Cadeira, sofá e
cama, são as três modalidades mais emblemáticas do conforto. Usam-se para
descansar e para esperar que nos dê vontade de fazer alguma coisa. A cadeira,
porém, é mais significativa e já faz parte do imaginário popular. Ricos,
remediados, pobres, miseráveis, todos são povo.
Há quem se sente e
filosofe sobre democracia e outras coisas tão confusas nos dias de hoje,
tomando refri, ou outra coisa qualquer, algumas amenidades, sem falar um único palavrão porque não dá status...
Indignação parece ser coisa de pobre...
Enquanto isso, os
ladrões continuam a roubar, e toda essa espécie de coisas que vemos acontecer
debaixo de nossos bigodes, narizes, barbas e saias, porque nem disso as
mulheres escapam.
Pode usar a cadeira
á vontade! E sinta-se confortável... Enquanto você não se levantar para fazer
alguma coisa, eles estão lá, com a maior sem-cerimônia porque a nação pertence
a eles. Não há oposições. Estão todos sentados em cadeiras, e nem nasceram em berços-esplêndidos.
Quem senta não
cansa...
E quem sabe até,
alguns desses da cadeirinha, apareçam depois dizendo que jamais falaram um
palavrão e que merecem ser eleitos.
Muros também elegem,
não só cadeiras, quando a indignação é muito grande. Não dizem que é o bom
cabrito o que não berra? Porém, quem sempre resolve são os leões que rugem.
Estes, ao contrário dos cachorros que latem, mordem.
Do alto desta nação,
todos vos contemplam.
® Rui Rodrigues
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