EXTREMOS
Marlene Caminhoto Nassa
A tristeza se liquidifica
Na lágrima que verte
Da sensação que fica
No vórtice da emoção
Que arrebatadoramente
Levou de roldão a razão
É de extremos nossa mente
Ódio e paixão nos habitam
Livremente
No lugar da vida
Pode restar a ferida
Ou a morte
Nessa difícil lida
Por sorte
Teremos paixão
Ou será só solidão
Viver em extremo
No fio da navalha
Beber o veneno
Esperando a mortalha
Ou por algo que valha
Como um gozo feliz
Estraçalha qualquer motriz
A bala pronta na agulha
É tudo aquilo que se diz
Pode ser a fagulha
Com gosto amargo de fel
Ou delicioso mel
Pode ser um estopim
Que queime e mate raiz
Ou que nos leve ao céu
Ou que nos faça para sempre
Infeliz!
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