A Relação Marilyn Monroe e Putin
(Sobre as eleições russas de 2012)
Depois de passar por museus da Europa, Estados Unidos e Canadá, a mostra "Quero Ser Marilyn Monroe!" chega a São Paulo. Com abertura neste domingo (4 de março de 2012).
Marilyn, segundo dizem, deitou-se com os irmãos Kennedy e talvez estivesse com um deles na noite em que foi encontrada morta, já em sua casa, vítima de barbitúricos, embora não se saiba qual a mão que os introduziu em sua boca. Assim constou na mídia. Para o povo americano, John Kennedy e Marilyn eram o casal 60, o casal dos bons momentos. Jaqueline Kennedy, era a esposa ideal que cuidava de tudo sem reclamar de Marilyn ou sequer a ela se referir fora do âmbito de sua atuação em Hollywood. Kennedy era o “rei” dos EUA, eleito em eleições limpas, claras, transparentes, inquestionáveis. Como todo mundo trai, ficou claro que também Kennedy deveria trair. Mas o quê ou quem? Evidentemente que traía a mulher, mas não o povo americano. Essa era a imagem que Bill Clinton repetiria décadas depois de forma mais suave, porque nada mais era do que simples “boquete”.
Não creio Marilyn se dispusesse a dormir com Putin ou com Dmitri Medvedev. Falta-lhes caráter e mesmo presença, postura, consistência, conteúdo. Marilyn era loira, mas não era burra, nem ignorante, nem idiota. Quando Marilyn cantou “Happy birthday mr. President”, com direito a orquestra e corpo de baile, representava na verdade o verdadeiro casamento do povo americano com seu rei e sua “rainha”. O povo gostava disso.
O povo russo não tem uma verdadeira primeira dama, nem uma segunda dama, as eleições são questionadas e neste domingo veremos mais uma farsa de uma democracia de araque que permitirá a transferência de poder de Dmitri Medvedev ao mesmo Putin que lha tinha transferido. O processo de votação na Rússia não é informatizado, é repleto de vícios. O que o povo russo tem hoje, é um presidente que gosta muito de uma vodka, nem sempre está sóbrio e dança de modo que tanto agrada a gregos quanto a troianos, mesmo em eventos internacionais onde se apóia no braço de outro presidente, herdeiro de Napoleão Bonaparte, aquele que invadiu a Rússia até os intestinos, durante uma farra durante o inverno... Napoleão adorava um bom conhaque... Sem esposa presente para trair, Medvedev trai o quê ou quem?
Tal como Marilyn, o povo russo também não é burro, nem ignorante nem idiota, mas não enfrentará a polícia pós Perestróica. Alguns irão para as ruas quando souberem que o poder dos que quiseram Putin no governo se perpetuou em Dmitri Medvedev e agora continuará com Putin, novamente, mas serão insuficientes para fazer uma revolução.
A de 1917 se fez porque era grande a fome. O povo russo aprendeu que não adianta revoltar-se, porque os governantes distorcem tudo o que costumam dizer e afirmar.
Aqui no Brasil, Temos uma dama que acumula o posto de Presidente, não temos o primeiro cavalheiro, e ela não bebe. Chora. Chora provavelmente nos momentos em que se vê obrigada – logo ela que é presidente – a nomear os que lhe dizem que devem ser nomeados, escamoteando-lhe as funções. Pelo choro ficamos sabendo que nossa Presidente não pode nomear para os ministérios quem desejaria nomear, mas quem “tem” que nomear...
Será isso, tanto aqui quanto na Rússia o que se chama de Democracia?
Essa grande dama, a democracia, parece ser como Deus... Sabemos que existe, pensamos que existe, não sabemos se existe ... todas essas dúvidas porque não O vemos... Cremos até em Deus, mas nunca O vimos...
Talvez Trivella, o Pastor, possa explicar isso no Ministério da Pesca, onde terá muito tempo disponível. Um dia inventarão um Ministério das religiões e colocarão à frente um pescador de ilusões.
E como sabemos, Putin será novamente eleito na Rússia. Quem não sabe?
Não sou russo, e por ser democrata, estou Putin da vida com isso...
Rui Rodrigues
(Sobre as eleições russas de 2012)
Depois de passar por museus da Europa, Estados Unidos e Canadá, a mostra "Quero Ser Marilyn Monroe!" chega a São Paulo. Com abertura neste domingo (4 de março de 2012).
Marilyn, segundo dizem, deitou-se com os irmãos Kennedy e talvez estivesse com um deles na noite em que foi encontrada morta, já em sua casa, vítima de barbitúricos, embora não se saiba qual a mão que os introduziu em sua boca. Assim constou na mídia. Para o povo americano, John Kennedy e Marilyn eram o casal 60, o casal dos bons momentos. Jaqueline Kennedy, era a esposa ideal que cuidava de tudo sem reclamar de Marilyn ou sequer a ela se referir fora do âmbito de sua atuação em Hollywood. Kennedy era o “rei” dos EUA, eleito em eleições limpas, claras, transparentes, inquestionáveis. Como todo mundo trai, ficou claro que também Kennedy deveria trair. Mas o quê ou quem? Evidentemente que traía a mulher, mas não o povo americano. Essa era a imagem que Bill Clinton repetiria décadas depois de forma mais suave, porque nada mais era do que simples “boquete”.
Não creio Marilyn se dispusesse a dormir com Putin ou com Dmitri Medvedev. Falta-lhes caráter e mesmo presença, postura, consistência, conteúdo. Marilyn era loira, mas não era burra, nem ignorante, nem idiota. Quando Marilyn cantou “Happy birthday mr. President”, com direito a orquestra e corpo de baile, representava na verdade o verdadeiro casamento do povo americano com seu rei e sua “rainha”. O povo gostava disso.
O povo russo não tem uma verdadeira primeira dama, nem uma segunda dama, as eleições são questionadas e neste domingo veremos mais uma farsa de uma democracia de araque que permitirá a transferência de poder de Dmitri Medvedev ao mesmo Putin que lha tinha transferido. O processo de votação na Rússia não é informatizado, é repleto de vícios. O que o povo russo tem hoje, é um presidente que gosta muito de uma vodka, nem sempre está sóbrio e dança de modo que tanto agrada a gregos quanto a troianos, mesmo em eventos internacionais onde se apóia no braço de outro presidente, herdeiro de Napoleão Bonaparte, aquele que invadiu a Rússia até os intestinos, durante uma farra durante o inverno... Napoleão adorava um bom conhaque... Sem esposa presente para trair, Medvedev trai o quê ou quem?
Tal como Marilyn, o povo russo também não é burro, nem ignorante nem idiota, mas não enfrentará a polícia pós Perestróica. Alguns irão para as ruas quando souberem que o poder dos que quiseram Putin no governo se perpetuou em Dmitri Medvedev e agora continuará com Putin, novamente, mas serão insuficientes para fazer uma revolução.
A de 1917 se fez porque era grande a fome. O povo russo aprendeu que não adianta revoltar-se, porque os governantes distorcem tudo o que costumam dizer e afirmar.
Aqui no Brasil, Temos uma dama que acumula o posto de Presidente, não temos o primeiro cavalheiro, e ela não bebe. Chora. Chora provavelmente nos momentos em que se vê obrigada – logo ela que é presidente – a nomear os que lhe dizem que devem ser nomeados, escamoteando-lhe as funções. Pelo choro ficamos sabendo que nossa Presidente não pode nomear para os ministérios quem desejaria nomear, mas quem “tem” que nomear...
Será isso, tanto aqui quanto na Rússia o que se chama de Democracia?
Essa grande dama, a democracia, parece ser como Deus... Sabemos que existe, pensamos que existe, não sabemos se existe ... todas essas dúvidas porque não O vemos... Cremos até em Deus, mas nunca O vimos...
Talvez Trivella, o Pastor, possa explicar isso no Ministério da Pesca, onde terá muito tempo disponível. Um dia inventarão um Ministério das religiões e colocarão à frente um pescador de ilusões.
E como sabemos, Putin será novamente eleito na Rússia. Quem não sabe?
Não sou russo, e por ser democrata, estou Putin da vida com isso...
Rui Rodrigues