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quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Uma concepção complementar do tempo e de algo mais.


Uma concepção complementar do tempo e de algo mais.





As únicas pistas de que o tempo não é uma imaginação nossa, são o deslocamento de objetos animados e nossos relógios. No primeiro caso, temos a certeza do antes e do depois, da sequência de instantes, e para provar isso, memorizamos que um objeto estava num lugar em determinado instante e no seguinte estava noutro. Se medirmos esse intervalo de tempo e minutos de um relógio, e medirmos também a distância percorrida no espaço pelo objeto entre esses dois instantes, dividindo este espaço por aquele tempo, teremos a velocidade média do objeto. Nossos relógios medem um tempo que é “nosso”, deste universo, e em particular, muito particular, de nosso planeta, em função da força da gravidade a que estamos sujeitos. Perto do horizonte de eventos de um buraco negro, o tempo se estende num espaço cada vez infinitamente mais comprimido quanto mais para o seu interior até a singularidade.


Até aqui, nada de novo. Nossas equações da física mostram que é assim mesmo e com isso temos o desenvolvimento tecnológico que usamos em nossos computadores, geladeiras, estações espaciais, celulares, etc...

Qual a nova concepção do tempo? Isso é fruto de um estudo que estou desenvolvendo, mas posso adiantar uma decorrência desse estudo. O tempo que conhecemos acompanha as condições do espaço. É o famoso espaço-tempo de Einstein. Nosso espaço tempo é hoje plano - ou em forma de sela - com densidade crítica perto de um (1,0), na verdade algo entre 0,99 e 2,0, mas se regredirmos até alguns micro, micro milionésimos de segundo (0,000000000000000000000000000000000000001 segundos – 38 zeros), nossos universo não era quase nada. Era um espaço-tempo altamente curvado quase até o zero, o tempo algo tão “alongado” que um segundo poderia durar quase uma eternidade... Por isso, quando nas fórmulas de Guth e de Stephen Hawking se considera a inflação há que ter cuidado com a “duração” do tempo, um tempo que era quase eternidade num só segundo... Mas então, qual a medição do tempo fora do espaço-tempo de um universo em processo de Big-Bang?

Parece que não importa muito ou quase nada, mas podemos dizer sem medo de errar, que no entorno dos limites da curvatura do espaço-tempo, deveria ser o mesmo quer de um lado, quer do outro do horizonte de eventos. Mas poderia ser um tempo “diferente” para lá desse horizonte, na parte externa, de onde provem a quase infinitamente pequena quase esfera de que se originou o nosso Universo, o Big-Bang...

Para que Deus possa ter “feito” este mundo, este universo, este espaço-tempo em que vivemos, terá que ter sua origem fora deste Universo e talvez fora de outros universos que se formaram no “espaço-tempo” fora deste, como num berçário de universos. Chama-se a esse espaço-tempo, falso-vácuo no jargão da Física, o mesmo espaço-tempo compartilhado com os famosos Campos de Higgs, que dariam origem à “Partícula de Deus”, tão difícil de encontrar que a chamaram primeiro de partícula do diabo, depois de Deus, e quando foi finalmente encontrada no acelerador de partículas de Genebra, na Suíça, o CERN, passou a ter o nome de seu descobridor: Partícula de Higgs.


Deus está, portanto, longe se for muito pequeno, perto, tão perto, se fizermos parte de seu “corpo”...  Mas seja como for, um Deus muito mais poderoso, muito maior, muito mais Deus, do que todos os conceitos mesquinhos que temos de sua existência, normalmente voltados para o benefício pessoal da concessão de uma dádiva pessoal, de um benefício...

Porém, se existir também neste espaço-tempo, então falamos através d’Ele, ou fala através de nós, porque está em cada um dos seres vivos que permitiu existirem, em cada ponto do universo, como um imenso corpo que abrange o tempo que é, que foi e que será...

Mas para quem não acredita em Deus, não faz diferença alguma. Deus pode não ter existido, não existir ou nunca ser visto, mas nesse caso, precisamos procurar a turma de trabalho d’Ele que providenciou o projeto, fez os cálculos, construiu as máquinas e deu partida ao Big-Bang...

Foi um projeto e tanto, cheio de tantos detalhes que se fosse por puro acaso, ainda hoje não estaria pronto e já estamos a ponto de acabar com pelo menos uma pequena parte dele: O nosso planeta... Nossas esperanças é que a própria natureza possua leis que não nos permitam acabar com essa obra tão maravilhosa, nem que nos custe a sobrevivência de nossa própria espécie. 

Pelos vistos, quer Deus, quer a natureza ou o acaso se preveniram com leis nada casuais que garantem a existência e a continuidade deste Universo, mesmo que pequenas partes dele se destruam, explodam, se eliminem, desapareçam. Os dinossauros são apenas uma pequena prova disso. 

© Rui Rodrigues









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