Deus, religião e ciência – A ultima verdade.
Para se entender o que segue é necessária isenção, e, a haver, como deverá haver, um julgamento sobre o texto, deve ser feito ao seu final. De outra forma, nem adianta continuar lendo, a não ser que se abdique do julgamento e se leia por simples curiosidade. Mas creio que podemos chegar a um consenso sobre a existência de Deus, se será único, o que faz Deus todos os dias, seu tamanho, consistência. Tudo à luz do simples entendimento pelo senso comum.
Convenhamos que para ter fé não é necessário freqüentar uma universidade, conhecer matemática, física, línguas, química, geometria, biologia, paleontologia. Podemos sentir-nos os donos do universo sem termos freqüentado universidades por anos. E de fato somos os donos do Universo. Viemos para colonizá-lo. No entanto, para quem não freqüentou as universidades, não pode entender as ciências. Ou se entende, entende de forma limitada, restrita.
Para ter ciência, saber das ciências do Universo, não precisamos ter fé. Basta estudarmos. Estudar anos a fio todas as ciências. Temos feito isto por séculos, buscando Deus, querendo saber como Ele é e o que deseja de nós, e no fundo, usamos a ciência para explicar Deus, suas características e desejos.
Então, vamos tentar desfazer essa enorme confusão que gira em torno deste assunto: Deus, o Universo, as religiões e a ciência, acabar com as divergências, com as lutas entre religiões, entre os homens e mulheres: Paz na Terra e no Universo aos de boa vontade.
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São milhares de religiões apregoando sua forma de entender Deus. Todas dizem que seu, ou seus deuses são únicos e os melhores. Todas elas têm “fiéis”. Fiéis vão a templos. Dão as suas oferendas, fazem parte de uma sociedade. Mas se cada deus ou a forma de entendê-lo são únicas, qual delas mostra o Deus tal como ele realmente é? Se deuses estivessem à venda em estatuetas em amplo mercado, cada um escolheria o seu de acordo com seus anseios. Anseios de justiça, de uma verdade que não mude com o tempo. Ora, Deus, para ser único e construtor de universos, não pode ser igual a nenhum dos que nos apresentam as religiões. Admitamos que Deus existe. Mas não como nos tentam mostrar que seja. A existir tem que ser muito melhor e maior do que nos mostram. Vejamos porque razão...
Depois de mais de 40.000 anos estudando teologia e as ciências, chegamos a uma conclusão na ciência: O universo é produto de um fenômeno a que chamamos de big-bang, originado por uma partícula ínfima que se pode identificar como um buraco negro. Isso é mais do que certo pela simples razão que pode explicar todas as forças conhecidas, as partículas, a energia, a matéria, as Galáxias, as estrelas, os planetas, todos os corpos celestes, a vida na Terra. Não há o que discutir. Se buscamos uma verdade, já a encontramos. Como no interior de buracos negros não existe tempo, não há nada a explicar do que havia antes, porque sem o tempo, não havia nada, e nem a hipótese se levanta. E neste caso, onde estaria Deus? Dentro, ou fora da partícula que proporcionou o Big-bang?
Dentro do buraco negro primordial – ou branco, aquele em que nada entra, nem a luz, e tudo sai, e onde também o tempo começa a existir – Deus poderia existir, mas então, teria que existir também antes, para fazer a sua Obra, construir seus universos. O universo, uma obra sua. Então Deus existiria antes e imprimiu ao Universo as suas leis. Stephen Hawking afirmou que, como o tempo não existe dentro de buracos negros – e nem duvidamos – Deus não precisaria necessária mente existir antes, porque sem o tempo, nada poderia existir. Porém, no falso vácuo onde se originou o big-bang, outros universos ainda devem estar nascendo desde um tempo infinito para "trás". Neste universo o tempo se iniciou no Big-Bang e em outros universos em seus respectivos Big-Bangs. Se pensarmos num único Big-Bang que deu origem a outros, nada muda.
Mas esta produção deve estar sendo levada a cabo desde o “inicio de todos os tempos...” desde o primeiro universo a ter sido formado, há um tempo infinito atrás. Talvez Stephen Hawking se tenha esquecido que o tempo começou a ser contado, para o nosso universo, para nós, mas não para Deus, e a existirem 11 dimensões neste Universo, pelo menos, sendo algumas delas muito grandes e outras extremamente pequenas, não sabemos se alguma delas é “comum” aos demais universos, como se fosse um “elemento de ligação”, assim como "buracos de verme" ou "túneis de minhoca". Sabemos ainda muito pouco sobre tudo o que nos envolve.
A conclusão final de Stephen Hawking é que não teria sido necessária a intervenção divina para construir este universo. Ao que parece não considera a teoria das probabilidades, e dentro dela, qual a probabilidade de acontecer um universo como o nosso com toda a infinidade de leis que o regem, afinadas, intemporais, em perfeita harmonia umas com as outras, porque herdadas e constantes desde o inicio dos tempos. Suas leis, tal como nas da natureza viva que observamos, permitem a evolução, seres vivos com aparente “deficiência”, cor de pele variada, formas diferenciadas de pensar, e até universos com aparente “defeito”, que colapsam ou se expandem indefinidamente. No entanto, as aparentes deficiências podem ser apenas aparentes por fazerem parte de sua grande obra e para ela sempre contribuírem.
Quem quiser acreditar em Deus, como eu, que acredite. Temos a liberdade total para escolhermos, mas uma coisa é certa: Não pode ser como nos dizem que é, em qualquer uma dos milhares de religiões que existem, porque diferem entre si... E não acredito que uma só delas seja a certa, a correta, que explique Deus de forma insofismável, sem contestação, e nos dê a conhecer, dizendo: Olha... Aí está Deus!
Deus, ao que me parece, constrói universos e é exterior a eles, podendo estar também no seu interior. Presumindo que não haja nada fora do espaço que contém os universos, então Deus não estará lá: Deve provavelmente estar em cada partícula, em cada quanta de energia, dentro de cada um de nós. Se dividirmos o Universo em matéria, energia e espírito, poderíamos dizer com grande aproximação que matéria se transforma em energia e vice-versa, e que o espírito de Deus, inseparável, paira sobre tudo. Deus se confunde muito mais com sua obra, o universo e a vida que contém do que qualquer outra estátua, ou ser vivo endeusado. De qualquer forma, Deus não pode ser aquele Demiurgo que puxa os cordéis do tempo e dos temporais, das árvores e dos animais, controlando-os dia a dia, interferindo, porque quem faz isso são, em absoluto, são as suas próprias leis. Deus não é um trabalhador do Universo. Deus o fez! Deus é.
E é no espírito que residem as leis. Por isso, como Deus está em toda parte na forma de seu espírito, e também dentro de cada um, é que é possível o aparecimento de pessoas como Albert Einstein, Stephen Hawking, e muitos outros e outras, capazes de desvendar, conhecer as leis que regem este Universo...
Cada um de nós entende, ou não entendemos, ou nos recusamos a entender, porque queremos ou não, porque podemos ou não. Vivemos num mundo dominado pela fé cega seja ela religiosa ou não. Milhões de bandidos atuam nas cidades do mundo, acreditando que não serão apanhados pela polícia. A razão ainda é um bom caminho para evitarmos conflitos e difuldades, e acabar com a ignorância neste mundo
Rui Rodrigues
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