É muito simples,
rápido, eficiente, e nem é tão caro...
Faça uma viagem de
avião, o mais longa possível e procure reservar seu lugar numa janela.
Poderá constatar
que o mundo está cheio de florestas, que os rios estão cheios de água, que há
nuvens no céu, que só há uma meia duzia de pessoas trabalhando sendo a maioria
mulheres, que o resto do pessoal está todo descansando, que todos são amigos e
têm apenas a mesma preocupação - unica aliás- que é do avião cair, que nem nos
passa pela cabeça que haja algum terrorista a
bordo, e que não se escuta nem carros de bombeiros, nem de polícia nem de
ambulâncias, fazendo deste mundo um lugar de paz sem balas perdidas nem
facadas. Nem há doenças. Não é raro que quando a pessoa do lado é muito
interessante, se amem num dos muitos banheiros a bordo que é para preservar os
momentos íntimos. De volta a seu assento, aperte os cintos sem ser por economia
popular, e veja que esta terra é azul de mar e verde de terra, exceto sobre
alguns desertos que nem estão aumentando de tamanho e verá que o lugar mais
estranho deste planeta é sobre os reservatórios de água que abastecem São
Paulo, onde num mundo de enchentes, de tempestades, de aguaceiros, nunca
consegue enchê-los, se é que alguma vez se encheram. Pelo menos nunca houve
enchentes por lá nem transbordamento de reservatórios. E não há mosquitos nem
baratas. Eles voam mas não é de avião.
Em viagens curtas,
lembre-se que no preço das passagens não está incluído o farnel, o lanche, as
guloseimas, o repasto, o nham-nham... Leve seu farnel de casa e sua garrafinha
de água que até pode ser benta. Mande logo benzer um garrafão desses de 20
litros.
Ao passar sobre
Brasília nem olhe para baixo. Costuma dar vertigens, perder o bom humor e
proporcionar o irritante retorno do estresse. Aproveite e vá ao banheiro.
Aperte o botão e escute o som do descarrego: VOarrrrrrrr...
Faz relaxar, dá
alívio por algum tempo...
® Rui Rodrigues
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Grato por seus comentários.