.
Com estas admirações em mente, e aos quase 70 anos de idade, em plena forma física para a idade, sem nunca ter tomado remédios para doenças nem ter freqüentado hospitais nem ir sequer a médico para curar resfriados, temo que tenha de pedir perdão a toda a humanidade por ter na minha juventude gritado por mudanças, contribuído de certa forma ainda que mínima, para que chegássemos a este ponto de rapina das verbas públicas, do aviltamento da vida, do descaso internacional para os conflitos mundiais, do surgimento de chefes de estado que mais lembram Hitler, Átila, Mussolini, Nero, Videla, Fidel Castro, Che Guevara, Mendele, Chávez, Lula, Dilma, Cristina Kirshner, e tantos outros.
Estou de volta aos velhos costumes com uma família que tenha trabalho digno, que possa criar seus filhos que não deveriam passar de dois, de criar galinhas num quintal para manter as proteínas em dia e uma pequena horta para temperos, para o controle da natalidade, para a igualdade de homens e mulheres, para governos honestos e de princípios, humanistas, de preferência sem partidos, que tenham forças armadas que garantam a independência e não se lancem sobre o povo, a volta do “guarda-noturno” que gentilmente nos abre as portas quando esquecemos as chaves, dos heróicos homens e mulheres dos correios que entregam correspondência até no meio do mato, na roça, e de pelo menos duas novidades: O voto que possa ser retirado de político ou servidor público que não sirva a nação com dignidade ou mesmo sob suspeita, e o uso das redes sociais para votar em tudo e não apenas de quatro em 4 anos deixando tudo por conta “deles”... Eles cobram muito caro, vivem como príncipes, reis e rainhas, e não nos devolvem nem as migalhas. Matam até os cães para não lhas roubarem...
Por isso tudo e muito, muito mais que não são apenas 20 centavos, estou de volta á velha e boa família que faz pão em casa e bebe um vinho, cozinha e conversa enquanto cria filhos e netos, e mandam maus políticos às favas! Nas coberturas de prédios se podem fazer hortas coletivas e criar galinhas. A beleza vem depois das necessidades. Que não se fique “bonito” às custas do dinheiro público. O trabalho deve ser suficiente para pagar a beleza, e a menos da aposentadoria para os que já trabalharam – de fato – que não se paguem salários com dinheiro público a quem tem a vida de lazer com a qual fatura dando a maior parte a agentes “pessoais”, nem a presidiários que voltarão ao crime logo que saiam da prisão.
A República está doente, enferma em fase terminal e é preciso ressuscitá-la para os bons costumes... Arte tem que ser arte mesmo, educação tem que voltar a ser educação, ordem e progresso têm que significar Ordem e Progresso sem mas mas mas....
® Rui Rodrigues
Com estas admirações em mente, e aos quase 70 anos de idade, em plena forma física para a idade, sem nunca ter tomado remédios para doenças nem ter freqüentado hospitais nem ir sequer a médico para curar resfriados, temo que tenha de pedir perdão a toda a humanidade por ter na minha juventude gritado por mudanças, contribuído de certa forma ainda que mínima, para que chegássemos a este ponto de rapina das verbas públicas, do aviltamento da vida, do descaso internacional para os conflitos mundiais, do surgimento de chefes de estado que mais lembram Hitler, Átila, Mussolini, Nero, Videla, Fidel Castro, Che Guevara, Mendele, Chávez, Lula, Dilma, Cristina Kirshner, e tantos outros.
Estou de volta aos velhos costumes com uma família que tenha trabalho digno, que possa criar seus filhos que não deveriam passar de dois, de criar galinhas num quintal para manter as proteínas em dia e uma pequena horta para temperos, para o controle da natalidade, para a igualdade de homens e mulheres, para governos honestos e de princípios, humanistas, de preferência sem partidos, que tenham forças armadas que garantam a independência e não se lancem sobre o povo, a volta do “guarda-noturno” que gentilmente nos abre as portas quando esquecemos as chaves, dos heróicos homens e mulheres dos correios que entregam correspondência até no meio do mato, na roça, e de pelo menos duas novidades: O voto que possa ser retirado de político ou servidor público que não sirva a nação com dignidade ou mesmo sob suspeita, e o uso das redes sociais para votar em tudo e não apenas de quatro em 4 anos deixando tudo por conta “deles”... Eles cobram muito caro, vivem como príncipes, reis e rainhas, e não nos devolvem nem as migalhas. Matam até os cães para não lhas roubarem...
Por isso tudo e muito, muito mais que não são apenas 20 centavos, estou de volta á velha e boa família que faz pão em casa e bebe um vinho, cozinha e conversa enquanto cria filhos e netos, e mandam maus políticos às favas! Nas coberturas de prédios se podem fazer hortas coletivas e criar galinhas. A beleza vem depois das necessidades. Que não se fique “bonito” às custas do dinheiro público. O trabalho deve ser suficiente para pagar a beleza, e a menos da aposentadoria para os que já trabalharam – de fato – que não se paguem salários com dinheiro público a quem tem a vida de lazer com a qual fatura dando a maior parte a agentes “pessoais”, nem a presidiários que voltarão ao crime logo que saiam da prisão.
A República está doente, enferma em fase terminal e é preciso ressuscitá-la para os bons costumes... Arte tem que ser arte mesmo, educação tem que voltar a ser educação, ordem e progresso têm que significar Ordem e Progresso sem mas mas mas....
® Rui Rodrigues
Carta a Deus Pai!
Carta a Deus Pai!
Sei que
existes e estás em toda a parte. Longe de ser uma questão de fé, é uma questão
da ciência. Como construir um Universo tão perfeito com tantas leis da física,
da química, da genética, se tivesse sido apenas por “acaso”? Uma lei apenas,
sim, poderia ser por acaso, mas duas, três, milhares de leis que regem nosso
universo, tudo por acaso? Nem a própria matemática e física, e todas essas leis
juntas poderiam explicar o “acaso”. Mas temos um enorme problema: Como és se
ninguém nunca te viu, e todos os deuses que diziam serem reais nunca
apareceram? Dizem que um veio e viveu, professou, morreu, ressuscitou e depois
desapareceu. Esse também não pode ser deus. Deuses que viriam ficam, não podem
ser uma questão de “oportunidade dos tempos”, de uma única geração e não se
vão. Se vieram foi para ficar. Nenhum veio e ficou para sempre! E por fé se
acredita em qualquer coisa. O problema é sabermos como realmente és, porque as
fotografias tuas que nos apresentaram carecem de substância para crer. Por isso
mesmo, que uns dizem que o deus é um, outros outro, e há bilhões de adeptos de
vaga e inconsistente fé – cerca de 7,5 bilhões - que dizem seres tu um e outros
outros, sem que cheguem a acordo, e isso os divide de forma tão emocional que
os fazem lutar uns contra os outros sem que tu apareças para lhes dizer que és
diferente do que pensam...
Alguém se
enganou, ou não viu direito, e nos apresentaram um deus feito à nossa
semelhança, com cabeça tronco e membros, olhos, ouvidos boca e dedos, que podia
andar. Mas então, como seria tão grande que poderia dar um peteleco numa
partícula do Universo e dar-lhe vida através de um Big-Bang? Que tamanho
descomunal teria, ou inflacionaria igual ao Universo primordial? Deus, o único
e verdadeiro terá que ter outra aparência, podendo até ser bem pequeno,
minúsculo, e se esconder em cada partícula do universo, em cada fóton, em cada
partícula de Higgs, em cada partícula ou energia de matéria escura que compõem
o espaço-tempo, mas jamais aquele deus ridículo e pequeno que cuida de tudo a
toda hora neste planeta e em todo o universo, mudando-o, corrigindo-o, fazendo
o bem a uns e esquecendo os outros.
Deus... Sei
que não vais aparecer jamais por um simples motivo: Terias que ser um
religioso, um político ou um empresário e isso não está em tuas leis de
interferência nos destinos do mundo. Isso é o que fazem as tuas leis. Por isso
não adianta pedir para não chover porque queremos ir à praia, quando tantos
agricultores precisam de chuva em suas culturas, e por mais que rezemos, nem os
que vão à praia têm tempo seco, nem os agricultores têm chuva. A criança
inocente morre nos braços da mãe ou do pai, o justo é assaltado e morto.
Uma coisa é
nos sentirmos confortavelmente pensando em Deus e orando-lhe. Esse sentimento
de nos sentirmos “protegidos” é como o dos soldados a quem os chefes lhes dão
drogas alucinantes e os fazem gritar “no meu corpo não entra bala...” O
sentimento de proteção e a promessa de uma vida melhor no além é atrativo para
o relaxamento do nosso estado de atenção, e permitir que nos explorem pela fé.
Milagres e mágicas são coisas nossas, não de Deus, o Único, o que não se vê,
não fala e parece que não nos ouve, como se estivesse morto ou nunca tivesse
existido. Deus não se mostra a si mesmo. Nem seu nome pode ser dito em vão. O
que sabemos é que Ele sabe de tudo porque está em tudo.
Tão pequeno
e tão grande! Tão minúsculo e tão forte!
Perguntem a
um islamita como é deus. E a um judeu, e a um cristão e a um evangélico, a um
budista ou a um hinduísta, a um taxista, confuncionista, umbandista, a um pajé
dos Sioux, a um nórdico de Thor... Perguntem a bilhões de fiéis alguns até de
mesma fé e escutem as respostas: Acreditam no que não sabem, apenas por fé.
Disseram um dia que quem tivesse fé estaria salvo. Salvo de quê, se por fé se
pode acreditar até em demônios, em zebras, vacas, mulheres de sete pares de
braços, pitonisas, lares e penates, todo o tipo de deuses?
Deus!...
Não vejo como lhes explicar como tu és porque nem mesmo eu te vi, mas posso
afirmar-lhes que és muito maior, muito melhor, muito tudo de bom do que eles
pensam, mas que tu mesmo disseste em tuas leis, que tuas leis são suficientes
para gerir este Universo e que não nomeaste ninguém para agir ou falar em teu
nome. Tu não falas!
Também sei
que não adianta falar-lhes por que não me têm em conta de teu representante nem
o sou. Os que dizem que estão investidos para falar em teu nome, nem foram
ungidos, nem sabem qual o óleo, nem o que dizem, o que é muito pior.
Se um dia
apareceres, no que não acredito porque não feres tuas próprias leis, eles
ficarão abismados com o teu poder. Mas não é poder para torná-los ricos, imunes
a doenças, afastá-los do perigo. Isso cada um é que faz através de suas
escolhas na vida. Mas nem disso eles sabem.
E para que
saberem se as surpresas, boas ou más desta vida são o motor que nos faz evoluir
e progredir para manter as surpresas boas e arranjar solução para as ruins? Se
tudo fosse bom e estivesse pronto, não haveria motivação para continuarmos a
viver. São os insucessos que nos fazem estudar as coisas deste mundo para
buscarmos solução... Tudo o que nos aconteça é por nossos atos, não teus!
Fazemos parte de uma precária e temporal era da natureza deste planeta. Assim
como chegamos, nos iremos, mas desta feita bem de repente, porque tudo o que se
constrói demora muito tempo e tudo o que se destrói é num ápice!
E se
passará uma eternidade até que tenhamos a solução final, assim como a Teoria do
Tudo... Tchau Pai, até a próxima carta sem retorno do correio. Sei tanto que
estás aí, aqui, em toda a parte, como sei que não me responderás a esta nem a
nenhuma. Portanto, se só me escutares, ficarei satisfeito!
® Rui
Rodrigues.
2015- Já vimos este filme antes?
2015- Já vimos este filme antes?
Peço uns
minutos de vossa atenção para alguns aspectos da geopolítica os quais, por
dispersos ao redor do globo podem nos fazer incorrer no erro de pensar que não
estejam inter-relacionados, e mesmo sem estarem, que não tenham alguns
elementos em comum. Não deixa de ser notável como na história os fatos se
sucedem no tempo e a cada fato a história que será fato futuro e não
probabilidade, ora vá para um lado pra para outro, na imensa probabilidade de
opções. Não é como uma árvore onde existem ramos, mas apenas um, o do tronco
principal, se encaminhe sempre para cima, para o topo. Não... Na história,
ramos podem crescer para os lados e tornar-se o tronco principal. Se este se
inclina muito para um lado, e cresce bastante, a árvore não se sustenta e cai.
Imagine
então que nesta conjuntura mundial, seja você o chefe supremo, por exemplo, da
ONU, da OTAN, ou de algum outro organismo que realmente trabalhe para a
manutenção de um estado contínuo de paz no mundo, a OTAN como uma força bélica
de equilíbrio de forças, a ONU como uma força moral desse pretenso equilíbrio.
Teria que se defrontar com alguns problemas fundamentais:
1. A Síria e os rebeldes
– O rei um ditador, os rebeldes um misto de terroristas e patriotas
democráticos.
2. Boko Haram – Um grupo
bem armado que impõe o terror em terras africanas e que atua em diversos
países, raptando pessoas, estudantes, matando, impondo o terror. De onde lhes
vem o dinheiro?
3. ISIS – Bandos armados
de terroristas que degolam pessoas inocentes, queimam pessoas presas em
gaiolas, avançam pelo Norte de África, mas recrutam inocentes crianças e
adolescentes para se juntarem à sua causa que não causa: Dizem atuar em nome de
Alá. Recrutam na Europa adolescentes sem um futuro promissor de trabalho nem de
moralidade, ou simplesmente ávidos de emoção e aventura. De onde lhes vem o
dinheiro?
4. A pretexto de defender
o povo “russo” na península da Criméia, que pertence de fato á Ucrânia, Putín,
que já foi chefe da KGB nos tempos da URSS, anexou a península por decreto. Foi
uma usurpação, um atentado aos direitos internacionais. Não satisfeito, ajuda
“russos” na fronteira entre a Ucrânia e a Rússia a recuperar as terras
ucranianas que se separaram da ex-URSS e da própria Rússia. Aviões russos de
guerra já invadiram espaço aéreo de Portugal, submarinos russos já invadiram
águas nacionais da Suécia. Sanções impostas à Rússia e uma visita de Merkel e
Hollande para discutir a paz, não deram em nada. Putín é renitente apesar das
sanções.
5. Na fronteira entre
Paquistão e Índia a tensão continua após décadas de conflitos pela posse de
Cachemira. O render da guarda na fronteira é sempre um pavoneamento de
provocações. Volta e meia há conflitos e gente morre.
6. Há décadas que José
Eduardo dos Santos se faz eleger em Angola, com eleições supervisionadas pela
ONU. Não se nota que as populações angolanas tenham melhorado de vida. É uma
democracia com capa de cordeiro e corpo de lobo. Parece-se mais com uma
síndrome de Estocolmo. A ONU sucedeu a uma instituição internacional que foi
“demolida” do dia para a noite. Chamava-se “Sociedade das Nações”. Acabou por
falta de credibilidade.
7. Na Colômbia as FARC,
associadas ao tráfico de drogas, atuam no país há décadas impondo o terror.
Entra governo, sai governo, e mesmo com a ajuda dos EUA, continuam impondo o
terror, como se os governos não se interessassem devidamente pelo assunto.
8. No Brasil, Argentina e
Venezuela (Bolívia só tem expressão internacional pelo tráfico de drogas),
governos mentem descaradamente e dão desculpas esfarrapadas para o declínio de
suas economias que em muito breve não proporcionará o recolhimento mínimo de
impostos para que façam os seus “programas”. Nenhum destes povos melhorou sua
condição de vida, teve melhorias em serviços públicos, educação, segurança, transportes.
O que fizeram foi alterar os índices com que se mede o progresso destas
condições. Os povos sofrem, mas as forças bélicas políticas mantêm a ordem com
a ajuda de alguns canais de mídia escrita ou televisionada. A realidade salta
aos olhos através das redes sociais, às quais a maioria ignorante que apóia
estes governos não tem acesso, ou tem medo de ir para as ruas e reclamar. O
maior numero de mortos pelo regime de governo é atualmente da Venezuela seguida
do Brasil. Governos subtraem verbas dos fundos públicos que, aparentemente, se
destinam exclusivamente à compra de votos para que se mantenham no poder. Nem a recente associação entre Cuba e EUA os
faz demover de seu “bolivarianismo”, tendo sido Cuba a mentora deste movimento
estranho e sem sentido a não ser o da manutenção do poder e a partilha dos
cofres públicos do Brasil em favor do movimento comum.
9. O Oriente Médio é
sempre um problema bélico desde 1948 quando o povo de Israel teve acesso à
terra da qual tinha sido expulso pelo Império Romano, tantos séculos se
passaram até que se fizesse justiça histórica. O problema continua...
10.
A Coréia do Norte – único país do mundo que ainda se diz
comunista – é uma séria ameaça á paz mundial. Já ameaçou com bombas nucleares.
Não se sabe até que ponto teria o apoio da Rússia e da China. Pode ser o menino
mau que, a exemplo do que aconteceu em 1914, dispare sobre o “arquiduque
Carlos” e deflagre uma nova guerra mundial.
11.
Conflitos tribais em vários países africanos com perseguição
a etnias mais fracas geram instabilidade no continente.
12.
Podemos juntar a tudo isto, a Al-Qaeda, a situação no
Iraque, no Afeganistão onde a presença dos aliados não diminui o tráfico de
heroína, conflitos no Iêmen, e muitos outros...
Então, se
fosse você que pudesse fazer algo em algum lugar do mundo (outros conflitos
surgiriam) ou pudesse resolver todos de uma vez só, o que poderia fazer se,
para resolvê-los necessitasse de dinheiro? Onde consegui-lo? Como conseguir a
boa vontade das autoridades mundiais?
A crise de
2008 deixou as nações sem dinheiro, produção de bens em baixa, inflação em
países com governos corruptos e deflação em países com políticos mais honestos
de princípios.
Foi assim
em 1914 e em 1939, datas de inicio da primeira e da segunda guerras mundiais.
Não tenho uma palavra de conforto, e se acreditasse que Deus se mete em
assuntos de guerra, teria que desconfiar olhando a história da humanidade. Não
só Deus não joga dados, como também não se mete em certos assuntos da
humanidade, e me pergunto se terá vontade de interceder em algum deles. A minha
palavra de conforto é:
Lute
enquanto pode para mudar o mundo. Mas lute pela coisa certa. A coisa certa é
garantir a paz, mas não a qualquer custo. Terá que ser ao custo dos que não
entendem economia e querem dar ordens na economia; dos que se dizem socialistas
e desperdiçam verbas em benefício próprio; dos que não têm senso de humanidade;
dos que ganham com as guerras... Esses que têm pagar! E parece estarmos caminhando a passos largos para novos conflitos internacionais a nivel mundial.
® Rui Rodrigues
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