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sábado, 25 de junho de 2016

O que seria exatamente "Portugal"?


O que seria exatamente "Portugal"?

Portugal é um "lugar", onde o povo emigra, o capital é internacional...E nem toda a mão de obra é portuguesa...

Uma parte trabalha, outra ou joga futebol ou assiste, e outra recolhe impostos. Uma parte cuida de doentes, outra os manda pra casa porque o senhor doutor não veio hoje. Uma pequena parte vai sempre a Bruxelas para mandar, outra mora lá para votar, e outra traz contrabando de presente para amigos a preços módicos. 

Ah... Boa parte gere os depósitos enviados pelos emigrantes... Só uma pequena parte, ínfima, ainda vive da venda de peças de arte e outras valiosas, legado de família dos tempos das colonias e das Índias.

Nos meses em que se trabalha, os portugueses estão quase sempre a trabalhar fora das fronteiras porque não há trabalho bem remunerado dentro delas. Portugal vazio, comércio baixo. Quer dizer.. Haver trabalho h
á, mas que o façam os emigrantes porque os da casa pagam muito pouco. Pelo tempo das férias, Portugal começa a encher-se... Comércio alto, altos faturamentos que devem ser cuidadosamente gastos ao longo do ano.

Conheça Portugal.. Tem de tudo,lindas paisagens, primeiro mundo, minha terra Natal, e de português autentico e genuíno, mesmo, é a divida para com o FMI e o Banco Central Europeu.

Portexit? Você que gosta de viver e morar em constantes desafios é quem sabe... Por exemplo, na foto, Monsanto, a "cidade" mais "portuguesa" está Vazia... O pessoal mudou-se... Pode visitar como museu porque sempre haverá uma tasquinha por l
á com bom vinho...



Quando iam implantar o Euro, voltei para a Europa... Um amigo meu, o Hugo Guimerans, que também foi pra lá, me dizia: Portugal não é primeiro mundo... Mas o Hugo e a esposa, a amiga Marli, não tinham ainda viajado pela Europa... Eu a conhecia de cabo a rabo, e tive que concordar com eles...

Naquela época Portugal não era de primeiro mundo, mas basicamente honesto, como gosto que seja, pena que não sejamos mais empreendedores de "coisa grande"... Porque digo isto?

A União Europeia disponibilizou boas e gordas verbas - a fundo perdido, sem precisar pagar o investimento, imagine-se - para apoiar projetos em Portugal... Acreditemos ou não, o prazo se venceu e boa parte das verbas voltaram para Bruxelas... Montaram-se algumas empresas de informática, industrialização de salsichas, e boa parte não era de portugueses, mas de ingleses, alemães, franceses, pessoal do leste. Parece que uns 6 projetos mereceram relevância. Em outros países nem um centavo teria voltado para Bruxelas, por este ou pelo outro motivo ou pelos dois...

E a forma como se tratavam os assuntos nas instituições, nas empresas, aquele cheiro de "também quero" e de "mas a ti não te dou", ou de " Então vais ficar a ver navios por uma luneta"? E a cooperação em fraudar os lucros das empresas para menos para se pagar menos impostos? E como se aumenta o valor dos contratos em Obras Publicas?

Quer dizer... Imagine-se como andará Bruxelas para os ingleses quererem sair... O socialismo deixou marcas desde Novgorod a Brasilia... Portugal começa a entrar no primeiro mundo. Seguir os ingleses parece bom negocio... Mas quem diz que a união faz a força, esquece-se que quanto maior a nau, maior a tormenta...
E até 2.050, Portugal terá apenas 7,5 milhões de pessoas, ainda em boa parte portuguesas. Os políticos portugueses têm sido o melhor e mais eficiente "produto" de controle de natalidade.    

® Rui Rodrigues

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