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domingo, 10 de junho de 2012

Cultos Religiosos!

Cultos religiosos!


Não vejo diferença nenhuma entre um culto religioso moderno, de qualquer religião e um antigo, praticado na Ásia, na África na Europa ou mesmo hoje em dia, pelos índios na Amazônia. Eles se enfeitam, fazem oferendas, dançam e se martirizam. Tudo como oferenda para um ser superior. Todos acham que têm que provar a um deus que são mais fieis que seu vizinho, portanto mais dispostos a qualquer sacrifício que esse deus peça. Tendo assim, direito a mais favores dele. 
Por mais que um religioso de qualquer credo não aceite, tudo tem o mesmo sentido. São nomes diferentes, são frases diferentes, são tradições diferentes, são por fim, enfeites e oferendas diferentes, mas o sentido e a busca são os mesmos. Ainda que o fato de dizer isso crie nos religiosos, certamente, reações nada civilizadas, uma procissão católica, uma festa junina no nordeste, uma festa indígena no Xingu, um sacrifício de um muçulmano, ou as fogueiras santas das igrejas evangélicas, têm sim, o mesmo sentido: agradar ao deus que professam. Padres, bispos, papas, pastores, rabinos, pajés, mestres no budismo, e todos que lideram reuniões religiosas, se enfeitam, seja pintando o corpo ou com vestimentas especiais, simplesmente porque crêem que assim, seu deus olhará para eles de forma especial, dando-lhes poderes sobre os participantes comuns.
Tudo o que buscam, em qualquer língua, credo, ou seita, é simplesmente ter uma vida mais fácil na Terra, conseguir que sua cria sobreviva e vencer a morte. Aliás, o sentido de finitude é sem duvidas o que mais justifica uma religião. Não conseguimos aceitar para nós humanos um fim. Buscamos uma eternidade, sem nem ao menos ter idéia do que seja viver por bilhões e bilhões de anos. Achamos que eternidade é o que, para nós, é muito tempo. Acho que as pessoas pensam nela com no máximo algumas centenas de anos, milhares talvez. A humanidade vive há muito pouco tempo na Terra para imaginar a eternidade na casa dos bilhões de anos.
Muitas pessoas seguem uma religião não por crer realmente, mas por temer. Temem a eternidade no inferno. Nada questionam pelo medo de um castigo na Terra ou na vida pós-morte. O mesmo acontecia na antiguidade. O povo fazia sacrifícios para ter colheitas generosas, para ganhar guerras, para se livrar de vulcões. Achavam que se desafiassem os deuses, esses seriam cruéis com a aldeia, a família, ou com a vida no geral. Ainda hoje o medo persiste. Pessoas têm medo de questionar padres ou pastores, assim como os índios não questionam seu pajé.
Na realidade, hoje, nos enfeitamos, cantamos, dançamos, falamos palavras mágicas e levamos oferendas para nossos deuses, do mesmíssimo jeito que nossos antepassados pré-históricos. Buscamos inclusive as mesmas coisas. O que difere é que, com a civilização, não sacrificamos crianças mais. Se bem que, nas tribos atrasadas da África e da Amazônia, eu não duvide que ainda aconteça. Também os altares para as oferendas mudaram, se na antiguidade eram pedras ou grutas, hoje são templos, muitas vezes imensos.


Texto inacabado, Paulo, 06/02/2010.

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