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terça-feira, 5 de novembro de 2013

Cinco casos de fundir a cuca na semana de 03 de Novembro de 2013


  1. O caso dos Beagles. (repetindo postagem)


Leis devem ser claras. Algumas submetidas a plebiscito porque são caso de "emoção e comoção públicas". É o caso de experiências com animais. Usaram beagles. Porque não vira-latas ou outros animais que não sejam tão representativos de amor aos animais como qualquer ser realmente humano tem?

Todos sabemos que povo indignado pode provocar uma revolução. Cremos que uma revolução, no momento, ainda - e digo ainda - não é necessária porque temos esperanças até as próximas eleições. Se houvesse lei bem definida, aprovada pelos cidadãos que pagam seus impostos, esta pequena revolução não teria acontecido.

Por outro lado, havia crianças entre os manifestantes. Como que a polícia se atreve a jogar bombas, balas de borracha, em cima dos manifestantes como se pertencessem a black-blocks ? Esta foi uma manifestação diferente que deveria ter tido à frente do batalhão de polícia um negociador , um psiclógo que pudesse negociar com os manifestantes. Nossa polícia continua agindo de forma antiga, ultrapassada, como se fizesse a lei, e decidi-se na hora, aplicar o castigo... Ficamos na dúvida quem provocou quem...

Em princípio, o erro está na própria lei que não é clara, nem divulgada, nem submetida a plebiscito - como é o caso do aborto e outros do tipo. Depois a culpa é de políticos que continuam impunes, votando projetos e leis no Congresso nacional, quando deveriam esperar as resoluções finais fora das instituições públicas. Ou seja, não temos políticos credíveis, logo o governo não é credível, e falham as instituições e a lei...

É bom que Dilma Rousseff, e o Congresso meditem sobre o assunto porque a situação começa a tornar-se insustentável, o governo não tem nenhuma  moral para agir, a população começa a desejar mudanças urgentes, uma revolução nacional.

© Rui Rodrigues

  1. Novelas da Globo


O filho não sabe quem é o pai, o pai é um criminal sem vergonha, a mãe teve amantes, os bens da família são motivos de discórdia, roubam-se crianças, há injustiças por todos os lados, raiva e vinganças... A mocinha que não queria o cara acaba querendo, e depois de uma traição o cara volta mas ela diz não... Uns morrem de desastre forjado, outros de desastre desastroso.

Misture tudo, saque umas duas ou três combinações e tem mais uma nova novela da Globo.... Nem precisaria assistir!

Mas isso não é nada, comparado com os mesmos artistas, sempre os mesmos artistas em quatro ou cinco novelas diárias, invadindo as casas dos desprevenidos ou  dos que não têm outra opção... Já cansa pra cassete!... Um porre! Um pé no saco !... E quando usam ambulâncias e carros de bombeiros, esses veículos e personagens são reais, dos serviços públicos ou fazem parte do elenco e material? Se são do serviço público farão falta certamente. 

Não haverá na Globo um espírito inovador com novos programas para compor a grade da emissora? Alguém que nos apresente novos artistas de qualidade, apanhados pelos teatros da vida em vez de nos empurrarem filhos de artistas, protegidos da fama?

© Rui Rodrigues


  1. Big brother
 Está aberta a temporada de Caça aos que dormem de touca, no circo de horrores, da devassidão devassada...

Periguetes assanhadas buscando uma publicação em revista de nudismo; caubóis sem cavalo querendo domar concorrentes; gente instruída sem renome buscando fama mas perdendo o emprego; gente sarada com mente aberta querendo fechar a dos outros; amores sem amor sendo revelados amorosamente; tesão de mijo à flor da pele e confundido com desfile de modas morais; dissidentes de seu gênero aparente à nascença, indo com muita educação - contida - ao ponto, tentando não rodar a baiana; Gente que pensa com a cabeça e cabeças que pensam como gente, outras nem um pouco mais ou menos; Gente linda na foto feia na mioleira e gente feia na foto, linda na mioleira; raposas que dizem que as uvas estão verdes, e uvas que não dão mole pra Kojak; Gente que paga para ver se vão ou não transar, a curiosidade da longa abstinência na vida real... 

No Big Brother vai ter de tudo, até um jornalista que acha que nasceu para filósofo, mas que deixa frases soltas e expressões corporais que influem na votação da massa externa... 

Preparem-se para bloquear programas em seus controles remotos. 

© Rui Rodrigues

  1. Policia e Lei Rouanet


Em vez de melhorarmos a cultura popular através da educação, o que incentivaria as artes, criou-se a lei Rouanet para distribuir verbas entre artistas... Ou seja, sem melhoria de público nem os artistas precisam ser artistas.. (Ou seja, a lei é só mais uma forma de distribuição de verbas pelo PT e base aliada que vota no senado)

Temos três policias e 71 % da população não acredita nela... Matam muito, e há muita corrupção.. O caso do garoto Marcelo é algo a esclarecer porque a história também está mal contada... E neste caso nem é preciso mais verbas, pelo amor de Deus... Estamos de saco cheio de distribuir verbas... Somos campeões nisso.. 

Temos é que reformular as leis, a polícia, dar mais educação à população, melhores condições de vida e menos corrupção dos governantes... Um bom exemplo seria Genoino, Zé Dirceu, Sarney e 70% dos senadores e deputados que têm contas a ajustar com a justiça, saiam de seus cargos imediatamente e esperem cá fora pelo resultado. Outro exemplo seria lei da imprensa livre. Cada um escreve a biografia de quem quiser como quiser, como nos livros de história universal... 

© Rui Rodrigues


  1. Sobre Miriam Leitão
    (opinião pessoal)


    É uma jornalista que foi militante de esquerda, presa e torturada. A esquerda, comunista ou socialista, não costuma entender nada de economia. Por isso, dos quase 90 países que já foram comunistas, só restam dois: Cuba e Coreia do Norte. 



    Pelos pitacos desastrosos da Miriam Leitão -      uma jornalista formada em Brasilia e não uma economista - A rede globo investiu maciçamente onde não devia e foram precisas verbas públicas para socorrer a emissora... 

    De vez em quando a escuto pela manhã e me arrepio com os seus pitacos - não análises técnicas - que chegam a bradar aos céus... Quem vai na onda dela perde o dinheiro, fica pau da vida e vira comunista de raiva...

    Já leitão à pururuca é honesto em sua apresentação: O que destoa por vezes, por questão de vaidade, é a maçã caramelada na boca, mas em compensação tem conteúdo credível.

    RR

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Miriam_Leitão

sábado, 26 de outubro de 2013

A síndrome de Estocolmo no reino das galinhas

A síndrome de Estocolmo no reino das galinhas

Estudo os estudos de Freud desde quando tinha meus 18 anos. Não tenho diploma, mas acho – apenas acho – que entendo alguma coisa de psicologia. Tenho até uma gata de quatro patas com a qual me dou muito bem. Ela é sensacional. Fica do meu lado, acompanha-me para onde vou e temos um sistema perfeito de comunicação. Quando ela quer sair de casa para fazer suas necessidades, por exemplo, fica parada, sentada, em frente à porta da área da churrasqueira ou da rua, esperando pacientemente que eu a atenda. Mia de certa forma para que eu entenda “melhor”. É o tipo de gata que me olha nos olhos, que quando fico cozinhando se assenta perto de mim sem pedir nada (e nunca lhe dou nada quando cozinho, porque só lhe dou ração para que seja sempre saudável e não estrague os dentes). Devemos ter, pelo menos, uns cem sinais de comunicação. Quando a chamo costuma obedecer, e se assobio, vem logo. Se a mando entrar em casa, ela vai, e se lhe digo: Sarkye. Fica quieta! Fica aí... Ela senta e não sai do lugar por alguns instantes até que eu volte. Aprendeu isso pelo hábito sem qualquer tipo de violência ou agrado de ração extra. Se não for apenas amizade, deve ser amor mútuo.

Tenho um galinheiro com três galinhas e agora apenas um galo. O Chico foi para a panela de uns amigos por engano. Era manso e o mais gordo. Ficou o Zé que é mais violento (ataca-me e a qualquer um que invada o galinheiro) é magro e parece ser descendente de galo de briga, talvez um guerrilheiro das velhas lutas por puro direito impensado de cobrir todas as galinhas até torrar a próstata. No entanto, cuida do galinheiro a seu modo alienado, sem saber com quem está lidando. É a ignorância animal. Mas não são apenas os animais que parecem alienados. A síndrome de Estocolmo [1] surge entre humanos quando prisioneiros altamente estressados e desanimados, sem solução de continuidade, aderem a seus algozes ficando dependentes deles, e com eles chegam a cooperar. Porém, este tipo de atitude aparentemente, pelos menos, não acontece apenas entre seres humanos. Vejamos se tenho razão.

Há uns cinco ou seis dias atrás, ouvi pela madrugada um piar doloroso de uma galinha no galinheiro. Pensando que fosse um gambá, que costuma chupar o sangue de galinhas até ficar completamente embriagado, corri para ver. Encontrei um circulo de galináceos. Duas galinhas e um galo è volta de uma galinha mais fraca. Estavam parados, olharam para mim, a galinha cercada ficou ali no mesmo lugar. Nos dias seguintes a cena se repetiu, mas ontem resolvi não fazer barulho. Abri minha porta devagar, fui pé ante pé até o galinheiro e vi que uma galinha estava bicando a mesma que tinha sido constantemente cercada. Dei um grito e todas olharam para mim. O galo veio na minha direção, pronto para me dar umas esporadas. Minha cerca de arame não lhe permite essas leviandades, e quando entro no galinheiro para colher ovos, levo sempre um puçá balançando na minha frente. Hoje ele me deu uma esporada. Fez-me um corte na perna. O que vale é que meu sangue seca logo. Passei um anti-séptico desses de spray e estou bem. Mas tive que tirar a galinha do galinheiro. Notei que lhe faltavam penas nas costas. Peguei o puçá. Quando entrei as outras galinhas e o galo fugiram para o fundo do galinheiro (que tem mais ou menos 3 metros de largura por 9 de comprimento. Peguei a galinha com o puçá e me preparei para sair. Não se pode dar as costas para galo brigão. Quando estava chegando à porta do galinheiro, ele me atacou pelas costas e me rasgou a perna com o esporão.

Então, depois de lhe passar anti-séptico, soltei a galinha que tinha as costas feridas, escalavradas, o sangue escorrendo. (Esta da foto não é a minha galinha, que tem exatamente nas costas os ferimentos a que me refiro). Os demais membros da tribo de galináceos estavam lhe sugando o sangue com bicadas. Não sabia que galináceos podem ser vampiros mesmo com farta ração de milho e de restos de comida. Pois bem. A galinha ferida ficou rondando a porta do galinheiro querendo voltar para o seu grupo, com o qual se identifica. Agora mesmo está dormindo junto à malha que a separa do galinheiro. Do outro lado, bem encostados à mesma grade, estão seus amigos que lhe chupavam o sangue e a matariam. O galo sempre disfarçara que acoitava a chupação de sangue.

É assim mesmo que os galináceos agem em seu meio, é assim mesmo que nós humanos agimos em nosso meio. O pessoal que vota no PT é prova viva do que afirmo. Estamos todos vivenciando uma crise de Estocolmo em pleno inicio de verão brasileiro. O símbolo do PT deveria ser um galo de briga. Estrelas são símbolos para vôos mais altaneiros e nobres e não merecem ser bandeira de partidos vampiros. 

© Rui Rodrigues



Sopros de felicidade !

Infelicidades são armadilhas do desespero. Não se deixe enganar. É tudo ilusão exceto a realidade.

É a eterna busca da felicidade que sempre está a dois passos de nós, mas que nunca conseguimos enxergar. Somos cegos para a felicidade por uma razão muito simples: Precisamos de adrenalina para nos mover no mundo, mudar a nossa vida. Pelo contrário, a felicidade que as endorfinas nos dão nos fazem parar no tempo, ficar no lugar que nos dá a felicidade do momento tentando torná-lo eterno. É assim que as drogas, de forma ilusória, nos tornam reféns da infelicidade. Queremos a felicidade, amamos a felicidade, e nos quedamos ali, parados, felizes, até que a falta das endorfinas nos levam para o lado da infelicidade. Então procuramos [1]as drogas e esquecemos da adrenalina que nos poderia tirar desse atoleiro. Creio até que os centros de recuperação poderiam usar adrenalina para curar em vez de outros tipos de drogas mais caros. A Adrenalina nos remete a nossa inteligência do “coração” para o racional. Dá-nos medo e nos obriga a refletir, a sair das drogas, porque então racionalizamos que nossa vida está em perigo e o perigo são as drogas.

Para ser feliz, sem drogas, faça o que deseja, na forma que desejar, no momento que precisar. Se não conseguir, não desanime e não se frustre por isso. Mude de foco e tente outra coisa. Ah... Não tem outra coisa, invente, descubra, procure. Saia por aí com um par de camisinhas e transe, beije, ria, divirta-se. Vá até o bar da esquina ou se tem muita vergonha até outro em bairro diferente daquele onde mora (que se foda [2]essa porra de dizer que bebida é anti-social, ou amoral, ou anti-religiosa, ou que caralho for) e tome um par de drinques para ficar alegre. Não beba até perder a razão, porque depois vem a infelicidade. Isso não é bom. Nunca pintou, caminhou, escreveu o que lhe vai na alma? Então comece logo. Pelo menos tente. Ah!... Tem uma catrefada de coisas que gostaria de dizer a seus amigos, a seu ex-marido, a sua ex-mulher, a seu chefe no escritório? Saiba que tudo isso tem um custo, mas se for necessário, diga-o! Sentir-se-á aliviado ou aliviada, e a vida segue outro rumo – certamente – depois disso. Há horas em que racionalizar muito não só não facilita como até complica a sua vida.
Costumamos complicar tudo em nossa vida por mil e uma razões. Cada razão com sua história e seu passado. Mas se analisar essas “razões” verá que não há razão alguma. O que há é um hábito de “não mudar” porque se mudar acontecem fantasias, hipóteses, medos que se podem concretizar. São fantasmas próprios de cada um de nós. Como vencê-los? Ora bolas!... Fantasmas são apenas fantasmas, algo tão virtual como a decomposição da luz através de um prisma de cristal: Tudo é cor, mas não se pode pegar, não mata, não fere. Então enfrente os fantasmas ou simplesmente os jogue no lixo.  São fantasias pessoais que assustam como abóboras escavadas e iluminadas internamente com bruxuleantes pavios de vela acesos em dia de Halloween. Não lhes dê a mínima importância e logo descobrirá que se esvaem e ficam esquecidos.

Fantasmas são pura imaginação, factíveis de serem sugados por aspiradores especiais criados pelo pessoal animado de Hollywood como no filme “ghostbusters”.

Está esperando o quê, para começar a caminhar, ler, escrever, pintar (mesmo que não saiba nada disto, mas verá que depois de começar tudo fica mais fácil a cada dia)? Não sou Jesus, muito longe disso, mas: - Levanta-te e anda! Ligue o “foda-se” e vá á procura da felicidade em sua vida.

© Rui Rodrigues






[1]  Falo no plural magnânimo. Não uso drogas, nem nunca usei, a não ser um bom vinho e uma cigarrilha ou cigarro de vez em quando. Muitos heróis já fumaram e não me venham com essa que sou politicamente incorreto. A poluição das cidades mata muito mais do que o cigarro e nem por isso as autoridades vão contra o diesel e a gasolina, as drogas que saem das chaminés e dos esgotos. A propaganda é contra o cigarro e muito menos contra as drogas.
[2] Não costumo falar palavrões, exceto em ocasiões apropriadas como esta. 

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Nós e o Lindy Hop

Nós e o Lindy Hop

Estou em vias de concluir um quadro pintado com tinta acrílica sobre tela para minha filha, com o Lindy Hop como tema. Para melhor ambientação deste texto, recomendo que escute as músicas de Lindy Hop indicadas ao final do texto, enquanto efetua a leitura.

O tema escolhido de comum acordo, em outubro de 2013, foi o Lindy Hop. Eu não conhecia este tipo de dança e nasci em 1945. Como não a conhecia? Devo ter estado muito ocupado todo este tempo, desde que nasci. Em 1942, quando os EUA entraram na segunda guerra mundial, era dançada em salões de baile famosos como o Savoy de N. York, e centenas de filmes foram feitos nas décadas de 30 e 40 sobre esse tema. Helizapopping é talvez o filme mais famoso protagonizado pelos Whitey’s, dos quais fazia parte Frankie Manning. Eles visitaram o Brasil por essa época. Eram muito famosos. Era a dança nacional dos EUA por esse tempo. Surgira nas ruas americanas impulsionada por gente negra. Antes de iniciar o quadro fiz uma pesquisa para me situar, e no meu blog “Bar do Chopp Grátis”, iniciei uma página com fotos do quadro, fase por fase, desde os primeiros traços até o final da pintura. A intenção, embora não seja um grande pintor e muito menos famoso, é levar o conhecimento a quem deseja arriscar os primeiros traços de pintura a produzir a sua obra prima: A primeira!


Nasci em 1945, em setembro, logo após o término da Segunda Guerra Mundial que acontecera um mês antes, em agosto. Lembro-me que por volta dos seis anos fui a um dentista e sobre a mesa havia revistas com fotos da guerra. Pensei em meu pai que se livrara dela, mas não de seus efeitos. Meses antes emigrara para o Brasil. Eu ficara. Podemos imaginar quantas coisas me terão passado pela mente, mas algumas são perfeitamente compreensíveis: Meu pai voltaria? Eu iria viver com ele? Quando? E se houvesse uma nova guerra? E se meu pai morresse? Minha mãe viria a falecer quando eu tinha meus dez anos. Ela tinha pouco mais de 30. 


Este meu texto é na verdade uma homenagem a pessoas como Frankie Manning [1], Cynthia Millman, Dean Collins, Jewel Mcgowan, Norma Milller, Hal Takier, Lennie Smith, Irene Thomas e outros, que emocionaram o mundo com sua interpretação do Lindy Hop, nascido nas ruas do Harlem, N. York, no final da década de 20. Para pintar meu quadro eu precisava saber sobre a história dessa dança, e quem eram os seus mais famosos dançarinos. Alguns são brancos, outros negros, outros morenos, mas naquela época ainda não aparecera Martin Luther King, e os EUA viviam numa sociedade de “apartheid”.  Se não aparecer alguém que fale sobre eles, regularmente, décadas depois, ficam no esquecimento. Não podemos ter tudo presente em nossas lembranças e muito menos em nosso conhecimento, e de forma consciente, presente, é totalmente impossível. Nosso cérebro tem suas limitações.  Frankie Manning ainda é vivo [2]. Deixara a dança e foi trabalhar nos correios. Repórteres o descobriram e editaram uma reportagem que publicaram no Youtube.


O mundo, isto é, a humanidade, desenvolve-se a um ritmo que ela mesma determina. É como se ela fosse um enorme animal constituído por, em nossos dias, cerca de sete bilhões e meio de pequenos animaizinhos a que damos o nome de “seres humanos”. Analisados sob o ponto de vista morfológico, não somos muito diferentes dos demais animais, nem podemos ser tão diferentes dos animais de outros planetas habitáveis: Temos cabeça, tronco, membros, visão, olfato, tato, sentimentos. Somos feitos de carne e ossos e de certa forma nos alimentamos uns dos outros. Nossa espécie, a humana, descobriu uma forma de não nos comermos uns aos outros: O trabalho. Trocamos nossas vidas pelo trabalho que produzimos, gerando sociedades que dependem do nosso trabalho do qual nós próprios também dependemos. Para viver precisamos trabalhar. Aqueles dias do Lindy Hop eram dominados por sindicatos, por bandidos como Al Capone, por leis que não eram cumpridas, fruto da corrupção. Os EUA tinham entrado na guerra em 1942, e se já era assim em 1943, ficou pior em 1945 quando a guerra terminou, os soldados voltaram para casa e não encontraram trabalho, até porque a indústria bélica entrava em aparente recessão. Era preciso desenvolver o comércio, a indústria. A guerra proporcionara a ocupação das populações num trabalho que antes faltara devido à crise de 1929, a grande depressão. Em 1945, com o seu fim, voltava a faltar trabalho para os que retornavam dela. Então surgiu a guerra fria, isto é, uma preparação constante para a guerra, a fim de manter a industria americana a pleno vapor. Se alguém achar que a guerra fria era ideológica, pode esquecer. Todas as guerras, até as virtuais, são por comércio, que gera trabalho e mantém as populações ocupadas.


Em 1943 [3]meu pai conheceu a minha mãe.  Dançava-se o Lindy Hop. Na aldeia de Fornelos onde meu pai vivia, nunca se passou verdadeiramente o que se conhece por “fome”. Todos os habitantes tinham seu pedaço de terra. Produziam batatas, cebolas, milho, hortaliças e todos tinham suas galinhas, porcos, bois e vacas, e embora não pudessem produzir todo o necessário, havia sempre trabalho para ganhar alguns trocados e comprar pelo menos o absolutamente necessário. Vinho e aguardente todos produziam o seu, e o lagar de azeite era comunitário. Se alguém quisesse comprar um carro tinha que trabalhar muito, sair da aldeia, trabalhar fora, mas patrões são iguais em todas as partes do mundo: Dão trabalho e pagam por isso, sempre abaixo do que pensamos que valemos, ou do que necessitamos para termos o “mínimo” que julgamos razoável. As exceções são raras. Meu pai tinha uma profissão e sabia ler, escrever, fazer contas. Saiu primeiro para Lisboa, depois para o Brasil. Ganhava bem, mas o “bem” era realmente pouco. Sempre é, se temos alguma ambição. Nunca tive muita. Sempre quis viver o máximo possível com a família, poder dar-lhe pelo menos o suficiente, e mesmo assim, trabalhando duro, virando noites no trabalho, tendo que me ausentar de minha família por períodos que sempre tentei encurtar o máximo possível.


A vida é dura, a dança alivia, uma garrafa de vinho tomada com moderação liberta a alma. A vida é dura, mas é boa. Se a vida fosse mole não teria tanto interesse. O bom são os desafios. Quantos mais enfrentarmos melhor. Crescemos com eles, nosso ego se inflama cada vez que os vencemos. Contornar as situações para evitar os problemas é como dormir durante um ataque do exército inimigo.  Uma comparação entre os anos de 1943 e os de hoje, sem considerarmos o intervalo de tempo, é como pular do primeiro degrau ao nível da rua e pularmos para o primeiro degrau do décimo andar. Um salto enorme que a humanidade deu, em seu ritmo, dado passo a passo, vários em cada dia, sem que tenhamos percebido como isso aconteceu. Hoje podemos ir á Lua quantas vezes quisermos, e preparamos uma ida tripulada a Marte. Se não o fizemos ainda é porque a economia mundial ainda não o permitiu. Nosso sistema econômico, a nível mundial ainda é antigo. Não é como na aldeia em que nasci, em que crise após crise, quem não tem muita ambição pode viver uma vida inteira em relativa paz. É assim em todas as aldeias do mundo, mas todos querem ir para as grandes cidades. Neste período não demos nenhum pulo na economia como demos no nosso desenvolvimento tecnológico e nos demais campos da ciência. As guerras continuam, localizadas, as guerras diárias pela manutenção do emprego e do padrão de vida não param, e esta guerra da sobrevivência, do dia a dia, é uma “guerra surda e muda”. Quem vemos na net ou nas ruas, faz parte da “ vida “ e temos a impressão que tudo vai bem, que não há sofrimentos. Doentes em hospitais, pessoas em prisões, noites de tiroteio, atos de vandalismo e terrorismo, lidos ou contados, dão-nos a falsa sensação de segurança pelo simples fato de que não aconteceu conosco ou com nossos familiares. A humanidade vai ficando insensível.


Então, quando combinei a pintura do quadro com minha filha, começou um período de aprendizado e diversão para mim. Mas também de sofrimento e tristeza. Viajei com a pintura de meu quadro, lembrei-me de orquestras que tocavam – também – o Lindy Hop, como as de Glenn Miller e Duke Ellington, vi submarinos alemães afundando navios cargueiros no Atlântico, gente morrendo enquanto se dançava Lindy hop como se a guerra não existisse. Vi gangsteres de N. York, carros da época, vi filmes  Ocorreram-me cenas do filme “Verão de 42”, o rapaz partindo para a guerra para nunca mais voltar. Sua linda esposa vivia numa casa de madeira à beira mar. Um dos garotos de um grupo das cercanias se enamorou dela, seu primeiro amor. Um amor platônico até que ela recebeu a carta notificando-a de sua viuvez. O garoto teve a sua primeira vez com ela que finalmente partiu dali. Imaginei-me partindo de Lisboa a caminho do Brasil após 11 longos anos de separação de meu pai. Devo ter ouvido musicas de Lindy Hop, certamente, mas quando comecei a dançar, com meus doze anos, em 1957, já não era moda.

Minha neta nasceu ao som do “rap”. Não é uma dança alegre, as letras não são alegres. Os tempos mudaram, o samba já não é o mesmo, não há salões de dança em Hotéis e boates são perigosas. Não creio que tenhamos mudado para melhor. Apenas mudamos. Minha filha me deu a oportunidade de pensar em algo específico, de viajar no tempo, para trás, contrariando – apenas aparentemente – as leis da física quântica.


E minha neta, muito provavelmente, e tal como eu, quando tiver minha idade não se lembrará de ter dançado “rap”. É o sutil, o indelével, a substância humana que não muda, mas que muda o mundo, a seu passo lento mas inexorável. E nem poderia ser de outro modo. 

© Rui Rodrigues.

PS – Para melhor ambientação, consultar também os seguintes links (e escutar as músicas enquanto lê o texto)








[1] Frankie Manning, no balroom do Hotel Savoy, em 1935, ganhou uma competição de Lindy Hop ao vencer Shorty George. Sua façanha foi ter feito pela primeira vez o ‘passe aéreo”, retratado em meu quadro. O mundo veio abaixo e o Lindy Hop estourou de vez e se internacionalizou. 
[2] Manning esteve no Brasil como parte do grupo Withey’s, em 1941. Vieram para ficar por duas semanas, mas como os submarinos alemães estavam afundando navios nas rotas do Atlântico perto das costas brasileiras, o grupo se viu impossibilitado de voltar aos EUA e ficaram por aqui dez meses.
[3] Ver os principais eventos de 1943 no site http://www.historyorb.com/events/date/1943

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Coisas do Quotidiano - semana de 20 de outubro de 2013


1    PRAIA EM DIAS SEM SOL, ATÉ NO INVERNO 


Admiro o povo alemão, embora não goste da Merkel. Também não é que não goste da Merkel. É que ela exagera em ser uma excelente administradora e esquece um pouco o lado humano dos sofridos desgraçados que não merecem o governo que têm... È inflexivelmente rígida, uma virtude que Dilma queria copiar mas sem a mínima capacidade sequer para frequentar uma escola primária onde Merkel fosse professora. Marina Silva deveria passar uns dias na Alemanha...

Agora vejam como a Alemanha trata o problema "sustentabilidade" ... 

Localizado em Krausnick, Alemanha,o Resort Tropical Islands é o maior parque aquático interior do mundo! Este parque aquático é o resultado da
transformação de um hangar de aviões formando assim o maior salão do mundo único, sem qualquer tipo de pilares de sustentação. Chamado Aerium, a estrutura foi construída originalmente como um hangar para os zeppelin, mas o dirigível a que se destinava acabou por nunca ter sido construído. o hangar e transformou-se no Resort Tropical Islands, completo com uma floresta tropical, praia, sol artificial, palmeiras, orquídeas e canto dos pássaros.

Krausnick, Alemanha, 2013.


2     Sobre a Petrobrás e o Mercado



Em países de economia livre, de mais aperfeiçoada democracia, onde não se é obrigado a votar, por exemplo, os cidadãos são donos dos subsolos em suas propriedades. isto levou os EUA por exemplo, quando descobriu o petróleo, que proprietários de terras onde existia no subsolo se transformassem em empresas que vendiam petróleo, gerando competição nos preços, e que se formassem empresas que tratassem industrialmente o óleo bruto para ser transformado em gasolina e diesel, dentre outros produtos. Assim surgiram a Exxon, a Shell, e muitas outras.

A Petrobrás, sempre até hoje, se transformou numa Empresa Preguiçosa, "dona do pedaço", sem necessidade de competir, fundada e socorrida amiúde por verbas públicas, dividindo os lucros que sempre dá aos seus acionistas, e cobrando prejuízos de suas leviandades empresariais dos impostos do povo brasileiro.

A Petrobrás é hoje uma empresa corretora de lotes oceânicos de lençóis de petróleo, levianamente gerenciadora da venda de recursos nacionais, extremamente limitada, única, sem concorrente nacional ou estrangeira, que produz gasolina mais cara do que seus "colaboradores" estrangeiros.

Deveria ser vendida em lotes de acordo com os produtos que fabrica e deixar de ser a real dona do subsolo de petróleo do nosso país, e deixar de financiar políticos e eleições de políticos.

mercado é mercado e deve ser livre.

RR 

3   Sobre François Hollande
s
Dizem que Hitler, na Alemanha, era de extrema-direita. Perseguiu e matou milhões de judeus e ciganos...

François-Hollande é Francês e a polícia retirou uma menina cigana de um ônibus escolar e a levou diretamente para o aeroporto para ser expulsa da frança. O povo francês se movimentou e foi para as ruas. O senhor François Hollande, que se diz de esquerda, não representa o povo francês realmente. Já não, porque sua aprovação está em queda livre. Ele sabe mas continua no governo como se isso não importasse. 

Quando se viu obrigado a ir a público por uma cadeia de TV se explicar, disse que a menina poderia ficar, mas que os pais seriam deportados. A menina não quer mais ouvir falar em "França"... 

Com governantes assim, nem eu !!!!!!! François Hollande e Hitler estão ficando muito parecidos

http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/2013-10-19/apos-protestos-hollande-diz-que-menina-deportada-pode-voltar-sem-a-familia.html

4    Pintando meu quadro 




Pintando meu quadro e os pensamentos voam... De vez em quando pego um desses pensamentos e o apreendo, analisando-o e vendo se é ou não aproveitável. Aprendi isso com meu pai, o Gabriel.  Um dia lhe disse que me assolavam muitos pensamentos que fluíam naturalmente, mas que eram tantos que passados momentos me lembrava de um ou dois que me haviam ocorrido, quando muito. Então me disse para que, quando um deles, só um, fosse interessante, parasse o meu diálogo interno e me fixasse nesse apenas. Deu resultado... E o pensamento que me ocorreu agora foi que estamos ficando insensíveis a tudo. Olhamos para o próprio umbigo e não vemos nada mais além de alguns dias à nossa frente. Procuramos novidades, coisas novas que nos despertem o interesse... Mas que coisas novas há além de um ou outro I-Pod ou artefato moderno? ... ... ... Nada!!!!

Chega a parecer que nosso espírito inventivo se acomodou na lerdeza de pensamento, na mesquinhez do dia a dia, e o que nos interessa está no imediatismo, no lucro imediato, o amanhã é uma certeza igual à de hoje. Nada mudará... Cerca de 200.000 já se inscreveram para ir para Marte. Pode ser uma boa idéia. Aliás, creio que a humanidade e a economia do mundo poderia caminhar nesse sentido: Nos tirar deste atoleiro em que a humanidade se encontra hoje, uma nova Idade Média.



http://bardochoppgratis.blogspot.com.br/2013/10/pintando-um-quadro-acompanhe-pintura.html
Rui Rodrigues  

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Uma semana de duros dias...

  1. Canadá envolvido na Espionagem americana.
(Dilma não jantará com mais nenhum líder do mundo ocidental. Só com ditadores).

O Canadá está envolvido - também - na espionagem, e em particular no Ministério de Minas e Energia. Pais rico como o nosso em reservas minerais ( E apenas nisso), somos alvo da espionagem internacional.

Sem nos termos cuidado em pesquisa, tecnologia, educação, infra-estruturas, principalmente nos últimos doze anos governados por socialistas com tendências comunistas e guerrilheiras, e ao deixarmos de aproveitar a onda econômica dos EMERGENTES para desenvolvermos nossas instituições e centros de pesquisa, perdemos o trem da história...

Como o Canadá, juntamente com mais 53 países, faz parte da Commonwealth liderada pela Inglaterra, e como estes dados importantíssimos para o comércio internacional já devem ter corrido mundo, Dilma não jantará com mais ninguém, assim como fez com o Obama...

E como a inteligência, ambição e avareza de nossos "eleitos" no Senado e nos postos de governo não se irá alterar nos próximos anos, e a economia mundial não dá mostras de melhorar, seremos novamente aquele pais do futuro: Para os outros... Não há aparentemente vontade de deixarmos de ser os coitados que reclamam dos outros, nem vontade de nos desenvolvermos tecnológica, econômica e socialmente.

₢ Rui Rodrigues.


  1. Canoa furada
Realmente, é fácil encontrar explicação plena para a situação em que estamos e nem dez por cento - creio eu - consegue enxergar em que barco realmente estamos naufragando... 

Vejo, nas reclamações que pipocam diariamente pela net, que se perdem em comentar que "fulano" foi cabo eleitoral de sicrano e agora está contra; que fulano traiu os princípios; que esta era aquilo e agora é isto; que fulano foi indicado por fulana e que não é competente; que a filosofia de beltrano diz que, mas quem governa não o segue... Sempre atingindo e discutindo "pessoas", sem ir ao âmago da questão. 

Eu mesmo tenho feito isso, mas em paralelo, continuo divulgando o que creio seja o âmago da questão: Precisamos de uma Democracia que nos represente, e destas, a melhor de todas e mais eficaz é certamente a DEMOCRACIA PARTICIPATIVA...

E me dizem: Mas onde ela existe é em países pequenos do tamanho do Piauí... Como se política possa estar relacionada com o tamanho do país, que nesse caso socialismo, comunismo, capitalismo, democracia representativa não seriam comuns a países pequenos e grandes, e destes havia (já não há) países comunistas de dimensões continentais e tão pequenos como Guiné-Bissau, ou democratas representativos como os EUA e a pequena Jamaica. 

E continuamos cheios de esperança... Esperança que o PSB seja melhor do que o PT, que o PT se esfume no tempo, que o PMDB ressuscite das cinzas, que os quase quarenta partidos possuam pelo menos um justo... UM JUSTO SÓ, que consiga dar jeito na política torpe desta nação, onde todos os políticos buscam poder, afagar vaidades, dinheiro, sair em capas de revista e de jornais, brilhar na NET... Ora... Vamos lá... Com democracias representativas, nem nos EUA se entendem, nem no Reino Unido, e à força, como em CUBA, JAMAIS!!!!!!!!!!!

Rui Rodrigues.

http://conscienciademocrata.no.comunidades.net/



  1. Agora começaram com a propaganda da "poupança"...



Primeiro através de "notícias" dizendo que a população brasileira está economizando em caderneta de poupança mais do que nunca... agora, com reportagens de gente que economiza desde que sai da universidade para ter uma boa aposentadoria... Mas não creio...

Primeiro porque a população brasileira está super endividada como sabemos, todo mundo pendurado em cartões de crédito no vermelho, e a maior parte pagando dívidas impagáveis aos bancos... 

Segundo, que andam arrebentando com os fundos de pensão e grana do INSS para financiar tudo o que acham que dará "prejuízo"... E nem pagaram ainda as aposentadorias da extinta VARIG.

terceiro, mas não finalmente... Sempre estamos sujeitos e predicados a complementos de sujeitos como a Zélia de Melo, aquela bonitona que namorou um ministro casou com um humorista e nos sacaneou com o arresto de nossas poupanças na caderneta..

E com este governo e este senado, gato escaldado de água fria tem medo... Mais que medo, vamos de escafandro...

₢ Rui Rodrigues

  1. Hoje me lembrei do Einstein.


Hoje me lembrei do Einstein. Montaram uma associação na Alemanha Nazista, com o objetivo de matá-lo porque defendia, imaginem só, a desobediência civil e o s). Ele não acreditava no Deus bíblico, mas b
Então Einstein e alguns amigos, correram para fabricar essa bomba antes deles. Imagino quantas vezes Einstein não deve ter pensado (e repelido a ideia) de lançar uma bombeta sobre aqueles que o queriam matar, lá na Alemanha... Mas nem foi preciso.. Einstein sempre fora contra o uso da bomba atômica. 

Muitos dos que queriam a sua morte, morreram na guerra, não descobriram a bomba atômica, Einstein ganhou o prêmio Nobel, faleceu de morte natural. 

Temos um probleminha por aqui, no nossos Brasil... Não sou Einstein, mas posso avaliar muito bem que tudo é relativo, e que embora a história não se repita, pela teoria dos múltiplos caminhos de Feynman, algo de muito parecido se passa por aqui... Aproveitemos então a vivência de Einstein e postar esta foto..


  1. JÁ NÃO TEMOS DEMOCRACIA. O PAÍS ESTÁ DIVIDIDO ENTRE GOVERNO E POVO.
Ninguém está satisfeito neste país de Norte a Sul, de Este a Oeste.

O povo não está satisfeito com os políticos que elegemos, porque agem por conta própria sabendo perfeitamente da nossa insatisfação. De alunos a professores, de trabalhadores a patrões, de comerciários a industriários e bancários, ninguém está satisfeito, e a crise não é econômica (ainda). È uma crise de teor altamente político.

Não haverá partido político neste país, seja ele qual for que venha a ocupar o governo, ministérios, órgãos públicos, incluindo Senado e Câmaras, que venha a representar o Estado Brasileiro, a Nação Brasileira, porque se acham os reis do pedaço, os reis da nação, e que ao serem eleitos têm o direito de fazerem o que querem.

Para pior e irritar a população, temos uma presidente que ainda acha que “queremos MAIS democracia”... Não presidente... Queremos apenas democracia, sermos ouvidos, participar do governo e dos atos de governo, mas isso a senhora não nos pode dar. Nem a senhora nem os políticos que conhecemos porque todos vocês estão VICIADOS nessa forma arcaica de governar.

© Rui Rodrigues

6      Eu, o Éden e a corrida dos vinte centímetros sem barreiras


Eu não estava lá, no Paraíso do Éden, que ficava mais ou menos entre os rios Tigre e Eufrates, e um terceiro rio de que fala a Bíblia... por isso minha justa dúvida se Deus fez primeiro o homem e depois a mulher, ou se inventou os "tozóides", aqueles peixinhos rabudos, que ficam treinando corrida dentro de um saco, têm uma enorme cabeça, e saem correndo ao soar de um gemido, esportivamente, numa tremenda competição para mergulharem de cabeça num óvulo geralmente completamente desprevenido ...

E certo dia lá fui eu, ao primeiro gemido, correndo pouco para não me cansar no caminho e chegar com o meu cérebro cheio de oxigênio para poder pensar: Onde será a entrada do óvulo? Tive que me perguntar porque nunca tinha visto nenhum desses. Eu só tinha vontade... Quando cheguei a uma aglomeração de amigos meus e companheiros de corrida, a maioria já estava morta e ainda havia uns correndo em volta de uma bola procurando a entrada. Como eu estava tranquilo, por não ser apressado (e só há pouco tempo fiquei sabendo que o apressado como cru e quente), logo vislumbrei uma ligeira depressão na bola e meti minha cabeça lá, inteirinha.. Meu rabinho ficou do lado de forma se contorcendo como se fosse um rabo de lagartixo.. Digo lagartixo porque sou homem sem perda de nenhum atributo masculino, mas juro que não me lembro de mais nada do que se passou dentro do óvulo, mas sei que virou ovo instantaneamente..

Por isso aquela cara de susto de toda a mulher quando chama uma amiga e lhe diz baixinho:
- Estou grávida!!!!!

Agradeço muito a meu pai que me treinou intensivamente na corrida durante seus momentos de solidão. Mas só até conhecer minha mãe...

₢ Rui Rodrigues 

  1. Vós, nós, eu.
Evidentemente que conheço - razoavelmente bem - o mundo em que vivo. As pessoas gostam de rotular para poderem classificar, compartimentar seu cérebro, no sentido de mais tarde procurar referências: Aquele é assim, aquele é assado... E o pior... Aquele é credível, aquele é um brincalhão, aquele é um político... Mas as pessoas não são estaticamente classificáveis. Por isso que por vezes nos surpreendemos quando alguém parece ser uma coisa e se revela como sendo outra coisa... E também não é verdade...As pessoas são muitas coisas, apesar de serem credíveis ou não, alegres ou não, políticos ou não. Uma coisa é a imagem pública, outra a realidade pessoal ou profissional. O comportamento nos tolhe a liberdade quando queremos “parecer” alguma coisa. Eu não quero “parecer” nada. O mundo é de todos nós, não lhe devemos nada. Somos todos livres, só é escravo de si mesmo quem quer, dos outros se não pode evitar.  

Isto vem a propósito de minha defesa da Democracia Participativa, que merece toda a credibilidade pelo que ela é - e de minha credibilidade nessa defesa - apesar de meu lado brincalhão em outras oportunidades. Mas, independentemente de tudo isso, a grande verdade é que somos vistos - sempre - não como somos, mas como as pessoas nos querem ver. Então, podemos ser surpreendidos - e até sem jamais entendermos - que a partir de determinado instante, alguém nos interprete como não somos, ou digam que associamos idéias ou reclamações que nunca quisemos nem pretendemos associar.

Isto não vem a propósito de nada mais do que a associação de meu perfil de postura séria - quando devo ser sério - e de minha postura de sujeito de bem com a vida, alegre e brincalhão, quando assim me posto, sem que uma dessas características influencie na outra. Sei que é pedir muito, mas é esse o favor que peço a meus amigos.

Abração a todos, beijos para todas.

RR 


  1. O Que falta para uma revolução ?                                                                                                      

      Nunca vi em toda a minha vida, nem nunca ouvi falar que em qualquer lugar do mundo algum governo tivesse feito tanta coisa errada... Projetos que começaram, onde se gastaram verbas trilionárias, e nada foi concluído...

- O minha casa minha vida, está com grande parte de casas invadidas, quem comprou não pode nem vai pagar...
- As obras do PAC empacaram e nem se fala mais nisso... Embora o Nordeste continue como sempre sem água. 
- As verbas da educação são usadas para passeios da Marta Suplicy e dos amigos
- o Senado continua sem trabalhar como todos fazemos, de segunda a sexta
- a justiça não condena, e quando condena, depois solta e livra
- A Saúde pública não funciona nem com mais mais mais mais mais médicos, porque o sistema está falido, não há nada, equipamentos quebrados, outros sem operadores...
- Nunca se assaltou tanto, se matou tanto, se venderam tantas drogas como agora... Não há policiamento efetivo. O que há é policiamento defendendo prefeitos, senadores, Bancos... E olhe lá... 
- Os crimes de corrupção sucedem-se sucessivamente sem cessar todos os dias...
- Gente condenada ainda vota no Senado e de lá não sai... 
- No senado se vota tudo o que é de somenos importância, e nada se vota para modificar este estado de calamidade pública...
- A Presidente continua demonstrando em seus discursos uma falta de conhecimentos, de objetividade, de credibilidade, denotando uma falta total de cultura, colocando-nos em dúvida se sabe ler e escrever... 
- A Inflação está temporariamente contida, mas todos sabemos que vai explodir quando a Petrobrás puder aumentar o preço da Gasolina, antes que vá à falência... 
- O estado continua doando verbas bilionárias (já passa de seis bilhões de dólares) a países cujos governos são reconhecidamente ditatoriais... 
- Nossa dívida externa e interna são maiores do que no final do governo do FHC... 

Sinceramente... Dá o que pensar, porque por muito menos Collor foi expulso do governo... O que falta para uma revolução? 

RR