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quarta-feira, 13 de junho de 2012

Portugal - Crise econômica, o fado, e como sair da crise


A Crise Econômica Portuguesa e o Fado – Como sair da crise.





Neste quadro de Malhoa que simboliza o Fado, as figuras expostas não são nem a Severa nem o conde do Vimioso. As figuras expostas são a Adelaide que tinha por alcunha a “Adelaide da Facada”, por numa briga ter ficado com cicatrízes na face esquerda (por isso aparece no quadro nessa posição) e o guitarrista é o Amâncio, amante da Adelaide.


Amália Rodrigues e atualmente Marisa, não era e nem é uma Severa, como a do quadro, mas sabia e sabe cantar muito bem o Fado, como neste trecho de Pedro Homem de Melo“

«Povo que lavas no rio.
Que talhas com teu machado
As tábuas do meu caixão!
Pode haver quem te defenda
Quem compre o teu chão sagrado,
Mas a tua vida não…»

Mas o que o Fado tem a haver com a crise econômica atual?

No meu entendimento tem tudo a haver. Somos uma sociedade que tem medos, que só fala em segredos, lamenta-se constantemente por se julgar uma “coitada da vida”, e que espera milagres de Deus, a re-ressurreição de Jesus, a vida eterna, Amem. Enquanto isso entrega as decisões do dia a dia a uns vigaristas que desfilam a sua simpatia pelas ruas e aldeias á procura de votos nas eleições e depois tomam atitudes que desperdiçam os nossos esforços de economizar para pagar impostos, gastam á tripa forra, distribuem verbas como querem, criam mecanismos que beneficiam uns e outros, mas que deixam o povo a cantar o fado pelas ruas da amargura. Este nosso povo canta o fado e reza padre nossos e ave marias, na vã esperança de que Deus o ouça e mande governantes honestos que lhe melhorem a vida.

Esses políticos estão associados a Partidos políticos. Fazem o que esses partidos querem. Não há políticos pobres, remediados ou pouco ricos. Estão todos gordos e os Partidos têm verbas para tudo, menos para aliviar o sofrimento dos cidadãos, dar-lhes serviços públicos decentes a que têm direito pela enormidade de impostos que paga.  Esses partidos políticos são espelho de todas as filosofias políticas: são comunistas, capitalistas, socialistas, e à mistura, todos têm um pouco de extremistas, fascistas, e outras aberrações das filosofias destinadas a governar como se os cidadãos fossem escravos e não “patrícios”, como no Código Romano que ainda adotamos, com o “Pater Famílias” que desconhece as “Mater Famílias” que já existem aos montes por este Portugal afora.

A solução para a crise econômica, neste caos e descrença política, somente poderá vir de uma manifestação popular que aprove via NET, de forma urgente, uma NOVA CONSTITUIÇÃO, parágrafo por parágrafo, que não possa ser alterada sem aprovação na mesma forma, para evitar que esta classe de políticos, instruída em Partidos, que beneficiam os protetores dos Partidos, que escutam nos corredores de S. Bento as pressões dos que podem pagar por decisões, não surjam, JAMAIS, no seio de nosso território.

Só assim Portugal poderá continuar na Zona do Euro ou ficar fora dela como a Inglaterra, permanecer na Comunidade Européia ou não, decidir os seus destinos sem as decisões unilaterais de alguns “PATRICIOS” que tratam o povo como escravos sem direito a opinião.

Opinião não é apenas poder expressá-la em praças públicas, mas ser ouvida pelo voto em S. Bento ou em qualquer Órgão Público onde se tomam as decisões pelo voto daqueles que, definitivamente, não nos representam!

Opinião, não é sair com toda a valentia, sozinhos ou em meia dúzia, a vociferar impropérios contra os governantes, molhar as mágoas na água benta das igrejas ou no chorar das guitarras do Fado. É fazermos, todos juntos, alguma coisa efetiva, no sentido de mudar o que achamos que está errado. O povo português, os cidadãos portugueses a não se juntarem em  torno de um rumo, uma decisão efetiva, continuarão a cantar o fado do presente e do passado, não o do futuro!


Não ha muita coisa errada que precisamos fazer mudar?

Sobre Democracia Participativa :



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