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segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Esses líderes de araque




ESSES LÍDERES DE ARAQUE

Quando morreu César, lá na Roma antiga, foi um choro só. Os inimigos de Roma adoraram, a tensão internacional amainou, outros países se foram formando, as raças se misturaram, o mundo progrediu. César passou à história contada em folhas mortas e a humanidade continuou viva a sua trajetória. César era um conquistador de terras, um submissor de tribos, comunidades e povos, um tirano que se beneficiou de cargo público para ficar mais forte e mais rico. Depois de morto César, Roma aos poucos foi dando origem a um país que hoje se chama Itália. Caminha mais ou menos, e os valores de César, como o circo romano, envenenar inimigos, perseguir cristãos, etc, foram esquecidos. Todos passam mais ou menos bem na Itália sem o tal de César, que tem monumentos por todos os lados. 

Alexandre o macedônio que todos pensam ser grego, e a que chamaram de “O grande”, que gostava de curtir uns mancebos, mandou matar o pai com a ajuda da mãe. Era um grande filho da mãe. Saiu mundo afora conquistando os antigos conquistadores, como Ciro, o persa, e chegou até a índia. Não ocupou o trono do pai porque, evidentemente, não deve ter deixado muitos amigos na Grécia e já sabia que sua vida poderia ser bem curta por lá. Preferiu sair pelo mundo conquistando, conquistando, conquistando até se cansar. Conquistou e novo ainda, um garoto, morreu não se sabe bem de quê depois de tomar um banho no rio Indo. Como era e ainda é costume na Índia jogar cadáveres nos rios, que são sagrados, o Alexandre deve ter apanhado uma infecção intestinal braba e ficou por lá mesmo, irremediavelmente morto. O reino dele dividiu-se, acabou em algumas décadas. Ainda hoje se lê sobre ele nas páginas mortas dos livros de história, mas o costume de conquistar já acabou, o reino dele esfumou-se. A Macedônia hoje tem outro nome e é um país separado da Grécia. A Grécia até que vinha muito bem com seu turismo nas ilhas, seu azeite e bons vinhos, mas está muito mal por causa da crise econômica de 2008 que ainda ribomba ao redor do mundo. Mas todos os gregos sabem que se ele ainda estivesse vivo, e no poder, a desgraça ainda ia ser maior. Enfim, que jaza em paz. Finalmente. Há estátuas dele espalhadas por toda a parte.


Apareceu um tal de Napoleão Bonaparte, que diziam ser um gênio para ganhar batalhas. Assumiu na França justamente logo após uma revolução popular que derrubou e incendiou a Bastilha, um prédio público misto de prisão e paiol de pólvora. Fala-se muito em Liberdade Igualdade e Fraternidade, que era o slogan, o moto dessa famosíssima revolução francesa. O moto acabou, não se fala mais nele. Napoleão saiu então a campo e começou a declarar guerra a toda a Europa, ocupou a Espanha e a Itália, queria conquistar a Inglaterra. Perdeu a grande e decisiva batalha, foi preso e levado para uma ilha de onde fugiu. Formou novo exército e pela segunda vez foi derrotado. Dizem que morreu envenenado, talvez pelos papéis de parede pintados com tinta á base de chumbo... A ilha de Santa Helena, situada longe da Europa, entre o Sul de África e o sul da América do Sul foi um presente português dado á Inglaterra pelo casamento de uma princesa, e ao que parece, ganhou fama por servir de prisão para um francês maluco que queria ser dono do mundo... A França passou muito bem sem ele, e continua passando muito bem sem ele. Se Napoleão existisse ainda a França estaria ainda pior sob o aspecto financeiro.

Carl Marx inventou o comunismo, e logo apareceram líderes falando sobre suas idéias, lá na Rússia, onde parece que elas se faziam mais necessárias e pareciam ser a solução para todos os problemas russos. Esses líderes mataram-se entre si, foram execrados, e surgiu um tal de Stalin que se tornou líder absoluto e vitalício da Rússia, mantendo o comunismo como religião política nacional, e responsável pela morte de aproximadamente 20.000.000 de russos que pensavam diferente. Morreu! Depois da morte dele o povo deixou de ser comunista, assim do dia para a noite, e a Rússia está muito bem sem ele. Há quem pense que se nunca tivesse existido esse tal de Stalin, a Rússia já seria a primeira potencia mundial há muito tempo. Desse até já derrubaram estátuas e os livros de história nem falam muito bem dele.

Mao Tse Tung, era chinês. Era, porque também já morreu. Fez uma grande marcha pela China, escreveu um livro de capa vermelha que era recitado como se fosse um livro de religião, lido por uns garotos metidos a besta que obrigavam o povo a escutar as citações até nos banheiros enquanto escovavam os dentes. A China tornou-se comunista e assim se foi arrastando até á morte dele. Depois enterraram-lhe parte das idéias, e o governo chinês agora é altamente capitalista, embora o povo continue comunista de araque. A desculpa é que o povo deve trabalhar para o desenvolvimento da nação, mas até dirigentes já foram apanhados levando propina de maracutaias com agentes do ocidente. A China cresceu muito sem Mao. Cresceu em altura pelos arranha céus, em tecnologia, em industria, em tudo. Presos continuam sendo sumariamente abatidos com tiro na nuca se assim for a sentença, e é grande o tráfico de drogas e de órgãos humanos para transplante. As cidades estão cheias de poluição e favelas, há trabalho infantil. O mundo fecha os olhos, a China vai em frente, e está em vias de se tornar a grande potência “em tudo” do século XXI. Aqueles livros de antigamente alertando para a “invasão amarela” talvez não estejam tão errados. Temos que esperar um pouco para ver como se comporta a China.

Ao redor do mundo existiram e existem outros “liderecos” de porta de botequim, que decoram meia dúzia de citações de filósofos de antigamente, isto é, de quando os Bancos ainda não mandavam em governos, e que vieram, falaram, citaram, fizeram e já se foram sem deixar nem saudades, tais como Idi Amin Dada, Francisco Franco, Salazar, Hitler, Pinochet, Sadam Hussein, Gadaffi, Fidel Castro (este está indo e só não morreu ainda porque é muito teimoso e Cuba jamais senirá a sua falta).

Lula falou, falou e já saiu do governo, aliando-se a um falsário, corrupto, chamado Maluf. O Brasil vai muito bem sem ele, e logo se verá que Dilma não fará a mínima falta. O Brasil ficará muito melhor depois que esses dois se aposentarem da vaidade e da secura por grana

É a tal coisa... Os líderes ladram e a humanidade passa. Líderes são essas coisas que chegam na humanidade, armam a maior confusão, e depois que morrem o mundo continua o seu caminho que eles interromperam, tal como os cães ladravam para as caravanas que sempre passavam.

A humanidade só reconhece líderes enquanto é enganada. Depois que sabe das verdades, esquece-os nas prateleiras poeirentas do tempo e de vez em quando os vê no cinema. No seu tempo só serviram para atrapalhar o progresso da humanidade. Mas nem Hollywood já se presta para lhes render homenagem. Esses filmes já não dão bilheteira, nem os partidos políticos acenam com filosofias para ganhar votos. Compram votos descaradamente até com dinheiros públicos gastos das mais diversas formas.  


Rui Rodrigues

Para ver como se vive sem lideres de araque, consultar - http://conscienciademocrata.no.comunidades.net/

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