A Crise Econômica Portuguesa e o Fado – Como sair da crise.
Neste quadro
de Malhoa que simboliza o Fado, as figuras
expostas não são nem a Severa
nem o conde do Vimioso. As figuras expostas são a Adelaide que tinha por alcunha a “Adelaide da
Facada”, por numa briga ter ficado com cicatrízes na face esquerda (por isso
aparece no quadro nessa posição) e o guitarrista
é o Amâncio, amante da Adelaide.
Amália Rodrigues e
atualmente Marisa, não era e nem é uma Severa, como a do quadro, mas sabia e
sabe cantar muito bem o Fado, como neste trecho de Pedro Homem de Melo“
«Povo que
lavas no rio.
Que talhas com teu machado
As tábuas do meu caixão!
Pode haver quem te defenda
Quem compre o teu chão sagrado,
Mas a tua vida não…»
Que talhas com teu machado
As tábuas do meu caixão!
Pode haver quem te defenda
Quem compre o teu chão sagrado,
Mas a tua vida não…»
http://www.youtube.com/watch?v=xqac-VfmflE (Amália
Rodrigues)
Mas o que o Fado tem a haver
com a crise econômica atual?
No meu entendimento tem tudo
a haver. Somos uma sociedade que tem medos, que só fala em segredos, lamenta-se
constantemente por se julgar uma “coitada da vida”, e que espera milagres de
Deus, a re-ressurreição de Jesus, a vida eterna, Amem. Enquanto isso entrega as
decisões do dia a dia a uns vigaristas que desfilam a sua simpatia pelas ruas e
aldeias á procura de votos nas eleições e depois tomam atitudes que desperdiçam
os nossos esforços de economizar para pagar impostos, gastam á tripa forra,
distribuem verbas como querem, criam mecanismos que beneficiam uns e outros,
mas que deixam o povo a cantar o fado pelas ruas da amargura. Este nosso povo
canta o fado e reza padre nossos e ave marias, na vã esperança de que Deus o
ouça e mande governantes honestos que lhe melhorem a vida.
Esses políticos estão associados a Partidos políticos. Fazem o que esses partidos querem. Não há políticos pobres, remediados ou pouco ricos. Estão todos gordos e os Partidos têm verbas para tudo, menos para aliviar o sofrimento dos cidadãos, dar-lhes serviços públicos decentes a que têm direito pela enormidade de impostos que paga. Esses partidos políticos são espelho de todas as filosofias políticas: são comunistas, capitalistas, socialistas, e à mistura, todos têm um pouco de extremistas, fascistas, e outras aberrações das filosofias destinadas a governar como se os cidadãos fossem escravos e não “patrícios”, como no Código Romano que ainda adotamos, com o “Pater Famílias” que desconhece as “Mater Famílias” que já existem aos montes por este Portugal afora.
A solução para a crise
econômica, neste caos e descrença política, somente poderá vir de uma
manifestação popular que aprove via NET, de forma urgente, uma NOVA
CONSTITUIÇÃO, parágrafo por parágrafo, que não possa ser alterada sem aprovação
na mesma forma, para evitar que esta classe de políticos, instruída em Partidos,
que beneficiam os protetores dos Partidos, que escutam nos corredores de S.
Bento as pressões dos que podem pagar por decisões, não surjam, JAMAIS, no seio
de nosso território.
Só assim Portugal poderá
continuar na Zona do Euro ou ficar fora dela como a Inglaterra, permanecer na
Comunidade Européia ou não, decidir os seus destinos sem as decisões
unilaterais de alguns “PATRICIOS” que
tratam o povo como escravos sem direito a opinião.
Opinião não é apenas poder
expressá-la em praças públicas, mas ser ouvida pelo voto em S. Bento ou em
qualquer Órgão Público onde se tomam as decisões pelo voto daqueles que, definitivamente, não nos representam!
Opinião, não é sair com toda
a valentia, sozinhos ou em meia dúzia, a vociferar impropérios contra os
governantes, molhar as mágoas na água benta das igrejas ou no chorar das
guitarras do Fado. É fazermos, todos juntos, alguma coisa efetiva, no sentido
de mudar o que achamos que está errado. O povo português, os cidadãos portugueses a não se juntarem em torno de um rumo, uma decisão efetiva, continuarão a cantar o fado do presente e do passado, não o do futuro!
Não ha muita coisa errada que precisamos fazer mudar?
Não ha muita coisa errada que precisamos fazer mudar?
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