2011 - As dívidas interna e externa de Portugal e Brasil
(Ou até que ponto chega a insanidade moral e ética de
quem dirige os destinos dos cidadãos)
Este estudo não tem a
finalidade de comparar as duas economias, mas uma referência para quem tiver a
curiosidade de saber como se desenvolvem, o que esperar no futuro, dependendo
de quem o ler, se portugueses ou brasileiros. Minha preocupação é analisar em
que medida nossos destinos e os de nossas famílias se perdem nos interesses de
pequenos grupos que dominam as instituições através de pressão nos corredores
onde “nossos” senadores, deputados, governadores, prefeitos, autarcas,
presidentes e vice-presidentes fazem as leis e as alteram sem que nos
consultem.
Brasil e Portugal são duas
republicas de política democrática representativa, mas como não nos perguntam
nada, apenas fazem o que lhes interessa, não nos representam: Impõem-nos o que
querem. É uma ditadura disfarçada de democracia, um esforço internacional para
manter o “status quo” existente onde as grandes empresas e os grandes Bancos
imperam.
1- Dados para raciocinar - 2011
Brasil: População:
200.000.000
Dívida Interna – 2.500.000.000.000
dólares
Dívida Externa –
311.000.000.000 dólares
Total – aprox.
3.000.000.000.000 dólares
Portugal: População: 10.000.000
Dívida Interna – 200.000.000.000
dólares
Dívida Externa - 600.000.000.000
dólares
Total – aprox.
800.000.000.000 dólares
Se dividirmos o total pela
população, teremos que, cada cidadão deve, em média no total:
Cada brasileiro - 15.000
dólares ou 30.000 reais
Cada português - 80.000
dólares ou 34.000 euros.
2- Considerações
O que vemos é que a maioria
esmagadora dos cidadãos não contraiu tal dívida em particular. Alguém, ou
muitos, uma multidão, que nunca se sabe quem, nem onde, nem quando, nem porque
razão foram contraindo dívidas em nome da população. Não vemos que tenha sido
para melhorar substancialmente os serviços públicos, as infra-estruturas, ou de
qualquer forma para investimentos em centros de pesquisa, melhor educação e
serviços de saúde ou transporte públicos... Toda a dívida parece ter sido
contraída para atender uma classe muito especial que se encontra nas camadas
mais altas da sociedade e evidentemente a classe política, conforme índices de
corrupção em governos que se encontram disponíveis na Internet.
Os empréstimos são tomados
na Banca, nos Bancos. Este aumentaram os juros nos empréstimos pessoais, e
agências internacionais como a Moodys’s se encarregam de subi-los no plano das
dívidas externas, rebaixando as classificações de países e Bancos. Isto faz parte
da política de extração de dinheiro das populações sem ter muito trabalho ou
produzir alguma coisa. Dinheiro fácil através de pressão política de governos
que têm a seu lado as forças armadas, as polícias e os fazedores de leis.
Alegando – os Bancos- desde
2008, que poderiam correr grande risco de fechar porque dois ou três bancos
demonstraram nos EUA deficiente administração, os presidentes das maiores
economias do mundo correram em seu auxilio disponibilizando verbas públicas
provenientes de impostos arrecadados, em vez de simplesmente deixar quebrar
esses dois ou três Bancos. Eles mesmos, os dirigentes desses Bancos foram às
TVs, sem gravatas, confessando as deficiências de suas administrações. Ficaram
com o dinheiro público e seguraram-no, restringindo o crédito por medo da
própria situação que criaram: o medo de emprestarem e não receberem. O problema
é que agora, grande parte do dinheiro que têm em caixa foi dinheiro público
doado...
O mundo encolheu sua
economia. Cada vez se compra menos, cresce a inadimplência, cada vez se exporta
menos. Ninguém quer perder dinheiro. Restringem-se as necessidades.
Ninguém quer admitir mas o
mundo está em recessão, tal como em 1929.
Como nos pode passar pela
cabeça que, com juros entre 6% e 12% ao ano sobre as dívidas externas acima
indicadas, cada brasileiro e cada português possam pagar a dívida interna e
externa?
E sabemos muito bem que, no
caso da dívida interna, todos os contratos têm cláusula de reajuste. Mesmo as
empresas de construção, de aprovisionamento de bens e serviços têm essas
cláusulas, aumentando a dívida pública todo o ano, nos valores correspondentes,
com o crescer dos juros bancários.
Mas enquanto as dívidas internas e externas sobem, a “renda per capita” e o PIB diminuem em função da retração do mercado internacional agora em recessão... Isto ainda mais inviabiliza o pagamento das dívidas das nações.
Merkel apoiou sempre os
empréstimos quando tudo estava “bem”, e agora que tudo está mal os nega. Teria
sido melhor que não tivesse incentivado tanto os empréstimos para crescimento
dos países da zona do Euro e agora para ajudar na crise, os liberasse, mas
creio que fez parte das armadilhas do crédito, como dar doces envenenados de
juros de a crianças deslumbradas em quem votamos para que nos representassem.
Os governos do mundo atuam
em conjunto de forma ditatorial, mudando os conceitos de justiça e as leis para
que se libertem das obrigações cidadãs do estado e possam fazer seus negócios
particulares. Mas que não nos iludamos. A situação está terrivelmente feia para
gregos, troianos e arredores. Balançam as contas chinesas, alemãs, francesas,
espanholas, americanas, do Barhein e do Katar... De norte a sul, este a oeste.
Avacalharam a democracia e a política agora é uma questão financeira de partidos e políticos. O mundo espera por mudanças.
Em nome da Democracia
Participativa,
Rui Rodrigues
Fontes de dados
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