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terça-feira, 14 de junho de 2016

Besteirol sexual educativo. Pode? (A verdadeira verdade sobre a verdade)



Não sendo proibido tudo pode, exceto o que vai contra a nossa consciência. Se fizermos algo que nossa consciência aprova, mas a sociedade nos reprova, temos que fazer um novo exame de admissão á convivência: Algo precisa de atualização. Só político não tem destes problemas. Arranjam sempre desculpa para seus atos, têm máscaras de pau, usam extrato de peroba e de vez em quando dá cupim.



Pau de Cabinda serve para levantar o pau, substituindo o viagra. É chamado de Viagra africano. Pode não haver comida suficiente, a grana ficar curta, mas com pau em pé, uma trepadinha, e pronto: A vida é uma felicidade só. Há quem goste mais de futebol, trabalho, dinheiro e poder (como os políticos), mas depois não reclamem se viverem o resto de suas vidas em dúvida quanto à paternidade de seus filhos. O motorista é sempre o maior suspeito, seguido do porteiro e do encanador. Pau para as mulheres é sempre pau, não importa em que corpo esteja pendurado. Tem que estar em pé, limpo, cheiroso, e ser eficiente, assim como um pistão de automóvel zero quilômetros, com 500 cavalos de potência, sem essa de “eu amo você”. Agora me digam que super-herói das estórias em quadrinhos tem super poderes de dar cinco nas mulheres todos os dias? Não conheço nenhum. Nem quatro... E pela vida toda, nem duas de média. Por isso que os intrusos são sempre melhores para as mulheres, como uma sobremesa da vida. Há que entender. Homens como eu também gostam de sobremesas doces, das quais se podem comer seis pratos seguidos, lambendo tudo a que se tem direito, até os dedos. Por isso se sua mulher viajar até povos ciganos de Espanha, ou praias gregas, ou visitarem “la boca” na capital Argentina, e até mesmo Roma com italianos desocupados para o trabalho mas não para o sexo, e voltarem dizendo: “Vou te dar um filho”, prepare-se porque a criança já está brincando na barriguinha da mamãe. Você vai chover no já molhado. Como fazer aborto não vale, agüente dois, cinco, dez anos. Depois será um prazer se divertir com os filhotes por cinqüenta anos, até o fim de sua vida! A maioria delas achava até a última década que marido era o “provedor”. Já nós, homens, achávamos que elas eram a “mãe” de nossos filhos. Assim meio como “o amor” atrapalha o sexo, e se você gosta mais de sexo do que de amor, não diga que ama nem finja amar. Sexceie! Já se prefere amar a fazer sexo, ou as duas coisas, corra o risco já sabendo que pau que dá em Paulo também dá em Francisco, sendo ou não de Cabinda. Nada é perfeito, nem a perfeição. Coisas muito perfeitas costumam ser irritantes para a maioria de nós porque não podemos acompanhar-lhes essa dádiva. A máxima tem sido “Marido perfeito é um banana, mulher perfeita é babaca”.



Uma das mais famosas fantasias masculinas é transar com duas mulheres. Não necessariamente, mas na maioria das vezes, as duas são lésbicas, o que aumenta o tesão. Como então ser contra o mundo gay? Mas se olharmos sob o ponto de vista das mulheres, qual delas que não sonha com um homem por trás, ela de quatro, e um na frente a quem chupa o sorvete? Ou ela com os dois buraquinhos ocupados? Há muitas mulheres que usam uma banana (ou um dildo) num lugar e uma geba no outro para mais se excitarem e terem prazer. Paulinho cueca, lá da Haddock Lobo, na Tijuca, nos idos de 60 do século passado era um desses. Andava sempre com uma caixa de sapatos onde escondia o dildo quando ia transar. Erasmo Carlos talvez ainda se lembre do Paulinho Cueca. Ele também freqüentava a Haddock Lobo e sua mãe comprava aviamentos na loja de meu pai. Também não necessariamente, mas na maioria das vezes os dois são gays. Como então podem elas ser contra os gays? E há gay que tem geba grande que deliciam as Rapunzel da vida. Parece que estamos numa época de “dois em um” pelo mesmo preço, com o máximo de felicidade disponível á disposição. Sexo parece ser tudo, mesmo quando executado com “todo o amor” numa bonequinha japonesa com a mão de cinco dedos. Lula tem um problema com isto.

Bom mesmo é olho no olho, um friozinho no ambiente, uma lareira, ou que se dane a lareira, um arriba a saia, e uma enfiação de cabo na boca da betoneira. Quando dá curto circuito, então, é uma felicidade só. Bem típico daquela que dizia “me joga na parede e me chama de lagartixa...” Tem que ter pegada! De ambos os lados. Pega aqui pega ali, fecha os olhos e chama pelo gemido que ele vem. Se tiver gente perto, engole o gemido. Era assim que eu fazia quando transava no tapete da sala quando o pai dela passava no corredor em frente. Ou não vendo, ou fingindo-se de cego. Nunca soube. Nas escadas “a nega tava lá dentro” e quem passava nem reparava. Será que não? Bem... Naquela época os vestidos eram rodados. Bem rodados... Enquanto lá fora havia os esquerdistas que agora são direitistas, muito preocupados com o poder do poder sem poderem poder. Agora podem. Mesmo às antigas, eu já Phodia há muito tempo sem passar pela Pharmácia.



Quem não lembra da música “joga pedra na Geni” [1]do Chico Buarque lá de Holanda que agora vive em Paris? Chico nunca cantou nada... Mas era um excelente versista e musicista. Agora está Rouanetizado, o pobre coitado vivendo de lembranças apagadas. Bons tempos foram os de lutas. Depois da vitória ficou um ranço antigo de couro curtido. Fétido, sem expressão credível. Desacreditado. O dinheiro falou mais alto, o poder inebria, dá tesão, todos querem comer a Geni, com seu barrete frígio, arremedando a república onde todos que podem phodem os que não podem, sem sequer passar pela pharmácia para comprar lubrificantes da Shell que da Lubrax estão escassos e caros demais. Como querer moralizar a prostituição com tantos prostitutos no prostíbulo senatorial, em câmaras que são enxergas, cavalariças de porcos, porqueiras de cavalos e éguas com alforjes nas cuecas, nas meias, nos sutiãs, encofrados e até bancados em ilhas paradisíacas. Putas santas e eunucos de gravata.


Agora imaginem um idoso de 75 anos - ou uma idosa - e os benefícios de felicidade que podem fazer uma boneca japonesa, um dildo ou uma Geni da vida...Afinal, drogas são proibidas, tabaco, álcool, e tantas coisas mais são proibidas que de repente a felicidade se ausenta, vai embora e so JEZUIZ poderá salvar... Onde ?



® Rui Rodrigues






[1] https://www.youtube.com/watch?v=jsB--twZgng

segunda-feira, 13 de junho de 2016

Mataram 50 gays em Orlando, De que vos admirais?




Com que nos admiramos ainda?

-Acaso Stalin não matou mais de 50 capitalistas?
- Acaso os árabes não mataram mais de 50 cristãos quando invadiram a península ibérica?
- Acaso a Igreja Católica não queimou na fogueira mais de 50 judeus?
- Acaso não foram os cristãos que mataram mais de 50 árabes quando invadiram Jerusalém?
- Acaso os terroristas da década de 60 e 70 não mataram mais de 50 situacionistas?
- Acaso não foram os romanos que mataram mais de 50 cristãos?
- E não foram os cristãos que arrasaram com os albigenses ou Cátaros?

- Acaso a revolução francesa não guilhotinou mais de 50?

De que nos admiramos nós ainda, amantes de catástrofes, bélicos seres, sedentos de sangue alheio, de vitorias financeiras, de puxarmos a brasa para a nossa sardinha, de desfilarmos com o melhor que possamos mostrar? Que reclamais se desde que existimos somos assim, querendo impor aos outros a nossa vontade?

Quo Vadis Hominum? Quo Vadis Mulier? Quererentur?


® Rui Rodrigues

Trauma de infância no barbeiro


Um dia, quando eu tinha uns quatro pra cinco anos, minha tia chegou-se pra mim e disse:

- Arruma-te que vamos ao barbeiro. `stás co`as gadelhas muita grandes! (isto foi em Lisboa, 1949,1950)

Ainda lhe perguntei:

- Tia... O que é um barbeiro? (Eu nem tinha barba...)

- Quando lá chegarmos tu vais ver ... (aquilo me assustou. Nunca gostei de surpresas.) 


Chegamos lá e me mandaram sentar numa cadeira destas, como a da foto, e vi um cara todo vestido de branco munido de tesoura e navalha vindo com as armas todas na minha direção... Primeiro tinha pensado que era uma cadeira elétrica (Eu tinha aprontado umas traquinices com minha tia). Depois pensei que me iam tirar as amígdalas...

Só não berrei por que ninguém mais ali estava berrando... Mas não se podem assustar crianças assim tão novas... 


Pior que essas surpresas acabaram por estragar minhas relações com os dentistas.. As cadeiras eram iguaizinhas, e todo mundo vestido de branco, cheios de armas nas mãos...

® Rui Rodrigues

domingo, 12 de junho de 2016

A verdade sobre o pecado original...



Quanto mais conseguirem deprimir, mais nos escravizam...

A intenção é essa... Lembram que "nascemos" com pecado original? ..Eu não!.... A quem a carapuça servir que a enfie... Eu me recuso a ter nascido de pecado original... Meu pai e minha mãe estavam no bem-bom absolutamente natural... Se não fosse natural, Deus teria feito com que o sexo fosse uma coisa horrível, e não é... É bom pra danar... Quem escreveu essa besteira do pecado original não gostava de sexo ou foi tão corneado que ficou deprimido e virou gay...



® Rui Rodrigues

Mudar o nome da praça dos 3 Poderes em Brasilia...



A praça dos Três Poderes em Brasilia tem que se chamar A Praça dos quatro poderes. Esqueceram o poder do POVO, QUE MANDA NOS OUTROS TRÊS!!!!!

A coisa fica mais ou menos assim:

1- O povo em sua maioria esmagadora não apoia o PT nem Lula nem Dilma, nadica de nada do PT... Porque:
2- O PT mentiu, mente, arrasou com a economia da nação, causando desemprego, inflação, descredito internacional... O PT cometeu crimes inafiançáveis... E então, como consequência...
3- Os juízes perceberam esta situação, a Câmara percebeu esta situação, o Senado percebeu esta situação... E veio o Impeachment. Mas descobriu-se muita coisa errada e criminosa com o Lava-Jato... E justiça prática e rápida se faz necessária... Para que não fique esquecido para apenas ser lembrado em livros de historia,.. Ha muitos governantes que nomeiam ministros da educação para escreverem a historia ao seu modo, segundo os seus interesses, e depois dizem ser a "Pátria Educadora". Como consequência de crimes...
4- Crimes devem ser julgados e os criminosos punidos... Entre eles estão Lula e Dilma, Sarney, Collor, uma porção enorme.

Imaginando que os prendam- como devem ser presos - para que este pais possa seguir adiante em sua saga de destino de uma grande nação....

5- As Forças Armadas deste pais não podem ficar contra os juízes, nem contra os outros poderes nacionais.

Ou isso ou

6- Legalizar o crime e a roubalheira dos impostos nacionais

® Rui Rodrigues

sábado, 11 de junho de 2016

Eu e minha Vida

1- Como a conheci




Talvez andasse pelos quatro ou sete anos quando percebi sua existência. Eu ardia em febre. Se foi aos 4 anos, a febre vinha de uma pneumonia dupla. Se foi aos sete anos, foi pela caxumba. Mas foi nesse instante que a senti. Andava triste, preocupada com meus pensamentos. Disse-me que eu deveria ser forte, muito forte, que me poderia curar a mim mesmo. Bastava levar uma vida de forma atenta,cuidadosa, mas sem cair em processos de TOC ou ser hipocondríaco. Se eu sofresse disso, me obrigaria a constantes e diárias consultas a ela, desde o que comer e beber, até qualquer relação em todos os meus atos, para saber o que posso ou não fazer. Eu teria que ser independente dela. Mas ela me diria o que eu fizesse errado para que não repetisse esses erros. Percebi que eu e ela éramos um só. Tínhamos que amar-nos para toda a vida até que a morte nos separasse. Ela cresceu junto comigo. Temos a mesma idade a nível de microssegundos. Cuidaríamos um do outro, e a melhor forma seria a de realizarmos entrevistas periódicas para avaliação. Fizemos muitas durante nossa existência, o que me fez muito mais feliz do que alguma vez tinha imaginado. Agora precisamos de uma outra. Uma que nos permita ir até… Até…

2- Até que a morte nos separe.

Lá estava ela de pernas abertas, a vagina exposta na beirada da cadeira, um olhar e sorrisos mistos - e misticos - de Esfinge egípcia com Mona Lisa, sentimento constante que ela me devora, que eu nunca a decifrei ou decifrarei como se nos tivéssemos amado muito no passado e no presente nos respeitássemos: Ela é a minha própria vida. Nascemos e morreremos juntos. Nem um dia a mais. Temos que conviver juntos. Perguntei-lhe se ela era a minha alma ou o meu espírito. Disse-me que era apenas a minha vida. Assim simplesmente, sem mais nada nem mistério, e me deixou tranquilo. Ela é a vida que levei desde que nasci. Eu não seria nada sem ela, nem ela existiria sem mim. Somos independentes. Uma espécie de secretária bem mandada, que tem arquivos e memórias sempre atuais, mas que nunca interfere em nossas decisões. Quando muito me alerta, chama-me a atenção, mas jamais decide alguma coisa. Quando me dirigi a ela para iniciar mais uma entrevista cruzou as pernas, sorriu e disse-me:

3- Como queres que te diga?...Com sinceridade, condescendência, ou em tom de crítica?

- Com sinceridade… De preferência que seja aquela sinceridade Freudiana, sem muita conversa. Como estou indo nos meus 70, quase 71?

- Vais bem… Nada garantido, nunca, mas vais bem. O passado não te pesa e dormes tranquilo porque o futuro não te preocupa. Poderias ser um idiota em não te preocupares com o futuro, mas sempre estiveste preparado para enfrentar dificuldades. Nasceste e conviveste com elas desde garoto e vives sem sustos. Quanto a respostas freudianas, sei que admiras muito o Freud, mas não tens diploma. O que te salva é que sempre pensas em todas as hipóteses antes de dares um passo. Quem te vê nem percebe e chega a pensar que és mais um desses que "se julga". 



- Esquece o Freud… Não creio que seja assim tão fácil, apenas por estar preparado para as dificuldades. Creio que estou preparado, sim, mas apenas para aceitá-las e com disposição para enfrentá-las… Freud estudei a fundo. Freud desvendou os íntimos da humanidade, que ago
ra conheço também.  

- Conheces... Assim como “Ave-César, que os que vão morrer te saúdam”? (E deu-me um lindo sorriso)

- Sim… Mais ou menos isso… Como um gladiador que sabe o que o espera entre gritos de uma Babel anônima, indiferente e absurda… Mas também pode ser como aquele grego que foi obrigado a tomar cicuta. Todos eles para satisfazerem a demanda do poder.

- Sim. Mas no nosso caso, teremos que atender algo muito maior, com o maior poder do Universo… As leis, aquelas imutáveis, que valem para todos e tudo…

- Sei. Creio que nunca ninguém se atreveu a formular a lei que mais assusta quem vive neste mundo e que o rege…

- E qual seria? (Perguntou-me ela, na esperança de ouvir algo brilhante, que ficasse na história da humanidade)

- Que no Universo, incluindo-o, tudo nasce, se desenvolve e morre… Ele mesmo morrerá, esse imenso universo. Esse não... Este...

- Creio que nunca ninguém disse isso, generalizando tanto, e coloca uma dúvida sobre o que significa a vida e a morte. Se tudo o que “nasce” vive, como o Universo também nasceu, seria um “ser vivo” e estaria também sujeito à morte… Mas não me parece que seja já o tempo de falar sobre a morte. O que achas? ( E me sorriu mais uma vez com aquele olhar de malandrinha)


- Acho que "fama" pode ser muito  intensa, o trabalho profícuo, o conhecimento algo transcendental de infinito valor, mas que... Não valem nada ao final de tudo quando este tudo acabar... Ninguém se lembrará, de nada vale o que passou, nem todo o esforço... Então a minha pergunta é: PARA QUÊ?

E minha vida não soube responder nem, com toda a razão, admitiu que alguém, quer fosse profeta, mentiroso, filósofo, politico ou também charlatão, pudesse responder de forma cientifica e cabal de forma insofismável.

4- Uma nova entrevista a marcar?



Perguntei-lhe finalmente, porque razão a via como uma mulher de perna aberta, provocativa, escrachada... Ela me respondeu que a vida deve ser agradável e interessante, e não havia coisa nesta vida mais agradável e interessante que uma mulher muito gostosa, me provocando para viver a seu lado para "toda a vida", até que a morte nos separe...  

Marcamos um novo encontro. Se acha que devo atender, por favor deixe mensagem aqui ou no face. Para falarmos de coisas sobre a vida...Sempre faço propostas indecentes a minha vida e ela nem é casada com outro nem com outra.  

 ® Rui Rodrigues 

sexta-feira, 10 de junho de 2016

O que está acontecendo no Brasil com o Brasil.


Vejo assim os nossos problemas principais. Uma visão individual e particular.

O Brasil sofre os efeitos de duas crises: 1)- Uma crise econômica internacional, e 2)- Uma crise interna, devida a um processo de “transição” ou “travessia”.

A crise internacional chegou em 2008. O capital internacional de giro foi recolhido por um mercado receoso, verbas públicas foram legalmente desviadas para Bancos particulares a pretexto de salvar países de crise ainda maior. A montanha deu um “pum” e todo mundo pensou que era uma erupção vulcânica. O rato já saiu, mas ninguém reparou que foi parido pela montanha que nunca saiu do lugar. Os Bancos estão muitíssimo bem, quem está mal é o comércio internacional em quase todos os países do mundo. A economia parece hoje com a de 1929, provocada por Bancos, também, e não se sabe como nem quando acabará. Em 1929 ela se estendeu até 1939 quando surgiu Hitler e iniciou a segunda guerra mundial e depois ate 1945 quando a guerra terminou. Agora surge Trump no horizonte da crise de 2008, alguns paises europeus guinam para a direita, mas agora temos bombas atômicas. “Brincar” de guerras poderia ser uma catástrofe. Numa economia de guerra guarda-se dinheiro “para o que der e vier”, porque ninguém pode prever o que vem por aí. Com reducao do comercio internacional exporta-se menos, fabrica-se menos, vende-se menos, recolhem-se menos impostos. Não se pode pedir dinheiro emprestado por causa dos juros, os serviços públicos em quantidade e em qualidade devem e têm que diminuir. São estas as núvens que assolam o mundo e o Brasil.

O que assola o Brasil internamente é bem diverso e tem explicação nos seguintes fatos:

1- Tradiçao corruptiva – Colônia de Portugal, e durante os últimos anos de colônia como Sede do Império, os politicos portugueses residentes no Brasil cedo pensaram em desviar impostos, retendo-os no Brasil. Quantificar que parte dos impostos ficava para os politicos e que parte era gasta para melhorar as condições da Colônia-reino não pode ser aferida exatamente, mas a julgar pelo desenvolvimento do Brasil nos reinados de D. João VI, D. Pedro I e II, e na república, deve ter sido muito pequena a parcela desviada por corrupção. Depois da segunda guerra mundial, o mundo se preocupou, finalmente, com o problema do “apartheid”, da independência das colônias. O Brasil já era independente desde 1822. Mas até a independência não havia “roubos” da Metrópole em impostos. O que havia era uma cobrança exagerada e nem tanto assim. Hoje se pagam cerca de 40% do que se ganha em impostos e naquela época eram os “quintos dos infernos” ou seja cerca de 20%. Sabe-se que cada partido politico – e cada político – tem sua zona de influência, quer seja uma região, uma empresa estatal, um ministério, um órgão público, um poder. A partir do fim do regime militar a corrupção aumentou em escala crescente. Não se deve desprezar a influência de José Sarney nesse processo de “transição” que iniciou. No governo Collor de Mello a corrupção atingiu índices muito altos e o presidente sofreu impeachment. Deixou no STF um indicado seu até hoje, o Juiz Marco Aurélio de Mello e o sobrenome não é coincidência. É nome de famÍlia.

2- O Processo de “Transição” Interrompido.

Militantes do partido dos Trabalhadores – PT, que o abandonaram sao unanimes em afirmar e isso ficou muito patente, que os revolucionários dos movimentos armados no Brasil, antes e durante o regime militar, queriam implantar uma ditadura comunista. Lula conseguiu finalmente ser eleito com a ajuda dos empresários aos quais representara quando era o chefão dos sindicatos do ABC paulista em 2002. Isso somente foi possivel depois da experiência que os empresários tiveram com Fernando Collor a quem tinham ajudado a eleger, e que depois de eleito, apelando para sua posição de mandatário-mor do Brasil os extorquio com pesadas participações em empreendimentos. O tesoureiro PC Farias sabia demais. Celso Daniel sabia demais. Vaccari Neto deve estar com os lábios colados com super-bonder. Eleito Lula, começou a pagar a conta do apoio nas eleições. Os problemas maiores e principais nestes casos de “corrupção participativa” são três: 1- Todo mundo fica sabendo da corrupção (todos querem também), 2- Forma-se uma associação de partidos para dividir as verbas públicas, e 3- Com todos cada vez querendo mais, falta dinheiro para os serviços públicos, aumenta a inflação, o comércio cai, aumenta o desemprego e o quadro geral é conhecido: Deu no impeachment de Dilma e a derrubada do PT. Isso se viu também no governo Collor.
Lula teve que buscar gente experiente na educacao, na economia, e em todos os ramos do conhecimento. Foi apanhá-los na esquerda militante e na esquerda da “filosofia” política pensando que enganaria todo mundo na transição – ou travessia – para um regime ditatorial de esquerda nos moldes castristas, de Stálin, de Mao Tse Tung… Quando os “filósofos” de esquerda perceberam que Lula e os agora já qualificados asseclas pretendiam tomar o poder de forma “democrática”, saíram do partido. Dilma estava destinada a dar o golpe fatal na democracia brasileira.

3- A situação de momento

Na tocaia

O governo brasileiro destina verbas públicas para a subsistência de partidos politicos. Ter partidos políticos passou então a ser um lucrativo negócio. Marina Silva por exemplo, fundou vários e “secretamente” deve estar em todos eles. Recebendo apoios financeiros para vários partidos, pode aplicar todas as verbas em um deles apenas, o mais promissor, e se eleger presidenta!… Por isso ela fica calada, não se envolve. Muitos politicos do PT se candidatarão nas próximas eleições por partidos de Marina, e muitos deles serão posteriormente chamados por ela caso se eleja. Ela faria a tal transição ou passagem, ou travessia, que Dilma não fez. Marina observa o resultado de “Dilma ou Temer”.

Temer e Dilma

Para o Brasil, o governo Dilma foi tão drásticamente ruim (ela parece em quase todas as suas expressões e a qualquer momento que sofre de lesão cerebral, que na lingua inglesa se traduz por “abnormal”) que fez fracassar qualquer tentativa de consertar os erros de seu governo. Aliado dela por 14 anos, Temer assistiu impávido ao declínio da aliada a partir do segundo mandato no qual há sérias dúvidas na lisura do processo de apuração de votos, por que jé nessa altura a rejeição à presidente era extremamente alta. Dilma queria um governo “acordado” entre os partidos, todos batendo palmas pelo “bem comum” que imaginava para o “Brasil”, um povo cordato, educado na “Pátria Educadora”, tudo levado na lábia… Afinal, a maioria esmagadora dos partidos políticos são de cunho comunista, trabalhista, socialista… Pelo menos na lábia marqueteira. Na prática querem o poder, “viver à tripa forra” com o dinheiro roubado dos quintos dos infernos. Esta busca pelo acordo mútuo entre partidos é a responsável pela indefinição política, corruptos ainda soltos, economia ainda parada, inflação em alta, desemprego aumentando, tudo como dantes na casa da Marquesa de Abrantes.

Temer enfrenta o mesmo atoleiro (ou brejo) de Dilma, que Lula e ela criaram como principais responsáveis… O Brasil mudou e os “representantes” do povo devem representar o povo. Que povo Temer e os politicos da velhaca guarda acham que devem representar? Aquele que gritava discursos ideologicos, ou o novo, este, que quer um Brasil grande como deve ser, pode ser, e sempre se quis ser?


® Rui Rodrigues  

quinta-feira, 9 de junho de 2016

Diário de um viajante que gosta muito de viajar.





Não se pode exigir que nos entendam mesmo esgotados todos os nossos recursos nesse sentido. Há gente que se recusa a entender. Não quer, não pode, acha que perde algo se quiser entender. No entanto, parece fácil entender-se que nem todo viajante gosta de viajar, e que existem muitos modos de fazê-lo. Viajei de todos os modos nesta vida, exceto em submarinos, trem e avião supersônicos. Não escrevi diário porque não interessaria a ninguém. Esses tais “ninguém” que se poderiam interessar, passariam a ser “alguém” e meu diário perderia o interesse. Quanto mais raro mais interessante, mais caro. O importante é sempre interessar a “ninguém” (os mais difíceis de agradar). Outro detalhe do “viajar” é o aspecto de ser alguém, publicar livro, despertar o interesse do mundo, tal como se gostaria de um dia podermos mostrar a nossos pais. Dizer-lhes: - Olhem! Sou alguém na vida, e antes não era ninguém...Mas que estupidez… Como somos tão lineares e simplistas. Por exemplo, foquemos nossa atenção em William Shakespeare. Apesar de haver gravuras com o rosto dele, as imagens não são suficientes para “definir” completamente o ser humano “William Shakespeare” que escreveu todas aquelas obras maravilhosas que nos legou. Poderiam nos apresentar milhões de pessoas daquela época, ressuscitadas, parecidas com Shakespeare, e somente por acaso se acertaria no verdadeiro, porque não temos todos os elementos necessários para identificar. Mas… Não temos amostras de gente ressuscitada da época de William Shakespeare. Então como identifcar o homem? Impossivel… O que admiramos é uma “imagem”, uma idealização, do que deve ter sido William Shakespeare e cada um que pensar nele o verá de forma diferente dos demais. Agora imaginem alguém se interessar em saber quem fomos, se apenas têm uma fotografia que descobriram no Google do século XXXIX ... Jamais saberiam quem fomos realmente. Permitam-me tentar explicar...

Vamos dizer que quiséssemos mandar uma mensagem, através de um carteiro, para William Shakespeare, dizendo-lhe:

- Admiro muito você…

Evidentemente descreveríamos William Shakespeare segundo o que sabemos dele, tal como o imaginamos. Como nosso conhecimento sobre ele não é completo, total, o carteiro jamais o encontraria mesmo sabendo que ele morou em Stratford-Upon-Avon. O carteiro encontraria alguém muito parecido, talvez, mas se diria: - Não … Este não é o que me descreveram para que o procurasse.
E passaria batido…

Somos pequenas estrelas que brilham num universo muito limitado pelo alcance de nosso brilho. As primeiras pessoas para quem brilhamos, e talvez quase as únicas, são nossos pais e alguns familiares. Depois brilhamos para as pessoas de quem gostamos. Com muita sorte e esforço, poderemos brilhar para outros como o William Shakespeare, mas por pouco tempo, entre os que nos conhecem. Depois o brilho da imagem do ser total vai se esvaindo em raios cada vez mais fracos com o passar do tempo. Nossa imagem, a de cada um de nós, e nossas lembranças raramente passam de uma ou duas gerações, e mesmo assim, bem distorcidas. Bem… Ficam os livros, como o do Einstein… Mas quem foi o verdadeiro Einstein, se nem bem o conheciam os que conviviam com ele? Admiram-se as obras e não os indivíduos que, ao fim de décadas, milênios, nada mais são do que um nome associado a datas e feitos que podem ter sido notáveis ou deploráveis. Uma forma de viajar no tempo, para o passado, é consultar os livros de história juntamente com os de geologia e paleontologia. Uma forma de viajar para o futuro, é mantermo-nos vivos tanto tempo quanto nos seja possível. Viajamos a uma velocidade de cerca de 24 horas por dia em direção a um futuro desconhecido, mas muitas vezes previsível. Amanhã, por exemplo, você tem consulta médica. Conhece a cara do médico(a), sabe como irá chegar lá (carro, táxi, ônibus, etc.) e poucos “imprevisíveis” poderiam acontecer. Pode até fazer um filme prévio dessa viagem ao médico. Seria como viajar ao futuro, a menos de imprevistos.



Viajar para qualquer lugar você pode, a qualquer momento. Basta ter dinheiro e saúde, e não almejar sair de nosso planeta. Um dia poderá fazer passeios a Marte, Europa, Lua… E, se um dia foi o primeiro a chegar a Marte, jamais poderá escrever: “...Terra maravilhosa que em se plantando tudo dá...”, porque o planeta Marte ainda terá que ser preparado para se poder plantar. Muita gente morrerá nesse esforço, porque a vida neste universo não nos oferece almoços grátis.



O que se deve fazer - quando se quer ter um nome a zelar – para viajar para o futuro, depende do que queremos ter nesse futuro, mas com a certeza de ser efêmero. Viver é mais ou menos como caminhar numa estrada que nós mesmos vamos pavimentando, direcionando, construindo. Alguns têm tempo para construir jardins e lagos nas margens, parar de vez em quando, descansar, viajar pelo mundo. Cuidado, porém, porque se quiser muito viajar a Marte, agora, vai se frustrar, ficar doente. Há coisas que não vamos conseguir nunca e se viajar ao Brasil do passado através dos livros de história, assim pelos anos de 2002-2016, verá uma estrelinha e um número 13 amarelos numa bandeira em fundo vermelho, um par de dentes que parecem de coelho, e uma mão com nove dedos, símbolos da mais negra da história da nação brasileira, mas ninguém se lembrará dos nomes dos proprietários desses símbolos… Eles queriam brilhar e ficar ricos e famosos, deter recordes de “mais tempo” no governo, como nunca dantes na história deste país e construir uma nação de faz de conta, tal como idealizada nas trevas do conhecimento…

® Rui Rodrigues

quarta-feira, 8 de junho de 2016

Mórbidos Nojentus, mas Elucidatis.


(O Google diz que “Mórbido, Nojento mas é elucidativo” se escreve assim em latim: “Morbidus, foeda est, sed non docet”. Vou pensar se acredito ou não) e consultar minha amiga Manuela que é italiana e mora em Milão).



Um cais é sempre um lugar de chegadas e de partidas. Gera saudades. Ou de pessoas, ou de lugares, ou de diversão com pessoas em certos lugares. Um cais é sempre um lugar de comércio.

J.N. sentou-se à beira de um cais para sentir o calor do sol. Era um dia nublado e mergulhou em suas próprias lembranças enquanto a água do mar marulhava cadenciada e suave. As ondas do mar lembram sempre o útero materno quando mergulhados em líquido amniótico passeávamos com nossas mães pelas ruas da cidade a cada passo que ela dava.Perguntou-se porque lhe acontecia essa nostalgia de pensar sobre o passado… Era raro, mas acontecia. Então, como sempre, perguntou-se o que desejava naquele momento. Talvez uma transa, mas com quem? Transar não é uma coisa que se tenha no armário ou na geladeira à disposição pra quando se queira. Transa é mais pro lado da agricultura: Tem que plantar a vontade numa mulher, agradar-lhe, e depois transar sempre que ela tiver vontade. Se ela não estiver com vontade… Bem aí… Há quem use música em plantação para as plantinhas crescerem, mas mulheres preferem palavrinhas gostosas sussurradas nos ouvidos e muitos elogios. Mas se assim mesmo não funcionar, a vontade de transar não lhes aparecer, não se desespere. Se sair por aí atrás de outras mulheres, vai perder o mesmo tempo ou mais, e se arrisca a perder aquela outra que já estava treinada em você. E regra muito importante: Se você for marido e quer manter sua mulher, seja banana. Elas adoram marido banana, mas se for amante, seja machão. Elas adoram amantes machões.

O tempo não deveria parar. A vida tinha que continuar sempre. Ficar ali parado no cais, pensando no passado era uma perda lamentável de tempo. Aliás, aquilo nem era um cais de embarque de passageiros. Era um canal aberto para o mar, natural, que servia para barcos pesqueiros. Um dia chegou a ser boulevard para mulheres da vida.

Levantou-se do banco de madeira e orientou seus passos para a saída daquela zona. Quando um dia passara por ali, havia muito tempo atrás, e perguntara onde encontrar lugares “sociais” para conhecer pessoas, indicaram-lhe clubes, cinemas, teatros, praças… Porém, para seu neto, agora há poucos dias, tinham informado lugares de funk, de balada… Muita coisa tinha mudado na cidade. Não apenas naquela cidade. O mundo era outro, e como sabia muito bem, um mundo como o nosso não se pode parar. Nunca se pôde parar, desviar para outros rumos… A mocidade é que o empurra. Não enquanto ainda é mocidade, mas quando amadurece e sente que chegou sua vez de mudar o mundo. Então alguns percebem que remaram para o lado errado, outros que estão no lado certo, muitos nem percebem que existe lado para escolher, e outros nem sabem onde estão. De certa forma, e em sua maioria, felizes. Basta perguntar, que quase ninguém diz ser infeliz. Mas se mentem ou não, apenas eles podem dizer, e mesmo assim se perguntados de forma confidencial e segura…

Quando J.N. “aterrizou” de seus devaneios, tinha atravessado, absolutamente sem se dar conta umas três ruas e uma avenida. Nem se lembrava de as ter cruzado. Poderia até ter morrido e estar vivendo agora uma nova vida, quem sabe, num universo paralelo. Mas não. Isso não poderia ser. Continuava vendo as mesmas pessoas, e quem morria mesmo, de forma irreversível, não se via mais. Segundo o Lavoisier, quem morre se transforma em extrato, subtrato, e geralmente fede muito. Se queimado até os ossos, sobram cinzas. Um desperdicio de carne que poderia alimentar peixes, leões e outros carnívoros em extinção.
Imagine-se num testamento: “… E que meus restos mortais depois de lavados e sem qualquer perfume, sejam jogados às feras na reserva de N`Gorongoro, sem tempero... Isso sim, seria a maior demonstração de desprendimento material, porque se a matéria realmente não importa, o que vale mesmo é a alma, o espírito, e então… Podia até fazer-se ração para peixes, com rótulo indicativo de calorias, causa mortis, nome do “fornecedor”, do empacotador, distribuidor, etc, e que tipo de dieta usava em vida: Mediterrânica, vegana, carnívora, onívora, insetívora – agora muito em moda- vegetariana…. Os peixes prefeririam certamente os frequentadores de restaurantes japoneses.



Carpe Diem, aproveitem enquanto o bicho tá de pé, Enquanto a moqueca tá quente, a panela precisa de tampa pra conter o vapor do vulcão, e não fale mal do alemão, o tal de Alzheimer… Quanto mais se treme numa hora dessas melhor… A vida é cheia de boas surpresas e nada é ruim de todo, porque para alguma coisa serve. Tente descobrir quando precisar transformar algo ruim em algo melhor.

® Rui Rodrigues


Rui Rodrigues “é eu”, formado pela UFF, mas isso não importa porque me aposentei, e escrevo desvinculado do que aprendi por não se aplicar a literatura.   

terça-feira, 7 de junho de 2016

Sobre os Empregos e como neles se trabalha.


Arquivo 1001- Gerenciando a felicidade.

Você chega em casa e diz para sua mulher, bracos abertos, um sorriso nos lábios, os dentes todos reluzindo, com a melhor e mais confiante voz:

- Querida(o)… Acabaram nossos problemas financeiros!… Hoje fui promovido(a)a chefe do Setor…

Bacana, né?

Claro que é sempre bom uma promoção, mas você tem que saber se tem ou não as qualificações para ocupar o cargo oferecido. Porque lhe teriam oferecido o cargo? Porque você tem mais conhecimento, capacidades em geral, do que quem o ocupava antes, por simpatia, ou porque você é cordato com os chefes, os atende em seus quase mínimos desejos? Porque se você não estiver preparado para o cargo, pode estar em maus lençóis numa promoção. Isso não acontece de repente. Vai acontecendo aos poucos. Pode começar por um pedido para que assine um documento, ou propondo-lhe que tome uma ação. Os primeiros pedidos, caso não os entenda, podem ser benéficos para a empresa, para seu chefe, para você e sua equipe, mas um dia, de outras ações futuras pode vir uma fatura apenas para você: Assinou um ou mais documentos que deram prejuizos no caixa e/ou na credibilidade da Empresa… Por vezes basta uma vez só, um deslize só, para muitos ficarem ricos e você sem emprego…

Não seja tão vaidoso nem tão ambicioso a ponto de ficar cego! Não se julgue "importante"... 

Um dia chamam você para uma comunhão em maracutaias, para não perder o emprego você diz que sim, mas com vice não dividem nada... Pedem apenas que "assine"... Assim como Dilma Rousseff que pelos vistos não se conteve apenas em "assinar" para o bem da Partilha... 

Não se pode permitir que bandidos com faixa ou sem faixa, eleitos ou substitutos,tenham privilégios de roubar e seguir "felizes" na vida sem castigo exemplar e devolução dos "rombos".

® Rui Rodrigues

(De experiência internacional - e nacional - em empresas de gerenciamento de constru
ção)

A Nau do urso



(Antes de iniciar esta crônica, ou o que quer que seja que vocês, queridos leitores, entendam que estas linhas sejam – pode ser uma historieta do tipo da Nau Catarineta, ou um besteirol qualquer – deixem-me avisar-lhes que por aqui (no Bar do Chopp Grátis) passam umas pessoas “diferentes” que nos contam umas fábulas “do arco da velha”. O que importa é o “paladar”… Se gostarem, voltem sempre!)



Não havia engano. Aquele barulho constante não era apenas do vento. A chuva tinha chegado também. Haveria água suficiente para mais uma semana a julgar pela intensidade dos pingos caindo sobre o convés. Quem alertou o comandante foi o “Urso”, um cachorro malvado, preto, sorridente, bonachão, bem-mandado, mas que quando resolve brincar pula no peito de qualquer um, incluindo o do comandante. Por isso e somente por isso Urso era um cachorro malvado. Mas compensava de muitos modos. Por exemplo, ele sempre avisava quando chovia. Corria de um lado para o outro do convés chapinhando na água, e nessas ocasiões os marujos já sabiam o que fazer, e colocavam barricas vazias sob as enormes velas para recolherem a água da chuva. Urso tinha apenas um ano de idade, mas era inteligente e competente. Descendia de uma “labrador” e de pai desconhecido. Sua vida Urso a leva entre vários aspectos:
1- Delirante, despreocupado e alegre como cachorro da “muy nobre Vila do Peró”, muito a norte do Reino de Nichteroy. Uma vila onde todos são seus amigos, como responsável pela alegria e bem estar de seu mais recente amigo Rui, o comandante de alguma coisa importante que ele urso não tem idéia do que seja, mas que parece que tem que obedecer, senão ele o comandante, vocifera coisas como “- Seu cachorro malvado...Não pula no meu peito senão vou te quebrar ossinho por ossinho com uma marreta!!!” E seu amigo diz isso com uma bengala preta que ele mesmo fez, com a cabeça de um cavalo com olhos brancos enormes, crina e dentes dentuços e tudo, no empunhamento. Se o comandante tinha feito isso com um cavalo, reduzindo-lhe a cabeça ao tamanho de um ovo de codorna, Urso imaginava o que poderia o comandante fazer com uma cabeça do tamanho da dele, um simples cachorro...

2- Preocupado, delirante e alegre, quando o comandante, (nem sabia de que seria ele comandante) a quem chamavam de Rui, ia ao posto médico, ao supermercado, à peixaria. Montava guarda, sentado ou em pé, gania inconformado com a ausência do amigo, e impaciente “proferia” frases ininteligíveis. Depois deitava-se com a cabeça sobre uma das patas, o olhar daquele jeito, de gente meio intrigada, pidona e observadora, resultando numa tristeza de derreter coração de capitão do mato.

3- Livre, leve e solto, quando participa de aventuras com seu amigo Rui, numa nau imaginária cheia de aventuras, onde ele pode fazer qualquer coisa. Os dois podem. As aventuras permitem tudo. Sonhar é o limite.

Afora estas três atitudes, Urso se sente tão deprimido que senta de preferência em frente à janela ou porta do amigo e fica ali parado, deitado, esperando um ruído revelador que lhe indique que “vão sair”. Seu amigo vai sair e Urso vai junto. Ou isso ou uns restos gostosos de comida. Mas estava chovendo na nau, (lembram-se?) e chovia também agora na rua quando saíram para o posto médico e isso não era coincidência. Eram seis e meia da manhã. Para que se precisa de um cachorro destes numa nau capitânia como essa do Peró? Porque quando os piratas invadem naus assim pela calada da noite, os cachorros latem, ladram e depois os mordem. E quando os piratas se aventuram durante o dia, o melhor são três cachorros. Dois ficam quase de frente para o pirata, um mais para a direita e outro mais para a esquerda, obrigando-o a se preocupar com os seus flancos. O terceiro cachorro ora fica na frente ora atrás do pirata. Numa dessas, morde o bandido por detrás, nas pernas. Urso, pelo contrário, quando sai gosta de mostrar a força que tem. Na voz! Onde sente que tem cachorro, ladra forte como um trovão, não se importando se recebe em troca algumas “ladragens” com voz ainda mais tonitroante. Ele sabe que os outros cachorros estão presos, mas quer impressionar seu novo amigo homem. Os da rua são sempre mais tranquilos, e quando vê outros tão ou mais fortes que ele, dá-lhes uma cheirada e passa adiante. O Urso não é trouxa!



Encontramos um sujeito a meia nau, que tinha apanhado Chikungunya… Disse que durante mais de 30 dias o corpo lhe doeu de nem poder andar ou sair da cama. Ele gosta de frequentar os bailes de salão e deve ter uns 70 anos. O pai dele tem mais de 90. urso ficou muito impressionado quando o amigo dele disse “ Que bom que com essa idade você ainda tem pai”, e o bailarino respondeu… - “Que bom?! Quê que é isso… Ele nunca foi um pai que me tivesse dado algo assim de importante, ou feito algo por mim… Só que agora tenho que cuidar dele. Com mais de 90 anos, já estava na hora de Deus o chamar...”. urso e o amigo ficaram sem saber se o bailarino tinha filhos e se fez alguma coisa por eles ou lhes deu algo de importante. Melhor que tenha dado e feito.

Depois de longa espera até às 08:30 da manhã, o amigo de Urso não conseguiu marcar médico no SUS, embora a pressão já se tivesse normalizado e a urgência não parecesse tão urgente. A nau do Peró sente muito a queda da economia. Todo mundo sente, e o pessoal do posto é muito simpático. Não pode acontecer o que aconteceu no Jardim Esperança: O pessoal invadiu e quebrou o posto.



® Rui Rodrigues 

sexta-feira, 3 de junho de 2016

A pieguice dos idosos com a natureza e a natureza que nos faz idosos.


(Há histórias que não são nossas,nem de nossos empregados do Bar do Chopp Grátis, mas que poderiam ser. Por questões de identificação de sentimentos. Se algum cliente reclamar autoria, retiramos o texto.) 




Meu pai não era piegas. Nem eu sou, mas na época pensei que ele fosse. Foi quando começou a escrever uns versos sobre a vida na Terra, a ver programas de TV com paisagens, enfim, a dar mais importância ao mundo que o rodeava e do qual se escondera desde 1918 para cumprir seu programa de vida: Trabalhar duro para ter o suficiente para o que “desse e viesse”… E pela primeira vez na vida tirou fèrias. Isso foi apenas em 1970. Nessa oportunidade, no dia do jogo Brasil x Itália, em partida pela Copa do mundo, vi o avião em que ia levantar voo do aeroporto do Galeão onde eu supervisionava uma obra para o Jorge Anacoreta, meu professor de Resistência dos Materiais na UFF. O Brasil foi campeão. Minha familia campeã, eu campeão. A partir daí meu pai não parou de tirar férias.

Depois de uma certa idade começamos a olhar com outros olhos para a natureza, de forma mais romântica, contemplativa. Outras vezes perdemos até a vontade de questionar alguma coisa dando a impressão de ignorantes ou “desligados”, parecendo não termos respostas, mas não. Não… A verdade é que temos muitas respostas, nenhuma certa com exatidão porque a vida nos vai mostrando como tudo pode mudar. As únicas coisas certas são as leis da ciência, as que se podem comprovar, mas poucas são de domínio público e menos ainda de fácil entendimento. Então os idosos se calam. Como avisar que aquele atalho escolhido tem muito mais chances de dar errado do que os outros dois caminhos? São muitos anos – e casos - de experiência para explicar em meia dúzia de curtos minutos por vezes sem predisposição a serem ouvidos.

Na juventude não queremos escutar muitas coisas porque achamos que podemos fazer muito melhor e que em breve o “mundo vai mudar”… Depois da juventude e a meio caminho da vida, ficamos imprensados entre as mudanças da juventude que melhor parece se adaptar – do que nós- a um mundo em mudança, e os avisos dos idosos mostrando que eles também pensavam que o mundo mudava, mudaria, mas nunca para onde pensavam que deveria… E na fase do encerramento da vida, abre-se uma janela para a paisagem, porque as outras não se entendem (ou abrem) muito bem. O que se vê? Natureza. O que se vê é a natureza, e o que mais nos chama a atenção. Pássaros, seres marinhos, rios, oceanos, cidades, artes,mamíferos, árvores, serras, desertos, pessoas, família, uma neta que tal como ave, se soltará na vida e percorrerá um dia o seu próprio caminho, talvez acompanhada, talvez sozinha, que nesta vida temos sempre que estar preparados para tudo. Tudo ou quase. Pelo menos no que pudermos.

A natureza. Como explicar que nela tenhamos vivido a vida inteira sem repararmos como ela realmente é... O que vemos normalmente são “coisas”, como fotos, umas com muito movimento parecendo filme, quando assistimos a uma corrida de cavalos pelo campo, ou com pouco movimento como uma janela aberta para um campo de arbustos e árvores com o mar ao fundo, ouvindo pássaros cantando, as folhas adejarem pela brisa, as nuvens esgueirando-se e mudando de forma muito devagar para não nos tirarem a atenção da paisagem.






Hoje tirei do “sótão” meu cavalete. Também passei pela loja de materiais para pintura e comprei alguns vidros e pincéis. As telas ainda tinha: Três. Vou falar com minha filha para escolher um tema. As duas últimas telas que pintei, ela escolheu o tema e gostei. Meu afilhado partiu ontem para Milão, Itália. De mudança. Ele e a esposa. Desejo-lhe sucesso! Meu filho me disse que pensa em voltar para a Europa. Provavelmente Noruega ou Barcelona. Quando me convidou no passado para ir visitá-lo, não fui. Desta vez irei. Quem sabe, nem volto... Quando nos estragam o país, tudo nele perde o sentido, é outra “nação”. Mas o que mais dói, é que quem agora quer sair são gentes de todas as idades… Quando o Lula disse que tinha pago a dívida externa do Brasil e que 50 milhões tinham saído da pobreza, muitos voltaram do Exterior… Para constatarem que a dívida externa passara a ser interna e triplicara, decuplicara… E que os 50 milhões não eram 50 milhões e que não há dinheiro para manter fora da pobreza os 40 milhões que voltaram para ela… Aliás… Só de desempregados agora temos 12 milhões...



Como se podem evitar compras de votos e fraudes nas urnas? E sobretudo, como se pode dizer a um partido Politico: Não queremos esse candidato? Não se pode “inventar” um meio simples, internáutico, de evitar que nos empurrem sempre aquela “gentalha profissional” do costume?
Depois da “Copa das Copas”, vamos ter a “Odisseia das Olimpíadas”, vaiando sempre… Ir para as ruas e vaiar é tudo o que nos resta? Não parece ser lá grande coisa para uma “democracia”...
O novo governo tem gente que não deveria estar lá. Não estão ouvindo as ruas…


® Rui Rodrigues