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sábado, 14 de fevereiro de 2015

O Socialismo e o princípio de Heisenberg!



Há realmente coisas impossíveis neste mundo. Mundo é o nosso Universo visível, em que vivemos, e tudo o que conhecemos. Uns de nós têm mais conhecimento que outros e mesmo assim compartilhamos alguns ideais. Interpretemos esses ideais como “vontades” para facilitar a interpretação deste texto, tomando como exemplo a vontade de dois filósofos: Heisenberg e Karl Marx. Heisenberg queria medir a posição e a velocidade de uma partícula qualquer num determinado instante. Karl Marx queria que o capital fosse dividido entre todos de forma praticamente igual, de forma a que todos tivessem um padrão de vida razoável. Nenhum dos dois conseguiu seus intentos. Parece que seus desejos, suas vontades, são impossíveis, ou dito de outra forma mais razoável, têm seus limites.

Comecemos por Heisenberg, de forma resumida.

Imagine uma partícula no espaço que deve ser observada para que se possa medir sua posição no espaço e sua velocidade num determinado momento. Não importa que meios usemos para “olhar” a partícula, precisaremos de um quanta de luz. No momento em que enviamos o quanta sabemos a posição exata da partícula, mas lhe imprimimos mais energia modificando sua velocidade. Este fato comprovado se aplica também à velocidade de forma que se conseguirmos saber a velocidade não poderemos saber com precisão onde ela está exatamente: A maior precisão corresponde à distância entre as cristas do quanta de luz. Mais precisão mais energia para reduzir esta distância entre cristas, mas mais energia corresponde a alterar o estado da partícula. Pode parecer confuso, mas é mais ou menos como tentar ultrapassar a velocidade da luz, outra impossibilidade: Quanto mais aumentamos a velocidade de um corpo mais sua massa aumenta freando a velocidade, impedindo assim que seja ultrapassada. Estes dois fatos tanto são verdade que mandamos foguetes ao espaço e nossas casas estão cheias de equipamentos eletrônicos que sem estas descobertas teriam sido impossíveis.
Resumindo, quanto mais, menos. Heisenberg tem seu nome inscrito como um dos gênios da física por esta descoberta. Chama-se à sua teoria “ Princípio da Incerteza”.

O socialismo também de forma resumida.


Há uma meia dúzia de países que vivem relativamente bem em seus regimes socialistas. Três deles, a Noruega, a Suíça e a Alemanha, têm grandes diferenças em área territorial, em população e no PIB, ou Produto Interno Bruto, que significa toda a riqueza que o país produz. Este valor de PIB varia de ano para ano de acordo com o mercado internacional. Se há crises, o PIB diminui. Se o mercado está favorável, o PIB cresce, a menos que, dentro das fronteiras, por diversos ou qualquer motivo caia a produção, diminuam as exportações aumentem as importações. O mercado internacional faz trocas e cada produto tem o seu valor. Se um sistema político se baseia no capitalismo, cada bem tem um valor de mercado traduzido em moeda. Se a moeda é abolida, pode haver escambo (troca) de bens, mas os “favores” logo se introduzem como moeda. No fundo há sempre uma “moeda” de troca, uma referência em qualquer sistema político.
O sucesso do socialismo nos três países indicados, Noruega Suíça e Alemanha, se deve a uma folga razoável no resultado positivo da balança comercial, que se junta aos impostos para permitir investimento no sistema produtivo, ter reservas para emergências, e pagar os custos do Estado e dos benefícios sociais. Todos que podem trabalham, os que não podem são sustentados pelo sistema. Funcionam bem. Nos demais países com governos socialistas alguma coisa falha: Ou têm gente demais, ou exportam menos do que importam, ou recolhem poucos impostos ou há muita corrupção. É mais ou menos como a partícula à qual queremos medir sua velocidade e sua posição. Ou uma coisa ou outra é tudo o que podemos ter. No caso do socialismo aplicado ao Brasil, e supondo que se mantém a mesma população, seria necessário exportar muito e muito mais (aumentar a produção, investir pesadamente em industria e agro-pecuária criando empregos e gerando maior recolha de impostos) manter os impostos ou até diminuí-los porque já são extraordinariamente altos, e aplicar nas melhorias do estado mantendo às suas custas os que não puderem trabalhar. Tudo isto sob controle e fiscalização coerente e honesta de princípios. A disparidade entre o salário mínimo e os cargos ocupados por políticos não pode ser tão díspar, ou disparatado como é atualmente.

Não há “mágicas” na Física, na matemática ou no modo de gerir uma nação. O que pode haver são lideres que pretendem, querem, exigem que se chegue a um determinado patamar de bem-estar social e da nação sem saberem como chegar lá nem o que é necessário fazer em meio a uma corrupção desenfreada porque, para o estado conseguir apoio tem que pagar propina, comprar votos. Isto não leva a nada a não ser a derrocada da nação o estropiamento das instituições, a deterioração da moral e da ética, o aumento do consumo de drogas, muita gente inativa e falta de recursos para desenvolver a educação, a indústria, o comércio, os transportes, a segurança e saúde públicas. Com todo o respeito por qualquer trabalhador, o lugar do trabalhor sem educação superior não pode ser nos mais altos postos de governo. Estes se destinam a quem têm instrução superior porque são eles que sabem de matemática, de economia, das matérias que são necessárias para saber como está a nação e do que precisa. Votar por simpatia ou beleza, ou pelo sorriso, é jogar o futuro fora. Há quem pense: Pode sim. Trabalhador mesmo sem o primário pode ser presidente ou ocupar ministério porque ele se cerca de gente que entende. Pois a “gente” que entende o engana, mesmo não sendo ele mesmo corrupto e nunca conseguirá saber “porque” deu tudo errado.

Se governar fosse fácil, todos os países estariam bem de vida, todas as famílias viveriam sem problemas, cada cidadão se governaria sem a ajuda do estado, mas pelo contrário é difícil. Quanto maior o conhecimento mais sucesso pode ter uma nação. Cuba é um mau exemplo. Desde a revolução que sobrevive às custas da ajuda de países que se sensibilizaram por sua precariedade em conseguir governar-se, mas pode garantir-se que a causa está na preguiça, na esperteza (que não é o mesmo que inteligência) e na teimosia de seus líderes desde então. A inveja fecha o círculo da catástrofe no poder e para “mostrar” ao mundo que Cuba orgulhosamente vivia bem, baixaram as exigências para obtenção de diplomas, falsificaram os dados estatísticos, prenderam oposicionistas e mandaram outros tantos para a morte no paredão. Ainda hoje a título de solidariedade, mandam cubanos vigiados para o exterior recebendo o Estado cerca de 80% dos salários. Em Cuba não podem pagar nem a centésima parte do que recebem no exterior. O falso “sucesso” cubano foi apenas propaganda do governo, num país de fronteiras fechadas. A mentira foi sempre uma moeda de troca pela ilusão da felicidade cubana. Basta ver os edifícios como estão conservados, o parque automotivo e as industrias que possui. Ilha por ilha, o Japão é um gigantesco gigante capitalista, Cuba um anão “socialista”. De quase 100 países que já foram comunistas, restou apenas a Coréia do Norte governada por um anão gordo. Cuba fez as pazes com os EUA recentemente. Veremos como se desenvolve agora, mas há “coisas” neste mundo que são realmente impossíveis. A filosofia de Carl Marx morreu na prática, pode ser consultada nos alfarrábios de história.Só por curiosidade, karl Marx era casado com uma senhora muito rica, milionária e sempre viveu às custas dela. Ele não trabalhava. Trabalhador era Heisenberg.  




® Rui Rodrigues.     

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