AS CPIS DO MENSALÃO E DO
CACHOEIRA,
E uma possível crise
institucional.
Um amigo meu um dia me veio
com esta: Eles ficam preocupados em matar formigas olhando para o chão,
enquanto atrás deles passam manadas de elefantes...
Esta frase faz parte da
diversidade de meus pensamentos vivos. É uma autêntica fauna, mas esta, em
particular, carrega a carga genética dos pensamentos que nos despertam a
atenção para o que realmente é importante, o que interessa.
É o caso das CPIS do
Cachoeira e do Mensalão. Na NET assisto todos os dias a milhares de postagens
de ambos os lados da polarização da moral e da ética: os da esquerda defendem o
Mensalão, atacando a Cachoeira, os da direita atacam o Mensalão, defendendo a
Cachoeira. Tratando-se de casos de justiça, deveriam, no meu entendimento de
democrata participativo, unirem as suas forças num monopolo em torno da moral e
da ética, e, portanto, ao lado da justiça.
O fato de defenderem o
indefensável é preocupante, e se de um lado nos preocupamos com os conceitos
que a moral e a ética possam adquirir no fogo ardente de corações partidários,
preocupamo-nos também com a possibilidade de acontecer o mesmo com as CPIS, mas
enquanto lá há divisões, aqui talvez não. Talvez haja acordos como aqueles da
troca de espiões, do tempo da guerra fria, decidindo-se nos bastidores dos
partidos, quais indiciados serão inocentados e, portanto libertos, os que serão
isentos até de indiciamento, e os que serão abatidos no campo de batalha
fictícia. Parece que estamos num rodamoinho social e institucional.
Não são as galinhas que
sujam o pau de galinheiro, porque para elas, o pau está sempre como deve estar,
e não conhecem o conceito de “limpeza”. Nós é que sujamos as mãos ao passá-las em
paus de galinheiro...
Se pudéssemos atribuir nossos
votos dados em confiança e, da mesma forma retirá-los, o assunto já estaria
resolvido para os cidadãos, enquanto estivesse em curso a limpeza do
galinheiro.
Rui Rodrigues.
Transcrevo aqui o registro que fiz no FB: Bem Rui, neste circulo viciado e que parecer crescer ao ritmo da captação dos impostos neste nosso Brasil, tem muita gente que suja as mãos sim, mas não é passando em paus de galinheiro. A titica aqui é constituída pela corrupção, pelo clientelismo, pelo favoritismo proporcionado pelo poder dominante que, descaradamente, alivia o bolso do trabalhador e, se entender oportuno, cospe na sua cara. As galinhas caipiras ... ah... estas parecem mesmo estar bem melhores, quiçá até ajustadas ao sistema vigente.
ResponderExcluirComplementando: Os tais representantes do povo precisariam mesmo estar sob um sistema que garantisse, sem frescuras excessivas (vide as "quinhentas" instâncias e recursos vigentes no judiciário) que os eleitores, os cidadãos que os elegeram, pudessem retirar os votos dados a eles, em confiança, sempre que oportuno. O processo de limpeza seria permanente. Vamos trabalhar pela democracia participativa.
Obrigado, Rui.
Mauro Simião