O livro vermelho do Crack – Tiragem bilionária.
São dois assuntos: O livro e
o Crack. Comecemos pelo livro.
Um bom livro tem uma capa
bonita, atraente, endossos de gente famosa ou figuras públicas que o
recomendam, conteúdo que tanto pode ser polêmico quanto francamente
construtivo, ficção, romance, qualquer tema que tenha bom público e o texto
esteja dentro da lei, admitindo-se que não haja censura num regime democrático.
Assim os livros se vendem. Alguns têm tiragens de milhões de exemplares, os
famosos “best-sellers”. Fato interessante, o livro vermelho de Mao (Mao Tse
Tung, o líder chinês que fez uma grande marcha e foi o líder máximo do
comunismo na China) teve uma das maiores tiragens mundiais. Um tema
interessante ainda que polêmico apoiado por figuras públicas internacionais que
o recomendavam, mas não foi vendido. Foi imposto por uma ditadura que obrigava à
sua leitura por pequenos comitês que invadiam salas de aula, empresas, templos,
casas e liam trechos de sua Eminência o líder máximo do comunismo chinês, Mao
Tse Tung.
Imaginemos que esse livro
fosse editado hoje, pela primeira vez para venda na China... Venderia muito
pouco porque o livro não diz nada com nada, é uma ficção e por isso mesmo a
China já não é comunista. Seria um fracasso editorial, ainda mais quando, aqui
pela América do Sul, as FARC – Forças revolucionárias da Colômbia, que se
supunha estar do lado dos “campesinos”, pobres e miseráveis, se uniram ao
tráfico de drogas, dando como justificativa que precisavam de dinheiro. De
dinheiro todo mundo precisa, muito mais nos países já mortos ou moribundos de
comunismo, exatamente onde, por lógica, falta dinheiro. O comunismo, tal como
no livro vermelho de Mao, foi muito bonito enquanto os países comunistas se
ajudavam “socialmente” uns aos outros. Quando o dinheiro acabou, o “comunismo”
sumiu. Mas o capitalismo nem é muito melhor, e o capitalismo “selvagem” é até
pior. O socialismo está em cima do muro balançando sem saber para que lado
cairá, mas há fortes indícios de que está caindo para o lado do capitalismo. Parece
até que os cidadãos são o que menos interessa, desde que estejam dispostos a
votar em cômodas eleições [1]e
eleger novos governantes a cada quatro ou cinco anos. Basta passar uma vista de
olhos na história e nos últimos governos socialistas da Itália, de Portugal, da
Grécia, na Europa em crise disseminada pelo continente afora, para vermos que
os “socialistas” acumulam capital com pobres pelas ruas. Alguns julgados,
condenados, livres vivendo em Londres e outras cidades com o dinheiro desviado
das verbas públicas...
E a necessidade de “fazer
dinheiro”, aliada à “necessidade” de deter o poder, nos remete à guerra do Ópio
entre a Inglaterra e a China, cada uma destas nações lutando para definir quem
distribuiria o ópio entre a população chinesa e mundial. Com o final da guerra
do ópio surgiu a Republica de Taiwan com Chiang Kai-shek no
poder. Sim, o Reino Unido já desejou no passado controlar a venda do ópio sem
se incomodar se o ópio destruía vidas, famílias, sociedades.
Visto que o mais importante
lhes parece ser faturar, quer a comunistas, socialistas ou capitalistas, vamos
agora nos deter no crack para vermos se vale a pena escrever um livro sobre
esse assunto, e obrigá-lo à leitura em templos, salas de aula, lares, empresas privadas
e públicas.
O crack é uma droga feita à
base de pasta de cocaína com adição de bicarbonato de sódio. Normalmente é
fumado. Em cerca de dez segundos chega ao sistema nervoso central e ao cérebro
onde produz enorme onda de euforia que dura de 3 a 10 minutos. É tiro e queda.
A vontade é tomar mais uma dose para sentir aquela euforia toda. Não dá para
sair mais. Entrou no crack, não pára mais. Há tratamento, sim, mas é necessário
- dizem todas as fontes de pesquisa médica - que o dependente químico esteja
disposto a sair do crack. Não se sai dele sem ajuda e vontade de largar. Não há
a mínima hipótese. No Brasil há cerca de seis milhões e seiscentos mil
dependentes químicos de diversas drogas entre elas o crack[2]. Os
traficantes têm lucros fabulosos porque os dependentes químicos fazem qualquer
coisa para pagarem as suas doses: Uma boa parte rouba e mata. Não pagam
impostos. Ao tráfico não interessa como o dinheiro chega até as suas mãos. O
que interessa é que cheguem com dinheiro para comprar. É comum mulheres
bonitas, com instrução, se transformarem em escravas sexuais dos traficantes
como forma de pagar o consumo. Depois as largam na sarjeta. É nesta fase de
completo desespero e abandono que homens e mulheres sentem a necessidade de
largar as drogas, mas o seu centro de prazer, o cérebro, comina em contrário e
os obriga a voltar ao consumo. O custo de uma diária para tratamento em clinica
particular chega aos R$ 100,00. Uma internação mensal custa hoje, em maio de
2013, cerca de R$ 1.500,00.
Façamos as contas...
Seis milhões e seiscentos
mil dependentes, se obrigados à força ao tratamento em clinicas particulares,
ao custo de R$ 1.500,00 produziriam nesse mercado um capital mensal de R$
9.900.000.000,00 Ou seja, dez bilhões mensais, e em um ano, R$ 118.800.000.000
(cento e vinte bilhões de reais). É um mercado considerável, se o associarmos
ao tráfico de drogas que “emprega” tanta gente. Um “senhor” hiper-mercado...
E perene, como um negócio
para “toda a vida”, visto que são raríssimos os que, mesmo com vontade de
deixar as drogas, fiquem “limpos” por mais de dois anos após o tratamento, e
muitos menos ainda ao final de três, quatro, cinco anos. Em outras palavras, os
dependentes químicos entram nas unidades de tratamento, ficam por lá uns
tempos, saem e voltam, saem e voltam, saem e voltam... É um comércio perene.
Podemos fazer vários exercícios financeiros sobre a movimentação do mercado do
tráfico no Brasil e verificar que movimenta bilhões por dia, não por mês. Mas
há vários problemas. O primeiro deles é que os dependentes químicos deixam de
produzir dinheiro porque acabam incapacitados para o trabalho. Segundo, que uma
sociedade tem um limite para suportar cidadãos inertes que não produzem nada
(os aposentados que trabalharam a vida inteira são os primeiros a sofrer). Terceiro,
que com tanto dinheiro envolvido e que é necessário “lavar” podemos apostar que
se os traficantes resolveram investir na política decerto já fizeram eleger
algum deles, ou muitos, ou feito eleger “simpatizantes” da causa (esses eleitos
fariam uma revolução nas leis, soltando quem deveria estar preso, repondo em
cargos públicos quem foi condenado). E as leis estão sendo revertidas de forma
drástica. Quem não toma drogas está perplexo, quem as toma se sente mais livre
para tomá-las. Quem mata e fere pelas drogas sente-se no paraíso por saber que
está impune, e mesmo sendo preso terá excelentes “salários-presídio”. O planeta
transformou-se num cubo, a geografia do Brasil em duas dimensões: No
comprimento a escala das drogas, na altura, o valor do faturamento.
Então a novidade: O Estado
Brasileiro aprova lei de internação compulsória de dependentes químicos e a
união pagará a conta, isto é, nós, os trabalhadores, pagaremos a conta. Como o
consumo de drogas está aumentando, logo se falará de trilhões que o Estado
pagará às empresas que tratam de dependentes químicos. E aparecerá o quarto
problema que está na base da lei: Não há intenção de acabar com as drogas nem
com o tráfico de drogas porque dão dinheiro e movimentam trilhões de reais, de
dólares, libras, coroas, pesos... Teremos presidentes, senadores, deputados,
egressos do tráfico de drogas e as empresas de tratamento, ricas da noite para
o dia, contribuirão para as campanhas políticas que elegerão novos presidentes,
quem sabe, vindos do tráfico. Afinal, o que quer uma clinica de tratamento de
dependentes químicos senão que o consumo de drogas aumente?
E aí está, senhoras e
senhores, a história do livro vermelho de Mao que, depois que o comunismo
acabou em todo o mundo, renasce agora no Brasil com o governo do PT como uma
elegia ao “consumidor” através de “bolsas-tipo”,que induzem o cidadão a esperar
uma ajuda do Estado, um modo de vida... Poderia ter como título “O livro
vermelho do Crack”.
Muitos e muitas não entendem
que o PT e a base aliada são realmente capitalistas altamente selvagens. Dizem
que são socialistas com tendências revolucionárias ao comunismo e vão
transformar o Brasil num país igual a Cuba, à Venezuela de Chavez Maduro que
são a expressão do paraíso... Pura ilusão! E os 6.000 médicos cubanos
certamente não irão trabalhar em clínicas para recuperação de dependentes. Talvez
Cuba esteja atravessando um mau momento econômico por ter formado
exclusivamente médicos... Seis mil disponíveis na ilha, dá o que pensar... Mas sempre mais vale prevenir do que remediar. Por isso, mantenham seus filhos longe do crack, longe do PT...
Rui Rodrigues.
Para consulta sobre custo de
internações:
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