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quarta-feira, 5 de dezembro de 2018

Em algum lugar

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A cada minuto que passa alguém vê o Sol nascer na linha do horizonte. O horizonte muda a cada microsegundo porque a Terra é redonda e gira. O Sol gira. Em algum lugar, a cada microsegundo, alguma coisa acontece que só quem está muito perto sabe porque viu ou ouviu, sentiu. O resto do mundo só sabe se alguém contar. Em algum lugar do mundo há sempre alguém contando coisas. Mas nem todos ficam a saber e parte da informação se perde ou é alterada intencionalmente ou por descuidos. Em algum lugar estamos agora.A Internet é uma fonte gigantesca de onde escorrem, pingam, nos chegam coisas de fora atabalhoada ou ordenada dependendo mais de nós que vemos ou ouvimos, do que eles, os que nos contam.


Em algum lugar...


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Neste momento, em algum lugar, um bandido que fazia uma velhinha de refém leva um tiro na cabeça não importa que cor ele tinha, instrução, preferências sexuais, mas honesto não era. Em algum lugar também um policial salva uma velhinha refém de um assaltante que a ameaçava com uma pistola, derrubando o bandido com um tiro na cabeça. Os direitos humanos agem sempre sobre a polícia local quando um bandido é abatido, mas não agem sobre a bandidagem local quando abatem um policial. Em algum lugar há sempre direitos que são entortados. Bandido não é político perseguido pela ditadura. Bandido é bandido, mesmo sendo político.


Em algum lugar...


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Neste momento, em algum lugar uma ave se junta a um grupo de semelhantes e alça voo em busca de terras mais quentes ou mais frias mas com mais alimento, assim como migrantes buscam terras mais prósperas e seguras do que na sua própria. Ondas de rádio afetam o rumo das aves. Ondas de rádio e comunicação afetam o rumo dos humanos crédulos. Assim como se pode migrar da liberdade para a reclusão porque se luta depredativamente contra governos, em busca de melhores condições para os cidadãos. Em algum lugar, neste momento, a lei só permite violência pelas forças da ordem para que não haja desordens. E são muitos estes lugres com os quais vamos entulhando este planeta. Em algum lugar ocorre uma desordem porque deram ordens desagradáveis sem direito a opinião. As opiniões são livres, as ordens do governo são amarradas às leis, e há sempre alguém distorcendo leis, alterando leis, em algum lugar.


Em algum lugar...


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Em algum lugar alguém usa um celular, tecnologia que se deve à ciência, e muitos, a maior parte destes que os usam, negam a ciência, a que evidencia fatos, segue dogmas e arbitrariedades que publicaram há milhares de anos, quando sem se sabia que éramos humanos, e pensávamos que éramos filhos dos deuses que desceram a este mundo pra emprenhar nossas mães... Em algum lugar há imbecis espertos dominando crédulos ignorantes ora na religião, ora na política, ora em ambos. há sempre alguém comprovando uma teoria científica, inacessível a ignorantes, concorrendo a prêmios Nobel. Escolas e universidades ensinam ciências. Em algum  lugar do mundo servem a políticos, em outros servem aos cidadãos.


Em que lugar você está? Em que lugar você quer que seus filhos e netos vivam?


Rui Rodrigues

#escolasempartido



quinta-feira, 22 de novembro de 2018

Sobre o moderno jornalismo



Nenhum texto alternativo automático disponível.

Não... Não sou jornalista...

... Mas posso perceber perfeitamente o que está acontecendo no mundo atual em que os grandes jornais de papel praticamente "arderam", os noticiários empresariais de radios e TVS perdem terreno para as redes sociais....

O Jornal "O Globo", o tal G1, não me deixa ler o conteúdo se eu não desligar o meu A-Block que bloqueia os anúncios. Então vou colher notícias em jornais portugueses, infleses, franceses, espanhõis, e publico com um link que lhes dá visibilidade. Perde o Globo.

Não tenho links da Globo... E quando assisto um ou outro programa dessa emissora posso ver o quanto Miriam Leitão que diz ter suas fontes no "mercado", está longe da verdade, defasada, parece uma aluna de primeiro ano de matemática financeira...E gagueja!!!! Bial é outro, com agravante de achar que é filósofo dos tempos revolucionários.

Com uma câmara na mão já me mandaram notícias e fotos do mundo inteiro via net. Durante alguns meses tive ligações com o WikiLeaks com uma senha do tamanho de um bonde, depois saí.

Em suma, o jornalismo de antigamente morreu, assim como marqueteiros em geral, que já não fazem opinião nenhuma. O povo não emprenha mais pelos olhos ou ouvidos... Não há, realmente, fake news, tal como não existiam boatos antigamente... O que existe é gente que stá disposta a "acreditar" e nem é por fé... Por vezes é para não perder o amigo, ou dividir a família, mas o voto é secreto...

Vai lá, Bolsonaro... Mostra que nos entendeste e estás do lado do povo brasileiro que quer ser o país do presente!!!

Eu não sou jornalista, mas percebo quando o jornalismo é decadente ou medíocre

Rui Rodrigues

sábado, 17 de novembro de 2018

Sermões e intimidades de novembro


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1- Um Sermão da Montanha transferido prá praia porque hoje é dia de Sol a pino.

Em verdade, em verdade vos digo, que fiéis podem ficar fiéis por mais de 2.000 anos esperando Cristo voltar e permanecerem fiéis... Podem sim...Em religião, podem.

Ideologistas, idealistas, apologistas, artistas, letristas, pianistas etc e outros, fidelistas, vivem num mundo áparte, muito parecido com religião, onde a parte do cérebro que fala mais alto é o "sistema límbico" e onde imaginam e se fazem representar em histórias, enredos, tretas, pantomimas, musicais da Broadway, tudo magia de circo, de palcos, coxias e tablados...


Em verdade, em verdade vos digo, que fiéis podem ficar fiéis por mais de 2.000 anos esperando Cristo voltar e permanecerem fiéis... Podem sim... Em religião, podem. Mas em política, tem que se mostrar resultados, que canção de ninar presidiário não se canta não. As necessidades dos cidadãos exigem presença constante, soluções constantes, sem prédica, intróito ou lenga-lenga de perrepepéu blá-blás-fêmico.

Nem de certa gente viva e morta, que já mostrou que os meios que justificam os fins são o prenuncio do que foi e seria o fim, se fala mais..

Não... Nesses não se fala mais, que poder mais alto se alevantou neste mundo... Imaginem professores cubanos sem diploma dizendo às criancinhas de primário qual a religião a seguir, qual a sexualidade, qual político adorar...

Tirava as crianças do colégio como quem as tira da sala de TV, ou um bode da sala, ou a própria TV.

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2- Confidência íntima da intimidade sem intimidação nem entumescimento

Sinceramente, quando vejo gente da Arábia Saudita, destes que assassinam jornalistas, com turbantes de toalha de mesa de bar do Bexiga, perco a vontade de comer churrasco de boi esquartejado.

Dá-me ânsias de grômito, as tripas se revolvem, e só não cuspo pra não ficar igual ao Zé de Abreu e ao Jean Willys que adoram cuspir em pessoas de quem não gostam.

Não tenho nenhum Neruda pra devolver porque nunca pedi emprestado, e nem li porque nem nunca folheei, mas já li Florbela Espanca, Cecília Meireles, Fernando Pessoa e Jorge Amado dentre uma multidão de outros... O Neruda servia pra dizer que era "sensivel" sem perder a ternura, como Che dando tiro em paredão cheio de gente que não fez nem vestibular pra morrer.

Tempos em que todo nútil fazia sucesso se cantasse e representasse ser de "esquerda"

Na foto o principe Mohammad bin Salman que ordenou o assassinato do jornalista (CIA disse hoje) .. Tem pinta de noveleiro da Globo em que o bandido é o herói, dirigido pra platéia específica cujo ídolo, Pablo Vittar, colhudo, foi eleito a mulher do ano, pra desespero das mulheres do Brasil exceto a mãe dele.



Rui Rodrigues

sexta-feira, 16 de novembro de 2018

O "Intervalo de Recifes" e "nós"...




Intervalo de Recifes é um período de cerca de 10.000.000 (dez milhões) de anos, após o fim do Permiano, em que os recifes sumiram por completo deste planeta. Como não existe "geração espontânea" nem recifes viajam pelo espaço afora a bordo de naves espaciais, meteoros ou cometas, de onde surgiu a segunda geração de recifes ???

Períodos de ausência de recifes, de milhões de anos, existiram também após as extinções do Devoniano tardio e do Triássico tardio.

E nós, preocupados com a "natureza", em preservar a natureza... O povo nunca vai entender isso, sentir-se motivado. O que o povo poderia entender, seria o risco da própria extinção, porque a natureza SEMPRE se renova seja cononosco ou "semnosco"...

O problema não são as florestas ou recifes, porque a vida é uma lei da natureza, e que sempre surge e ressurge, diferente a cada vez e condição de ambiente, mas sempre nascendo, crescendo, reproduzindo-se e morrendo. Não existe "caixinha de espiritos". Existe ADN que se modifica a si mesmo. Darwin não conhecia o DNA, a estrutura tridimensional da molécula de DNA - a dupla hélice - que foi descoberta em 1953 por Francis Crick, James Watson e Maurice Wilkins, quando trabalhavam em Cambridge, no Reino Unido.

Não seria má idéia voltarmos a viver em "aldeias" com casas modernas, com um máximo de 100 habitantes por aldeia, casas com energia "verde", distantes uns seis quilômetros umas das outras para a natureza preencher os espaços, acabar com todas as cidades, fonte de nossos maiores problemas...

Deixar a Terra respirar, antes que paremos todos, de respirar.

Rui Rodrigues


domingo, 11 de novembro de 2018

O bom senso

Crônica de um momento fugaz, tão rápido, que passou antes de ter chegado, e nem ficou porque tinha pressa.

Quando o Sol se escondia de mim, ontem, o céu estava manchado de azul, branco, cinza e quase preto. A temperatura foi baixando desde então.

Se eu fosse esperançoso como uns, vestia-me apenas com um short e ia para a praia, que fica a menos de 100 metros, esperar o sol voltar para dar um megulho.

Se fosse otimista como outros, comprava sacos plásticos pra encher de granizo e faturar como gelo pra engordar a conta.


Se eu fosse pessimista como alguns, pegaria um táxi e ia para as montanhas porque isto aqui ainda pode inundar...

O "senso" é exatamente aquela linha sinuosa que percorremos durante a vida. Cada um tem sua linha. Para uns é fina como corda bamba, pra outros é como uma autoestrada.

Bom senso é andar sempre na linha que divide os que vêm, dos que vão... Mas...

Rui Rodrigues
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sexta-feira, 9 de novembro de 2018

Um pouco sobre redes sociais

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Em 1983/84 comprei meu primeiro computador, um Atari- 2000, usado. Daí para cá nunca mais fiquei sem um. Servia pra jogar, escrever textos e fazer cálculos. Não tinham memória. Tinham apenas uma "vaga idéia", pouco mais que um ábaco chinês atado a uma TV com barbante de ráfia. Mas era muito bom, para que se veja como que, por falta de conhecimento, acabamos por achar divina a bruxa da maçã da Branca de Neve.

Depois vieram as redes sociais nas quais caímos como peixes, por vezes com falta de ar, quando vemos o que a mídia não nos mostra. Pois é... Nos jornais e TVs, vemos e ouvimos o que nos apresentam e, por falta de muitas opções ou liberdade mediática, lemos - com fidelidade, opiniões de "âncoras" forjadas por donos que pensam em lucros, dirigir sua "opinião"...

Ah... Mas nas redes sociais vemos o que a mídia "local", interessada em ganhar propagandas não mostra, vemos o que queremos, verificamos se é "fake" ou não, e não temos que ser fiéis a nada nem a ninguém... Ser socialista, comunista, exige ser fiel a pessoas e idéias. Aqui nas redes o que presta presta, o que não presta se boicota, lê-se mas não se curte, curte-se mas não se lê, eu curto apenas, e pelo menos, para dar uma satifação: Para que saibam que li o texto. Boa parte dos usuários das redes têm pelo menos o curso fundamental... Não se deixam levar por líderes de gangues locais.

Democratas-liberais e progressistas-conservadores, somos nós, esta gente "complicada" que alguns não entendem, e que por isso perderam as eleições. Não somos uma estaca que onde se espeta fica. O que nos interessa é o bem do Brasil. Ninguém tem dinheiro pra comprar 60 milhões de votos conscientes... Se alguém disser que alguém liderou campanhas pelas redes sociais, é besteira... Ninguém votou em Bolsonro só por causa da linda e inteligente Joice Hasselmann, ou por vozes de comando das camaratas.

Nosso interesse chama-se BRASIL com "s" e letras maiúsculas. Não acreditam? Então Vão perder as próximas eleições !

(na foto o Atari-2000, o "culpado de tudo")😁😁😁😁

Rui Rodrigues

quinta-feira, 8 de novembro de 2018

Homo Quo vadis? Mulier! Quo vadis?




Daqui do meu posto de observação, e até onde a vista alcança, pra quem quer saber de aquém e de além do mar

Não vejo apenas sistemas de aposentadorias que não se auto-sustentam. Vejo também governos falidos. Quase todos são deficientes em manter seus padrões aos quais os cidadãos estavam habituados. De modo geral, o mundo preocupado em matar formigas a pisão, enquanto estuda a viabilidade de incluir cupins no cardápio, deixa passar ratazanas e hienas espertas que lhe comem os estoques, espalham doenças, se alimentam de crias; num mundo em transformação. Em transformação acelerada.


Falar em conservadorismo, ou liberalismo, é tempo perdido. A humanidade e o mundo nunca vão para onde queremos, nem para onde o empurramos. A natureza se cuida.

Um exemplo ?

Depois do fim do comunismo, ficou aquela vontade de mudar... Coça muito!!!

Mas mudar para o quê? Ultra-nacionalismo imperativo? Iiberalismo em voo cego? Rompimento irrestrito e ilimitado com os costumes tradicionais? Volta às origens tribais?

Ou teremos atingido os limites de Pavlov em termos de confinamento neste micro-habitat a que chamamos Terra e que já nos pareceu tão grande ?

Com mais dez anos, que passam rápido, terei 83... Posso imaginar que não valha a pena pensar nessas coisas, mas nasci curioso... Sempre querendo saber de onde viemos, o que é que fazemos aqui, e para onde vai esta nossa nave, cada vez mais problemática. Uma suave, feliz e agradável forma de passar tempo.

Então, a impressão que me fica, é que não andamos raciocinando para resolver nossos problemas. Optamos por criar sempre mais alguns, como quem senta numa máquina caça-níqueis em Vegas, esperando um milagre de alvissareiras campaínhas enquanto gastamos, literalmente, o nosso tempo.

Longe, bem longe dali, passam formigas, hienas, ratazanas...

Homo Quo vadis? Mulier! Quo vadis?

Rui Rodrigues

terça-feira, 6 de novembro de 2018

Povos do Brasil, Uni- vos

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Aos da religião que medem com sua régua a régua dos outros que também medem ...

Há cristãos evengélicos, ortodoxos gregos, ortodoxos russos, apostólicos romanos, anglicanos... E outros... E até os de Maomé mediram com sua régua os cristãos de Qumram, onde foram encontrados os Manuscritos do mar morto, associados a Jesus...

Talvez o Corão muçulmano seja uma corruptela de Qumram onde nasceu a seita inicial de Jesus...

E todas, todas as religiões com o mesmo Deus Pai....

A pergunta que faço é: Que régua é essa que cada um tem, que esquece a régua com que o Pai fez o mundo? Há que respeitar a régua de cada um sim...Me desculpem, mas nem vou falar das religiões do extremo oriente, hinduísmo, Taoismo, Budismo... Dos espíritas, das tribos africanas, das Américas, da Oceania ... Cada um acha que seu Deus é o melhor, como time de futebol, na verdade uma batalha surda por óbolos, influência, dádivas, heranças ...

Por Zeus, Lares, Penates, Dionísio, pitonisas de Delfos e arredores, Há algo neste mundo que não bate certo com os céus, por Zeus!!!! Por Zeus ????

Ora... Por Zeus, Baco, Afrodite, Thor, Tutatis, Ébona, Bandonga, Baal, Ápis, Amon, Rá e Aton... E por todos os deuses mortos e que ainda vão morrer..

Longe, lá longe em Alpha de Centauro, haverá um planeta com seres inteligentes que terão que ter visão, tato, todos os 5 sentidos mais o sexto... Que terão pernas para andar, braços e mãos para manusear, um coração só para bombear sangue, e uma cabeça pra pensar e comandar o coração, boca pra falar, ouvidos pra ouvirem, uma boca e uma cloaca...

... Que terão deuses, e nenhum se assemelhará a estes vivos e mortos que tivemos, temos e ainda teremos, e mesmo assim, mesmo assim, filgos de um pai que se pode chamar Universo, e uma mãe que se pode chamar natureza...

E é neste Universo, com esta natureza, sempre presentes, que viverão os filhos e netos do nosso Brasil e deste mundo

Rui Rodrigues

quinta-feira, 1 de novembro de 2018

Notas da cela do celibatário abstêmio

Nota sobre as notas: As notas a seguir foram recolhidas por pobre aposentado de news não fake, embora o texto não seja muito true, o que parece um paradoxo: Tudo é verdade, mas o texto que a expressa, a seguir, nem tanto... Assim como quem imita o Grande, o Maior, o Único que escreve direito por linhas tortas.Os dias decorridos nas notas podem não estar corretos.

Nota do primeiro dia de prisão, 08 de abril:
- Eu vou sair daqui rapidinho rapidinho. Eu sou o presidente moral do Brasil, o homem mais honesto do mundo. Vou fazer o diabo!Pedi umas garrafa de cachaça, umas langosta, vinhos europeu, camarães, ...
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Segundo dia:

- As eleição vem aí, vou indicar um monte de companheiro e nomear como adivogado. Assim posso fazê meu escritório de campanha na prisão... Rá rá rá... Bem ao estilo revolussionário. Já iztou até vendo as manchete: "Mandela teve qui saí da prisão pra ser presidente. Lula se elegeu-se mesmo na prisão. Tiveram que soltar ele".
Ainda não me trouxeram as bebida nem as comida nem pó de tauco pra chulé.

Vigésimo dia:

- A Greisi convocou as muié toda de grelo duro escolhida pela Maria do Rosário pra acampá aqui em frente á prisão exigindo minha libertação, como se fosse em Canudos. Esse juiz Moro tem qui levá umas porrada política, cair fora do meu processo, ir ser divogado de porta de cadeia traveiz, ganhá merreca... 

Quadragésimo segundo dia:

- Os covarde do STF estão com  medo do Gilmar, o único que tem o grelo mole. Ele está soltando todo mundo pra depois me soltar, mas já tá demorando tanto que não vai precisar. Eu vou se me elegê. Vai acabar o prazo pra decidir quem vai ser o indicado do partido. Vou ter que indicá o mula do Radádi, e chamar a Manuela cabeça-oca pra "vitrine" do partido, uma beleza de muié.
E nada das bebida, das comida, nem das muié que pedi pra me côçá e tirar o sarro dais costa. Num alcanço com os dedo das mão. Tô engordando na prisão. Não sou besta pra fazer greve de fome por ideologia. 
  
Septagésimo terceiro dia:
- Conheço uns cara na ONU. São um trio de dois, que me devem uns almoço. Vou pedir que assinem um pedido pra me libertarem. Só dois idiota da ONU basta pra intimidar estes idiotas daqui. Puta que ospariu... Tô seco por umaa caxaças. 

Octogésimo primeiro dia:

- Fudeu tudo! Não se elegeu nenhum dos compnheiro. Radádi é muito fraco. Entorta a boca quando mente, e deixaram a cabeça-oca da vice dele falar... Nem Dilma se elegeu. Definitivamente este povo ficou mais rico com o bolsa-família e não vota mais em nós... Se esse Bolsonaro se elege aí sim,  vai todo mundo em cana, até a Greisi. Estou perdendo as esperanças de bebê umas caxassa... Tem que dá um jeito no Bolsonaro...Si sumiçe estava era bom dimais;

Nonagésimo sétimo dia:

- Filhadasputa errou feio. Foi preso, e já não vai ser mais meu ministro da Justissa.

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Centésimo dia: 

- Agora sim... Arrebentaram o PT, elegeram o Bolsonaro. Só não vão me mandar pra Bangú porque ainda tem gente do Temer, do FHC, da Dilma, do Temer, o meu vice, e meus, que não vão deixar.

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Centésimo vigésimo quarto dia: 

- O Moro aceitou o cargo de Ministro da Justiça. O pior é que quando eu sair da prisão não vou ter grana pra gastar, como o Mujica que ainda tinha um fusquinha. Os companheiro vão gastar tudo que guardei na caverna. Acho que estou entregue às traças e às troças. Já é a segunda vez que me prendem. A primeira foi por tentativa de roubo que só agora consegui concretizar... Mas ainda sobram os diamantes de Angola, do Zimbabwe, e da Namíbia, relógios da Guiné... Desmontaram todo o meu esquema, acabaram até com ministérios. Esses traíra desses companheiro vão me roubá.




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Conclusão: O Brasil que a gente quer não é o Brasil que a Globo queria. Ela queria Haddad, que libertaria Lula, mas Haddad não iria reconstruir o Brasil. A Globo não quis entender- fez questão de não entender - nada, dos vídeos que recebeu. 


Rui Rodrigues



  

terça-feira, 30 de outubro de 2018

Nelson Rodrigues seria Bolsonaro, sem dúvida.

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Ele tinha aquele senso crítico, independente de censo e de outras críticas que o tornaram único, indivisível, e brilhante como um átomo de césio tricolor, em dias de jogos do Fluminense nas Laranjeiras, onde não podia faltar vendedor de amendoim torradinho, pomadinha chinesa, bandeiras e camisetas do Fluminense, jornais da Zero Hora, última edição, relatando mais um assalto a Banco por Dilma Rousseff, a Vana dedo no gatilho, e Miriam Leitão, a Amélia, duas tresloucadas, uma desmiolada outra de língua gaguejante emperrada para a esquerda, deslumbradas pela convivência marginal com heróis terroristas como se fossem artistas-heróis de novela burda onde o crime é enaltecido...


Sim... Nelson Rodrigues seria Bolsonaro, mesmo com um terno de linho S-120, todo amarfanhado, que jamais usaria branco, para não parecer malandro, homem de malandra, amante de mulher armada de perna aberta em sentido militar de descansar, dessas sem sentido. Nelson era acima de tudo um homem calmo, que achava que toda donzela tinha um pai que era uma fera, e hoje acharia que toda a fera já não é donzela e matou o pai só pra ir ao baile funk do orfanato...

Senhoras e senhoes, eu nunca vi o Nelson sair esgazeado pelas ruas, bandeira na mão, até altas horas gritando "Fluminense... Ense", mas desta feita faria uma visita a Lula. o presidiário com salário integral, equipe ténica e seguranças, carros na porta, em sua residência atual, uma cela na polícia federal e dir-lhe-ia:
- Todo povo tem sempre um idiota que não o representa, e que tem filhos donzelos de instrução. Lula, você foi o maior de todos, merecerias uma coroa de Rei Momo do carnaval político, cravada de dejetos fecais, mas te desejo coisa melhor: uns 50 anos de cadeia e ainda é pouco, porque mataste muitos -indiretamente - pra beneficiar muito poucos de mala na mão.

Rui Rodrigues

segunda-feira, 29 de outubro de 2018

Geopolítica O efeito Briton-Merkel, ou anglo-saxão



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Primeiro foram os ingleses que enfrentaram o "pseudo-socialismo" da europa-unida, aprovando sua saída, o Brexit, mediante plebiscito.

A união européia serviu de exemplo para a Ursal(união dos povaréus da América do Sul, tudo unido numa republica única de países pobretões com povo sob regime de trabalho escravo)... Brasil e Inglaterra distribuíam suas riquezas a fundos perdidos, à custa do próprio cescimento. A "fundição"-Lula, que fundia as nossas verbas com o Foro de S. Paulo e seus amiguinhos sul-latino-americanos, promovia o desbunde alegórico-traumático da caravana dos "democratas" distribuidores de grana alheia...

Mas antes de democratas, somos brasileiros republicanos nacionalistas...

Agora Merkel originária da Alemanha oriental comunista que nunca aprendeu capitalismo, e que se tem mantido balançando no poder, vai sair da política por total incompatibilidade com os alemães que veem os bancos enriquecer, eles não, e estão também cansados de contribuir a fundo perdido para a UE tal como os ingleses, para sustentar desperdiçantes gregos comunistas e latinos aproveitadores que enchem os corredores do FMI. Portugal é um destes.

Bem... Saíndo Merkel começará o meio do fim da UE, cujo inicio começou quando se reclamava de "Europa a duas velocidades" e os dos vinhos e outros "copos" no almoço e no jantar, e que viajam de crachá pra Bruxelas como quem vai de férias, esqueceram porque aproveitam a vida que sempre lhes parece curta...

Esperem as novidades... A esquerda mundial do comunismo ao socialismo mostrou sua incompetência pra gerir seja o que for. Em Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa tenta passar-se desapercebido de irresponsabilidades com o Costa que não é "o Costa do Castelo".

Rui Rodrigues

domingo, 28 de outubro de 2018

Desabafo de alívio...Tchau PT




Com esta tensão toda das eleições, andei meio relapso e constricto. Mas logo que saiu o resultado da eleição, corri para o banheiro... Havia indícios de que algo grande sairía do meu interior, para meu alivio... Cheguei a sentir-me o próprio povo brasileiro, de tão apertado...

Pari analmente dois belos rapagões cilíndricos e uma menina pequenina, ainda com um pedaço vermelho de tomate à guisa de camiseta comunista...

Ah! Com que alívio puxei a descarga e me fui despedindo com sorriso maroto um a um dos mal paridos filhos anais:

- Tchau Luladrão...
- Tchau Lula-Haddad...
- Tchau Lula- Dilmanta

E lá foram os saralhotos com cara de desperdícios fedorentos, nariz erguido de pura ignorância e desafio à vontade popular, ainda com resto de notas de dólares que não conseguiram evacuar...

A Pátria amada não pode mais parir coisas destas que desdenharam dos estudos e se esconderam num partido que se chamou PT.

Rui Rodrigues

O horário dos autocarros.

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Na verdade é sobre educação e cultura

Tinha meus sete anos quando pela primeira vez apanhei um autocarro (ônibus em Portugal). Já sabia ler e a partir daí sempre consultava os horários de passagem afixados em tabuletas em cada ponto de ônibus.

Sim... Os ônibus passavam sempre no horário indicado, e um atraso de um minuto era coisa séria. Ainda hoje é assim lá. Aprendi que havia pessoas que trabalhavam e se esforçavam, para me tornarem a vida o mais confortável e confortávelmente que podiam, e que era por esse motivo que eu estudava: Para lhes retribuir!

Evidentemente que sempre havia quem preferisse que a vida se adaptasse a "ônibus sem horários" porque seria mais "democrático", entendendo democracia como "liberdade" para se fazer o que se queira, coadjuvada por uma onda "liberal"... Isto levado às últimas consequências de uma sociedade, representa uma liberdade total para se fazer o que se quer, mesmo roubar, de uma forma espartana: Se descoberto, paga leve: Se ninguém descobrir ou tiver um bom advogado, está safo. Uma sociedade irresponsável e inconsequente, cada cidadão, se é que se lhe pode chamar de cidadão, voltado pra seu próprio umbigo.

Nenhum professor perdia seu rempo ensinando estas coisas: Era em casa que nos puxavam as orelhas, nos colocavam na linha, nos chegavam a roupa ao pêlo. Na Suécia também ensinam as crianças a serem adultas independentes, responsáveis e consequentes desde pequenas . P arecem frios, mas não são.

E não! Não era uma democracia aquela em que eu vivia. Era uma ditadura, só uma chapa concorria à presidência da República. Imagina se fosse uma democracia.

Mas que democracia? Aquela da "Republica democrática alemã", que era comunista, ou a da "República dos EUA" que nem nome de referência a democracia tinha , teve ou tem?

Imagem relacionadaAprendi a desconfiar de regimes que se dizem "democráticos" e onde os políticos cada um tem sua "dacha", sua caipivodka, seu cocheiro motorizado, seu "tripléquix" recebendo benefícios mesmo quando presos por apropriação indébita.

Hoje tem votação para presidente.

E se está lendo isto, você é #B17 como eu... E... Não percam o ônibus para não chegarem atrasados... 1917 não é #B17... Eu sou! #B17.

Rui Rodrigues

terça-feira, 23 de outubro de 2018

Agatha Christie - O candidato esfaqueado

Meu encontro com Agatha Christie

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Eram os olhos oblongos, bem protegidos por saudáveis pálpebras que me atraiam por Agatha jovem, além, é claro, de um corpo macio e confortável, mas nunca me declarei para ela. Morávamos muito longe um do outro, eu era muito novo e ela já avançava para os finalmentes. Li todos os livros dela, depois faleceu.


Com o caos estabelecido no Brasil e o aumento de crimes por facilidades de justiça, as instituições começaram a perder o controle e os crimes sem solução começaram a aumentar e a dar dor de cabeça a muita gente. Pensei em Agatha, porque ela tinha o dom de resolver crimes tão bem ou melhor que Sherlock Holmes ou 007 que nem era detetive. Ela era contemporânea de James Bond, portanto moderna. 

Para contactá-la tinha que consultar uma dessas videntes que conseguem ver falecidos, o passado e o futuro sem sair do presente. Nunca acreditei nessas pessoas, mas resolvi arriscar. Encontrei uma em Esteio num rodeio no Rio Grande do Sul que dizia ser cigana do Uruguay, tinha um brinco só em argola, e bebia bem. Bastante. Era famosa na cidade. Entrei na tenda dela. Disse-lhe que precisava contactar uma pessoa morta: Agatha Christie. Ela disse que era muito difícil, por ser inglesa, mas que tentaria. Combinamos o preço. Então ela me disse:

- Espere um pouco. Não me desperte nem toque em mim haja o que houver. Agatha vai aparecer por aquela cortina. Apontou para uma cortina preta na sua pequena sala circular. Logo em seguida apoiou a cabeça entre o braço dobrado em cima da mesa, na minha frente, e ali ficou imóvel.

Havia uma atmosfera. Estava quase escuro, como se alguém tivesse reduzido a potência da luz através de um reostato. Quase escuro, beirando o crepúsculo da passagem para o além. 

Ela não disse uma só palavra mais. Fiquei olhando uns dois minutos ao redor, três, quatro, não sei... Já estava pensando em ir embora quando Agatha apareceu pela cortina e se sentou numa cadeira junto à cortina. Uma luz diáfana incidia no rosto da aparição. Disse-me naquele inglês londrino, lembrando um pouco, muito pouco, o entrecortado do cockney das docas de Londres, porém impecável:

- Olá...Vamos direto ao assunto. O que o trás aqui é a morte de Marielle Franco... 
- Bem... Não exatamente, mas também me interessa. Quem a matou? - Uma mistura de política e tráfico. O tráfico lava dinheiro com políticos, cada facção apoia um candidato. Sabe como é na máfia? O chefão abana a cabeça ao falar de um sujeito e diz claramente em respeito a ele:
- Um dia esse aí ainda vai ter uma indigestão!... E o sujeito aparece morto, esquartejado, com uma pedra no estômago. Se você se interessa por máfias, volte aqui que eu tentarei descobrir pra você... 
- Não, não.. Pode deixar. Tenho outro caso mais importante: Um político foi esfaqueado em Juiz de Fora, Minas Gerais...
- Ah! Sei... Falou-se muito nisso lá em cima! (e apontou o dedo para o alto). Não vou resolver esse caso porque você vai ganhar alguma coisa com isso e eu não vou ganhar nada... Mas...

Eu tive que interromper:

-Mas eu pago a ela... (E apontei para a vidente aparentemente dormindo sobre o braço apoiado dobrado em cima da mesa)
- Ela ???!!! ... (e apontou para a vidente aparentemente dormindo sobre o braço apoiado dobrado em cima da mesa)...
- Sim! Ela mesma...
- Mas eu não tenho nenhuma sociedade com ela. Escute e siga meu raciocínio. Se eu for muito depressa, avise: Estava todo mundo olhando para o candidato lá no alto. Então deram-lhe uma facada em meio a uma multidão. Pegaram o sujeito agressor ali mesmo e levaram para a delegacia. Certo?
- Certo!- Respondi reforçando com um acenar de cabeça.
- Repare que todos os crimes são premeditados. Ninguém anda com uma faca no meio da rua a não ser que a tenha comprado naquele momento, que a leve para amolar, ou que faça parte de um esquema de assassinato. Acompanhou?
- Perfeitamente! Então foi um esquema, porque o sujeito não tinha saído do supermercado nem estava com o talão da compra, e a faca estava tão bem afiada que rompeu as tripas de forma bem profunda...
- Certo! (ela era maravilhosa)
- Passados dias, todo mundo em Juiz de Fora de olhos atentos... Permita-me um à parte: Há quanto tempo Juiz de Fora não era "notícia importante" nos jornais?
- Xi!... Há décadas, acho...
- Mas então fique atento porque ainda é notícia... Duas semanas depois, eu acho, Aparecida Maria da Costa que era a dona da pensão onde Adélio, o esfaqueador, se hospedara duas semanas antes do esfaqueamento, morre. Ela tinha dado um depoimento e não poderá mais confirmar, modificar, acrescentar, nem servir de testemunha. Estava doente de câncer terminal sim, mas há remédios sutis que podem apressar a morte. Está acompanhando, não?
- Sim, estou... Pode continuar...

O ambiente esfriara ou eu estava com febre. O ambiente ficara mais escuro.

Agatha disse-me:

Pode levantar-se, mas não toque em Alzira...
- Quem é Alzira?
- Ora... Essa aí, dormindo em cima da mesa, a sua vidente...
- Mas porque me levantaria eu?
- Para apanhar um cálice de vinho do Porto, ou whisky para aquecer, que está sobre a mesinha bem atrás de você. 

Agatha, tal como os ingleses em geral, são apaixonados pelo vinho do Porto. Levantei-me. Apanhei um cálice que enchi de Porto, e logo em seguida dois copos desses bojudos que enchi com glenfiddich. Degluti o Porto de vira-vira e levei os dois copos com whisky para a mesa. Dei o primeiro gole no meu, puro, e ainda com a boca doce do porto, senti aquele malte muito bem tratado ir descendo garganta abaixo... Enquanto eu preparava as bebidas ela ia dizendo:
- Já ouviu falar em Rogério Inácio Villas?
- Não... Nunca...
- Ele morreu também na mesma pensão, uma torre de Babel, com gente de muitas nacionalidades. Era usuário de drogas. 
- Bem... Minha querida Agatha Christie... Estou meio confuso... Não sei como relacionar tudo isso. Adélio, o esfaqueador, também tinha um passado de drogas...
- Sim, tinha. - Disse Agatha condescendente. Mas espere para ficar mais confuso... Ouça.
- Sim, estou escutando...
- Esta semana, policiais de S.Paulo foram a Juiz de fora para acompanhar a troca de 15 milhões de dólares. Foram encontrar-se com policiais de Minas Gerais que intermediavam a troca do dinheiro, representando outro empresário... Mas a maior parte dos dólares era falso, e começou o tiroteio, um policial foi morto, outros feridos, os empresários negam os dólares...
- Incrível isso... Polícia contra polícia...
- Policiais que trabalhavam em horas "vagas" pra fazer "bico"...
- Mas que troca foi essa? Trocaram exatamente o quê?
- Brilhante meu caro... Brilhante pergunta...
- Grato, Agatha... Grato... Mas eu vejo isso como um pagamento!
- E certamente foi. Um pagamento por serviços prestados. Já acha que pode juntar as peças ?
- Preciso de um tempo pra pensar. Bastante tempo. Você se importa de me adiantar o final, isto é, a trama?
- Não pretendo tirar-lhe esse prazer, o suspense. Só lhe vou dar uma linha de raciocínio se não se importar...
- Diga...
- Adélio recebe instruções ali mesmo, na pensão em Juiz de Fora de uma organização criminosa. Note que a dona da pensão e o drogado morreram depois que Adelio foi preso. possivelmente a senhora escutou algo, e o drogado sabia de algo. Não há coincidências para mortes tão cadenciadas a curto prazo de duas pessoas que viviam na mesma pensão. Adelio vivia acima das posses, tinha computador, celulares, pagou 400 reais adiantados pra pagar a pensão. 
- Faz sentido. Poderia ser....
- Sim... E agora vamos ao caso dos dois "empresários" que negam os dólares... Porque pagar com dólares falsos, já que não era uma compra dessas notas? Isso era então um escárnio, uma provocação?
- Talvez porque Adelio tenha falhado!

Tomei meu whisky de uma vez só, quase me engasguei e como Alzira não tinha ainda acordado, tomei o dela que eu deixara sobre a mesa para quando acordasse. Então levantei-me, virei-me de costas, e me servi de mais um Whisky puro. 

Quando me voltei para  continuar a conversa, Agatha havia desaparecido e Alzira estava sentada na mesa, completamente desperta, a sala estava iluminada e fazia um calor dos diabos. Acho que cheguei a vislumbrar um vulto por detrás da cortina, mas foi impressão minha. Vou voltar lá logo que possa. Ainda fiquei com algumas dúvidas.

Rui Rodrigues