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quarta-feira, 24 de junho de 2015

Eu tenho uma netinha.



Depois que ganhei uma filha por obra conjunta minha e de minha companheira - quando a Suzana ainda era viva e infelizmente não tive o prazer de conhecer o marido dela, o senhor “neném” - acabou aquela coisa de “tem que ser menino”. Ganhei um menino também, da mesma empresa empreendedora, com sucesso. A partir de alguns anos depois que passaram rápido, minha filha me empresta a sua filha, minha neta, o que é outro daqueles prazeres monumentais que só a vida permite. Isto é muito bom!...Uma delícia.

Minha neta é educada, sem Pátria Educadora que a eduque. Não é necessária. Pátria Educadora não educa. Quem educa são as famílias. Educação se transmite de pais para filhos. Pátria instrutora até poderia, mas apenas instruirá se não se dedicar a criadores de milícias que criam militantes, que cultuam figuras e imagens, recebem lavagens cerebrais de história modificada e deturpada. Minha neta, não. Se mudar será por sua conta e risco quando for “de maior”. Escolherá então tudo na vida, porque nada se lhe impõe, a não ser educação e humanismo.  


E como ela é sensacional, está sempre feliz sem ser à toa. Tem motivos para ser feliz, o que expressa em seus dotes para a pintura e o desenho. Só tem seis anos que desde maio começou a contá-los, porque em abril só tinha cinco. Estamos em Junho. Para todos os efeitos, tem mais cinco que seis de idade, mas deve ter uns oito na forma de pensar, se é que não tem mais. Está ficando “veia”.



Eis alguns dos desenhos que me deixou e que fez domingo passado enquanto nos curtíamos. Pode ver-se a família dentro e fora de casa, o avô gordo que nem é louro, mas usou a caneta que estava mais perto e que ficaria mais agradável à pintura, ela é lourinha, a mãe também era, mas agora está com cabelos marrons que nem são tão grandes. Arte é arte e há que desconstruir a arte para que fique mais artística. É uma “picassada” da Maya, minha netinha, grande sacada. Faz-me sentir na obrigação de respeitá-la por sua personalidade, desenvoltura no falar, já lê tudo o que lhe aparece pela frente, escreve ainda devagar, e é uma grande pessoinha. Mais que tudo, admiro-a!


Dos desenhos, julguem vocês. Até pelas proporções. Casas são muito grandes mesmo...E aprendeu a confessar os seus errinhos... Quando diz que não fez, não fez mesmo!


® Rui Rodrigues, o avô babão! 

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