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sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Inglaterra, a velha e boa Albion, reino amigo e admirado.


Não sou amante das monarquias. Nenhuma é igual á inglesa e as que lhe são parecidas a copiaram em toscas letras em cartas magnas.Quem faz, faz. Quem copia adapta e isso não é a mesma coisa.Monarquias: Acho-as teatrais, Hollywoodianas, os reis são figuras emblemáticas, sem realmente qualquer função determinista de estado. São a verdadeira "representatividade". Só representam. Reis não mandam nada. Mas do tempo em que mandavam, os reis ingleses foram sempre os mais humanistas e democráticos de que se tem notícia. Até aqueles que apoiavam os não menos Hollywoodianos flibusteiros e piratas reais. Sir Francis Drake foi até promovido a Almirante e comandou a armada inglesa contra a derrotada “invencível armada” comandada por rei espanhol metido a besta que empurrou para o calvário uma esquadra portuguesa e espanhola. Isso porque a sucessão de reis portugueses era feudalista e independia da vontade da corte ou do populacho. Ingleses sabem quem presta e quem não presta. Portugueses e brasileiros também sabem. 



Posso imaginar em 1150, por esse ano, as ruas da incipiente Inglaterra como reino, comentando sobre a independência de Portugal em 1143, um pequeno reino no continente, ali mesmo tão perto... Por essa oportunidade, o reino do que seria a futura Inglaterra estava sob o poder de reis normandos que a haviam invadido. Em 1154, Guilherme II da Inglaterra consegue unificá-la sob as mesmas leis. A carta Magna de 1215, que é de uma magnanimidade impressionante para a época, totalmente contra as linhas de governo autoritárias dos reis franceses, Como Luiz XIV [1], chega a ser impressionante. Era o prenúncio de uma democracia popular. E foi. A Inglaterra é um exemplo de democracia.A carta magna, tão simples e tão curta, é como uma constituição para os ingleses. Pelo tamanho e funcionalidade, dá inveja á Constituição portuguesa e brasileira: As nossas funcionam menos e são enormes...Acho que não penso nem como português nem como brasileiro. A aliança entre Portugal e Inglaterra data de 1373. Acho que penso como judeu, muito prático, objetivo e direto. Não reparem por favor nestas características aqui expressas nesta dissertação de amor à velha Albion, ao povo português e ao povo brasileiro.
  

Dos meus tempos de adolescente, estudante, recém-saído da infância, lembro-me bem das brigas de rua entre portugueses e ingleses. Os portugueses de rua, os britânicos dos porta-aviões e submarinos que aportavam em viagens para cooperação com a marinha portuguesa ou em viagens de volta ao mundo. Assisti a essas brigas em 1960 e em 1994 e 2004. Nunca soube de vencedores ou perdedores. Os dois lados sempre saíram combalidos como treino de irmãos que medem forças. Os nossos portugueses por terem perdido a hegemonia dos mares mas querendo mostrar que eram “bons” no oficio, e os ingleses na defesa, achando que os portugueses estavam passando dos limites.



Pelo verão aportavam navios com ingleses estudantes em férias. Portuguesas se entregavam ao amor, inglesas se entregavam ao amor... A paixão era recíproca. Ficaram em Portugal muitos portugueses que os pais jurariam que eram seus filhos. Pais ingleses até hoje juram que os filhos são seus, apenas um pouco mais azeitonados. O mundo é assim. A novidade desperta amores, mas hoje há a pírula que evita esses acidentes.O verão incendeia os amores. Ambos exércitos, portugueses e ingleses, gritam por São Jorge, o maior "Santo" do Brasil da igreja católica á Umbanda.
  
Rainha Elizabeth desembarca no Tejo em sua visita pelo final da década de 50.  

Quando visitei o Reino Unido na década de 80, andei nos velhos táxis pretos, de trem, frequentei pubs, curti o páis olhando sua história, entendendo o que estava vendo, fruto de uma história milenar, de muitas atribuições, obrigação de escolhas governamentais a cada ano que passava desde sua fundação como país. As boas escolhas a levaram a ser um Império, mas o mérito não foi esse do Império, mas de ter logrado o entendimento para uma grande comunidade de mesma língua.

Vista da esquadra Inglesa, Pintura de Leandro Joaquim, 1790. Esta pintura ficava no Pavilhão do Passeio Público e hoje está no Museu Histórico Nacional.

A Inglaterra já cooperou na guerra peninsular ao lado de Portugal contra napoleão, e assegurou a independência do Brasil logo após a declaração de Dom Pedro I no grito do Ipiranga. Dizem, os que não entendem, que a dívida á Inglaterra pela Independência esvaziou por anos os cofres da nação brasileira por anos, mas esses não sabem dos riscos que o Brasil correu para mantê-la. Franceses, holandeses, espanhóis,sem a sombra da frota inglesa, eram pretendentes poderosos. O império português já não era tão forte. Era mister assegurar a independência do Brasil. 

Ultimo adeus ás tropas portuguesas partindo para a Flandres. A maioria não voltaria a ver os seus. Foram aliados dos ingleses e franceses.  

Da primeira guerra mundial (1914-1918), o Brasil não participou. Inglaterra e Portugal, sim. Os portugueses foram mandados para a Flandres. Fizeram uma comovente participação. Morreram cerca de 2.200 soldados. Dirão que foi pouco e foi. Mas esse era quase todo o seu exército enviado para frente de batalha. Venceram a guerra. 

Exército brasileiro antes de disponibilizar suas vidas pela liberdade e a deocracia. Muitos genes índios, negros, portugueses, e de outros povos á misturam desde antes da invasão romana á península  

Na guerra de 1939-1945, os portugueses viram ingleses e brasileiros brilharem. Venceram a guerra! Monte Cassino é uma excelente lembrança! Há uma herança celta em cada gene de gente inglesa, brasileira e portuguesa. Quem dizia que portugueses gostavam das "neguinhas" da senzala porque tinham o poder e eram ricos se enganaram. Depois que o Brasil se tornou independente, portugueses, portuguesas e "neguinhos" e "neguinhas" brasileiros continuaram a trocar seus genes. Somos povos irmãos. Está no sangue, nos genes, na alma, em todas as partes onde houver um português, um brasileiro, um inglès. Amamos o mundo, este planeta, esta terra, esta gente...Portugueses e brasileiros também têm uma carta magna inglesa no coração. A carta magna inglesa vem da herança celta que proliferou na Europa continental, voltada para o bem estar das suas comunidades. Portugal está cheio de heranças celtas e judias. É uma excelente mistura passada ao Brasil quando adicionou genes índios e negros. E posteriormente, alemães, russos, italianos, franceses, de todos os lugares do mundo. Nós, brasileiros, representamos a genética terrestre. Ninguém nos representaria melhor numa competição galátia. Somos a síntese terrestre.



Nosso futuro ainda está para ser escrito. Não há nada humano melhor do que o Brasil. Nem pior. Acharmos que estamos no topo seria uma temeridade inconsequente, mas que somos o que de melhor existe em trocas genéticas, não me resta dúvidas. Talvez peque pelo otimismo, mas o futuro o dirá. Acredito no Brasil e não desisto nunca.Pátria Educadora é uma forma de dominação da cultura, mudar a história, negar as evidências de que o mundo se dirige para o sentido contrário ao que o PT e seus aliados e oposição "esperta" mas inoperante, nos querem levar...

Olho vivo!...

 ® Rui Rodrigues



[1] Ele dizia: “O Estado sou eu”, totalmente contra a linha social e política da Magna Carta que tinha o Rei como uma figura publica a ponderar e não a seguir como se fosse um Deus e sua palavra a lei...  

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