Economias
medievais aumentam os impostos, taxas de juros e cortam nos gastos públicos no
que é mais caro e fundamental: Nos serviços. Isto estrangula a economia e gera
inflação por falta de confiança nesses governos. A sensação é a de que é
preciso se prevenir para tempos futuros, cobrar mais por segurança, segurar o
capital de giro, que por inerte não gera mais empregos, diminui a arrecadação
de impostos. Aqui termina qualquer esperança comunista. É impossível mudar o
ser humano e pela força não vai mesmo. Por força se pode entender uma tal de
“Pátria Educadora”, que, a exemplo dos livros vermelhos de Mao Tse Tung tentou
em vão moldar uma sociedade comunista na China. O homem não pe comunista por
natureza. Odeia isso, perder a sua individualidade, ter que se nivelar por
baixo. Prefere arriscar, a apostar em sua capacidade na vida, mesmo que isso
lhe custe a vida. É a lei da natureza, que evolui e permite que cada um evolua
como pode e consegue.
Já há
fortes sinais de comportamento da economia mundial para o final do século. Vejamos
apenas alguns:
1.
Quem já foi á Suíça e a Paris sabe. Não há cobradores de
bilhetes nos transportes públicos. Há muitos anos. Essa mão de obra foi
drasticamente reduzida a uma meia dúzia de fiscais eventuais. A população paga
sua passagem e retira o seu ticket antes de entrar a bordo, em qualquer ponto
do percurso. O dinheiro economizado com a mão de obra beneficiou o sistema com
larga vantagem. Mas como postos de trabalho foram cortados, a população não
aumentou. Nada de ter filhos para ficarem desempregados. Isso é educação. Assim
como para ir para o céu são poucos os que passam pelo buraco da agulha, também
para viver neste planeta não há lugar para um numero infinito que independa de
nossa falta de educação em ter filhos porque não nos prevenimos com camisinha
ou anticoncepcionais. As recomendações de chefes de igrejas não são humanistas.
São idiotas, nada científicas, carecem de “pensar”. Visam uma clientela que em
vez de crescer fia cada vez menor. Os que pensam já não vão a esses templos.
2.
Criadores de gado encontravam mão de obra barata, e
também plantadores, cultivadores. Então vieram a máquinas e os postos de
trabalho desapareceram quase por completo. É tudo mecanizado. A mão de obra
agora é mais qualificada reservada a um universo muito limitado de serviço
pesado de manutenção de equipamentos, coleta de materiais no campo, manutenção
de instalações. Mesmo assim, é muito mais barato, maior a produção, menor o
desperdício.Já se usam helicópteros para tocar gado na Austrália.
3.
As fábricas chegavam a ter milhares de empregados,
fazendo de tudo. Desde a limpeza até serviços de acurada e científica
tecnologia, como soldagem, montagem, instalações elétricas e eletrônicas. Então
chegaram os robôs que fazem de tudo a muito menos que micro-milímetros de
precisão, com uma perfeição assombrosa. Quase nem precisam de manutenção, não
comem, não reclamam, não pedem aumento de salários. Pedem para serem
substituídos por robôs mais eficientes. A mão de obra foi reduzida a técnicos
que cuidam dos robôs. Um dia serão robôs cuidando de robôs. A jornada de
trabalho será drasticamente reduzida. Sobrará mais tempo para a diversão, o compartilhar
a vida com a família, mas as populações deverão ser drasticamente reduzidas.
Não cabemos todos dentro das fronteiras, nem fora delas, onde devem existir as
matas, as florestas, os rios, a natureza.
4.
Já ouvimos muito falar de “carne de canhão”. Generais
mandavam na guerra, tal como Napoleão que ganhou até ser vencido por duas vezes
de forma catastrófica. Hitler foi outro. Seus soldados eram “porcos”
substituíveis, por mais que sua dialética fosse contrária. “Amavam” seus
soldados, mas mandavam-nos como lhes aprouvesse, para frente da batalha,
enfrentando canhões e minas terrestres, bombas e bombardas, de peito aberto,
muitas vezes de improviso sem planejamento. Quando as economias nacionais
estavam em severa crise, inventava-se uma guerra, e os “esforços” de guerra
eram suficientes para pagar aos soldados, às custas da fome generalizada do resto
da população, cupons de racionamento. Hoje as populações reclamam seus mortos.
Guerra já não é solução, mas o problema é que ainda há tanta ignorância
grassando pelo mundo que alguns dirigentes de nações preferem correr riscos
futuros que entregar o poder que tanto lhes dá de vaidades, prestigio e
fortuna. São ditadores que usam a democracia como conivente. Hoje se usam
“drones” e muitos mais se usarão no futuro. Foguetes antifoguetes, drones antiaviões,
drones de ataque, de defesa, submarinos não tripulados, porta-aviões cheios de
drones controlados por satélites, satélites anti-satélites... Jogos de
computador mortais. Chegará o dia de soldados-andróides contra
andróides-soldado, ou andróides contra andróides. A família assistirá
confortavelmente em casa como se fosse um jogo de computador, e se seu país
perder, pode perder muitas coisas, mas não a vida nem o conforto. O mundo
seguirá. Haverá coisas mais importantes do que matar carne humana.
5.
Governar é um ato que se diz democrático. Para isso
conhecemos os políticos tais como são, porém começamos já a conhecer outros
tipos de políticos. Esses vivem nos países nórdicos onde o que interessa é a
população e seu bem estar. Vivem em pequenos e exíguos “sala e quarto” pagos
pelo estado, têm salário igual aos demais cidadãos, não têm regalias, são
exatamente iguais perante a lei e se destinam a trabalhar para o povo, que nem
é para o “estado”, porque o Estado, é o Povo. Cumprem ordens do povo segundo
assembléias regionais e estaduais que por sua vez se reúnem com o povo. Ninguém
tem lugar “quente” nem pe indicado, nem tampouco têm direito a aposentadorias
diferentes das dos demais cidadãos. É uma democracia participativa. As
representativas se transformam em nossos dias em “sindicatos” de exploradores
do alheio que usam a democracia como suporte para as suas vontades. Presidentes
de república de democracias representativas, são normalmente coniventes com o
poder, são “figuras” a respeitar pela constituição, mesmo que sejam verdadeiros
bandidos e ignorantes, chefes de Máfias unidas de partidos políticos.
6. Em suma, este planeta onde vivemos será “zoneado” a exemplo da “Carta de Atenas” que zoneou cidades, e as fronteiras políticas sofrerão acomodações. Na carta de Atenas definem-se regras para cidades, separando zonas industriais de zonas comerciais, residenciais, estabelecem-se parâmetros para largura de vias, testada de edifícios. Face à carta de Atenas, Nova York é um desastre arquitetônico. Nova York mudará de estilo, muitas ruas desaparecerão para deixar entrar o sol. Europa e Norte América, bem como alguns países da América do Sul não crescem tanto como antigamente. Hoje o crescimento mundial está limitado à África e à Ásia por total falta de controle de natalidade. Esse crescimento exige mais comércio, mais industrias, mais culturas, porque é preciso dar trabalho a cada vez mais gente, para que possam comprar seus alimentos, vestir-se, morar, estudar, pagar despesas com a saúde. A cada ano que passa os Estados cuidam menos dos indivíduos. Não deveria ser assim, porque pode ser diferente, sem ideologias de “Pátria Educadora”. A Pátria não educa. Isso se faz nos lares desde o berço.
7.
Em qualquer família ou sociedade há sempre os que não
podem contribuir por problemas de saúde ou capacidade inata. Há também os preguiçosos
e os aproveitadores do trabalho dos outros. São todos filhos da pátria e a cada
um seu trato pela família e pelo estado. As políticas de estado proporcionarão
uma economia estável onde haja trabalho para todos, e uma reserva técnica para
tempos mais difíceis. Os impostos serão proporcionais a metas a atingir. Não
podem ser os mesmos ano após ano, sem folga para o cidadão, como se estivesse
pagando pena. Haverá anos de alívio e anos de maior pressão nos impostos. Podemos
ter pressa, mas não podemos tropeçar. Para onde vamos com todo esse progresso?
8.
Nosso progresso tem um sentido único. Preservar o nosso
habitat, o que equivale a preservar o ambiente em que vivemos, estarmos
preparados tecnologicamente para mudanças climáticas, porque este planeta não é
perfeitamente estável, e capacitados para abandoná-lo quando for necessário
sair para outros planetas por absoluta necessidade. É um caminho longo que
exige preparação antecipada em milhares de anos. A “terraformação” de um
planeta pode levar até milhões de anos. Precisamos descobri-los, estudá-los,
viajar até lá, trabalhá-lo para as gerações do futuro. Nossa humanidade não
fará escolhas genéticas por indicação de políticos. Se aposta neles para que
seus netos e descendentes continuem procriando seus genes, esqueça. Serão os
mais capazes, com estudos avançados, num mundo em que a mão de obra pesada e
braçal não existirá mais.
Até lá,
há um enorme caminho a percorrer. Ano após ano a mortalidade será maior que a
natalidade de uma forma geral, através de muitos processos, desde o abandono de
populações inteiras, por fome e doenças, até a morte em guerras, processos
cruéis, até que a população se estabilize em uma quantidade de indivíduos que
possam trabalhar e produzir o próprio alimento, sem pressões populacionais em
debandada de fomes e guerras, ou internamente às fronteiras porque a economia
“cresceu” e se deduza que já se pode ter mais de um ou dois filhos por casal.
É
possível que estejamos perdendo a nossa sensibilidade a catástrofes humanas,
mas há que nos perguntarmos até que ponto não é necessária. Nosso coração e a
bondade que nele existe está percebendo que não podemos socorrer a todos. Estamos
numa fase de evolução, talvez uma Idade Média, da qual se espera que possamos
emergir numa nova Renascença.
Somos
assim...Aos altos e baixos mas sempre subindo.Nossa humanidade é um fenômeno extremamente doloroso da natureza!
® Rui
Rodrigues.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Grato por seus comentários.