Serviços públicos – uma história factível
Uma comunidade que vive e
sobrevive num loteamento, a meio caminho de Búzios e Cabo Frio, enfrenta sérios
problemas de legalização e, em conseqüência,
o acesso aos serviços públicos constitucionais mais prementes e
essenciais à vida. Vejamos como poderia ter acontecido segundo uma visão da
realidade política que atravessamos. Uma realidade que é tema de jornais, uma
realidade bem real...
A comunidade comprou lotes
de uma certa “fazenda” que abriu caminhos a que chamou de estradas e vias, sem
substituir os terrenos que, por alagadiços, eram e são impróprios para
construção de estradas. Deixou essa tarefa para a Prefeitura com quem fez
contrato para a “legalização” do loteamento. O loteamento hoje é considerado “ilegal”.
Para ter energia elétrica a
comunidade lutou muito junto à antecessora da AMPLA que alegou, conforme
documento existente, que não se tratava de um loteamento legal, mas de uma área
de ‘reserva” ambiental. O erro foi da Prefeitura que não comunicou às
administradoras terceirizadas de serviços públicos que o loteamento era
‘legal”. Como prova de que o loteamento é legal, a Prefeitura aprovou projetos
de construção e recebe de bom grado os impostos correspondentes. Até cobra
taxas extras de “mais valias”.
Então a comunidade, com 380
lotes de terrenos variando entre 600 e 1.000 metros quadrados cada necessitou
de água potável, mas a Prolagos não atendeu os inúmeros pedidos. Ela precisa de
documento da Prefeitura constatando que o loteamento é legal. Por isso as solicitações para o fornecimento
de água continuam pendentes na Prolagos até hoje, e já se vão alguns anos de
espera. Eu espero há 10 anos. É muito tempo para que os serviços públicos
atendam a constituição nacional. Mesmo assim, e com a maior cara de pau, alguns
prefeitos tentam a reeleição.
Então mandamos ofícios para
a câmara de vereadores, daqueles que aumentam os próprios salários, para
obtermos um CEP de forma a recebermos correspondência. Podemos adivinhar que
numa consulta feita aos correios, terceirizados, tenha acontecido algo parecido
com o seguinte:
- Mas, senhores vereadores,
como poderemos entregar correio para meia dúzia de habitantes? Teremos um
grande prejuízo. Isso não dá lucro. Veja que até no Tangará, na rua principal
onde existe um supermercado, entregamos correspondência do lado do supermercado
e do outro não, porque não podemos ter prejuízos.
E somente nesta última gestão da Associação de Moradores se conseguiu o CEP porque os vereadores representam os correios e não as populações.
Pensamos em mover ação
contra os donos do loteamento, aqueles que o legalizaram junto à Prefeitura,
mas estes se escusam dizendo que o loteamento é assunto da Prefeitura. A
prefeitura tenta empurrar a idéia de que se trata de um condomínio que até
aparece no Google com tal nome para se esquivar de despesa...
Existe um documento assinado em que esses “donos” do loteamento se obrigam a algumas obras de infra-estrutura e a Prefeitura a outras, mas ambos dizem desconhecer esse documento, assinado e com firmas reconhecidas. Por isso continuamos sem redes de água de esgoto, sem redes de águas pluviais, sem rede de água potável, as ruas não são todas iluminadas embora se paguem taxas de iluminação públicas e não temos nada a que por constituição se obrigam os órgãos públicos.
É voz corrente que é por falta de “população” que vote... Mas isso deve ser coisa das más línguas...As línguas terríveis dizem que é tudo fruto da corrupção que assola o país, tal como nos mensalões e nas cachoeiradas e tucanadas e petralhadas. Parece não haver partido que se salve.
Existe um documento assinado em que esses “donos” do loteamento se obrigam a algumas obras de infra-estrutura e a Prefeitura a outras, mas ambos dizem desconhecer esse documento, assinado e com firmas reconhecidas. Por isso continuamos sem redes de água de esgoto, sem redes de águas pluviais, sem rede de água potável, as ruas não são todas iluminadas embora se paguem taxas de iluminação públicas e não temos nada a que por constituição se obrigam os órgãos públicos.
É voz corrente que é por falta de “população” que vote... Mas isso deve ser coisa das más línguas...As línguas terríveis dizem que é tudo fruto da corrupção que assola o país, tal como nos mensalões e nas cachoeiradas e tucanadas e petralhadas. Parece não haver partido que se salve.
Para piorar a questão,
qualquer ação deverá ser julgada por juiz do Estado que como se sabe, através
da Prefeitura está inadimplente com a população do loteamento. Tanto é assim
que um juiz tinha dado liminar para que a Prolagos fornecesse a preço de metro
cúbico legal a água entregue em caminhões, e que provável ação de
bastidores pelos corredores da justiça, agora o novo juiz nega essa
prerrogativa para as casas que se constroem no loteamento.
Parece que vivemos num
Estado corrupto. Ou então deveremos procurar explicações para o fato de a
Prefeitura não ter informado todos os órgãos terceirizados que o loteamento é
legal...
Para termos segurança,
precisamos construir uma central de segurança em local a ser determinado pela Prefeitura
ou quem sabe, pela Polícia Rodoviária Federal porque não há recursos para
garantir a segurança. Estamos de pleno acordo, mas acreditamos que os custos
devam ser deduzidos dos impostos que pagamos já que estamos fazendo o trabalho
da (Im)Prefeitura e do Estado.
O que se passa?
Teremos que pedir uma CPI para o caso do Loteamento Caravelas do Peró, cuja uma
das proprietárias foi Lili Marinho, esposa de Roberto Marinho das associações
Globo?
Rui Rodrigues
Caro Rui pensei em comprar um terreno neste local, mas leio tanta coisa ruim...é uma pena, u, lindo local...continuarei minha busca em outros locais...
ResponderExcluirph_peralva@ibest.com.br