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domingo, 6 de janeiro de 2019

Sobre a crendice fiel de Ponce de León

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Há sempre um modo de contar histórias reais como se fossem contos sem compromisso, mas continuando a ser rais.

Se não vejamos...

Juan Ponce de León (Santervás de Campos, 8 de abril de 1460 — Havana, julho de 1521) tinha um Rei e uma Rainha. Só que não. Quem "tinha" alguém eram o Rei e a Rainha que tinham Juan Ponce de León como súdito fiel. Foi o primeiro governador de Porto Rico e acredita-se que tenha sido o primeiro europeu a ter visitado a Flórida (foi ele que deu o nome à região, pela sua abundância de flores).

Nunca se soube se ele acreditava ou não, mas os Reis acreditavam numa "coisa". Disseram-lhe em 1514:

- Olha, ó Ponce... Soubemos que há uma fonte da juventude lá nas Índias (era o Caribe e a América do Norte, pra se ver como estavam equivocados)... Vai lá, descobre onde fica, e traz-nos uns tonéis, porque os padres e bispos daqui benzem a água mas não funciona nada.
- Sim majestades!
- Mas não demores muito, senão crescem-te as barbas, ficas velho, nem viajas mais e perdes a oportunidade...
Crente e lógico que deveria ser, porque se a água rejuvenesce basta aumentar a dose, só retornou à Flórida e arredores em 1521, quando os filhos já tinham barbas e os pais tinham ido definitivamente para o cemitério.

Mas ele deveria ter ido em 1514. Talvez estivesse vivo até hoje. Mas como só foi em 1521, não encontrou a fonte, e um índio da tribo de Calusa enfiou-lhe uma flecha envenenada e o homem morreu.

Moral da história

"nunca digas dessa água não beberei porque se deixares pra amanhã o que podes fazer hoje, podes dar com as trombas na porta e até morrer porque santos da porta não fazem milagres, sendo que crendice e água benta cada um toma a que quer.

Rui Rodrigues

sábado, 5 de janeiro de 2019

Besteirol metafórico Bolsonariano


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Besteirol metafórico ligeirinho pra aliviar a tensão capilar de dois cabelos encravados de Genofresino Gastrofaldo de Gonópodes e Vulvinos, famoso por seu espírito de porco.

- Imagina você, dizia-me ele, de sua cadeira reclamante, perdido no espaço interestelar, numa nave tomada por fungos, quase sem poder respirar, e se lembra que a morte está perto, precisa de pensar em algo positivo, e há uma palavra, o dom da palavra, que passa a tomar conta de seu cérebro e até faz sentir que não sente a dor que deveras sente: Este sentimento em si, é de poeta, mas a palavra é simplória


Portfólio...

Portfólio não tem nada de negativo e distrai as idéias como se fosse um anestésico, ou poderoso relaxante muscular

Sim...Portfólio pode ser de qualquer coisa, tanta coisa... Se for de estrelas, cabe um universo inteiro, se for de fungos, tem uns, os cogumelos, que refogados com trufas, alho porro, cebolinha e coentro, matam de prazer qualquer casal de amantes à luz de velas uma boa cama sacolejante com sons do marulhar das ondas.

E continuou:
- Imagine você tudo o que pode conter um portfólio, assim como uma lista de maldades, de contas bancárias, de codinomes, cognomes, alcunhas, vulgo isto ou aquilo, fotos de flagras, flagras de fotos...

E como eu encolhesse os ombros enquanto comia uns tremoços entremeados de favas fritas com sal e pimenta, entre uns goles de fresca cerveja com lúpulo, disse-me para arrematar o despautério da imaginação fértil e desenfreada de gaudério aperreado com o andor da procissão onde as pétalas das rosas já estavam murchas:

- Agora imagine a nave sendo dirigida por 11 indivíduos de capa preta que até uns dias atrás estavam por cima da carne seca e agora passam por esse sufoco respiratório, perdidos numa nave no espaço e no tempo...

-Vão morrer de ataques, piripaques, pânicos e disenterias...

- Ora aí está ! - Disse-me Genofresino Gastrofaldo de Gonópodes e Vulvinos, famoso por seu espírito de porco. É esse temor, esse medo, que os fará abrir o portfólio e desvendar os negrumes fedorentos dos túneis escabrosos onde foram plantados os fungos que tomaram conta da nave...

- E depois ???

- A nave se apagará no esquecimento, o que é muito justo pra quem pensou que se governava governando-se como se não houvesse amanhã...

E lá se foi a nave, luzes piscando, sinais sonoros de alerta, uma fumacinha saindo de um buraco de meteorito mítico, e uma música de fundo flatulenta entre puns arrotos e gargalhadas. Aquela cusparada vai custar caro... muito caro...

Rui Rodrigues

sexta-feira, 4 de janeiro de 2019

A mulher sem útero

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(Momento de análise freudiana num mundo Afreudisíaco temperado com Gabriela, Cravo e Canela...)

Aquele estereotipo de mulher cordata, tipo "mulher de Atenas" ou "Amélia", prendada e do lar, é fruto de uma síndrome de Estocolmo, por puro instinto de sobrevivência, num mundo até há bem pouco tempo dominado por homens, tal qual os livros sagrados de todas as religiões do mundo preconizaram. Está em extinção. Mas o "eu" ou a "ID" freudiana da mulher nunca foi esse. Ficou escondido.


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Na verdade a mulher sempre foi um homem de saias que tem útero e pare filhos, filhas, bastardos e de pai incógnito. Esse tal de "instinto materno" é exatamente igual ao "instinto paterno", este muitas vezes prejudicado seriamente pela incerteza da paternidade.

Também se pode dizer que Deus - ou a natureza - fez a mulher e desta o homem, mas que na medida em que as tribos cresciam, se separavam e tinham que competir entre si por terras e comida, algumas mulheres se transformaram em homens fortes para caçar e defender o clã. Este ultimo parágrafo é uma completa asneira, o que não impede que seja dita, numa religião dissidente de crentes fidelíssimos como sói acontecer com outras afirmativas.

Religião é uma história infantil contada docemente para adultos. Darwin e Freud lançaram, respectivamente, as bases da intrincada ciência que permitiram os estudos da genética dos seres vivos e de sua espiritualidade...

Os tempos modernos estão provando a igualdade de gêneros, não apenas perante as leis, mas, tirando os aspectos genitais, de completa igualdade...

Rui Rodrigues

Os hábitos...

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... Ah, meus hábitos...
(uma crônica rapidinha)

Saía de casa para ir à universidade, mas dava sempre uma paradinha na banca de jornais da esquina e lia as manchetes. Acabaram com os jornais de papel. Lá se foi um hábito. Também gostava de saltar de bonde andando e subir nele (andando) quando diminuía a velocidade, mas acabaram com os bondes. Agora com 73 anos só se fosse na Europa ou EUA, mas ia me esborrachar todo. Eu tinha agenda de papel, e dava gosto anotar tudo com minha lapiseira 0,9 amarela, apagar com borracha, mas agora o lap-top ou o I-phone tem agenda, e a vantagem é que passa a ser pública e transparente. Não anoto mais nada por causa dessa vantagem. E havia uma porção de rituais com meus carros, mas já não uso por total inservibilidade. Fica mais barato e confortável usar ônibus ou chamar meu motorista particular que tem um táxi na praça e me faz descontos. E já não fumo, nem tenho vitrola. Já não paquero com medo de dar um fora. Quando uma mulher me paquera fico na dúvida se é mesmo.
Nenhuma descrição de foto disponível.

Podia ficar aqui falando de hábitos mortos, de novos hábitos, mas chega disso. Sobrou o café. Coado no coador, mas logo logo alguém vai ser contratado para ingerir grãos de café que depois serão recuperados por evacuação, moídos e vendidos. Custará uma nota!

De grãos evacuados por jacus, ave evacuadora de nome apropriadíssimo, já tem.

Rui Rodrigues

segunda-feira, 31 de dezembro de 2018

À Presidência da República


Se nenhum empregado público ou de empresa privada se pode aumentar o próprio salário, porque o STF se aumenta se nem detém a propriedade de poder analisar competentemente o orçamento da União por não ser formado por economistas, nem ter cargo político???
Que prerrogativa ditatorial é essa que lhes dá, a um grupo de 11 indicados por antas, sapos barbudos e outros bichos, esse poder totalmente fora de propósito e sem fundamento justo ou sequer técnico???
Meu amigo senhor PRESIDENTE: ISTO TEM QUE ACABAR...

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Tem que haver alguém responsável que defina quanto se pode gastar no Estado, quando, e em quê... E se disserem que assim é porque assim se decidiu, que se decida "desdecidir"...
Golpe é isso: Partidos políticos tomando de assalto as instituições nacionais... Vamos ter que "desgolpizar" o golpe do PT... Muitos "professores" devem ser jubilados de nossas universidades porque mais desensinam que ensinam, num mundo que mudou e no qual ficaram parados na década de 60.
Atualmente, para toda a nação, é tal a dissintonia entre a opinião pública e a opinião do STF em particular ou em colegiado, que mais parece uma trupe de advogados mafiosos, cada um protegendo seu "capo", de Collor, a Dilma, Lula, FHC e Temer.


Rui Rodrigues

domingo, 30 de dezembro de 2018

Dei a mão à palmatória

Na Escola do Largo do Leão, a mesma do Saramago, Lisboa, 1954. com Joaquim Antunes, Quaresma , Manuel Flora, Júlio Henriques, Diniz, Pina Manique e outros, no meu terceiro ano primário.

Um dia peguei minha tia Elisa, irmã de meu pai, conversando com a professora, Dona Ermelinda:

- E ele (referia-se a mim) porta-se bem ????
- Porta sim... Só nos intervalos que ele chega na sala de aula transpirando, todo molhado, afogueado, a respiração ofegante e o coração a bater como que de um cavalo...
- Ah! (disse a minha tia, irmã de meu pai que ora eu amava, ora odiava) A senhora "chegue-lhe"! Com umas boas palmatoadas ele entra nos eixos!!! (note-se que eu vivia num quarto e sala alugado, cozinha e banheiro comuns, e para me divertir só tinha o intervalo da escola.

A partir daí a professora passou a satisfazer seus instintos nazistas "chegando-me", dando palmatoadas cada vez mais fortes. ]Mas o que ela não sabia é que tinham despertado em mim um grande desafio: De um lado, minha tia preocupada com minha "educação", e minha professora armada com um canhão de dar palmatoadas que pareciam coices de mula. Do outro lado eu, que com 9 anos já lia o "cavaleiro Andante", "Robin dos Bosques", Tim-Tim, o "Príncipe Valente" e "Neco e seu tio Patareco"...
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Um amigo meu ainda ainda me perguntou:
-Olha lá... Tens algum conhecido que tenha um cavalo ????
- Não... Porquê ????
- Porque se tivesses arrancavas uma crina do rabo do cavalo, passavas no azeite, e seguravas na mão, que quando a Dona Ermelinda te batesse, a palmatória rachava toda aos pedacinhos.

(Isso eu só conseguiria se fosse a Fornelos nas férias, minha terra querida onde nasci, no Norte de Portugal). Fui, mas tinha que resolver o problema bem antes)

E então, passados uns dias, resolvi pôr fim ao sofrimento: Depois de chegar quase desmaiado de tanto correr no intervalo, cheirando a sovaco, todo molhado, esperei a turma entrar quase toda e fui oferecer a minha mão à palmatória da professora.

Silêncio total!
(Eu e Diniz costumávamos ser escolhidos para corrigir os trabalho da turma, e quando a professora saía de sala me escolhia normalmente, para "tomar conta".

Ela me olhou bem nos olhos e me mandou sentar.

Que me lembre, nunca mais ela bateu em ninguém na sala. Todos os antigos alunos devem dizer que ela era uma ótima professora... De mim, e disto acho que ninguém se lembra, mas todos levavam perus de natal pra senhora "fessora".


Rui Rodrigues

quinta-feira, 27 de dezembro de 2018

O cara e a felicidade, Feliz Ano Novo

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O cara e a felicidade

1- Tem uma cisterna de 20.000 litros que controla se está cheia ou vazia, no "olho". Quando chega o caminhão cisterna, não confere se o caminhão contém os 10.000 litros... Paga, e fica feliz.

2- Mataram-lhe o filho, mas ficou ali, conformado, na Graça de Deus, porque é apenas um sinal da mudança dos tempos, e acaba por ficar feliz.

3- Aumentam-lhe os impostos, mas "sabe", mesmo sem conhecer, que o governo precisa muito de dinheiro, embora não receba nada em troca, nem serviços públicos. E ainda paga dízimo. Ele é feliz, porque se sente fiel e cidadão, contribuindo para a nação.

4- Aprendeu a dizer sim pra tudo, embora só receba promessas dos outros, mas crê que isso é uma provação, mas que um dia seu "dia" vai chegar, e que prosperará, porque são poucos os escolhidos...É feliz até na esperança.

5- Não sabe se duas filhas e dois filhos são dele, nem nunca procurou saber, porque "quem procura acha" e ele não quer achar. E vive feliz assim, mesmo porque pai mesmo é o de criação.

6- Á volta do mundo há muita gente se sentindo feliz. E, se os tentamos alertar para que possam ser realmente felizes, nos veem como intrusos. Não conhecem vida melhor e temem que lhes estraguemos aquela que têm.

Há muitos modos de se ser feliz sem se ter que ser feliz a qualquer custo. A felicidade inclui brigas, discussões, questionamentos, independentemente do que se seja: grego, troiano ou espartano.

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Feliz Ano Novo.

Incrível... Vou dar mais uma volta completa ao redor do Sol, uma sensação "esquisita" que experimentei 73 vezes e agora me preparo para mais uma. Nunca pensei "durar" tanto.

E todas essas viagens ao redor do Sol montado e instalado numa imensa nave espacial, natural e viva, chamada Terra onde se paga todo dia para viver: Comida, água, habitação, roupa, estudos, médicos e remédios, segurança, porque tem gente ruim, gente necessitada... Quando comecei a dar meus primeiros passos pensei que era tudo grátis... Depois comecei a estudar preparando-me para pagar meus próprios custos de manutenção, incluindo o funeral e enterro... Sim... Tem gente que vive honestamente enterrando ou esturricando gente...

Mundo estranho...

Estranho, mas de alegrias e tristezas... Eu dei sorte. Tenho tido muitas alegrias e consegui relevar as tristezas embrulhando-as em papel de presente e reduzindo-as a dimensões tão minúsculas, que podem ser guardadas em meia dúzia de neurônios num lugar tão recôndito em minha massa cinzenta cerebral, que nem sei onde estão arquivadas. Só me servem para classificar pessoas e situações e já é de grande valia.

Depois desta 74a volta ao redor do Sol, minha nave mãe Terra continuará seu velho e conhecido caminho repetitivo, presa fácil da gravidade, arrastando-me gravitacionalmente durante 365 dias e mais 6 horas. Vai ser mais um ano "bom". Tem que ser, porque nos últimos 20 anos, uma geração inteira perdida, a qualidade de vida foi deteriorada onde vivo, por "mandões" de merda que nos roubaram até a dignidade, e que a justiça ainda quer "perdoar" como se a justiça fosse advogada de defesa do crime. Espero não ter que guardar tristezas. Meus neurônios precisam urgentemente ser utilizados para outros fins.

Feliz volta pra vocês. Nessa também estamos irremediavelmente juntos.

Rui Rodrigues




domingo, 23 de dezembro de 2018

O tempo que fascina

Há quem diga que "tempo" é apenas uma cômoda invenção da física para ajudar na resolução de problemas, e que portanto, não existe. Minha formação em engenharia me obriga, impele e convence, que sir Isaac Newton, Albert Einstein e Stephen Hawking estavam certos quanto à sua existência, e que, no caso particular de Eintein e Hawking, o tempo faz parte indissociável do Espaço. Espaço e tempo estão inquestionávelmente grudados, colados, um no outro. Não se pode estar no espaço sem estar no tempo, nem estar no tempo sem estar no espaço (1).   
E, como para onde quer que se vá, o tempo flui numa aparente direção única rumo ao "futuro", pode dizer-se que se pode falar do passado, mas que este passado não existe mais... E também há quem discorde, alegando que passado, presente e futuro coexistem. Um bom indício é que, com possantes telescópios podemos ver como era o Universo (esta parte visível que nos cerca) a partir de 900.000 anos após sua formação, há cerca de 14,5 bilhões de anos. Quando tivermos telescópios mais potentes poderemos ver "bichinhos" esquisitos mas muito parecidos conosco, em planetas onde haja vida. 
O tempo que mais me fascina é esse, ou aquele, da nossa percepção: A forma como "percebemos" o tempo. Mas não só: Há que entender para que nos serve e como nele existimos ao longo do tempo.

1) O tempo-espaço na era dos bardos

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Era impossível de perceber. As notícias da morte em combate de cristãos que foram lutar nas cruzadas para os lados do Oriente médio só chegavam meses depois quando os cavaleiros chegavam aos castelos, igrejas e abadias do ocidente. A partir daí eram os bardos que cantavam as vitórias em exaltação ou choravam as derrotas em melancólicos fados. Então alguém perguntava "quando acontecera", e se davam conta do tempo transcorrido desde lá longe, durante a batalha, e que por esse tempo os ouriços das castanhas ainda não tinham começado a cair das castanheiras, mas não se davam conta que acontecera no mesmo espaço-tempo universal, porque ali, na abadia era "o aqui", e as batalhas tinham sido "lá", no Oriente Médio. Ninguém dizia como hoje, que os bardos contavam "fake news". Só os maldosos que queriam ser os donos da palavra.

2) O tempo-espaço na era do rádio e da Televisão

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Só em 1896 um sujeito chamado Guglielmo Marconi criou o primeiro aparelho de rádio. A partir de 1921 foi feita a primeira transmissão por voz e então muita gente começou a perceber que embora num lugar fosse noite e noutro dia claro, os fatos aconteciam "no mesmo tempo", mas embora a noção de "mesmo espaço que o tempo" já existisse desde 1915, quando Einstein publicou sua lei da relatividade, o povo em geral não tinha a noção de "universo" (para nós ainda hoje a "massa visível) se movimentando num espaço-tempo comum(que também tem massa - e é "escura". Massa, e consequentemente, energia escura.

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Foi John Logie Baird que em 1926 em Londres, e dois anos após em 1928, véspera da "Grande depressão financeira da Wall Street", transmitiu imagens em movimento de Londres para N.York. Foi então que todos percebemos que o tempo é o mesmo para todo este planeta, e que o que nos enganou esses milênios todos foi nossa percepção terrena, terrestre, de dia e de noite só porque nosso planeta gira pra não sair em disparada espaço-tempo afora, e gira em volta do Sol, nossa estrela mãe assassina que nos há-de devorar daqui a uns 5 ou 7 bilhões de anos. Ou seja, o espaço-tempo é o mesmo nas imediações de nosso planeta e daqui até o Sol.


Começaram a chegar-nos então muitas notícias falsas-fake espalhadas pelas rádios e depois pelas televisões, ora por motivos políticos, ora por motivos religiosos ou venda de "produtos", partidos, ideologias, comércio... Muitas notícias "falsas-fake", tudo no mesmo espaço-tempo. 

3) O tempo-espaço na era atual da Internet, e da inteligência artificial 

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Em países que pensam em seus cidadãos dá-se ênfase a pesquisas científicas. Querem chegar ao futuro. Em países como o Brasil, os políticos não têm permitido nosso desenvolvimento. Têm roubado tudo e gastado os botins na América de Las Vegas, N.York e Miami, e na glamourosa Europa. Curiosamente dizem "ele não", que são "comunistas" ou "socialistas", que bom mesmo seriam ladrões presos serem livres para governar, porque eles entenderiam o povo e são "socialistas". Bem... Estes não têm a percepção de espaço-tempo. Têm percepção de "grana-tempo" em qualquer que seja o espaço, podendo ser o virtual. A ciência não lhes interessa, bom seria , para eles, se criancinhas pudessem transar nas TVs pra poderem ter audiência e vender suas indecências como TVs dos horrores, pra ficarem "poderosos". Titica de galinha nos miolos. Quem quiser ser o que quiser não precisa, nem nunca precisou, de propaganda.

Por isso já estamos cuidando de transferir todo o nosso "espírito", entenda-se o nosso "eu" freudiano, para computadores montados sobre estruturas que se locomovam e até voem melhor que nós, que não dependam de oxigênio para viver, sem vícios nem titicas de galinha nos miolos... Para nós, que vivemos hoje, cessada a causa cessa o efeito, e depois de mortos a percepção do espaço-tempo desaparece porque embora o corpo esteja lá estendido no chão, o tempo "parou", o espaço foi junto. Quem chega à roda e olha constrangidamente, olham para o passado. Ficasse ali tempo suficiente, nem ossos restariam pelo tempo em que o espaço-tempo da Terra e do Sol se fundirão num só. 

Rui Rodrigues

Nota (1)- Espíritos são convertíveis, se existirem, em matéria através da fórmula E=mc2. Aqui neste universo não escapam de nossas leis da Física que, a existir Deus, Ele mesmo as fez. Não há o que reclamar delas, nem religiosos nem ateus. São as que, comprovadamente temos e não dependem de religiosidade na interpretação. Só dependem de estudar.                                                                                                                                                                              

terça-feira, 18 de dezembro de 2018

Verão- Rio 50 graus




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Trânsito infernal, sol a pino, gente suando melado, cheirinhos de sovaco, monte de gente entrando pela traseira de ônibus sem pagar, ônibus velhos parecendo "carripanas" ou alambiques de antigos engenhos de cana, crianças berrando, mulheres dando esporro em maridos, e o sol a pino, esturricante, gente de pele com cor de mortadela ou presunto, gente borrada de filtro solar que melhor seria ir à praia vestida como antigamente, gente com incontinência urinária se aliviando numa freada mais violenta do "motorixta" pedindo-lhe que bote na "benguela" e uma banguela dizendo pra ir botar na mãe dele, gritos de ambulantes vendendo sandubas, pastéis, mate, sorvetes e avisando que é um arrastão, todo mundo correndo, sair de casa às seis da manhã no Centro da cidade, pra chegar na Barra da Tijuca às 4 da tarde e ver que a praia está poluída... Não tem banheiro, mija na onda ou na areia mesmo. Se bobear até existe técnica pra largar um barroso sem ninguém ver...Chovendo areia de jogos de volei e futebol empurrada por chutes e ventos, cocô de cachorro, só descansa quando retorna a casa , se livrou de ônibus incendiados e balas perdidas procurando vítimas, e tomou uma gelada que de tão gelada nem sabor tem... Dizem que tem sabor. Estupidamente gelada tem porr@ nenhuma, é tudo igual... Por isso que nossas melhores cervejas são estrangeiras: Eineken, Amstel, Budweiser...

Louco pra chegar o Inverno e o verão nem começou. São seis da matina e só vou à praia porque fica a 100 metros daqui vou a pé.

Rui Rodrigues

sábado, 15 de dezembro de 2018

Sobre a volta de Jesus

Agora pelo Natal de 2018, parece improvável...
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Muito se tem falado sobre a volta de Jesus Cristo nestes tempos conturbados em que nos parece estarmos numa terra sem lei onde todos querem ser donos sem se importarem com o "como", e sem modos, mas ninguém se preocupou - que eu tenha tido notícia- com as circunstâncias. Sim, os tempos mudaram, e agora tudo seria muito diferente.
E há que pensar sériamente sobre o assunto para não sermos apanhados de surpresa, tal como as virgens do azeite. Temos que estar preparados.

O aviso à mulher escolhida poderia ser público através da mídia ou em particular a ela ou aos pais, e a mulher poderia ser virgem ou mesmo desquitada desde que tivesse as qualidades morais e éticas... Poderia também fazer concurso público, para não parecer um estupro, na base do "vem cá que é tu"... E há o problema da nacionalidade. O primeiro Jesus era judeu, frequentava as sinagogas do Estado independente de Israel com capital em Jerusalém. Mas agora, em sua segunda vinda poderia escolher vir de uma mulher judia, de qualquer nacionalidade, ou muçulmana, cristã, de Lisboa em Portugal a Xangai na China, os médicos todos a postos pra extrair uma amostra do DNA divino e ver o que é que ele tem de extraordinário.

Podemos imaginar os jornalistas querendo ser os primeiros a dar notícia sobre as idas e vondas do mestre. Não se sabe, isso é impossível, se invadiria o Vaticano e outros templos e expulsaria os escandalosos, ou se fundaria nova religião corrigindo os erros das existentes.
Poderia até ser Presidente de alguma república ou fundar apenas uma pequena cidade onde pudesse fazer as suas curas e ressuscitações. Sim, porque para curar, melhor ter um centro onde as pessoas vão, do que andar de avião para ir curá-las. Praticamente viveria no ar sem fazer nada, de tanto viajar, parecendo mais um ministro do Supremo Tribunal Federal do Brasil, ou um encrenqueiro metido a besta chamado Lula, que até foi presidente.
Ou então, quem sabe, escolheria nascer num país como o Myanmar, onde o governo mata criancinhas rohingyas efetuando limpeza étnica para mais ou menos repeir a perseguição de Herodes ao primeiro Jesus.
Mas o que recomendaria Jesus, a quem castigaria, e quem o perseguiria? Principalmente quando chegasse junto das entidades religiosas e lhes dissesse:
- Bem amigos... Aqui estou de regrsso, por favor me deem a minha grana, a que arrecadaram em meu nome...
E isso não é tudo, porque em tempos de emponderamento da mulheres, pode ser que seja uma Jesusa Crista que nos visite, seja negra, branca, amarela ou acobreada.
Quanto ao dinheiro, João de Deus, o "comecus", só por exemplo, retirou 35 milhões de uma penada só e sumiu na escuridão fugido da polícia.
E finalmente, embora não seja tudo, seria eterno entre nós, ou faleceria como? Seria abstêmio ou chegado num vinho como era em seu tempo? Casaria? Ou seria gay para dar exemplo de minoria perseguida?
Temos que estar preparados, mas em particular, não será tão cedo... Já o trataram muito mal da primeira vez!

Rui Rodrigues

terça-feira, 11 de dezembro de 2018

Deus, o cálculo das probabilidades, e a Catedral de Campinas

Um momento de reflexão sob um ângulo diferente

O cálculo das probabilidades nos tranquiliza.




Era altamente improvável que alguém de meu conhecimento estivesse na Catedral, e que, mesmo estando lá, estivesse no mesmo instante dos disparos, e ainda menos provável que fosse uma das 9 vítimas, das quais 5 fatais... Práticamente impossível que algo tivesse acontecido a alguém de meu relacionamennto.

Mas é bom que quem vive em Campinas tenha confirmado estar bem...Isso é muito bom, mesmo para quem tem a tranquilidade do conhecimento dos cálculos de probabilidades...

Einstein disse que Deus não joga dados, ou seja, que nada é ao acaso. Então, sendo todos iguais perante Deus, cuja probabilidade de existência nem estou questionando, de 7,5 bilhões de gentes no mundo, só cerca de 100 estavam correndo risco de morte na Catedral, e destes 100, só 9 foram atingidos, e a justiça não foi divina nem da lei. O "demônio" nos tirou esse prazer e se suicidou...

Uma parte do mundo diz "graças a Deus", e de nove famílias atingidas, só 4 dizem "graças a Deus", porque as de 5 vítmas fatais não agradecem nada... Choram e calam-se!

A existênia de Deus prescinde de sua atuação diária no Universo- e no caso em sua própria "casa", a catedral de Campinas. Se Deus interferiu, foi há cerca de 14,5 bilhões de anos, e se outros universos existem, ntão já foi há tantas eternidades, que se pode considerar nunca ter havido um início de Universo, um Deus para "fazê-lo". Há leis qe regem este universo, e uma delas é a das probabilidades, mas....

... Tam fortis est Deus, qui non indigetis ut glorificetur

Rui Rodrigues


sábado, 8 de dezembro de 2018

O ranço da falsa democracia


1- As democracias




Sobre a tal da "Democracia", pra ver de qual delas falamos uns e outros...

O problema é que a democracia atrai ladrões aproveitadores, como mel atrai moscas, sendo que esses ladrões usam o "linguajar" socialista pra cativar as "multidões" e governarem pelo prazer do poder... A "Republica Democratica da Alemanha", por exemplo, era comunista e ditatorial... Comunistas e socialistas entendem a "democracia" de um modo muito diferente. A Europa e os EUA também são democratas, mas agora comparem com a da tal Alemanha e da Coreia do Norte ou com a de Cuba, que segundo o governo cubano é uma "democracia"...

Uma das duas visões não é a verdadeira democracia, evidentemente, por serem contraditórias. Eu fico com a que não tem ranço: A europeia e a americana...

O PT é um partido político preenchido por adeptos que querem baderna pra governar na confusão. Se os políticos deles fossem honestos e resolvessem aplicar a matemática financeira, largavam o partido. Há sempre bocas que comem mais que outras... Como Hipopótamos, antas e lulas.

2- A Oração e o café.




Levantei os olhos aos céus, de joelhos, mãos erguidas, e orei, mas tal como muitos, o meu Deus não estava lá e o de plantão não falava minha língua. Então fiz um ato de contrição e reparei que não tenho pecados nem em pensamentos ou obras. Nem vaidoso sou, porque para ser vaidoso teria que ser mais bonito que os outros e mais elegante, ou forte, e não sou nada disso. E desses pecados menores nem tenho porque cometê-los, talvez gula, mas faço regime, e quanto à mulher do próximo, estão sempre longe de meus 73 anos. Das mais jovens temo de chegar perto e ser mal interpretado por oportunismo, e de homem nem pensar

E começo a contar a partir do um de que não me lembro nem de uma troca de fralda ainda das de pano, mas já aos dois anos e meio, e três e quatro, e de todos. me lembro muito bem... Só não me lembro, neste instante exato, porque levantei os olhos aos céus, fiquei de joelhos, mãos erguidas, e orei, nem porque tal como muitos, o meu Deus não estava lá e o de plantão não falava minha língua.

Voltei a levantar os olhos, e já ia ajoelhar quando lembrei de todo este sofrimento humano em que tanto sofrem, dos mesmos males, os bons os maus os excelentes e os "coisas ruins", sejam ou não sacerdotes, ricos, pobres, crentes ou descrentes, qualquer coisa. Exatamente dos mesmos males...

Então, só por hoje, mas só por hoje, levantei e fui preparar um café.

Rui Rodrigues

sexta-feira, 7 de dezembro de 2018

Crônica dos tic-tacs





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O futuro vem tão rápido, a cada instante, que enquanto se dá um passo a perna de trás ficou no passado e a da frente já está no futuro. Seu corpo, sua "cabeça" é que está no presente. É como estarmos entrando numa massa transparente que infla em todas as direções, carregando o tempo.

Esse espaço-tempo, vamos chamá-lo assim tal como Albert Einstein, infla em todas as direções.

Usei relógio até minha primeira obra, na Morada do Sol, ali em Botafogo, Rio de Janeiro. Em poucos meses já não usava nem relógio nem anel nem cordão porque eram um perigo: ficar com dedo preso, pulso preso em alguma barra de aço, madeira, prego. Com o tempo deixei completamente de usar.

Um dia, no Maracanã, no final de um jogo entre Botafogo e Flamengo fui assaltado juntamente com meu filho, meu compadre, o filho dele e um amigo, por uma onda de pequenos ladrões mirins de 11 a 15 anos, onde despontavam uns mais espigados que podiam ter qualquer idade... Nesse dia usava um cordão que tirei do pescoço, rompi em pedaços e fui jogando para o ar para dispersar a onda... Deu certo.

Também foi a última vez que pisei no Maracanã, e já lá vão 33 anos. Muito espaço-tempo inflou desde então... Muito! Para se ter uma ideia, a taxa de expansão do Universo, ou "constante de Huble" é de aproximadamente 73,2 quilômetros por segundo por megaparsec. (Um megaparsec é igual a 3,26 milhões de anos-luz, ou cerca de 3×10^19 km.).

Podemos ser homens modernos sem estarmos olhando sempre para o relógio no pulso, ou consultando o relógio do bom Big e velho Ben, assim como podemos ser homens modernos sem andarmos de pescoço dobrado consultando "Ai Phodes", que são Ipods com phones de ouvido.

Pare... Sinta o inflar do espaço-tempo, e deixe tranquilamente que chegue aquele a partir do qual não haverá amanhã, tudo seu ficando no passado, nem a ponta de um dedo do pé no futuro.

Em nosso universo é assim. Não perca seu tempo.

Rui Rodrigues

quinta-feira, 6 de dezembro de 2018

Não é "populismo"


(Precisa-se entender a diferença entre pró-paganda e pós-paganda)
A imprensa internacional ainda vende o sonho de liberdade, igualdade, fraternidade, e de conceitos "populares" do que deve ser um governo. As maiorias podem ser - e são- as menos bafejadas pelo sucesso financeiro, mas não são burras. Agora têm acesso à Internet e aprendem, sabem, conhecem o que se passa pelo mundo de "boas falas" e péssimos resultados.
Antigamente houve líderes populistas. como Stalin, Mao, Perón, Lula, que falavam e o povo vinha atràs embevecido pelo "bom falar". Só esses "líderes" transmitiam o que "todo cidadão deveria pensar", como se o povo fosse acéfalo....
Agora não: Os representantes do povo são os que entendem o que a maioria dos cidadãos quer. Foi por isso que mesmo contra ele, Trump, os partidos republicano e democrata, o viram eleger-se. Não é Trump que "pensa assim" ... É uma sintonia com o que povo quer, e vai ser reeleito, depois de 4 anos com toda a matilha mediática internacional nos calcanhares... E assim foi com o Brexit, Theresa May, e terá sucesso também com Bolsonaro. Os franceses se enganaram com Macron, e Macron não entendeu nada e pensou que se elegera por ser "populista" e que podia fazer o que quisesse..Macron vai perder a governabilidade e pode sofrer impeachment..
Nos dias de hoje, não se pode mais ser populista, enganar-se com os votos, ainda mais quando eram comprados... Quem se engana, cai do cavalo. A mídia que reclama ainda não entendeu a diferença entre pró-paganda e pós-paganda, voto comprado e voto livre...
(Claro que Trump só cumprimentou Obama e Michele, e não Jimmy Carter nem Bill Clinton e Hillary. Eu faria o mesmo. Hillary é do tempo do populismo)

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Rui Rodrigues