O
Brasil sofre os efeitos de duas crises: 1)- Uma crise econômica
internacional, e 2)- Uma crise interna, devida a um processo de
“transição” ou “travessia”.
A
crise internacional chegou em 2008. O capital internacional de giro
foi recolhido por um mercado receoso, verbas públicas foram
legalmente desviadas para Bancos particulares a pretexto de salvar
países de crise ainda maior. A montanha deu um “pum” e todo
mundo pensou que era uma erupção vulcânica. O rato já saiu, mas
ninguém reparou que foi parido pela montanha que nunca saiu do
lugar. Os Bancos estão muitíssimo bem, quem está mal é o comércio
internacional em quase todos os países do mundo. A economia parece
hoje com a de 1929, provocada por Bancos, também, e não se sabe
como nem quando acabará. Em 1929 ela se estendeu até 1939 quando
surgiu Hitler e iniciou a segunda guerra mundial e depois ate 1945
quando a guerra terminou. Agora surge Trump no horizonte da crise de
2008, alguns paises europeus guinam para a direita, mas agora temos
bombas atômicas. “Brincar” de guerras poderia ser uma
catástrofe. Numa economia de guerra guarda-se dinheiro “para o que
der e vier”, porque ninguém pode prever o que vem por aí. Com
reducao do comercio internacional exporta-se menos, fabrica-se menos,
vende-se menos, recolhem-se menos impostos. Não se pode pedir
dinheiro emprestado por causa dos juros, os serviços públicos em
quantidade e em qualidade devem e têm que diminuir. São estas as
núvens que assolam o mundo e o Brasil.
O
que assola o Brasil internamente é bem diverso e tem explicação
nos seguintes fatos:
1-
Tradiçao corruptiva – Colônia
de Portugal, e durante os últimos anos de colônia como Sede do
Império, os politicos portugueses residentes no Brasil cedo
pensaram em desviar impostos, retendo-os no Brasil. Quantificar que
parte dos impostos ficava para os politicos e que parte era gasta
para melhorar as condições da Colônia-reino não pode ser aferida
exatamente, mas a julgar pelo desenvolvimento do Brasil nos reinados
de D. João VI, D. Pedro I e II, e na república, deve ter sido muito
pequena a parcela desviada por corrupção. Depois
da segunda guerra mundial, o mundo se preocupou, finalmente, com o
problema do “apartheid”, da independência das colônias. O
Brasil já era independente desde 1822. Mas até a independência não
havia “roubos” da Metrópole em impostos. O que havia era uma
cobrança exagerada e nem tanto assim. Hoje se pagam cerca de 40% do
que se ganha em impostos e naquela época eram os “quintos dos
infernos” ou seja cerca de 20%. Sabe-se
que cada partido politico – e cada político – tem sua zona de
influência, quer seja uma região, uma empresa estatal, um
ministério, um órgão
público, um poder. A partir do fim do regime militar a corrupção
aumentou em escala crescente. Não se deve desprezar a influência de
José Sarney nesse processo de “transição” que iniciou. No
governo Collor de Mello a corrupção atingiu índices muito altos e
o presidente sofreu impeachment. Deixou no STF um indicado seu até
hoje, o Juiz Marco Aurélio de Mello e o sobrenome não é
coincidência. É nome de famÍlia.
2-
O Processo de “Transição” Interrompido.
Militantes
do partido dos Trabalhadores – PT, que o abandonaram sao unanimes
em afirmar e isso ficou muito patente, que os revolucionários dos
movimentos armados no Brasil, antes e durante o regime militar,
queriam implantar uma ditadura comunista. Lula conseguiu finalmente
ser eleito com a ajuda dos empresários aos quais representara quando
era o chefão dos sindicatos do ABC paulista em 2002. Isso somente
foi possivel depois da experiência que os empresários tiveram com
Fernando Collor a quem tinham ajudado a eleger, e que depois de
eleito, apelando para sua posição de mandatário-mor do Brasil os
extorquio com pesadas participações em empreendimentos. O
tesoureiro PC Farias sabia demais. Celso Daniel sabia demais. Vaccari
Neto deve estar com os lábios colados com super-bonder. Eleito Lula,
começou a pagar a conta do apoio nas eleições. Os problemas
maiores e principais nestes casos de “corrupção participativa”
são três: 1- Todo mundo fica sabendo da corrupção (todos querem
também), 2- Forma-se uma associação de partidos para dividir as
verbas públicas, e 3- Com todos cada vez querendo mais, falta
dinheiro para os serviços públicos, aumenta a inflação, o
comércio cai, aumenta o desemprego e o quadro geral é conhecido:
Deu no impeachment de Dilma e a derrubada do PT. Isso se viu também
no governo Collor.
Lula
teve que buscar gente experiente na educacao, na economia, e em todos
os ramos do conhecimento. Foi apanhá-los na esquerda militante e na
esquerda da “filosofia” política pensando que enganaria todo
mundo na transição – ou travessia – para um regime ditatorial
de esquerda nos moldes castristas, de Stálin, de Mao Tse Tung…
Quando os “filósofos” de esquerda perceberam que Lula e os agora
já qualificados asseclas pretendiam tomar o poder de forma
“democrática”, saíram do partido. Dilma estava destinada a dar
o golpe fatal na democracia brasileira.
3-
A situação de momento
Na
tocaia
O
governo brasileiro destina verbas públicas para a subsistência de
partidos politicos. Ter partidos políticos passou então a ser um
lucrativo negócio. Marina Silva por exemplo, fundou vários e
“secretamente” deve estar em todos eles. Recebendo apoios
financeiros para vários partidos, pode aplicar todas as verbas em um
deles apenas, o mais promissor, e se eleger presidenta!… Por isso
ela fica calada, não se envolve. Muitos politicos do PT se
candidatarão nas próximas eleições por partidos de Marina, e
muitos deles serão posteriormente chamados por ela caso se eleja.
Ela faria a tal transição ou passagem, ou travessia, que Dilma não
fez. Marina observa o resultado de “Dilma ou Temer”.
Temer
e Dilma
Para
o Brasil, o governo Dilma foi tão drásticamente ruim (ela parece em
quase todas as suas expressões e a qualquer momento que sofre de
lesão cerebral, que na lingua inglesa se traduz por “abnormal”)
que fez fracassar qualquer tentativa de consertar os erros de seu
governo. Aliado dela por 14 anos, Temer assistiu impávido ao
declínio da aliada a partir do segundo mandato no qual há sérias
dúvidas na lisura do processo de apuração de votos, por que jé
nessa altura a rejeição à presidente era extremamente alta. Dilma
queria um governo “acordado” entre os partidos, todos batendo
palmas pelo “bem comum” que imaginava para o “Brasil”, um
povo cordato, educado na “Pátria Educadora”, tudo levado na
lábia… Afinal, a maioria esmagadora dos partidos políticos são
de cunho comunista, trabalhista, socialista… Pelo menos na lábia
marqueteira. Na prática querem o poder, “viver à tripa forra”
com o dinheiro roubado dos quintos dos infernos. Esta busca pelo
acordo mútuo entre partidos é a responsável pela indefinição
política, corruptos ainda soltos, economia ainda parada, inflação
em alta, desemprego aumentando, tudo como dantes na casa da Marquesa
de Abrantes.
Temer
enfrenta o mesmo atoleiro (ou brejo) de Dilma, que Lula e ela criaram como principais responsáveis… O Brasil mudou e os
“representantes” do povo devem representar o povo. Que povo Temer
e os politicos da velhaca guarda acham que devem representar? Aquele
que gritava discursos ideologicos, ou o novo, este, que quer um
Brasil grande como deve ser, pode ser, e sempre se quis ser?
®
Rui Rodrigues