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domingo, 21 de outubro de 2012

Panorama mundial - 2012.




Panorama mundial - 2012.

Sem preâmbulos, por desnecessários, resume-se que o crescimento da economia depende da confiança, e que a confiança atual é negativa. A confiança é uma força tremenda, que movimenta ou pára a economia e a tendência não é melhorar: É piorar, e isso acarreta crises políticas. O apagar do comunismo no mundo e a tendência neoliberal do capitalismo, auxiliado pela facilidade das comunicações através da NET provocaram a “primavera árabe” em busca da liberdade de expressão, saindo do jugo de velhos ditadores que se perpetuaram no governo. A humanidade busca alternativas á ditadura financeira imposta pelos Bancos para voltar a progredir

Síria –Turquia - Líbano
Mais de 31.000 mortos em guerra civil. As forças armadas de Bashar Al-Assad matam mulheres e crianças. Irã, Rússia e China apóiam o ditador sírio. Após provocações à bomba, Turquia responde com ataques armados ao regime sírio. Atacado o Líbano por forças sírias - que já foi recentemente ocupado pela Síria - fecha as fronteiras. Sem hipótese qualquer conflito mundial. Quando muito poderá haver instabilidade política nos países limítrofes com a Síria e/ou invasão desta por um ou mais países da região. Fraca componente devido à crise econômica mundial, forte componente de movimentos relacionados com o desejo de democracia na região.

Israel
País sempre atento às fronteiras e países limítrofes por ter consciência do perigo que corre. É uma questão de sobrevivência. Nos últimos tempos desenvolveu ainda mais o seu setor de inteligência e sabe reconhecer quais os perigos sem tomar iniciativa de ações bélicas injustificadas ou precipitadas. Atua no sentido de minimizar esses perigos ou anulá-los.

Irã
O presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad mantém e reitera declarações negando o holocausto como provocação ao mundo judeu. Há fortes suspeitas de que esteja acumulando material radioativo para construir bombas atômicas. Já declarou que Israel deveria ser varrida do mapa. É um perigo potencial para a paz da humanidade. O Irã corre o risco de, num futuro muito próximo, sofrer ação de comandos e ver suas instalações nucleares destruídas, ou confrontar-se com uma revolução interna influenciada pela “primavera árabe”. Não se afasta a hipótese de intervenção internacional. A dialética de provocação iraniana faz parte de uma demonstração interna de poder que realmente não tem. Isso é possível em países dominados por ditaduras que tentam vedar aos cidadãos o mundo fora de suas fronteiras. No mundo de hoje países assim, como o Irã, costumam ruir e cair na guerra civil, na medida em que o mundo exterior se desvela através das redes sociais.

União Européia
Portugal, Grécia, Espanha, Itália, sofreram o maior impacto da crise econômica de 2008 quer pelos altos índices de corrupção, quer por incapacidade de seus governantes. O povo continua saindo para as ruas porque as condições de vida se tornaram insuportáveis e pioram a cada dia. Em 20 de outubro o povo saiu novamente para as ruas de Londres, tal como recentemente na França, reclamando do arrocho financeiro dos governos. Não se pode imprensar o povo até onde se quer ou é “necessário” em função de contratos aceitos pelos governos com a CE ou a Banca Internacional. A história é pródiga em revoluções pelo sufoco e comoção causados por governos que não têm senso do que significa governar. Na Espanha cresce a vontade política de separação da Catalunha, do País Basco e da Galiza. Não há previsão para o final da crise que provavelmente não terminará antes de 2020 face à gravidade e ao rombo nos orçamentos públicos. A diminuição da qualidade e efetividade dos serviços públicos, em decorrência, aumentará os índices de violência a nível de governo e na vida dos cidadãos. Retomada da emigração como na década de 1920.

Ou os bancos negociam e até "esquecem" as dívidas, marcando um novo ponto zero - porque já ganharam muito - ou a Comunidade Economica Europeia se desmantela e a crise internacional atinge níveis de calamadidade incontrolável em todo o mundo. 

Rússia
A exemplo de outros governantes pelo mundo, Putin, o presidente russo atual conseguiu a fórmula para se perpetuar no poder. Opositores falam em fraude nas eleições. A forma truculenta como a Rússia tratou a Chechênia e a Geórgia demonstram que a Rússia quer demonstrar uma força tal que não necessita negociar. Apóia a Síria de Bashar Al-Assad e o Irã. Não faz parte da União Européia nem da Otan o que a coloca num lugar de isolamento que somente é rompido pelo comércio internacional. É um país forte com direito a veto na ONU. Será sempre uma incógnita para o ocidente. Não demonstra intenções de invadir o mercado internacional com manufaturados como a exemplo do Japão, Taiwan, China. Sua economia em crescimento, não competitiva – faz parte dos BRICS - impede o seu desenvolvimento maior, fato compreensível pelo passado político contrário ao capitalismo. Por suas dimensões continentais, disponibilidade de recursos e inventiva da população, poderia vir a tornar-se primeira economia mundial. Não o alcançará ainda neste século.

China
Tal como a Rússia, um país continental, com recursos próprios, porém com duas fortíssimas vertentes diferenciadas: Um senso de competição econômica muito forte – faz parte dos BRICS - assim como forte ainda é a vertente comunista nas relações entre estado e cidadãos. Apóia também o Irã e a Síria. Tem direito a veto na ONU. Com baixos salários destrói as fábricas do mundo ocidental pela forte concorrência nos mercados. O que não destruiu no passado com o comunismo, destrói agora, usando as mesmas armas do ocidente: a competição. Com perfil idiossincrático marcado pela resignação, o povo chinês, mesmo sendo a primeira economia mundial, não alcançará o nível social da Europa nem dos EUA neste século e provavelmente nunca o alcançará. A paciência chinesa não tem pressa para este tipo de desenvolvimento que lhe poderá diminuir sensivelmente sua necessidade de competir no comércio internacional. A “nação” em primeiro, o que quer que seja que os governantes chineses entendam como nação.
Não se pode prever quanto tempo ainda a China suportará a existência da dissidente Taiwan, podendo acontecer os dois extremos: a união dos dois países de comum acordo, ou a manutenção da dissidência pacificamente, sendo improvável o uso da força. No caso da disputa de soberania sobre as ilhas Senkaku/Diaoyu , com o Japão, apesar das demonstrações de força, será pacífica.  


EUA
A crise econômica mundial de 2008 começou exatamente em três bancos, nos EUA por problemas ligados a crédito por deficiência de administração destes Bancos. Por interligação de créditos com Bancos europeus, a crise se espalhou para a Europa. Em vez de deixarem ir estes bancos à falência – teríamos uma crise – resolveram, os governos de ambos os continentes, abrir mão de fundos públicos para socorrer os bancos. A crise que até então não existia, passou a existir. O que se pretendia evitar aconteceu, e os governos ficaram sem os fundos públicos gerando desemprego, queda na qualidade dos serviços fundamentais como saúde, educação, segurança, transportes públicos. Ficará sempre a dúvida: Se os Bancos tivessem “inventado” uma falsa crise, o resultado teria sido este?
Em época de eleições, eleger Obama ou Romney não mudará nada nem nos EUA nem no mundo, exceto que se for Romney, os EUA ficarão mais propensos a ações bélicas fora de suas fronteiras.


Brasil
Lula fundou o partido dos trabalhadores – o PT – baseado em seu carisma como líder sindical. Por desconhecimento da “arte” de governar, associou-se a antigos guerrilheiros que lutaram conta a ditadura, por crer que o sindicalismo tinha mais a haver com a esquerda do que com a direita. Essa esquerda – que não tem experiência na ciência da economia – caminhou rapidamente no sentido de uma aproximação com Fidel Castro, Hugo Chávez, Cristina Kirshner, tentando fundar uma esquerda comunista unificada que se perpetue no poder, auferindo os benefícios de enriquecimento próprio, tirando proveito de sua posição. Membros do PT desviaram dinheiros públicos para traficar influência num senado corrupto liderado ou influenciado por José Sarney. Os fundos da nação, recolhidos em impostos aos trilhões é usado para comprar votos do povo através de benefícios como bolsa-família e não para o desenvolvimento do país, sem preocupação a futuro no caso da crise econômica em que poderá – o que é muito provável – não ter dinheiro suficiente para pagar esses benefícios. Nesse dia o PT acaba e o povo se revolta. Até lá os militantes no poder ficarão cada vez mais ricos e aparentemente influentes. Isto é possível num país com alto índice de analfabetismo, número maior ainda de analfabetos funcionais que pensam ser possível ter títulos por decreto. Um dos juízes da CPI do mensalão nem juiz é: foi indicado por um dos juizes que por sua vez foi indicado por Lula para o Supremo Tribunal Federal. O governo no Brasil transforma-se num grande arremedo não confiável por falta de representatividade cidadã, embora represente o partido: O PT. Faz parte dos BRICS, mas é o que menos cresce econômica e culturalmente.

Argentina
A auto-estima do povo argentino é consideravelmente alto em relação aos demais povos da América latina, talvez devido a uma inércia do passado em que o mundo considerava este belo país como a “Europa da América do Sul”. Sucessivos governos populistas, uma ditadura forte e implacável, a guerra das Falkland, a tendência esquerdista de Cristina Kirshner e a crise de 2008 empurraram a Argentina ladeira abaixo na economia. A falta de aplicação de recursos no desenvolvimento fará com que permaneça mais tempo em crise do que deveria. A presidente alimenta a incompatibilidade política com a Inglaterra como fator para desviar a atenção dos problemas internos.

Índia
Dois fatores sempre atuarão contra o desenvolvimento social na Índia: O sistema de castas e a superpopulação, por mais que este país se desenvolva, cresça economicamente. Com altos índices de corrupção, é impensável um desenvolvimento social que se compare ao europeu ou americano. Disputas religiosas e por poder contribuem para o cenário. País tradicionalmente pacífico em termos de política internacional.

África do Sul
Certamente os conflitos religiosos e étnicos continuarão a fazer vítimas, suportados por ditaduras em toda a África. A África do Sul continua sendo o país mais desenvolvido do continente e é um dos BRICS. Com uma industria bem desenvolvida, diamantes e ouro, a crise mundial pode ser auspiciosa para este país, gerando mais desenvolvimento. Conseguindo vencer o Apartheid, este país consolidou a sua democracia que he permite a paz necessária para o seu contínuo desenvolvimento.

A democracia participativa pode ser a resposta para todos os problemas ligados à credibilidade nos governos representativos e ditatoriais, associados à crise econômica mundial, às diferenças étnicas e religiosas, ao vácuo deixado pelo comunismo que proporcionou a ambição sem controle dos que assumem governos. Sobre democracia Participativa, ver em   http://conscienciademocrata.no.comunidades.net/

Rui Rodrigues










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