Brasil fora de Ordem e de Progresso?
Escutam-se as mais variadas
teorias pelas ruas, esquinas, estações de metrô, táxis, padarias, nas praias,
estádios de futebol, nas redes sociais, na mídia, no senado, e nas câmaras. O
povo está confuso e por isso parado, quieto, aguardando a “Grande Ignomínia”
que indigne tanto que tenha que “fazer alguma coisa”, ir para as ruas. Na
Argentina os movimentos populares contra Cristina “Bela” Kirshner já começaram.
Ela impôs a sua mente de “esquerda” à vontade do povo e este respondeu em 08 de
novembro de 2012 nas ruas que não é isso que quer. Cristina não se reelege e
talvez nem chegue ao fim do mandato[1].
Ela nem é de esquerda. É outra coisa!
Eis algumas “questões” que
impregnam as ruas, esquinas, estações de metrô e até pela Argentina e
arredores, como a China que fica “logo ali”, quanto mais Cuba, Venezuela e Irã.
Aliás, depois que Lula demonstrou fazer parte da quadrilha do mensalão a
tendência teatral esquerdista do governo parece ter ido para o brejo... Lula
não é Brasil, Dilma também não, Chávez não é Venezuela, Cristina não é a
Argentina, Fidel não é Cuba, e Ahmadinejad
não é o Irã. Eles tentam “forçar” comportamentos da população, formar opiniões,
mas não conseguem mudar o que já faz parte da idiossincrasia. Cuba foi forçada pela
força das armas, o Irã por força da religião e do medo das armas e das leis que
matam. A Venezuela, a Argentina e o Brasil pela força do populismo. Quando
estes povos se virem livres destas pseudodemocracias, irão para as ruas
comemorar.
Não causará nenhuma
admiração quando em curto prazo os povos destas nações forem para as ruas
reclamar o que lhes é tirado dos direitos, dos salários, da moral e da ética. Já
vi disso em 1964, quando as liberalidades de governos que não representavam a
idiossincrasia brasileira perderam o governo. A grande verdade é que não
representavam! E não representam.
Violência em S. Paulo[2]
Desde que bandidos – só
podem ser bandidos – começaram a “acertar” policiais, mais de noventa já
tombaram no Estado de S. Paulo. Quem quis ouvir, ouviu e viu na TV: o governo
oferecendo ajuda e o Estado dizendo que aceitaria verbas, mas que lugar para os
criminosos já tinha. O governo informou que repassaria verbas desde que
houvesse um programa para a sua aplicação. O governo do Estado não se entende
com o governo da nação. Ficam muitas dúvidas no ar, como por exemplo, se os
governos desejam mesmo é a bagunça para atingir outros fins, se o trafico já
invadiu a política e elege políticos, para onde vão as verbas que não se vê nada
melhorar e cada vez se arrecada mais. A polícia está com medo, a população está
com medo. Seria bom que os políticos também começassem a ficar com medo, para
vermos se a segurança poderia melhorar. O que impressiona mais é vermos que a
população sofre por causa de dissidências que nada têm a haver com o povo, mas,
pelo contrário, por brigas de poder entre aqueles que elegemos para nos
representarem, o que inclui os interesses dos Partidos que também não são os
nossos. Uma democracia participativa resolveria tudo isto. Se o mensalão
tivesse sido julgado antes das eleições, como deveria ter sido - arrastou-se
por anos –Lula não teria ido a S. Paulo para “ajudar” nas eleições e Haddad não
se elegeria mesmo contra um fraquíssimo Serra. Com o tempo, se tivermos tempo,
veremos quem está por detrás da frouxidão da polícia de S. Paulo, ou por trás
da violência de bandidos que agem como se S. Paulo, Rio de Janeiro, e todas as
capitais do país, fossem a sua pátria, onde aplicam a sua lei. E se verá quais
os motivos que permitiram este tipo de degradação. Isso nos remete a uma
pergunta muito importante, ou melhor, a cinco perguntas:
1- O que fazem os políticos que elegemos no governo dos
Estados e da Nação?
2- Porque continuamos cooperando com essa lassidão,
pagando impostos astronômicos?
3- O que fazem realmente com o dinheiro de nossos
impostos?
4- Porque não nos perguntam o que fazer com as verbas
públicas, e não pedem que os ajudemos a controlar a “res pública” já que
parecem não estar preparados?
5- Será que temos que exigir que quem se candidate a
postos de governo devam ter instrução superior, para terem noção do que devem
fazer?
Enquanto não tivermos
respostas para estas perguntas, não haverá solução, e se resolvem um (1) problema
por algum tempo, outros (muitos) surgem todos os dias.
Os fantásticos programas de governo
Com tantos senadores,
deputados, vereadores, órgãos de governo como o TCU e os TCES, além da Polícia
federal, e tantos órgãos, é impressionante como as denúncias de corrupção
partem principalmente da mídia ou da Polícia Federal. Senado e Câmaras parecem
uma caixa de pandora, lacrada, que só se abre quando a mídia, ou a Polícia
Federal gritam. Se em vez de uma caixa de pandora fosse uma caverna, poderíamos
imaginar o chefe como um Ali Baba. O Mensalão e a CPI do Cachoeira são os maiores exemplos. As penas pecuniárias impostas estão muito longe das verbas desviadas. Como podemos admitir que Lula não sabia? Dilma foi indicada por Lula. Isto nos dá o que pensar, por que ela fez parte da esquerda armada da qual também Zé Direu e Genoíno também fizeram, a mais violenta do PT, revolucionária até contra o Partido, afundando-o na lama da corrupção...
Os programas do PAC, da copa do mundo, dos jogos olímpicos, e outros ainda darão muito do que falar. E as denúncias virão da mídia, como sempre, porque parece que todos os partidos estão demasiado calados. Parece que todos têm algo e muito em comum, mais do que se espera deles. Todos santos que só trabalham de terça a quinta. Semana inglesa já conhecíamos. Agora conhecemos também a semana brasileira, mas não é para todos numa democracia. Só para quem pode, escrito com “p” ou com “ph”.
Os programas do PAC, da copa do mundo, dos jogos olímpicos, e outros ainda darão muito do que falar. E as denúncias virão da mídia, como sempre, porque parece que todos os partidos estão demasiado calados. Parece que todos têm algo e muito em comum, mais do que se espera deles. Todos santos que só trabalham de terça a quinta. Semana inglesa já conhecíamos. Agora conhecemos também a semana brasileira, mas não é para todos numa democracia. Só para quem pode, escrito com “p” ou com “ph”.
Saúde
Quando olhamos o site dos
programas do governo[3],
ficamos maravilhados. Parece que temos o melhor sistema de saúde do mundo,
mantido com verbas astronômicas. Porém, quando enfrentamos filas em hospitais e
morremos, ou não há médicos disponíveis, ou faltam remédios, ou os equipamentos
estão guardados sem uso por diversos motivos, ou ainda ganhamos uma senha para
sermos consultados no dia de “São Nunca à tarde”, começamos a pensar seriamente
em Marcos Valério e asseclas, e como a mídia nos engana, fazendo-nos eleger
candidatos errados, ou sugerindo que tudo vai bem na saúde pública. Não vai bem
não[4]. As
notícias da mídia cidadão – não a que promove candidatos tirados das cartolas
dos partidos – estão espalhadas por toda a NET. O sistema de saúde mais parece
uma fraude destinada a “distribuir” verbas públicas que se perdem entre bolsos,
malas, meias, cuecas, calcinhas, sutiãs, carteiras e contas em paraísos
fiscais.
Economia
Ao olharmos o portal do
governo[5]
sobre economia, parece que temos todo o mérito de sermos uma das maiores
economias do planeta. Dilma chegou a dizer que pode vir qualquer crise que
estamos preparados “cem, duzentos, trezentos por cento”. Não se fala que
chegamos a esse ponto por mão de obra barata que reduz os preços da matéria
prima e promoveu a vinda de capital estrangeiro e fábricas que praticamente não
pagam impostos. Isso aliado a uma crise que começou em 2007, e se declarou em
2008, nos guindaram a essa posição, mas de todos os países emergentes somos o
que menos cresce. Isso é um mau sinal, porque estamos perdendo a competitividade.
Ao analisarmos o relatório do FMI [6]
temos que admitir o que já se comentava dentro das fronteiras: Perdemos o rumo
em 2011 e espera-se um crescimento em torno dos 4% ao ano, porque se espera que
ambos, o mercado interno e externo melhorem também. Porém, a crise da Europa
não está resolvida. Movimentos de rua na Grécia, Portugal, Espanha e
recentemente na Inglaterra, nos permitem estabelecer cenários de risco para a
saída da zona do Euro[7] de
um ou mais países o que seria um desastre total. A corrida aos bancos já
começou. Mesmo que esses países não saiam da zona do euro, a exigência de
sacrifício pelos bancos e governos mancomunados, aos cidadãos, já nos fazem
prever que ou a dívida se renegocia com perdão de parte do investimento, ou a
crise se prolongará podendo gerar instabilidade política. Isso afetaria
enormemente o Brasil. Seria temeridade crer que nossa nação estará livre, ou
será pouco afetada, pela crise européia e norte-americana.
Outros serviços do Estado
Quem não sabe que os transportes
públicos estão defasados, com poucos veículos, que os trens da Central do
Brasil são velhos e estão sempre em manutenção, que o metrô está superlotado,
que pagamos preços caros de transporte rodoviário para transporte de
mercadorias em vez de utilizarmos linhas férreas?
Quem não sabe que temos
deficiência em energia elétrica, que as companhias já nos cobraram custos acima
do estabelecido – que não querem devolver [8]- e
que a manutenção das linhas é deficiente, com registro de vários apagões
seguidos enquanto os relógios continuam funcionando e cobrando? Faltou até
energia em Brasília depois que Dilma declarou que a energia ia ficar mais
barata 16%. Não há como deixar de relacionar uma coisa com a outra.
E os esgotos a céu aberto
por falta de investimentos, com ruas sem asfalto, e sem água potável, já faz
parte da paisagem... E os juros bancários e os impostos continuam nas nuvens. O
capital estrangeiro agradece quando remete divisas como droga para o exterior.
Rui Rodrigues
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