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segunda-feira, 13 de junho de 2016

Trauma de infância no barbeiro


Um dia, quando eu tinha uns quatro pra cinco anos, minha tia chegou-se pra mim e disse:

- Arruma-te que vamos ao barbeiro. `stás co`as gadelhas muita grandes! (isto foi em Lisboa, 1949,1950)

Ainda lhe perguntei:

- Tia... O que é um barbeiro? (Eu nem tinha barba...)

- Quando lá chegarmos tu vais ver ... (aquilo me assustou. Nunca gostei de surpresas.) 


Chegamos lá e me mandaram sentar numa cadeira destas, como a da foto, e vi um cara todo vestido de branco munido de tesoura e navalha vindo com as armas todas na minha direção... Primeiro tinha pensado que era uma cadeira elétrica (Eu tinha aprontado umas traquinices com minha tia). Depois pensei que me iam tirar as amígdalas...

Só não berrei por que ninguém mais ali estava berrando... Mas não se podem assustar crianças assim tão novas... 


Pior que essas surpresas acabaram por estragar minhas relações com os dentistas.. As cadeiras eram iguaizinhas, e todo mundo vestido de branco, cheios de armas nas mãos...

® Rui Rodrigues

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