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sexta-feira, 10 de junho de 2016

O que está acontecendo no Brasil com o Brasil.


Vejo assim os nossos problemas principais. Uma visão individual e particular.

O Brasil sofre os efeitos de duas crises: 1)- Uma crise econômica internacional, e 2)- Uma crise interna, devida a um processo de “transição” ou “travessia”.

A crise internacional chegou em 2008. O capital internacional de giro foi recolhido por um mercado receoso, verbas públicas foram legalmente desviadas para Bancos particulares a pretexto de salvar países de crise ainda maior. A montanha deu um “pum” e todo mundo pensou que era uma erupção vulcânica. O rato já saiu, mas ninguém reparou que foi parido pela montanha que nunca saiu do lugar. Os Bancos estão muitíssimo bem, quem está mal é o comércio internacional em quase todos os países do mundo. A economia parece hoje com a de 1929, provocada por Bancos, também, e não se sabe como nem quando acabará. Em 1929 ela se estendeu até 1939 quando surgiu Hitler e iniciou a segunda guerra mundial e depois ate 1945 quando a guerra terminou. Agora surge Trump no horizonte da crise de 2008, alguns paises europeus guinam para a direita, mas agora temos bombas atômicas. “Brincar” de guerras poderia ser uma catástrofe. Numa economia de guerra guarda-se dinheiro “para o que der e vier”, porque ninguém pode prever o que vem por aí. Com reducao do comercio internacional exporta-se menos, fabrica-se menos, vende-se menos, recolhem-se menos impostos. Não se pode pedir dinheiro emprestado por causa dos juros, os serviços públicos em quantidade e em qualidade devem e têm que diminuir. São estas as núvens que assolam o mundo e o Brasil.

O que assola o Brasil internamente é bem diverso e tem explicação nos seguintes fatos:

1- Tradiçao corruptiva – Colônia de Portugal, e durante os últimos anos de colônia como Sede do Império, os politicos portugueses residentes no Brasil cedo pensaram em desviar impostos, retendo-os no Brasil. Quantificar que parte dos impostos ficava para os politicos e que parte era gasta para melhorar as condições da Colônia-reino não pode ser aferida exatamente, mas a julgar pelo desenvolvimento do Brasil nos reinados de D. João VI, D. Pedro I e II, e na república, deve ter sido muito pequena a parcela desviada por corrupção. Depois da segunda guerra mundial, o mundo se preocupou, finalmente, com o problema do “apartheid”, da independência das colônias. O Brasil já era independente desde 1822. Mas até a independência não havia “roubos” da Metrópole em impostos. O que havia era uma cobrança exagerada e nem tanto assim. Hoje se pagam cerca de 40% do que se ganha em impostos e naquela época eram os “quintos dos infernos” ou seja cerca de 20%. Sabe-se que cada partido politico – e cada político – tem sua zona de influência, quer seja uma região, uma empresa estatal, um ministério, um órgão público, um poder. A partir do fim do regime militar a corrupção aumentou em escala crescente. Não se deve desprezar a influência de José Sarney nesse processo de “transição” que iniciou. No governo Collor de Mello a corrupção atingiu índices muito altos e o presidente sofreu impeachment. Deixou no STF um indicado seu até hoje, o Juiz Marco Aurélio de Mello e o sobrenome não é coincidência. É nome de famÍlia.

2- O Processo de “Transição” Interrompido.

Militantes do partido dos Trabalhadores – PT, que o abandonaram sao unanimes em afirmar e isso ficou muito patente, que os revolucionários dos movimentos armados no Brasil, antes e durante o regime militar, queriam implantar uma ditadura comunista. Lula conseguiu finalmente ser eleito com a ajuda dos empresários aos quais representara quando era o chefão dos sindicatos do ABC paulista em 2002. Isso somente foi possivel depois da experiência que os empresários tiveram com Fernando Collor a quem tinham ajudado a eleger, e que depois de eleito, apelando para sua posição de mandatário-mor do Brasil os extorquio com pesadas participações em empreendimentos. O tesoureiro PC Farias sabia demais. Celso Daniel sabia demais. Vaccari Neto deve estar com os lábios colados com super-bonder. Eleito Lula, começou a pagar a conta do apoio nas eleições. Os problemas maiores e principais nestes casos de “corrupção participativa” são três: 1- Todo mundo fica sabendo da corrupção (todos querem também), 2- Forma-se uma associação de partidos para dividir as verbas públicas, e 3- Com todos cada vez querendo mais, falta dinheiro para os serviços públicos, aumenta a inflação, o comércio cai, aumenta o desemprego e o quadro geral é conhecido: Deu no impeachment de Dilma e a derrubada do PT. Isso se viu também no governo Collor.
Lula teve que buscar gente experiente na educacao, na economia, e em todos os ramos do conhecimento. Foi apanhá-los na esquerda militante e na esquerda da “filosofia” política pensando que enganaria todo mundo na transição – ou travessia – para um regime ditatorial de esquerda nos moldes castristas, de Stálin, de Mao Tse Tung… Quando os “filósofos” de esquerda perceberam que Lula e os agora já qualificados asseclas pretendiam tomar o poder de forma “democrática”, saíram do partido. Dilma estava destinada a dar o golpe fatal na democracia brasileira.

3- A situação de momento

Na tocaia

O governo brasileiro destina verbas públicas para a subsistência de partidos politicos. Ter partidos políticos passou então a ser um lucrativo negócio. Marina Silva por exemplo, fundou vários e “secretamente” deve estar em todos eles. Recebendo apoios financeiros para vários partidos, pode aplicar todas as verbas em um deles apenas, o mais promissor, e se eleger presidenta!… Por isso ela fica calada, não se envolve. Muitos politicos do PT se candidatarão nas próximas eleições por partidos de Marina, e muitos deles serão posteriormente chamados por ela caso se eleja. Ela faria a tal transição ou passagem, ou travessia, que Dilma não fez. Marina observa o resultado de “Dilma ou Temer”.

Temer e Dilma

Para o Brasil, o governo Dilma foi tão drásticamente ruim (ela parece em quase todas as suas expressões e a qualquer momento que sofre de lesão cerebral, que na lingua inglesa se traduz por “abnormal”) que fez fracassar qualquer tentativa de consertar os erros de seu governo. Aliado dela por 14 anos, Temer assistiu impávido ao declínio da aliada a partir do segundo mandato no qual há sérias dúvidas na lisura do processo de apuração de votos, por que jé nessa altura a rejeição à presidente era extremamente alta. Dilma queria um governo “acordado” entre os partidos, todos batendo palmas pelo “bem comum” que imaginava para o “Brasil”, um povo cordato, educado na “Pátria Educadora”, tudo levado na lábia… Afinal, a maioria esmagadora dos partidos políticos são de cunho comunista, trabalhista, socialista… Pelo menos na lábia marqueteira. Na prática querem o poder, “viver à tripa forra” com o dinheiro roubado dos quintos dos infernos. Esta busca pelo acordo mútuo entre partidos é a responsável pela indefinição política, corruptos ainda soltos, economia ainda parada, inflação em alta, desemprego aumentando, tudo como dantes na casa da Marquesa de Abrantes.

Temer enfrenta o mesmo atoleiro (ou brejo) de Dilma, que Lula e ela criaram como principais responsáveis… O Brasil mudou e os “representantes” do povo devem representar o povo. Que povo Temer e os politicos da velhaca guarda acham que devem representar? Aquele que gritava discursos ideologicos, ou o novo, este, que quer um Brasil grande como deve ser, pode ser, e sempre se quis ser?


® Rui Rodrigues  

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