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sexta-feira, 29 de junho de 2012

2011 - As dívidas interna e externa de Portugal e Brasil




2011 - As dívidas interna e externa de Portugal e Brasil
(Ou até que ponto chega a insanidade moral e ética de quem dirige os destinos dos cidadãos)


Este estudo não tem a finalidade de comparar as duas economias, mas uma referência para quem tiver a curiosidade de saber como se desenvolvem, o que esperar no futuro, dependendo de quem o ler, se portugueses ou brasileiros. Minha preocupação é analisar em que medida nossos destinos e os de nossas famílias se perdem nos interesses de pequenos grupos que dominam as instituições através de pressão nos corredores onde “nossos” senadores, deputados, governadores, prefeitos, autarcas, presidentes e vice-presidentes fazem as leis e as alteram sem que nos consultem.

Brasil e Portugal são duas republicas de política democrática representativa, mas como não nos perguntam nada, apenas fazem o que lhes interessa, não nos representam: Impõem-nos o que querem. É uma ditadura disfarçada de democracia, um esforço internacional para manter o “status quo” existente onde as grandes empresas e os grandes Bancos imperam.


1- Dados para raciocinar - 2011

Brasil: População: 200.000.000
Dívida Interna – 2.500.000.000.000 dólares
Dívida Externa – 311.000.000.000 dólares
Total – aprox. 3.000.000.000.000 dólares


Portugal: População: 10.000.000 
Dívida Interna – 200.000.000.000 dólares
Dívida Externa - 600.000.000.000 dólares
Total – aprox. 800.000.000.000 dólares

Se dividirmos o total pela população, teremos que, cada cidadão deve, em média no total:

Cada brasileiro - 15.000 dólares ou 30.000 reais
Cada português - 80.000 dólares ou 34.000 euros.


2- Considerações 

O que vemos é que a maioria esmagadora dos cidadãos não contraiu tal dívida em particular. Alguém, ou muitos, uma multidão, que nunca se sabe quem, nem onde, nem quando, nem porque razão foram contraindo dívidas em nome da população. Não vemos que tenha sido para melhorar substancialmente os serviços públicos, as infra-estruturas, ou de qualquer forma para investimentos em centros de pesquisa, melhor educação e serviços de saúde ou transporte públicos... Toda a dívida parece ter sido contraída para atender uma classe muito especial que se encontra nas camadas mais altas da sociedade e evidentemente a classe política, conforme índices de corrupção em governos que se encontram disponíveis na Internet.

Os empréstimos são tomados na Banca, nos Bancos. Este aumentaram os juros nos empréstimos pessoais, e agências internacionais como a Moodys’s se encarregam de subi-los no plano das dívidas externas, rebaixando as classificações de países e Bancos. Isto faz parte da política de extração de dinheiro das populações sem ter muito trabalho ou produzir alguma coisa. Dinheiro fácil através de pressão política de governos que têm a seu lado as forças armadas, as polícias e os fazedores de leis.

Alegando – os Bancos- desde 2008, que poderiam correr grande risco de fechar porque dois ou três bancos demonstraram nos EUA deficiente administração, os presidentes das maiores economias do mundo correram em seu auxilio disponibilizando verbas públicas provenientes de impostos arrecadados, em vez de simplesmente deixar quebrar esses dois ou três Bancos. Eles mesmos, os dirigentes desses Bancos foram às TVs, sem gravatas, confessando as deficiências de suas administrações. Ficaram com o dinheiro público e seguraram-no, restringindo o crédito por medo da própria situação que criaram: o medo de emprestarem e não receberem. O problema é que agora, grande parte do dinheiro que têm em caixa foi dinheiro público doado...

O mundo encolheu sua economia. Cada vez se compra menos, cresce a inadimplência, cada vez se exporta menos. Ninguém quer perder dinheiro. Restringem-se as necessidades.

Ninguém quer admitir mas o mundo está em recessão, tal como em 1929.

Como nos pode passar pela cabeça que, com juros entre 6% e 12% ao ano sobre as dívidas externas acima indicadas, cada brasileiro e cada português possam pagar a dívida interna e externa?

E sabemos muito bem que, no caso da dívida interna, todos os contratos têm cláusula de reajuste. Mesmo as empresas de construção, de aprovisionamento de bens e serviços têm essas cláusulas, aumentando a dívida pública todo o ano, nos valores correspondentes, com o crescer dos juros bancários.

Mas enquanto as dívidas internas e externas sobem, a “renda per capita” e o PIB diminuem em função da retração do mercado internacional agora em recessão... Isto ainda mais inviabiliza  o pagamento das dívidas das nações.

Merkel apoiou sempre os empréstimos quando tudo estava “bem”, e agora que tudo está mal os nega. Teria sido melhor que não tivesse incentivado tanto os empréstimos para crescimento dos países da zona do Euro e agora para ajudar na crise, os liberasse, mas creio que fez parte das armadilhas do crédito, como dar doces envenenados de juros de a crianças deslumbradas em quem votamos para que nos representassem.

Os governos do mundo atuam em conjunto de forma ditatorial, mudando os conceitos de justiça e as leis para que se libertem das obrigações cidadãs do estado e possam fazer seus negócios particulares. Mas que não nos iludamos. A situação está terrivelmente feia para gregos, troianos e arredores. Balançam as contas chinesas, alemãs, francesas, espanholas, americanas, do Barhein e do Katar... De norte a sul, este a oeste.

Avacalharam a democracia e a política agora é uma questão financeira de partidos e políticos. O mundo espera por mudanças.

Em nome da Democracia Participativa,

Rui Rodrigues


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