VOCÊ É RICO POBRE OU MISERÁVEL? – (Decida...)
Ouvimos
falar muito sobre pobreza[1], mas na realidade boa
parte da humanidade não sabe o que ela realmente é, como é produzida, e, pior
ainda, a propriedade a confiabilidade e a veracidade da definição de “pobre”.
Para
o Banco Mundial, pobre é todo aquele que vive com menos de 1 USD (Um dólar norte
americano) por dia, embora hajam outros índices que completam a definição de
pobreza. Sabendo-se que o custo de uma passagem de Ônibus anda á volta desse
valor, constata-se facilmente que um trabalhador iria trabalhar mas não poderia
pagar a passagem de volta: Esse dólar por dia só seria suficiente para pagar a
passagem de ida. Além disso, não teria dinheiro para roupas, residência, água,
energia elétrica, alimentação, diversão.
Mas quem é o Banco
Mundial?
O Banco Mundial é uma instituição
financeira internacional que
fornece empréstimos para países em
desenvolvimento para programas de
capital. Financiado pelos países mais ricos do planeta, cobram
juros, é um grande negócio.
O Banco
Mundial é composto por duas instituições: o Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD) e a Associação
Internacional de Desenvolvimento (AID).
O Grupo Banco
Mundial abrange estas
duas e mais três: Sociedade Financeira
Internacional (SFI), Agência Multilateral de Garantia de Investimentos (MIGA) e Centro Internacional para Arbitragem de Disputas sobre Investimentos (CIADI).
Com
o limite tão baixo do valor que define como necessário para que se deixe de ser
pobre, repito, um miserável dólar por dia, os pobres deixam de ser pobres,
pagam imposto de renda, as estatísticas desses países melhoram no conceito
mundial, os governos ficam satisfeitos, o Banco engole bilhões de dólares de
lucro dos investimentos, lucro esse que cresce a uma taxa média de 20% ao
ano... Grande negócio!
A
definição de pobreza do Banco Mundial é uma mentira!
A
definição pode servir isso sim, para estabelecer um limite á miserabilidade,
mas falta o limite superior que defina o que é “não ser pobre”. Quem vive com
até um dólar por dia vegeta nas ruas de cidades dormindo no chão, não se
locomove, ficando sempre no mesmo bairro, e gasta esse dólar em um pão e uns
goles de cachaça para esquecer que é miserável... Basta andar pelas ruas de
Paris, Nova York, Rio de Janeiro, S. Paulo, e nem vamos falar nos países
asiáticos, do Oriente Médio, nem de África...
Seria
razoável definir a pobreza de outra forma: por País, em razão de um salário
mínimo regional, o que ficaria mais próximo da realidade. Salário mínimo é o
mínimo para não morrer de fome e se sustentar a si mesmo.
As
cifras atuais de pobreza, com base no Banco Mundial são de cerca de 1.100.000.000
de pessoas que vivem com menos de um dólar por dia, e cerca de 2.700.000.000 de
pessoas que vivem numa “pobreza moderada” porque ganham menos de dois dólares
por dia (3,4 reais, o que coloca todos os que vivem no Brasil com um salário
mínimo como “pobres moderados”).
Mais
razoável seria dizer que pobre é todo aquele que ganha até 3 dólares por dia, e
nesse caso teríamos cerca de 4.000.000.000 de pessoas pobres no planeta, ou
seja, sessenta por cento da população mundial é pobre...
Isso
mesmo... O mundo é eminentemente pobre e miserável. Os índices que nos mostram
são políticos de conivência com os governos. Bancos e governos dividem entre si
o botim das verbas públicas e as aplicam como desejam. As propagandas que
emitem regularmente visam tranqüilizar a população, como “conversa para boi
dormir”.
Se
quisermos acabar com este Status Quo da política internacional, devemos ter voz
firme e ouvida nas Assembléias e parlamentos nacionais, através de voto pessoal
e não representativo como tem sido em países que se “dizem” democráticos.
Isso
se faz através da Democracia Participativa[2].
Não
podemos esperar que governos “concedam” a seus cidadãos a prerrogativa de falar
através de voto nas decisões mais importantes da nação, porque são enormes e
ricos os interesses que motivam cidadãos a se candidatarem a falar, no governo,
em nome dos cidadãos, mas vemos que usam seu poder para aumentar os próprios salários,
dividir verbas, ocupar ministérios que fraudam descaradamente. Esses “representantes”,
alguns ministros, aconselham presidências, como por exemplo, a “doar” verbas
públicas a Bancos para “salvá-los” das crises – que não existiam, mas que por
causa disso, apareceram.
A
maioria dos ministros de economia dos países mais ricos veio de instituições
bancárias. Isso não é por acaso.
Rui
Rodrigues
[2] Ver
em http://conscienciademocrata.no.comunidades.net/.
Nesse site existe um link para uma causa no
facebook em http://www.causes.com/causes/632542-junte-se-democracia-participativa