ESSES LÍDERES DE ARAQUE
Quando morreu César, lá na
Roma antiga, foi um choro só. Os inimigos de Roma adoraram, a tensão
internacional amainou, outros países se foram formando, as raças se misturaram,
o mundo progrediu. César passou à história contada em folhas mortas e a
humanidade continuou viva a sua trajetória. César era um conquistador de
terras, um submissor de tribos, comunidades e povos, um tirano que se
beneficiou de cargo público para ficar mais forte e mais rico. Depois de morto
César, Roma aos poucos foi dando origem a um país que hoje se chama Itália.
Caminha mais ou menos, e os valores de César, como o circo romano, envenenar
inimigos, perseguir cristãos, etc, foram esquecidos. Todos passam mais ou menos
bem na Itália sem o tal de César, que tem monumentos por todos os lados.
Alexandre o macedônio que
todos pensam ser grego, e a que chamaram de “O grande”, que gostava de curtir
uns mancebos, mandou matar o pai com a ajuda da mãe. Era um grande filho da
mãe. Saiu mundo afora conquistando os antigos conquistadores, como Ciro, o
persa, e chegou até a índia. Não ocupou o trono do pai porque, evidentemente,
não deve ter deixado muitos amigos na Grécia e já sabia que sua vida poderia
ser bem curta por lá. Preferiu sair pelo mundo conquistando, conquistando,
conquistando até se cansar. Conquistou e novo ainda, um garoto, morreu não se
sabe bem de quê depois de tomar um banho no rio Indo. Como era e ainda é
costume na Índia jogar cadáveres nos rios, que são sagrados, o Alexandre deve ter
apanhado uma infecção intestinal braba e ficou por lá mesmo, irremediavelmente
morto. O reino dele dividiu-se, acabou em algumas décadas. Ainda hoje se lê
sobre ele nas páginas mortas dos livros de história, mas o costume de conquistar já acabou,
o reino dele esfumou-se. A Macedônia hoje tem outro nome e é um país separado da
Grécia. A Grécia até que vinha muito bem com seu turismo nas ilhas, seu
azeite e bons vinhos, mas está muito mal por causa da crise econômica de 2008
que ainda ribomba ao redor do mundo. Mas todos os gregos sabem que se ele ainda
estivesse vivo, e no poder, a desgraça ainda ia ser maior. Enfim, que jaza em paz.
Finalmente. Há estátuas dele espalhadas por toda a parte.
Apareceu um tal de Napoleão
Bonaparte, que diziam ser um gênio para ganhar batalhas. Assumiu na França
justamente logo após uma revolução popular que derrubou e incendiou a Bastilha,
um prédio público misto de prisão e paiol de pólvora. Fala-se muito em
Liberdade Igualdade e Fraternidade, que era o slogan, o moto dessa famosíssima
revolução francesa. O moto acabou, não se fala mais nele. Napoleão saiu então a campo e começou a declarar guerra a
toda a Europa, ocupou a Espanha e a Itália, queria conquistar a Inglaterra.
Perdeu a grande e decisiva batalha, foi preso e levado para uma ilha de onde
fugiu. Formou novo exército e pela segunda vez foi derrotado. Dizem que morreu
envenenado, talvez pelos papéis de parede pintados com tinta á base de
chumbo... A ilha de Santa Helena, situada longe da Europa, entre o Sul de
África e o sul da América do Sul foi um presente português dado á Inglaterra
pelo casamento de uma princesa, e ao que parece, ganhou fama por servir de
prisão para um francês maluco que queria ser dono do mundo... A França passou
muito bem sem ele, e continua passando muito bem sem ele. Se Napoleão existisse
ainda a França estaria ainda pior sob o aspecto financeiro.
Carl Marx inventou o
comunismo, e logo apareceram líderes falando sobre suas idéias, lá na Rússia, onde
parece que elas se faziam mais necessárias e pareciam ser a solução para
todos os problemas russos. Esses líderes mataram-se entre si, foram execrados,
e surgiu um tal de Stalin que se tornou líder absoluto e vitalício da Rússia,
mantendo o comunismo como religião política nacional, e responsável pela morte
de aproximadamente 20.000.000 de russos que pensavam diferente. Morreu! Depois
da morte dele o povo deixou de ser comunista, assim do dia para a noite, e a
Rússia está muito bem sem ele. Há quem pense que se nunca tivesse existido esse
tal de Stalin, a Rússia já seria a primeira potencia mundial há muito tempo. Desse até já derrubaram estátuas e os livros de história nem falam muito bem dele.
Mao Tse Tung, era chinês.
Era, porque também já morreu. Fez uma grande marcha pela China, escreveu um
livro de capa vermelha que era recitado como se fosse um livro de religião, lido por uns garotos metidos a besta que obrigavam o povo a escutar as citações até nos banheiros enquanto escovavam os dentes. A
China tornou-se comunista e assim se foi arrastando até á morte dele. Depois
enterraram-lhe parte das idéias, e o governo chinês agora é altamente
capitalista, embora o povo continue comunista de araque. A desculpa é que o
povo deve trabalhar para o desenvolvimento da nação, mas até dirigentes já
foram apanhados levando propina de maracutaias com agentes do ocidente. A China
cresceu muito sem Mao. Cresceu em altura pelos arranha céus, em tecnologia, em
industria, em tudo. Presos continuam sendo sumariamente abatidos com tiro na
nuca se assim for a sentença, e é grande o tráfico de drogas e de órgãos
humanos para transplante. As cidades estão cheias de poluição e favelas, há
trabalho infantil. O mundo fecha os olhos, a China vai em frente, e está em
vias de se tornar a grande potência “em tudo” do século XXI. Aqueles livros de
antigamente alertando para a “invasão amarela” talvez não estejam tão errados.
Temos que esperar um pouco para ver como se comporta a China.
Ao redor do mundo existiram
e existem outros “liderecos” de porta de botequim, que decoram meia dúzia de
citações de filósofos de antigamente, isto é, de quando os Bancos ainda não
mandavam em governos, e que vieram, falaram, citaram, fizeram e já se foram sem
deixar nem saudades, tais como Idi Amin Dada, Francisco Franco, Salazar, Hitler,
Pinochet, Sadam Hussein, Gadaffi, Fidel Castro (este está indo e só não morreu
ainda porque é muito teimoso e Cuba jamais senirá a sua falta).
Lula falou, falou e já saiu
do governo, aliando-se a um falsário, corrupto, chamado Maluf. O Brasil vai muito
bem sem ele, e logo se verá que Dilma não fará a mínima falta. O Brasil ficará
muito melhor depois que esses dois se aposentarem da vaidade e da secura por grana
É a tal coisa... Os líderes
ladram e a humanidade passa. Líderes são essas coisas que chegam na humanidade,
armam a maior confusão, e depois que morrem o mundo continua o seu caminho que
eles interromperam, tal como os cães ladravam para as caravanas que sempre passavam.
A humanidade só reconhece
líderes enquanto é enganada. Depois que sabe das verdades, esquece-os nas
prateleiras poeirentas do tempo e de vez em quando os vê no cinema. No seu
tempo só serviram para atrapalhar o progresso da humanidade. Mas nem Hollywood
já se presta para lhes render homenagem. Esses filmes já não dão bilheteira,
nem os partidos políticos acenam com filosofias para ganhar votos. Compram
votos descaradamente até com dinheiros públicos gastos das mais diversas
formas.
Rui Rodrigues
Para ver como se vive sem lideres de araque, consultar - http://conscienciademocrata.no.comunidades.net/
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