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domingo, 15 de fevereiro de 2015
Carnaval 2015
Quem deu uma olhada no carnaval de 2015 deve ter se lembrado imediatamente de Wilza Carla, a simpática artista já falecida que fez parte do elenco de Saramandaia nos tempos da revista Manchete. Deve ter tido a impressão que nosso povo ficou mais forte, mais varonil de encantos mil.
Houve quem pensasse que se tratava de um principio de apagão e a tela tivesse ficado mais larga do que alta, que os seus olhos tivessem engordado ou que este carnaval tivesse sido feito apenas paras as avozinhas das alas das baianas, mas não... A verdade é que estamos na era Maquidônalds de gente saudável, malhada em academias aposentando assim as velhas cabrochas e madrinhas de bateria dos tempos da garota de Ipanema.
Devem ter sentido a falta daquela moça sem calcinha ao lado do presidente que tinha um topete, de Eike Batista, e de todos aqueles figurões cheios da nota que sempre pagavam por uma suíte presidencial – ou real - do Sambódromo onde a bebida corria solta, ao que parece com o dinheiro do povo brasileiro daquele que corre solto e por fora sem declaração para imposto. Mas quem não sentiu esta falta, deve ter pensado que todo o povo que reclama nas ruas resolveu dar um tempo e se reunir no carnaval em concentrações que lembram festaços de roque como o de Woodstock vulgarmente conhecido como Udistók, mas isso foi em 1969 quando a guerrilha que sucedeu a Lampião andava querendo subverter gente do campo em lutadores comunistas e nem se pensava que alguns deles viessem a aterrorizar a economia capitalista desta nação.
O Carnaval em si parece continuar o mesmo como nos velhos tempos em que se jogava muito no bicho e havia menos droga pesada parecendo até que só há um carnavalesco e um compositor na cidade.
Será muito difícil a atribuição de notas deste ano. Quem sabe, cinco escolas com mesma média de notas igual a 9,00009...
Este ano a suíte mais luxuosa ficou para uma rede que parece ser a mais rica empresa da Nação como se não pagasse impostos.
RR
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