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quarta-feira, 27 de maio de 2015

Diário de Cabo Frio – Nada mais me impressiona.




Quarta-feira 27 de maio de 2015. De madrugada porque a Europa acorda mais cedo, veio a notícia: Seis dirigentes do futebol, da FIFA, presos em Zurique. Logo depois juntaram mais um, da CBF. O Marin, de quem já se falava há muito tempo, sinal inequívoco que onde há fumaça há fogo, e se não houver ainda e ninguém apagar, vai pegar fogo mesmo. Assim como Lula, Dilma, e esses políticos corruptos de quem se fala muito e dos quais já sai fumaça afogueada. As labaredas são excessivamente visíveis.  Não há é bombeiros para apagar o fogo. Vão se queimar.

Jonison, nome “fiquitisso”, veio de Alagoas para Cabo Frio. De família pobre era pistoleiro envolvido em casos de “transferência” de propriedades do tipo fazenda. 


Todos os cinco irmãos também davam seus tirinhos, ou faziam suas maldades. Hoje só um continua empregado sem carteira assinada nesse tipo de serviço. Jonison veio calcorreando caminhos desde lá até Cabo Frio passando por Minas Gerais. Hoje é próspero. Prosperou na Igreja Evangélica. Coisa linda de se ver. Dos irmãos dois morreram. Os outros se converteram como ele. No dia da conversão, estava esperando um sujeito que passava todos os dias no mesmo lugar. Ficou de tocaia, mas o dia passou e o sujeito não apareceu. Era um caso daqueles em que só um poderia continuar vivendo e ambos se tocaiavam. Mas ele nem no dia seguinte apareceu nem no outro. Estava para desistir quando um pastor o chamou e conversou com ele. Converteu-se. No dia em que fez seu testemunho, quem estava lá no templo, Bíblia na mão? O sujeito que ele deveria ter matado. Deram-se um grande abraço. E foi assim que Jonison começou a prosperar. Mas isso foi com a ajuda de político que lhe dá uns vales polpudos para gasolina em troca de conseguir votos para as eleições. Se o político não se eleger o outro também paga. Jonison tem até estabelecimentos na região.


Perguntei como resolviam esses casos de transferência de fazendas. Disse-me que quando morria um dono, tinham que abater a viúva. Quase sempre faleciam em desastres, como casa que pegava fogo, atropelamento, mal súbito, e coisas do gênero. Jamais matavam o dono da propriedade para não caracterizar disputa de propriedades. Provavelmente um outro grupo tratava de dar naturalidade à morte do fazendeiro.



Com a pressa – saí cedo de casa – fiz mal as contas. Paguei o que tinha que pagar, mas deixei de comprar o que tinha previsto comprar. Só sobrou para um saco de ração para os cachorros. Encontrei meu antigo gerente de banco, do tempo em que tinha conta por lá. Lembrou-se de mim, mas nem eu me lembrei do nome dele nem ele do meu. E muito menos do número de minha conta. Agora é supervisor de agências do Banco na região. Bom isso. Não sei porque é bom, mas é. O numero de falências no Brasil vai ser uma epidemia. Eu não irei dever nada a ninguém. Paguei o saco de ração à vista. Gastei 20 reais. Foi o que sobrou do dinheiro que levei. O resto, os serviços essenciais levaram... Já não se compra como antigamente, em vez de mercado comercial temos mercado de votos e de dízimos. Uns pagam os outros. Ainda bem que ainda posso alimentar meus cachorros e os que se alimentam de meus impostos. Isso me deixa muito feliz. Estou tão feliz como merda. 



Faltam 469 dias para os jogos olímpicos. Tememos todos que o comitê seja parecido com o da FIFA. Mas o que impressiona mesmo é a Salineira. Terá ela seguro para segurar passageiros contra desastres de viação?



O Brasil é pacato em novelas, simpatia de apresentadores e programas alegres de TV, benditos que somos enquanto estivermos vivos. Deus cuida mas não sabemos que nacionalidade tem. Houve época em que se dizia ser brasileiro. Já sabemos que não é. Argentino também não. De onde será Deus? Dizem que não é deste mundo. Tá na cara...  Prosperar é ser esperto. Vigiai, dizem...Dizem também que quem conta, aumenta um ponto, e nunca se sabe se quem contou também não aumentou uns pontos. Pronto e ponto. Ponto não... Agora que já não se pode fumar, beber, ainda me acabam com a diversão da política, da religião e do futebol. Vamos nos distrair com quê? Só resta o séquisso. Séquisso e NET. De onde o político tirará dinheiro para encher mais de 10 tanques de gasolina? Do salário dele não é. Danação!


® Rui Rodrigues. 

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